terça-feira, 28 de março de 2017

OS TRABALHADORES CONTRA-ATACAM NO SÉCULO XIX




Entre os séculos XV e XVIII, a Europa passou por profundas alterações com o estabelecimento de colônias e a expansão do comércio. Nesse período, principalmente na Inglaterra, o uso do dinheiro se popularizou, e a crescente demanda por produtos manufaturados nos mercados interno e externo tornou necessária uma maior organização produtiva. Foi então que teve início um processo, que mais tarde passou a ser conhecido no mundo todo como a Revolução Industrial. 
Com a expansão industrial ganharam destaque duas classes intrinsecamente relacionadas: o proletariado e a burguesia. Apesar de o país viver uma fase caracterizada pelo Liberalismo Econômico ditado por John Smith, que pregava a não intervenção do Estado nas atividades econômicas e defendia que cada indivíduo deveria se preocupar com o seu próprio bem-estar (individualismo) ganharam espaço nesse contexto as chamadas propostas coletivistas. 
As principais correntes de esquerda que ganharam força no século XIX foram Comunismo, Socialismo e Anarquismo. Apesar de possuírem o mesmo foco, a transformação social, essas propostas possuíam algumas divergências e características muito próprias, que não permite usá-las como sinônimos. 





* Comunismo: facção em oposição ao capitalismo que propõe uma sociedade sem classes, sem partidos e sem Estado. Para os comunistas, o estabelecimento da chamada "Ditadura do Proletariado" deve passar primeiro por uma transição socialista, sendo comandada pelo Partido Comunista. Seus principais teóricos são Karl Marx e Friedrich Engels. 

* Socialismo: diferente dos comunistas, os socialistas veem a sua proposta como uma meta, e não uma fase de transição. Para eles deve haver pluripartidarismo, economia de mercado e um Estado que promova a justiça social. O Socialismo também é avesso a "Ditadura do Proletariado", defendendo regras democráticas e as eleições. São seus principais defensores: Ferdinand Lassalle e August Bebel. 

* Anarquismo: considerado mais radical, o Anarquismo é contrário a qualquer tipo de governo ou autoridade, já que essa seria uma forma de dominação de um homem sobre os demais. Para os anarquistas, uma sociedade sem classes e sem Estado seria estabelecida por meio da "Ação Direta", uma espécie de "Greve Geral" sem que fosse necessária a elaboração de um programa eleitoral ou a criação de um partido. Seus principais expoentes foram: Pierre-Joseph Proudhon e Pyotr Alexeyevich Kropotkin.

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