Você poderia imaginar hoje no Brasil o povo se organizando para ir à Brasília e ao chegar invadir e destruir o Congresso Nacional? E para piorar a situação o povo ir até o Palácio do Planalto que é ao lado do Congresso e aprisionar e depois cortar a cabeça do presidente Temer?
Mesmo que grande parte dos brasileiros, neste momento, estejam loucos de vontade de fazer isso, ainda assim é Inimaginável não é?
Mas isso, guardando as devidas proporções sociais e temporais, aconteceu na França entre 1789 e 1793.
O contexto histórico era o do Absolutismo Monárquico, onde o rei detinha todo o poder político centralizado em suas mãos e a economia era um misto de relações de produção feudais, onde grande parte da população era camponesa e uma insurgente e vigorosa classe burguesa, cheia de capital e ávida para tomar o poder das mãos do rei.
As classes superiores eram o Clero (1.º Estado) e a Nobreza (2.º Estado) que não abriam mãos dos seus privilégios, o melhor deles era não ter que pagar impostos ao Estado, que neste caso, era o Rei.
Foi aí, na França, que em 1789, após o rei ter chamado os Estados Gerais, para discutir e aprovar leis para taxar ainda mais os pobres, que explodiu a revolução burguesa que levou o povo a avançar sobre a prisão política mantida pela realeza.
Este evento que aconteceu em 14 de julho de 1789 tornou-se conhecido como Tomada da Bastilha e marcou a revolta popular canalizada pela burguesia contra o que eles acreditavam ser o maior símbolo da intolerância e do autoritarismo real.
Depois disto não demorou muito para o rei da época o Luís XVI perder seu gordo pescoço. Isso se deu em 1792, quando os jacobinos estavam no poder e descobriram que o rei conspirava para que outros países que ainda possuíam realeza atacassem a França junto como uma horda de emigrados que tinham fugido da Revolução Francesa.
Pensar que o rei era uma autoridade constituída, segundo as classes dominantes, por Deus foi uma ousadia muito grande cometida pelo povo francês, imbuído, os lideres desta plebe, dos ideais do iluminismo e do liberalismo que a burguesia tanto apoiava: Liberdade, Fraternidade e Igualdade.
Porém o final dessa história toda acontece dez anos depois em 1799 quando Napoleão dá o golpe do 18 Brumário e torna-se a grande liderança da França, imbuído do mais nobres ideais revolucionários burguês de levar o liberalismo para toda a Europa e se possível para a Rússia e para a África também.
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