terça-feira, 29 de maio de 2018

A HISTÓRIA DOS GATOS.


Acredita-se que o Miacis (imagem abaixo), um pequeno animal que vivia em árvores, há muito extinto, foi o antepassado do gato. Este seria também o ancestral do urso, da doninha, do guaxinim, da raposa e do coiote e, acreditem, do cachorro. Viveu há cerca de 40 milhões de anos, tinha o corpo comprido, um rabo maior do que o corpo e pernas curtas. Provavelmente também tinha unhas.
Há 10 milhões de anos atrás surgiu o Dinictis, mais parecido com o gato atual.
Os gatos domésticos são primos distantes de outros felinos e guardam características em comum com os grandes felinos selvagens, como caminhar silenciosamente sobre as almofadas plantares, a técnica de caçar e as unhas retráteis, com exceção do Guepardo que tem as unhas e patas apropriadas para a corrida, chegando a alcançar 100 Km por hora numa corrida de curta distância.

Os Felídeos ou felinos, são os mais especializados, mais numerosos e mais importantes dos carnívoros. A família dos Felídeos, espalhada sobre quase toda a área de distribuição da ordem dos carnívoros, compreende 3 gêneros: Acinonyx (Cheeta), Felis (Puma, Jaguatirica, Gatos domésticos e todos de pequeno ou médio porte) e Leo (Leão, Tigre, Pantera, Onça), com 37 espécies no conjunto.

No antigo Egito os gatos eram adorados como deuses e animais de companhia, eram adorados devido a sua associação com a Deusa da Lua, Pasht, de cujo nome acredita-se ser derivada a palavra “puss”, que significa “bichano” em inglês. 

A Deusa Bast, que representa o sol, também foi identificada com gatos, e é retratada com a cabeça de um gato. Quando os gatos morriam, eram mumificados e seus donos mostravam seus sentimentos raspando as sobrancelhas em sinal de luto.
Hoje, os gatos da raça Abissínio, são semelhantes ao gatos do Antigo Egito. Estátuas, desenhos e pinturas em tumbas, revelam que os gatos nessa época, eram de pelo curto, corpo esguio e pernas longas. Muitos consideram que este foi o ancestral da maioria das raças de gatos domésticos conhecidas atualmente.

Era proibida a saída dos gatos do Egito, mas o povo Fenício parece ter os levado em suas embarcações comerciais, para a Europa, por volta do ano 900 a.C., chegando à Itália antes da Era Cristã.
Os romanos, quando invadiram e dominaram o Egito, adotaram o culto a Deusa Bast e seus gatos foram também perpetuados em estátuas, murais e mosaicos. Tinham grande apreciação pelos gatos, e os retratavam como símbolo de liberdade.
Com as invasões Romanas, os gatos foram seguindo seus exércitos e se introduzindo em toda a Europa. Dessa forma os gatos chegaram à Inglaterra, portanto, o gato inglês tem como base o gato egípcio, mas gatos ingleses selvagens também foram domesticados.
O Príncipe de Gales, promulgou no século X, leis protegendo os gatos, estabelecendo valores de venda e garantias de compra. Além disso, a pena para quem matasse um gato era paga com trigo: o gato morto era segurado pela ponta da cauda e sobre ele era jogado o trigo, até encobrir a ponta da cauda.
Os gatos, durante muito tempo, foram bem aceitos pelo homem como animais domésticos, por sua beleza e grande habilidade em caçar ratos. Exatamente por sua habilidade como caçador de ratos, no século XI auxiliavam no combate a estes vetores, transmissores da Peste Bubônica.
Na Idade Média, os gatos enfrentariam seus piores tempos. Surgiu um culto a uma deusa pagã – Bastet – envolvendo gatos. Esse culto foi considerado heresia e membros desta seita eram punidos severamente com torturas e morte. Como os gatos faziam parte do culto, foram acusados de serem demoníacos, principalmente os de cor preta. Isso custou a vida de milhares de gatos, que foram cruelmente perseguidos, capturados e jogados à fogueira, havendo a maior destruição de gatos de toda a história.
Uma pessoa que fosse vista ajudando um gato, principalmente gatos pretos, estava sujeita a ser denunciada como bruxa e a sofrer tortura e morte.

As pessoas acusadas de bruxaria e seus gatos, eram logo responsabilizadas por qualquer catástrofe que acontecesse. Esta onda de perseguição criou diversas superstições que persistem até hoje, como: cruzar com gato preto causa azar. Felizmente este preconceito diminuiu e no século XIX o gato já era bem-visto.
O índio norte-americano, não parece ter domesticado os felinos selvagens presentes no continente, como o lince, puma e ocelote. A domesticação de felinos só ocorreu quando os imigrantes europeus trouxeram gatos da Europa, para que ajudassem a combater os ratos e camundongos, tanto no campo quanto na cidade.

A CIA chegou a treinar gatos para espionarem contra a União Soviética com microfones implantados nas orelhas, durante os anos 1960! A operação foi chamada de Operation Acoustic Kitty. Não se sabe ao certo se foi a preguiça dos gatos ou a ideia maluca da CIA, mas a operação não foi um sucesso.


Em 1963 a gata Félicette (Felicidade), tornou-se o único felino que até hoje foi ao espaço. Foi enviada para a estratosfera pelos franceses em uma cruel missão em que tinha sua cabeça aberta e implantada de eletrodos para monitorar sua atividade neural. Félicette retornou à Terra viva e foi recuperada em segurança, mas seu martírio não foi reconhecido. Meses depois sacrificaram a gata alegando que foi para estudos no seu cérebro.

Hoje, os gatos são muito populares como um ótimo animal de companhia. Continuam também sendo utilizados como um meio barato de se controlar a população de ratos.









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