domingo, 5 de dezembro de 2021

REFORMA PROTESTANTE (Origens V) - OS PRESBITERIANOS


 REFORMA PROTESTANTE

(Origens V)

O PRESBITERIANISMO



João Calvino
   O presbiterianismo refere-se às igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica reformada (calvinismo)[1] e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros[2] ou anciãos. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram em alguns países por razões doutrinais, como o Liberalismo Teológico[3], Evangelicalismo[4], Ordenação Feminina, práticas litúrgicas, entre outras razões, fazendo assim, com que existam várias denominações presbiterianas diferentes em alguns países, mas todas com o mesmo sistema de governo eclesiástico.

Cruz Celta - Símbolo Presbiteriano
          As igrejas presbiterianas são oriundas da Reforma Protestante do século XVI, e mantêm o caráter de Igreja Católica (o termo “católico”, derivado da palavra grega Katholikos, significa “universal” ou “geral”), como declarado no Credo dos Apóstolos. É uma família denominacional cristã comprometida com valores éticos e morais. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior, que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, a Universidade Presbiteriana Mackenzie[5], Instituto Presbiteriano Gammon[6], entre outras.

            O nome de origem das denominações presbiterianas derivam da palavra grega presbyteros que significa literalmente “ancião”. O governo presbiteriano é comum nas igrejas protestantes que forma modeladas segundo a Reforma Protestante na Suíça, notavelmente na Suíça, Escócia, Países Baixos, França e porções da Prússia[7], da Irlanda e, mais tarde, nos Estados Unidos. A crença se firma nas doutrinas bíblicas sobre a predestinação, segundo a interpretação de João Calvino, Deus já havia eleito, “desde antes da fundação do mundo” (Ef 1:4), os abençoados com à salvação e os condenados à perdição eterna. O homem, por sua natureza pecadora, não era digno de mudar essa decisão nem de conhecê-la. Para não viver angustiado pela dúvida, o crente deveria buscar sinais da graça divina perseverando em sua fé mantendo uma vida de retidão e de obediência a Deus. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, as igrejas reformadas que adotaram um forma de governo presbiteriano em vez de episcopal ficaram conhecidas como igrejas presbiterianas.

Saint Gille's Cathedral - Local do 1.º Sermão de John Knox em 1559

          Na Escócia John Knox[8] (1505 – 1572), que estudara João Calvino[9] em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma em 1560. A primeira Igreja Presbiteriana, a Igreja da Escócia (ou Kirk), foi fundada como resultado desse esforço.

            Na Inglaterra, o presbiterianismo foi estabelecido secretamente em 1572, nos finais do reinado da rainha Elisabeth I. em 1647, por efeito do Longo Parlamento sob o controle dos puritanos, o presbiterianismo foi estabelecido para a Igreja Anglicana[10]. O restabelecimento da monarquia em 1660 trouxe também o restabelecimento da forma de governo episcopal na Inglaterra (e, por um período curto, na Escócia); mas a Igreja Presbiteriana da Inglaterra continuou a ser considerada não conformista, fora da igreja estabelecida.

Ordenação de Ancião num Kirk escocês
          Na Irlanda, o presbiterianismo foi estabelecido por imigrante escoceses e missionários enviados para Ulster. O presbitério de Ulster foi formado separadamente da igreja estabelecida, em 1642. Todos os três, ramos muito diversos do presbiterianismo, bem como igrejas independentes e algumas denominações holandesas, alemãs e francesas, foram combinadas nos EUA, para formar aquilo que se tornou conhecido como a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América (1705). A Igreja presbiteriana na Inglaterra e País de Gales é a United Reformed Church, enquanto que esta tradição também influenciou a Igreja Metodista, fundada em 1736.


        Os presbiterianos destacam-se pelo incentivo à educação entre as numerosas instituições presbiterianas espalhadas pelo mundo destacam-se a Yale University, Universidade de Princeton e o Instituto e Universidade Mackenzie.

 


O Governo Presbiteriano

Delegação de várias denominações presbiterianas
         O governo presbiteriano é uma forma de organização da igreja que se caracteriza pelo governo de um presbitério, ou seja, uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Esta forma de governo foi desenvolvida como rejeição ao domínio por hierarquias de bispos individuais (forma de governo episcopal) e por ser o modelo organizacional utilizado pelos apóstolos nos primórdios da Igreja de Cristo. Esta teoria de governo está fortemente associada com os movimentos da Reforma Protestante na Suíça e na Escócia (calvinistas), com as igrejas reformadas e mais particularmente com as igrejas presbiterianas.

            O presbiterianismo assenta em pressupostos específicos sobre a forma de governo desejada pelo Novo Testamento:

a.    A função do ministério da palavra de Deus e a administração dos sacramentos é ordinariamente atribuída ao pastor em cada congregação (igreja) local. As congregações são núcleos dependentes da igreja local.

b.    A administração da ordenação e legislação está a cargo das assembleias de presbíteros, entre os quais os ministros e outros anciãos são participantes de igual importância. Estas assembleias são chamados de concílios.

c.    Todas as pessoas são sacerdotes, preocupadas com a sua própria salvação, em nome dos quais os anciãos são chamados a servir pelo assentimento da congregação (sacerdócio de todos os crentes).

 


           Desta forma, o papel governamental dos presbíteros é limitado à tomada de decisões quando há uma reunião, sendo de resto a função dos pastores e o serviço da congregação, orar por eles e encorajá-los na sua fé. Esta forma de governo permite a flexibilidade na tomada de decisão, em contraste com o que acontece nas igrejas em que bispos detêm um poder concentrado.

       Os concílios presbiterianos crescem em gradação hierárquica. Cada igreja local tem o seu concílio, chamado de sessão ou conselho. As igrejas de uma determinada região compõem um concílio maior chamado presbitério. Os presbitérios, por sua vez, compõem um sínodo. O concílio maior numa Igreja Presbiteriana é a assembleia geral ou supremo concílio.

 

Igrejas Presbiterianas no Brasil

            No Brasil, segundo o Censo realizado pelo IBGE, em 2010, havia cerca de 1 milhão de presbiterianos no país, ou seja, 0,5% da população. Os presbiterianos brasileiros dividem-se nas seguintes denominações:


Ø  Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB);

Ø  Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB);

Ø  Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil (IPCB);

Ø  Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU);

Ø  Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil (IPFB);

Ø  Igreja Indígena Presbiteriana do Brasil (IIPB) – sede Dourados/MS;

Ø  Igreja Presbiteriana Coreana Americana;

Ø  Igreja Presbiteriana Reformada do Brasil;

Ø  Igreja Presbiteriana de Formosa no Brasil;

Ø  Igreja Presbiteriana Reformada – Presbitério de Hanover;

Ø  Igreja Puritana Reformada no Brasil;

Ø  Igreja Presbiteriana Contemporânea;

Ø  Igreja Presbiteriana Coreana – dividida em vários grupos (Hermom, Smyrna, Betsda, Água Viva, Antióquia, outras);

Ø  Igrejas Presbiterianas da Reforma no Brasil (IPDRB) – Sede Sarandi/PR.

            Denominações pentecostais presbiterianas:

Ø  Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil;

Ø  Igreja Cristã Presbiteriana;

Ø  Igreja Presbiteriana Viva;

Ø  Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana;

Ø  Igreja Presbiteriana da Graça;

Ø  Igreja Presbiteriana Reformada Avivada do Brasil;

Ø  Igreja Cristã Presbiteriana Pentecostal;

Ø  Igreja Presbiteriana Avivada;

Ø  Igreja Presbiteriana Ministério Anicuns;

Ø  Igreja Presbiteriana Pentecostal;

Ø  Igreja Presbiteriana Livre









[1] Ver no Blog do Maffei: https://radiomaffei.blogspot.com/2021/12/reforma-protestante-ii.html. Acesso em 7 de dez. 2021.

 

[2] Presbítero – Palavra originária do grego que significa ancião ou sacerdote, usado no cristianismo. No Novo Testamento refere-se a um líder nas congregações cristãs locais, com referência ao “presbyteros” grego significando ancião/senhor e “episkopos” significando supervisor, referindo-se exclusivamente ao ofício de bispo, mas com presbíteros sendo entendidos por muitos como se referindo a mesma pessoa que realiza a função de administrador. No uso moderno Católico e Ortodoxo, presbítero, diferente de bispo, é sinônimo de sacerdote. Entretanto, no uso predominante (caráter majoritário) do protestantismo, o termo não é visto como se referindo a um membro de um sacerdócio, denominado sacerdotes, mas, em vez disso, termos como ministro, pastor e ancião são mais usados. No Presbiterianismo (especialmente a Igreja Presbiteriana do Brasil), cujo nome deriva justamente de “presbítero”, por ser por eles governado, os presbíteros são divididos em duas categorias: Presbíteros Docentes (pastores, dedicados à pregação e execução dos sacramentos, Batismo e Santa Ceia, majoritariamente) e Presbíteros Regentes (voluntários que são eleitos pelos membros da igreja para lhes representar no governo tanto na igreja local como nos concílios, não estando, hierarquicamente, abaixo dos presbíteros docentes).

 


[3] Liberalismo Teológico ou Teologia Liberal – representa a tentativa de abordar a religião de uma perspectiva crítica, aberta, honesta e racional sem negar ou menosprezar a importância da experiência religiosa e do compromisso religioso. Além de uma abordagem de reflexão religiosa, o termo também indica um movimento teológico no seio do protestantismo cuja produção intelectual ocorreu entre o final do século XVIII e o início do século XX. A teologia liberal interpretava as doutrinas cristãs levando em consideração o conhecimento moderno, a ciência e a ética. O liberalismo teológico enfatizava a importância da razão e da experiência sobre a autoridade doutrinária. Os cristãos liberais viam sua teologia como uma alternativa ao racionalismo ateísta e às teologias tradicionais baseadas na autoridade externa (como a Bíblia ou tradição sagrada). A teologia liberal surgiu da reação ao racionalismo iluminista e da valorização da experiência e essência pelo romantismo do século XVIII e XIX, principalmente entre igrejas protestantes europeias e seu correspondente no catolicismo, o modernismo teológico. A influência da teologia liberal, fundamentada em uma visão positiva da humanidade, sucumbiu diante dos horrores da Primeira Guerra Mundial. Drasticamente, o movimento da teologia liberal diminuiu com a ascensão do pentecostalismo, na década de 1920, da neo-ortodoxia na década de 1930, do movimento ecumênico e missionário nos anos 1940, do Evangelicalismo nos anos 1950, da Teologia da Libertação na década de 1960 e com a teologia pós-liberal dos anos 1990. Apesar de quase extinção, há ainda no início do século XXI alguns poucos teólogos liberais, como o teólogo Marcus Borg, o bispo episcopaliano John Shelby Spong e o teólogo alemão Jörg Lauster. Atualmente, os aderentes dessa teologia congregam em denominações diversas ou se comungam em pequenas denominações como a Igreja Presbiteriana não Subescrevente da Irlanda, a Congregação Unitarista de Pernambuco, a Igreja Cristã Livre do Recife ou associações como a Rede Europeia Protestante Liberal. Fonte: Wikipédia. Acesso em 7 de dez. 2021.

 


[4] Evangelicalismo, evangelismo ou cristianismo evangélico – é um movimento cristão protestante surgido no século XVII, depois da Reforma Protestante, tornando-se uma vertente organizada com o surgimento dos metodistas entre os anglicanos, dos puritanos entre os calvinistas e Igrejas Reformadas, ambos na Inglaterra e dos petistas entre os luteranos na Alemanha e Escandinávia. O movimento tornou-se ainda mais significativo nos Estados Unidos da América durante o Grande Despertamento dos séculos XVIII e XIX, onde conseguiu muito mais membros do que na Europa. O movimento continua a atrair adeptos em nível mundial no século XXI, especialmente no mundo em desenvolvimento. É um movimento que reúne vários submovimentos, sendo os principais o Anabatismo, a Igreja Batista e o Pentecostalismo. Fonte: Wikipédia. Acesso em 7 de dez. 2021.

 


[5] Instituto Presbiteriano Mackenzie iniciou suas atividades em 1870. Em 1869, a cidade de São Paulo vivia um clima de efervescência, em que o café era a principal fonte econômica do país. Nessa época a campanha abolicionista ganhava adeptos, abalando os alicerces políticos do Império e fomentando numa pequena parcela da população, o desejo de que o Brasil se tornasse uma República. Em meio a esses acontecimentos, chega e se instala na cidade de São Paulo o casal de missionários presbiterianos George e Mary Ann Annesley Chamberlain. Em 1870, enquanto o reverendo Chamberlain empreendia viagens missionárias pelo interior do Estado, sua esposa, Mary, dedicava-se à área pedagógica na residência do casal. Três crianças, sendo dois meninos e uma menina, foram os primeiros alunos de um sistema educacional em turmas mistas, sem castigos físicos adotados na época. Nascia, assim, uma escola socialmente responsável e integrada à sociedade. Em 1871, a escola da senhora Chamberlain mudou-se para um novo endereço, Rua Nova São José, atual Libero Badaró. A partir de 1872, as aulas passaram a ser pagas – 12 mil réis por trimestre – concedendo-se bolsas parciais e integrais para os alunos carentes. Aceitando a proposta do jornalista José Carlos Rodrigues, adotou-se o nome de Escola Americana. Estudaram na escola nessa época tanto filhos de escravos como de famílias tradicionais. Em 1876, uma nova mudança, agora para a esquina das ruas Ipiranga e São João, com a implantação de dois novos cursos: Escola Normal e o Curso de Filosofia (nível superior). Em 3 de setembro do mesmo ano, era inaugurado um edifício de tijolinhos, cuja parte superior fora reservada para o internato feminino, e o térreo para dois escritórios e três espaçosas salas de aula. Em 1879, Dona Maria Antônia da Silva Ramos, baronesa de Antonina, vendeu ao Reverendo Chamberlain, por 800 mil réis, área de sua chácara em Higienópolis, onde pastavam os cavalos que puxavam suas carruagens e escravizados plantavam frutas e hortaliças. Finalmente, em 1880, adquiriu-se uma área de 27,7 mil metros quadrados no bairro de Higienópolis. A fama da Escola Americana não se restringia ao Brasil, chegando aos ouvidos do advogado americano John Theron Mackenzie que, sem nunca ter vindo ao Brasil, fez constar em seu testamento, em 1890, uma doação à Igreja Presbiteriana americana para que se construísse no Brasil uma escola de Engenharia. Desta forma, tem início o nome utilizado até hoje: Mackenzie. Em fevereiro de 1896, já em Higienópolis, teve início o primeiro ano letivo da Escola de Engenharia Mackenzie, sendo os diplomas ainda expedidos pela Universidade de Nova Iorque. Na década de 1940 começou introduzir novas unidades e cursos, como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1946; Faculdade de Arquitetura, em 1947 e a Faculdade de Ciências Econômicas, em 1950. Em 1952, com quatro escolas superiores, o Mackenzie é reconhecido por meio de decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas como universidade. Neste ano, o Doutor Henrique Pegado assume a primeira reitoria da universidade. Em 1955 se iniciaram as aulas da primeira turma da então criada Faculdade de Direito, que desde sua fundação destaca-se como uma das escolas mais tradicionais de São Paulo, ao lado da Faculdade de Direito da Pontifica Universidade Católica de São Paulo e Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco. Em 1965, o Mackenzie nomeia Esther de Figueiredo Ferraz para o cargo de reitora. Ela foi a primeira mulher a assumir um cargo de reitora em universidades brasileiras. Ainda durante o mandato de Esther Figueiredo Ferraz, alunos da Presbiteriana Mackenzie e da Universidade de São Paulo entraram em um conflito conhecido como a Batalha da Maria Antônia. Na época a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (que depois mudou o nome para FFLCH) era na rua Maria Antônia. Houve um grande conflito violento e sangrento entre os alunos pró-ditadura e contraditadura. Os estudantes de esquerda, opositores ao regime militar, se concentraram no prédio da USP, em contra partida, os alunos direitista locaram-se no prédio Mackenzista, o grupo denominado CCC – Comando de Caça aos Comunistas. Pelas diferenças ideológicas contrastantes, o conflito foi inevitável e só acabou com a repressão da tropa de choque solicitada pela então reitora Esther Figueiredo Ferraz. Em 1970 o Mackenzie abre a Faculdade de Tecnologia para suprir vários setores tecnológicos do mercado de trabalho de profissionais qualificados em cursos superiores. A faculdade de Tecnologia se tornaria em 1999, a Faculdade de Computação e Informática. O campus São Paulo possui atualmente mais de 50 prédios e está localizado no bairro Higienópolis. Cerca de 35 mil alunos frequentam mais de 40 cursos nos diversos campi do Mackenzie. As unidades de São Paulo e Tamboré oferecem desde a educação infantil à pós-graduação. A unidade de Brasília atende ao colégio e a pós-graduação que também está presente em Campinas, Rio de Janeiro e Recife. A Universidade Presbiteriana Mackenzie é de caráter confessional. Como instituição presbiteriana, é regida pela fé cristã evangélica reformada e pela ética calvinista de vocação. Assim, o compromisso do Mackenzie é de estimular o conhecimento das “ciências humanas e divinas”. Entretanto, o caráter confessional foi questionado em 2013, quando a universidade abriu as portas para um debate sobre diversidade sexual. Fonte: Wikipédia. Acesso em 7 de dez. 2021.

 


[6] Instituto Presbiteriano Gammon – é uma das mais antigas instituições educacionais brasileiras, principiou suas atividades na segunda metade do século XIX como uma iniciativa de missionários estadunidenses da Igreja Presbiteriana. Destacou-se, por seu dinamismo, por sua visão do futuro e por sua dedicação, o missionário Samuel Rhea Gammon, cujo nome, após sua morte, passou a figurar em toda a instituição. Fundado em 1869, na cidade de campinas, São Paulo, o Gammon foi a primeira escola evangélica do país. O surto de febre amarela que atingiu o Brasil no final do Século XIX, principalmente em Campinas, quando milhares de pessoas perderam suas vidas, levou o então denominado Colégio Internacional a transferir-se definitivamente para Lavras em 1893, marcando a trajetória do educandário que contribuiu para o enriquecimento da educação de Lavras e região. Alguns anos após o início das atividades educacionais em Minas foram criados cursos especializados em agricultura que evoluíram até o surgimento de uma escola de agricultura, a qual se transformou em 1908, na conceituada Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL. Esta foi federalizada pelo governo de João Goulart e hoje é credenciada como Universidade Federal de Lavras – UFLA. A Faculdade Presbiteriana Gammon – FAGAMMON foi inaugurada pelo Instituto Presbiteriano Gammon em 1990 e desde aquele ano figuro como a Instituição de Ensino Superior do Gammon entidade que é sua mantenedora até os dias atuais. A FAGAMMON contribuiu para a formação humana do corpo discente através de conteúdos que favoreçam a reflexão dos estudantes, sensibilizando-os para uma visão crítica, solidária, transformadora e comprometida com a realidade local, regional e nacional. A fé aliada à razão, como pilar da instauração do progresso humano numa visão humanística, e a busca constante da melhoria da qualidade de vida sustenta as atividades de ensino, pesquisa e extensão da FAGAMMON, além de projetos de ações assistenciais que coexistem com a condição filantrópica da mantenedora. Fonte: Wikipédia. Acesso em 7 de dez. 2021.

 


[7] Reino da Prússia – foi um reino alemão de 1701 a 1918 e, a partir de 1871, o principal Estado-membro do Império Alemão, compreendendo quase dois terços da área do império. Seu nome originou-se do Ducado da Prússia, embora sua base de poder tenha sido a Marca de Brandemburgo. Foi centrado na região histórica da Prússia. Os reis da Prússia foram todos da Casa de Hohenzollem que governava anteriormente com sucesso a Marca de Brandenburgo e posteriormente englobaram a Prússia mais a leste, formando Brandemburgo-Prússia sob Frederico Guilherme, o “grande eleitor”. Com sua capital em Berlim desde 1451, os Hohenzollem como eleitores de Brandemburgo, levaram o Reino da Prússia a um papel de liderança na história da Alemanha. Em 1871, sob a liderança do chanceler Otto von Bismark os estados alemães se uniram na criação do Império Alemão. Em novembro de 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial, as monarquias foram abolidas e a nobreza perdeu seu poder político. A Prússia, como unidade política, foi efetivamente abolida em 1932, durante o regime nazista e oficialmente em 1947. O nome Prússia deriva de prussianos. No século XIII, os cruzados alemães, os Cavaleiros Teutônicos, conquistaram os “prussianos”. Em 1308, os Cavaleiros Teutônicos conquistaram a região anteriormente polonesa de Pomerélia, com Gdansk (Dantzig). Seu estado monástico foi principalmente germanizado pela imigração da Alemanha Central e Ocidental e do sul, e foi colonizado por habitantes de Mazóvia. A Segunda Paz de Torun (1466) dividiu a Prússia para o oeste denominada de Prússia Real, uma província da Polônia, e a parte oriental, a partir de 1525 chamada de Ducado da Prússia, um feudo da Coroa da Polônia até 1657. A união de Brandemburgo e o Ducado da Prússia em 1618 levou à proclamação do Reino da Prússia em 1701. Fonte: Wikipédia. Acesso em 7 de dez. 2021.


 

[8] John Knox – Nascido aproximadamente em 1514 em Gifordgate, Haddington, East Lothian, Escócia e falecido em 24 de novembro de 1572 em Edimburgo na Escócia. Foi um ministro, teólogo e escritor escocês que liderou a Reforma Protestante na Escócia. Ele foi o reformador da Igreja da Escócia, e o fundador do Presbiterianismo. Acredita-se que John Knox tenha sido educado na Universidade de Saint Andrews e trabalhado como tabelião-padre. Influenciado pelos primeiros reformadores da igreja, como George Wishart ele se juntou ao movimento para reformar a Igreja Escocesa. Ele foi envolvido pelos eventos eclesiásticos e políticos que envolveram o assassinato do cardeal David Beaton em 1546 e a intervenção da regente Maria de Guise. Ele foi feito prisioneiro pelas forças francesas no ano seguinte e exilado para a Inglaterra quando foi solto em 1549. Durante o exílio, Knox foi licenciado para trabalhar na Igreja da Inglaterra, onde subiu na hierarquia para servir ao rei Eduardo VI da Inglaterra como capelão real. Ele exerceu uma influência reformadora no texto do “Livro de Oração Comum”. Na Inglaterra, ele conheceu e se casou com sua primeira esposa, Margery Bowes. Quando Maria I ascendeu ao trono da Inglaterra e restabeleceu o catolicismo romano, Knox foi forçado a renunciar ao cargo e deixar o país. Knox mudou-se para Genebra e depois para Frankfurt. Em Genebra, ele conheceu João Calvino, de quem ganhou experiência e conhecimento da teologia reformada e do governo presbiteriano. Ele criou uma nova ordem de serviço, que foi finalmente adotada pela igreja reformada na Escócia. Ele deixou Genebra para chefiar a igreja de refugiados ingleses em Frankfurt, mas foi forçado a deixar as diferenças sobre a liturgia, encerrando assim sua associação com a Igreja da Inglaterra. Em seu retorno à Escócia, Knox liderou a Reforma Protestante na Escócia, em parceria com a nobreza protestante escocesa. O movimento pode ser visto por alguns como uma revolução, pois levou a destituição de Maria de Guise, que governava o país em nome de sua jovem filha Maria, Rainha dos Escoceses Knox ajudou a escrever a nova confissão de fé e a ordem eclesiástica para a igreja reformada, a Kirk. Ele escreveu seus cinco volumes “A História da Reforma na Escócia” entre 1559 e 1566. Ele continuou a servir como líder religioso dos protestantes durante o reinado de Maria da Escócia. Em várias entrevistas com a rainha, Knox a advertiu por apoiar as práticas católicas. Depois de ser presa por seu papel de assassinato do marido, Lord Darnley, e o rei Jaime VI foi entronizado em seu lugar, Knox pediu abertamente sua execução. Ele continuou a pregar até seus últimos dias. Fonte: Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.



[9] João Calvino - Nascido a 10 de julho de 1509 em Noyon (comuna francesa no departamento de Oise, em Altos da França aproximadamente a 95 quilômetros a norte de Paris), e faleceu em Genebra na Suíça em 27 de maio de 1564, foi um teólogo francês, líder religioso e escritor cristão. Considerado como um dos principais líderes da Reforma Protestante, em particular na França. As ideias de Calvino tiveram uma grande influência não apenas sobre a teologia cristã, mas também sobre a vida social, política e até mesmo sobre o sistema econômico de diversos países, sendo amplamente consideradas como tendo possuído um forte impacto na formação do mundo moderno capitalista. O sistema teológico bíblico que ele criou é geralmente conhecido como calvinismo, ainda que o próprio Calvino tivesse repudiado veementemente o uso de tal nome para descrevê-lo. Esta variante do protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africâneres – brancos de origem europeia), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.



 [10] Igreja Anglicana – ver no Blog do Maffei: https://radiomaffei.blogspot.com/2021/12/reforma-protestante-origem-vi-os.html. Acesso em 8 de dez. de 2021.




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