O Einsatzgruppen era uma unidade especial criada pelos nazistas em 1938
durante a anexação da Áustria (chamada de Anschluss) para realizar a
perseguição e execução dos opositores do regime. Com o início da guerra, a
atuação dessa unidade foi expandida para a Polônia e depois para todo o front
oriental da guerra contra a União Soviética.
Einsatzgruppen, “força-tarefa” em alemão, era formado por membros da Gestapo (polícia
secreta), da Wehrmacht (exército alemão) e da Schutzstaffel, a SS (unidade
paramilitar do Partido Nazista).
Inicialmente, a atuação do Einsatzgruppen na Polônia foi contra a
intelligentsia local, ou seja, contra a elite intelectual polonesa. O
historiador Timothy Snyder chamou esses grupos de “soldados ideológicos”. A intenção da Alemanha ao exterminar a elite
intelectual polonesa era minimizar as possibilidades de resistência da
sociedade desse país contra a ocupação nazista.
Essa ação do Einsatzgruppen resultou na morte de cerca de 50 mil
poloneses e assemelhou-se à prática da polícia secreta soviética (NKVD) contra
a intelligentsia polonesa no leste do país no mesmo período. A partir de julho
de 1941, esse grupamento passou a exterminar os judeus.
Em julho de 1941, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich convenceram
Hitler a iniciar a Solução Final, o
plano de extermínio dos judeus da Europa. Inicialmente, o líder nazista havia
deixado a realização desse plano somente para o final da guerra, mas, a partir
da argumentação de Himmler e Heydrich, Hitler autorizou a execução do
genocídio.
Assim, em julho de 1941, Himmler fez uma viagem particular por todo
oeste da União Soviética a fim de transmitir a última informação: mulheres e
crianças judias deviam ser eliminadas junto com os homens judeus. As forças
terrestres reagiram imediatamente. A execução dessa ordem foi realizada por
três Einsatzgruppen, cada qual responsável por uma área:
A busca do Einsatzgruppen pelos judeus era extremamente organizada, além
de haver um grande controle sobre as regiões em que era estabelecida a
perseguição desse povo. Ao todo, essa unidade chegou a mobilizar cerca de 20
mil soldados no Leste Europeu, que executavam suas vítimas pelo fuzilamento.
Antes da guerra, Kiev possuía cerca de 160 mil judeus, o que
representava em torno de 20% da população da cidade. Com a invasão nazista, por
volta de 100 mil conseguiram fugir, e os 60 mil restantes ficaram sob o domínio
dos nazistas.
O objetivo dos nazistas era agrupar toda a população judia para
executá-la. No dia, segundo os relatos, formou-se uma grande fila e,
sistemicamente, os judeus eram acompanhados por tropas para uma vala comum onde
eram fuzilados. O massacre de Babi Yar foi
feito pelo Einsatzgruppen C e foi responsável pela morte de 33.761 pessoas.
A função do Einsatzgruppen na execução dos judeus foi substituída pelo
uso da câmara de gás nos campos de extermínio. Essa mudança deveu-se ao fator
psicológico que as execuções causavam nos soldados do Einsatzgruppen,
principalmente quando as vítimas eram mulheres e crianças. Com o uso do gás Zyklon B, os nazistas conseguiram
ampliar o número de pessoas mortas e tornaram o genocídio impessoal.
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