Jorge Francisco Isidoro Luis Borges
Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899
— Genebra, 14 de junho de 1986 – 86 anos). Foi um escritor, poeta, tradutor,
crítico literário, professor, bibliotecário e ensaísta argentino, modernista,
surrealista[1]
voltado para a literatura fantástica. Formou-se no Colégio Calvino[2] em
Genebra, na Suíça. Estudou Direito na Universidade de Buenos Aires. Mais tarde,
Borges estudou na Universidade de Cambridge para tornar-se professor. Foi,
ainda, diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires[3].
Recebeu os prêmios Prêmio Formentor de las Letras Internacional[4]
(1961), Jerusalém[5]
(1971), Cervantes[6]
(1979), Prix Mondial Cino Del Duca[7]
(1980), Balzan[8]
(1980) e National Book Critics Circle Award[9]
(pós-morte em 1999). Em 1914, sua família mudou-se para Suíça,
onde estudou e de onde viajou para a Espanha. Quando regressou à Argentina em
1921, Borges começou a
publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também
trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955, foi
nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de
literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário
internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio
Formentor de las Letras Internacional, compartilhado com o dramaturgo Samuel
Beckett[10].
No mesmo ano, recebeu do então presidente da Itália, Giovanni Gronchi[11],
a condecoração da Ordem do Comendador.
Suas obras abrangem o "caos que governa o mundo e o caráter de
irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficções
(1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por
temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios, livros
fictícios, religião e Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente
para o gênero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva
cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da
imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro".
Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza[12], Luís de Camões[13] e Virgílio[14].
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente nos Estados Unidos e
Europa. Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudada pelo
"Boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão, de
Gabriel García Márquez[15]. Para homenagear Borges,
em seu romance O Nome da Rosa Umberto Eco[16] criou o personagem
"Jorge de Burgos", que além da semelhança no nome, é cego — assim
como Borges foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que
serve como plano de fundo do livro é inspirado no conto de Borges "A
Biblioteca de Babel" (uma biblioteca universal e infinita que abrange
todos os livros do mundo). O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee[17] disse que "Borges,
mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho
para uma geração notável de romancistas hispano-americanos". Laureado com
inúmeros prêmios, também foi conhecido por suas posições políticas
conservadoras, o que pode ter sido um obstáculo à conquista do Prêmio Nobel de
Literatura[18],
ao qual ele foi candidato por quase trinta anos.
Biografia
Jorge Luis Borges
nasceu numa família burguesa e instruída. A mãe de Borges, Leonor Acevedo
Suárez, veio de uma família tradicional uruguaia. O seu livro de 1929 “Cuaderno
San Martín” incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem ao seu
avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires
que se opunha contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado
e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas
de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo
Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde o seu neto Jorge Luis Borges
nasceu. Segundo um estudo
realizado por Antonio Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o
bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal, em 1770, e vivido na
localidade de Torre de Moncorvo, situada no Norte de Portugal, antes de emigrar
para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.
Aos sete anos de idade,
Borges já teria revelado ao seu pai que seria escritor. Aos nove, escreve seu
primeiro conto, "La Visera Fatal", inspirado num episódio de Dom
Quixote. Em 1914, muda-se, com os pais, para a Europa, morando inicialmente em
Genebra, na Suíça, onde conclui os seus estudos, e depois em Espanha. Em 1921,
volta a Buenos Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural
da cidade. Em 1923, publica o seu primeiro livro de poemas, "Fervor de
Buenos Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras
literárias do século XX. Borges morreu em Genebra com um cancro de fígado e um
enfisema, onde está sepultado, por opção pessoal no Cimitiere des Rois.
Borges foi um ávido
leitor de enciclopédias. Numa memorável palestra sobre “O Livro” em 1978, Borges
comenta a felicidade que teve ao ganhar a enciclopédia alemã Enzyklopadie
Brockhaus, edição de 1966[19]. Lamenta, também, não
poder ver as letras góticas nem os mapas e ilustrações, entretanto sente uma
relação amistosa com os livros. A sua enciclopédia preferida era a IX edição da
Britânica[20],
como disse numa das inúmeras entrevistas que deu. Ele frequentou também a
Universidade de Cambridge[21], na Inglaterra, onde
estudou para ser professor.
Foi agraciado com os
graus de Grande-Oficial (10 de dezembro de 1981) e Grã-Cruz (16 de novembro de
1984) da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de Portugal[22].
Encontra-se sepultado
no Cemitério de Plainpalais
[23], em Genebra, na Suíça. A
campa possui uma inscrição em Inglês Antigo, língua que ensinou na Biblioteca
Nacional de Buenos Aires. Trata-se do poema “Battle of Maldon
[24]”, que se traduz em “não
tenhas medo de nada”.
Obra
"Ontologias
[25] fantásticas, genealogias
sincrônicas, gramáticas utópicas, geografias ficcionais, múltiplas histórias
universais, bestiários lógicos, silogismos ornitológicos, ética narrativa,
matemática imaginária, thrillers teológicos, geometrias nostálgicas e memórias
inventadas fazem parte da imensa paisagem que as obras de Borges oferecem tanto
a estudiosos quanto a o leitor casual. E, sobretudo, a filosofia, concebida
como perplexidade, o pensamento como conjectura, e a poesia, a forma suprema da
racionalidade. Escritor puro, mas, paradoxalmente, preferido por semioticistas
[26], matemáticos, filólogos,
filósofos e mitólogos, Borges oferece — pela perfeição de sua linguagem, de
seus conhecimentos, do universalismo de suas ideias, da originalidade de suas
ficções e da beleza de suas poesias — uma obra que honra a língua espanhola e a
mente universal.
As suas obras
destacam-se por abordar temáticas como a filosofia (e seus desdobramentos
matemáticos), metafísica, mitologia e teologia, em narrativas fantásticas onde
figuram os "Delírios do Racional" (Bioy Casares)[27], expressos em labirintos
lógicos e jogos de espelhos. Ao mesmo tempo, Borges também abordou a cultura
dos Pampas argentinos, em contos como “O Morto”, "Homem da Esquina Rosada" e "O Sul". Também lida com campanhas militares
históricas, como a guerra argentina contra os índios durante a presidência,
entre outros, do escritor Domingo Faustino Sarmiento, trata-as, porém, como
pano de fundo para criações fictícias, como em “História do Guerreiro e da
Cativa”. E rende homenagem à literatura progressiva do seu país em contos em
que se apropria do mitológico Martín Fierro[28]: Biografia de Tadeo
Isidoro Cruz (1829-1874) e "O Fim".
Entre os seus contos
mais conhecidos e comentados podemos citar “A Biblioteca de Babel”, “O Jardim
de Veredas que se Bifurcam”, "Pierre Menard, Autor do Quixote" (para
muitos a pedra angular de sua literatura) e “Funes, o Memorioso”, todos do
livro “Ficções” (1944) - além de "O Zahir", "A escrita do
Deus" e “O Aleph” (que dá seu nome ao livro de que consta publicado em
1949). A partir da década de 50, afetado pela progressiva cegueira, Borges
passou a dedicar-se à poesia, produzindo obras notáveis como "A
cifra" (1981), "Atlas" (um esboço de geografia fantástica, 1984)
e "Os conjurados" (1985), a sua última obra. Também produziu prosa
("Outras inquisições", ensaios, 1952; "O livro de areia",
contos, 1975), notando-se o claro influxo da cegueira. O conto "Tlön,
Uqbar, Orbis Tertius" trata de uma enciclopédia forjada por uma sociedade
secreta ao longo de gerações, que visa inventar (como lembra o próprio Borges,
"inventar" e "descobrir" são sinônimos em latim) que todo
um planeta imaginário, com os seus idiomas, a sua física, a sua política, as
suas ciências e as suas culturas. No fim do conto, sendo
"acidentalmente" descoberta essa enciclopédia, Tlön (o planeta
imaginário) passa a dominar, paulatinamente, todos os interesses terrenos.
Lista de obras:
Poesia
·
Fervor de
Buenos Aires (1923)
·
Luna de
enfrente (1925)
·
Cuaderno San
Martín (1929)
·
Poemas
(1923-1943)
·
El hacedor
(1960)
·
Para las
seis cuerdas (1967)
·
El otro,
el mismo (1969)
·
Elogio de
la sombra (1969)
·
El oro de
los tigres (1972)
·
La rosa
profunda (1975)
·
Obra
poética (1923-1976)
·
La moneda
de hierro (1976)
·
Historia
de la noche (1976)
·
La cifra
(1981)
·
Los
conjurados (1985)
Contos
·
El jardín
de senderos que se bifurcan (1941)
·
Ficciones
(1944)
·
El Aleph
(1949)
·
La muerte
y la brújula (1951)
·
El informe
Brodie (1970)
·
El libro
de arena (1975)
·
La memoria
de Shakespeare (1983)
Ensaios
·
Inquisiciones
(1925)
·
El tamaño
de mi esperanza (1926)
·
El idioma
de los argentinos (1928)
·
Evaristo
Carriego (1930)
·
Discusión
(1932)
·
Historia
de la eternidad (1936)
·
Aspectos
de la poesía gauchesca (1950)
·
Otras
inquisiciones (1952)
·
El
congreso (1971)
·
Libro de
sueños (1976)
Não-classificados
·
Historia
universal de la infamia (1935)
·
El libro
de los seres imaginarios (1968)
·
Qué es el
Budismo (1976)
·
Atlas
(1985)
Póstumos
·
Textos
cautivos (1986)
·
Biblioteca
pessoal - no original Biblioteca personal (1988)
·
Prólogos
de La Biblioteca de Babel (1995)
·
Borges en
Sur (1999)
·
Un ensayo
autobiográfico o Autobiografía (1999)
·
Borges en
El Hogar (2000)
·
Arte
poética (2000)
·
Borges
profesor (2002). Curso de literatura inglesa na Universidade de Buenos Aires
·
El
aprendizaje del escritor (2014). Transcrição do seminário sobre escrita que
ditou em Columbia, em 1971
·
Conferencias
sobre el tango (2015)
·
Em
colaboração com Adolfo Bioy Casares
·
Seis
problemas para don Isidro Parodi (1942)
·
Un modelo
para la muerte (1946)
·
Dos
fantasías memorables (1946)
·
Los
orilleros (1955). Roteiro cinematográfico
·
El paraíso
de los creyentes (1955). Roteiro cinematográfico
·
Nuevos
cuentos de Bustos Domecq (1977)
Ver também: Blog do Maffei - O Túmulo de Borges
[1] Surrealismo – (também chamado de sobrerrealismo) foi um movimento artístico e
literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das
vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes
Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando
dimensão mundial. O Surrealismo propõe a valorização da fantasia, da loucura e
a utilização da reação automática. Nessa perspectiva, o artista deve deixar-se
levar pelo impulso, registrando tudo o que lhe vier na mente, sem se preocupar
com a lógica. Fonte: Site Toda a Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/surrealismo/.
Acesso em 27 de jun. 2022.
[2] Colégio
Calvino – fundado em 1559 e que se chamava nessa altura Colégio de Genebra,
está situado na cidade velha de Genebra, na Suíça. Ao aderir à Reforma
Protestante a 21 de maio de 1536, os genebrinos decidiram remodelar o ensino e
torná-lo obrigatório e gratuito. Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Calvino.
Acesso em 27 de jun. de 2022.
[3] Biblioteca Nacional de Buenos Aires (hoje, Biblioteca Nacional Mariano Moreno)
– criada por Mariano Moreno em 13 de setembro de 1810, entesoura e protege,
através das mais modernas técnicas bibliotecárias, os materiais com os quais
foram forjadas as diferentes ideias e épocas do país. Em seus acervos, formados
por inúmeros documentos, manuscritos, livros, revistas, jornais, fotografias,
mapas, gravuras, audiovisuais e partituras, persiste uma cultura viva que
espera ser descoberta pelo olhar dos seus leitores e pesquisadores,
reconhecendo os tons de um país heterogêneo e os pontos de vista de um passado que
não cessa de produzir questionamentos e projetar imagens sobre o presente.
Localizado a propriedade que inclui as ruas Aguero e Áustria, e as avenidas Las
Heras e Libertador – terreno que correspondia ao antigo Palácio Unzué – o
edifício construído pelos arquitetos Clorindo Testa, Francisco Bullrich e
Alicia Cazzaniga projeta uma estrutura moderna, considerada de estilo
brutalista devido às suas formas geométricas e à presença de concreto aparente.
Esta construção representa o último capítulo de uma rica série arquitetônica
composta por dois outros edifícios históricos: o de suas origens, na Manzana de
las Luces, e sua sede clássica na Calle México, no bairro San Telmo, inaugurado
no início do século XX por seu então diretor, Paul Groussac. Este último edifício
se encontra hoje em restauração para receber ali o Centro de Estudos e
Documentação Jorge Luis Borges – em reconhecimento a sua trajetória como
diretor da instituição –, o qual oficiará um espaço de amostra e investigações
e como residência para escritores que visitem a cidade. Nascida no choque da Revolução de Maio
(Independência da Argentina), a biblioteca é testemunha privilegiada da
história nacional oferecendo nas suas salas de leitura, nos auditórios e exposições,
uma oportunidade de repensar os enigmas da cultura coletiva argentina. Fonte:
Site da Biblioteca Nacional Mariano Moreno. Disponível em: https://www.bn.gov.ar/biblioteca/acerca/historia.
Acesso em 27 de jun. 2022.
[4] Prêmio
Formentor de las Letras Internacional – Prêmio atribuído de 1961 a 1967
promovido pela editora espanhola Seix Barral, com a colaboração de uma dezena
de editoras estrangeiras e dos proprietários do Hotel Formentor de Maiorca, que
na altura se tornou um importante fórum literário. Essa distinção teve duas
modalidades, o Prix Internacional (que reconhecia um autor de ressonância
mundial) e o Formentor Prize (que era atribuído a um romance apresentado por
uma das editoras convocadas e depois publicado por todas as outras). O prêmio
voltou a ser atribuído desde 2011 e é entregue nos jardins do Hotel Barceló
Fomentor. Fonte: Site: El Poder da Palavra. https://www.epdlp.com/premios.php?premio=Formentor%20de%20las%20Letras.
Acesso em 28 de jun. de 2022.
[5] Prêmio
Jerusalém pela Liberdade do Indivíduo na Sociedade (Jerusalem Prize for the
Freedom of the Individual in Society) – é um prêmio literário entregue pela
Jerusalém Internacional Book Fair de periocidade bianual concedido a escritores
cujo trabalho na luta pela liberdade no contexto da sociedade atual. Fonte:
Wikiwand. Disponível em: https://www.wikiwand.com/pt/Pr%C3%A9mio_Jerusal%C3%A9m.
Acesso em 28 de jun. 2022.
[6] Prêmio
Cervantes – Foi instituído em 1975 pelo Ministério da Cultura Espanhol e
reconhece anualmente, uma personalidade do mundo das letras hispânicas,
galardoando com 15 milhões de pesetas (aproximadamente 90 mil euros ou 492 mil
reais) o conjunto de obras do escritor que, no seu todo, mais tenha contribuído
para a glorificação da literatura em língua castelhana. A atribuição deste
prêmio é deliberada por um júri constituído por membros das Academias de
Línguas dos países hispânicos, que podem propor um máximo de 3 candidatos,
podendo inclusivamente voltar a apresentar candidatura de autores premiados em
convocatórias anteriores, instituições vinculadas à literatura em língua
castelhana e membros do júri. Deste júri fazem, normalmente, parte o Diretor da
Real Academia de Espanha, o Presidente de outra academia hispânica, o premiado
do ano anterior e outras seis personalidades do mundo acadêmico literário ou
universitário, espanhol ou latino-americano, e de “reconhecido prestígio e
mérito”, segundo as leis impostas pelo regulamento do prêmio. O Prêmio
Cervantes obedece a determinadas normas, algumas delas consideradas bem
rígidas, que levam a estabelecer certas regras consideradas intransponíveis,
tais como: não pode ser dividido, segundo as normas que se estabeleceram depois
de, na edição de 1979, o júri decidido atribuir o prêmio ex aequo (com igual
mérito) ao espanhol Gerardo Diego e ao argentino Jorge Luis Borges; não pode,
ainda, ser atribuído a título póstumo, por forma a poder contemplar apenas
aqueles que ainda muito contribuem, ativamente, para o contínuo reconhecimento
e dignificação da literatura escrita em língua castelhana. Ambicionado por
muitos, o Prêmio Cervantes é considerado o “Nobel das Letras Espanholas”,
estando a sua atribuição conectada com a garantia de que o autor contemplado
alcançará êxito internacional e reconhecimento imediato. Prestigiante para o
autor e sinônimo de validade e mérito da língua espanhola, o Ministério da
Cultura Espanhol entrega anualmente, pela mão do mais alto representante da
monarquia espanhola, o Rei Juan Carlos, numa cerimônia solene que se celebra a
23 de abril – data da morte de Miguel de Cervantes Saavedra – na Universidade
Madrilena de Alcalá de Henares, o maior galardão das letras espanholas e um dos
mais altos prêmios monetários de todos os títulos de reconhecimento literário
existente. Fonte: Site da Infopédia – Dicionários Porto Editora. Disponível em:
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$premio-cervantes. Acesso em 28 de jun. 2022.
[7] Prêmio
Mundial Cino Del Duca (Prix Mondial Cino Del Duca) – é um importante prêmio
literário criado na França em 1969 por Simone Del Duca (1912 – 2004). O prêmio
recebeu o nome de seu falecido marido, o magnata da publicação Cino Del Duca
(1899 – 1967). O Prix Mondial Cino Del Duca homenageia escritores cujas obras
literárias ou científicas contribuem para difundir mensagens de humanismo
moderno. O prêmio em dinheiro é de 200 mil euros (a partir de 2021). A Fundação
Simone e Cino Del Duca, fundada por Simone Del Duca em 1975 e dedicada a
diversas causas filantrópicas, é responsável
pela atribuição do prêmio. Após sua morte em 2004, a fundação foi
colocada sob os auspícios do Institut de France. Lá, o prêmio é concedido
principalmente por realizações literárias, mas o júri é composto por membros de
todos os departamentos do Institut de France. Há também um prêmio da fundação
para a arqueologia, um para arte e outro para a ciência. Fonte: Artigos Wiki. Disponível
em: https://artigos.wiki/blog/de/Prix_mondial_Cino_Del_Duca.
Acesso em 28 de jun. 2022.
[8] Prêmio Balzan – concedido anualmente a
pesquisadores internacionais das áreas de ciências humanas e naturais, bem como
a personalidades das artes e cultura, pela “Fondazione Internazionale Premio
Balzan”, desde 1961. A fundação, sediada em Milão e Zurique, tem o nome do
jornalista italiano Eugenio Balzan. Sua filha Angela Balzan iniciou a fundação
em 1957, em Lugano, com recursos herdados de seu pai. Eugenio Balzan trabalhou
inicialmente como jornalista no Corriere dela Sera e foi depois seu diretor
administrativo e co-proprietário. Em 1933 deixou a Itália por resistência
contra os círculos fascistas, que ameaçavam a liberdade do Corriere. Até sua
morte em 1953 viveu na Suíça. Em 1961 foi concedido o primeiro Prêmio Balzan –
para a Fundação Nobel. Desde 1979 são concedidos anualmente quatro prêmios em
ciências. A cada três a cinco anos é também concedido um prêmio de 2 milhões de
franco suíços (aproximadamente 1, 25
milhões de euros – 6,9 milhões de reais) para a paz, humanidade e fraternidade
entre os povos. Os ganhadores bem como as especialidades dos prêmios são
determinados por um comitê internacional, ao qual pertencem atualmente 19
renomados cientistas naturais e sociais. A cerimônia de premiação acontece em
rotação anual na Accademia Nazionale dei Lincei em Roma, e no Palácio Federal
da Suíça em Berna. Os bens da fundação são geridos em Zurique. O Prêmio Balzan
é um dos mais significativos a nível mundial, devido à sua seriedade científica
e ao montante financeiro – cada prêmio tem o valor de 750 mil francos suíços
(aproximadamente 4 milhões de reais). Ao contrário de outros prêmios internacionais,
o Prêmio Balzan é concedido anualmente em especialidades distintas. Fonte:
Wikiwand. Disponível em: https://www.wikiwand.com/pt/Pr%C3%AAmio_Balzan.
Acesso em 28 de jun. 2022.
[9] National Book Critics Circle Award – são
concedidos todo mês de março e homenageiam a literature publicada nos Estados
Unidos em seis categorias: autobiografia, biografia, crítica, ficção, não
ficção e poesia, Esses são os únicos prêmios literários nacionais escolhidos
pelos próprios críticos. A cada ano, a NBCC também homenageia um de seus
membros críticos com a Nona Balakian Citation for Excellente in Reviewing e
confere o Ivan Sandrof Lifetime Achievement Award e o Toni Morrison Archevement
Award escolhendo um ilustre autor, editor, editora ou instituição literária. A
proclamação dos finalistas dos prêmios NBCC e a cerimônia de premiação são
apresentadas anualmente em março, reunindo autores, revisores, profissionais de
publicação e leitores apaixonados por essa celebração. A missão do Círculo
Nacional de Críticos é homenagear a escrita excepcional, promovendo uma
conversa nacional sobre leitura, crítica e literatura. O National Book Critics
Circle foi fundado em abril de 1974 no Algonquin Hotel em Nova Iorque, com os
membros fundadores John Leonard, Nona Balakian e Ivan Sandrof pretendendo
estender a mesa redonda Algonquim a uma conversa nacional. Fonte: National Book
Critcs Circle. Disponível em https://www.bookcritics.org/about/. Acesso em 28 de jun. 2022. (Tradução
livre do Inglês).
[10] Samuel
Becktt – romancista dramaturgo irlandês, Samuel Barclay Beckett nasceu a 13 de
abril de 1906 na cidade de Dublin. Oriundo de uma família protestante abastada,
ele estudou na Portora Royal School antes de ingressar no Trinity College da
sua terra natal. Após ter conseguido o bacharelado em Estudos Franceses e
Italianos, no ano de 1927, Beckett começou a trabalhar como professor em
Belfast. Mudando para Paris, passou a frequentar a pequena comunidade literária
de expressão britânica que se reunia na famosa livraria Shakespeare and Company
de Sylvia Beach, onde conheceu James Joyce. Auxiliou o compatriota na
preparação do manuscrito de “Finnegan’s Wake” (1939) e lecionou inglês na École
Normale Superieure. Em 1930 Beckett estreou como poeta, ao publicar
“Whoroscope”, um monólogo dramático que fazia protagonizar pelo filósofo
francês René Descartes, que empreendia uma meditação sobre os mistérios de
Deus, da vida e da morte, enquanto esperava pelo seu pequeno-almoço, uma
substancial omelete. No ano seguinte reuniu uma coletânea de ensaios com o
título “Proust” (1931) e, de regresso a Dublin, licenciou-se pelo Trinity
College, o que valeu uma posição como docente de Francês nessa instituição. A
morte do pai trouxe-lhe uma herança considerável, recebida em anuidades, fato
preponderante na decisão de abandonar a carreira acadêmica em 1932, com o firme
propósito de se dedicar inteiramente à escrita. Julgando Londres um meio mais propício
a oportunidade, mudou-se para esta cidade em 1933. Imiscuindo-se na boêmia
londrina, publicou, no ano seguinte, o seu próprio romance, “More Pricks Than
Kicks” (Mais Picadas do que Pontapés, de 1934). Seguiu-se um período difícil na
sua vida, marcado por visitas regulares a um psicanalista, entre os anos de
1935 e 1936. Em 1938 foi apunhalado por um proxeneta (caftino) e acabou sendo
hospitalizado. Nesse mesmo ano de 1938 publicou “Murphy”, obra em que Beckett
analisava o mundo da prostituição. Coma a deflagração da Segunda Guerra
Mundial, Samuel Beckett partiu da Irlanda para a França, para se juntar às
fileiras da Resistência, mas procurado pelos Nacional-Socialistas, foi obrigado
a fugir para o sul do país, escondendo-se no Roussillon durante dois anos na
companhia de uma estudante de piano, Suzanne Dechevaux-Dumesnil, com que viria
eventualmente a casar em 1961. Trabalhando como lavrador, Beckett continuou a
escrever, elaborando o manuscrito do seu segundo romance, que veio a ser
publicado em 1953 com o título “Watt”. Finda a guerra, Beckett esteve ao
serviço da Cruz Vermelha em Paris. Passou a escrever em francês, publicando uma
trilogia narrativa composta por “Molloy” (1951), “Malone Meurt” (1951) e
“L’Innommable (1953), e as suas peças de teatro mais famosas, “En Attendant
Godot” (1952), “Fin De Partie” (1957) e “Oh Les Beaux Jours” (1961). Estas
obras consagram Beckett como um dos nomes mais proeminentes do teatro do
absurdo, lidando com temas complexos e existencialistas como a desilusão, o sofrimento
e o absurdo da condição humana. Em Beckett, a ironia amarga resulta de um
violento contraste entre a esperança que o homem coloca na sua existência e o
que realmente obtém dela. O ano de 1959 marca o regresso do autor à língua
materna, publicando “Krapp’s Lat Tape, peça de teatro em que um velho se senta
só num quarto a ouvir gravações do seu passado. Beckett foi galardoado com o
Prêmio Nobel de Literatura em 1969, e conta-se que terá utilizado a soma
recebida pela Real Academia Sueca em auxílio de artistas necessitados. Faleceu
a 22 de dezembro de 1989 após ter sido hospitalizado por problemas
respiratórios. Fonte: Site Wook. Disponível em: https://www.wook.pt/autor/samuel-beckett/23701.
Acesso em 28 de jun. 2022.
[11] Giovanni Gronchi – (Nascido em 10 de setembro de 1887 em Pontedera,
Itália e faleceu em 17 de outubro de 1978 em Roma). Foi um político Democrata Cristão que exerceu
o cargo de presidente da Itália de 1955 a 1962. Ele se formou na Universidade
de Pisa e, após a Primeira Guerra Mundial ajudou a fundar o Partido Popular, um
partido católico. Eleito deputado (1919), foi subsecretário de indústria e
comércio quando se tornou líder da secessão aventino (1924), que se opôs ao
líder fascista Benito Mussolini e formou um parlamento de oposição. Quando esse
órgão foi suprimido, Gronchi se aposentou, temporariamente, da vida política.
Após a Segunda Guerra Mundial, ele foi novamente deputado e atuou como ministro
do comércio e indústria em quatro gabinetes (1944 -1946). Mais tarde, foi
eleito para a Assembleia Constituinte (1946) e para a Câmara dos Deputados
(1948), da qual se tornou presidente. Na presidência, ele tomou principalmente
uma posição de proa, sendo muito criticado pro interferir na diplomacia e nos
assuntos internos. Ele fez muitas visitas de Estado, incluindo uma viagem à
União Soviética (1960), que visitou apesar da oposição da Igreja Católica.
Fonte: Site Enciclopédia Britânica. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Giovanni-Gronchi. Acesso em 28 de junho de 2022.
[12] Spinoza (1632-1677) - B
aruch (Benedictus, em latim) Foi um filósofo de família
judia de origem portuguesa. Seu pai era um comerciante abastado. Criado dentro
do judaísmo estudou a Bíblia Sagrada e o Talmude, o livro dos ensinamentos
rabínicos. Entre os anos de 1654 e 1656, dirigiu os negócios de sua família,
mas, em junho desse ano, foi acusado de heresia e excomungado, tendo de
abandonar a comunidade judaica. Mudou-se, então, para Leyden e depois para
Haia, onde passou a viver de seu trabalho como polidor de lentes. Em 1633, Spinoza
publicou Princípios da filosofia de Descartes, obra expositiva dirigida a um
jovem discípulo. Certamente já trabalhava, nessa época, em sua Ética,
obra-prima que só seria publicada postumamente. Vivendo num período em que os
princípios de tolerância da sociedade holandesa estavam ameaçados, Spinoza
preferiu trabalhar no seu Tratado teológico-político. Essa obra foi publicada
anonimamente em 1670, causando escândalo. Em 1673, foi convidado pelo rei Luís
II a permanecer na França, recebendo uma pensão. Uma cátedra para lecionar na
Universidade de Heidelberg lhe foi oferecida e também recusada. Spinoza
preferiu a independência para elaborar sua obra. Levou uma vida sóbria,
limitada por sua saúde frágil. Faleceu em 1677, aos 44 anos. Em sua obra mais
importante, Ética, o filósofo demonstrou, à maneira dos geômetras, a
inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e matéria seriam apenas dois
atributos da substância única, divina, de infinitos atributos. O pensamento de
Baruch Spinoza exerce ainda hoje considerável influência. As obras filosóficas
principais de Spinoza são: a Ethica (publicada postumamente em Amsterdam em
1677), que constitui precisamente o seu sistema filosófico; o Tractatus
theologivo-politicus (publicado anônimo em Hamburgo em 1670), que contém a sua
filosofia religiosa e política. Fonte: Revista do Instituto Humanitas Unisinos.
Ano XII – n.º 397 – Agosto de 2012. Disponível em:
https://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao397.pdf.
Acesso em: 29 de jun. 2022.
[13] Luís Vaz
de Camões – ver Blog do Maffei -
Camões:
https://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/camoes.html. Acesso 02 de jul. 2022.
[14] Virgílio - Públio Virgílio
Marão foi um importante poeta romano. Nasceu na cidade italiana de Andes (Atual
Pietole) em 70 a.C e morreu na comuna italiana de Brindisi em 19 a.C. Ele foi
um grande admirador da cultura grega e sua obra teve grande influência do poeta
grego Teócrito. Em suas obras, Virgílio deu grande destaque para as tradições
da cultura latina, valorizando a expansão de Roma. Buscou a perfeição
estilística e retratou, nos poemas, seus sofrimentos, angústias e ilusões. Suas
principais obras foram: “Bucólicas” (também conhecida como Écoglas); “Eneida”
e; “Geórgias”. Entre as frases famosas de Virgílio estão: 1) O amor vence tudo;
deixe-nos também entregar ao amor. 2) A alma move toda a matéria do mundo. 3)
Cada indivíduo tem um gosto que o arrasta. 4) Feliz aquele que conseguiu
compreender a causa das coisas. Virgílio foi um dos principais poetas da
Antiguidade Clássica. Fonte: RAMOS, Jefferson Evandro Machado. Site Sua
Pesquisa. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/biografias/virgilio.htm.
Acesso em: 29 de jun. 2022.
[15] Gabriel
García Márquez – Ver Blog do Maffei - Gabriel Garcia Márquez - https://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/gabriel-garcia-marquez.html. Acesso 02 de jul. 2022.
[16] Umberto
Eco – Ver no Blog do Maffei - Umberto Eco - https://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/umberto-eco.html. Acesso 02 de jul. 2022.
[17] John
Maxwell Coetzee - a (nascido em 9 de fevereiro de 1940 na Cidade do Cabo, África do
Sul). É um romancista, crítico e tradutor sul-africano conhecido por seus
romances sobre os efeitos da colonização. Em 2003, ganhou o Prêmio Nobel de
Literatura. Cootzee foi educado na Universidade da Cidade do Cabo (BA –
Bachelor of Arts – 1960; MA – Master of Arts – 1963) e na Universidade do Texas
(Ph.D. 1969). Opositor do apartheid, voltou a viver na África do Sul após a
ascensão de Nelson Mandela, onde lecionou inglês na Universidade da Cidade do
Caba, traduziu obras do holandês e escreveu crítica literária. Ele também foi
professor visitante de várias universidades. Britannica, Os Editores da
Enciclopédia. "J. M. Coetzee". Enciclopédia Britânica, https://www.britannica.com/biography/J-M-Coetzee
Acesso em 30 de jun. 2022.
[18] Prêmio
Nobel - é um conjunto das mais importantes premiações mundiais em reconhecimento
às pessoas ou instituições que contribuíram de forma significante para
benefício da humanidade. As ações podem ser de caráter científico, acadêmico ou
cultural. O Nobel é concedido pela Noruega e pela Suécia e as cerimônias de
entrega dos prêmios ocorrem anualmente em ambos os países. Na divisão das
cerimônias, apenas o Nobel da Paz é entregue em Oslo, na Noruega. O prêmio é de
responsabilidade da Fundação Nobel, criada em memória, conforme testamento, de
Alfred Nobel, um cientista e milionário sueco que deixou sua herança milionária
exclusivamente para a criação da fundação e premiação de indivíduos que
contribuíssem para o avanço da ciência e da cultura. Alfred Nobel teve suas
invenções patenteadas e lucrativas, incluindo a invenção da dinamite. Mas tal
invenção além de dinheiro trouxe ao cientista um reconhecimento bastante
negativo, pois alguns jornais da época referenciavam Alfred Nobel como “aquele
que descobriu como matar mais de mil pessoas de um jeito mais rápido”. Por
isso, em seu testamento, Alfred Nobel destinou 94% da sua fortuna para a
criação tanto da fundação quanto do prêmio, sendo que cada um dos vencedores
ganha uma medalha, um diploma e uma quantia em dinheiro que ultrapassa 1 milhão
de dólares. A medalha composta de ouro verde de 18 quilates e é revestida em
ouro de 20 quilates. O Prêmio Nobel compreende cinco categorias: física,
química, literatura, fisiologia ou medicina e paz. O Prêmio Nobel de Literatura
teve seu início em 1901, junto com as demais categorias, o mesmo é outorgado
pela Academia Sueca de Literatura, sendo que o primeiro vencedor foi o poeta
Sully Prudhomme, por “sua composição poética que evidencia um sublime
idealismo, perfeição artística e uma rara combinação de qualidades do coração e
intelecto”. Constata-se que a Fundação Nobel ao anunciarem o escritor ou escritora
vencedora, este ou esta é anunciado com a indicação de um trabalho mais
recente, porém é consenso de que a academia considera o conjunto da obra do
autor como um todo. As escolhas feitas pela Academia Sueca também podem ser
questionáveis, como alguns “cânones” não são sequer indicados e tantos outros
autores, inclusive vencedores do Prêmio Nobel de Literatura caem logo no
ostracismo. Por exemplo, em 1974, Eyvind Johnson e Harry Martinson, dois
escritores suecos, ganharam o Nobel de Literatura sem serem mundialmente
conhecidos, reforçando a ideia de que a Academia é tendenciosa em relação aos
escritores europeus e, principalmente da Suécia. Outros críticos comparam o
Nobel de literatura com “mais um Prêmio Nobel da Paz”, porém sendo um eufemismo
para esconder ideologias políticas do agrado da Academia. Alguns estudiosos são
céticos com relação aos critérios de escolha da Academia Sueca, dizendo que os
juízes nunca votam em culturas diferentes às dos seus países ou que possuam uma
cultura política antagônica. Polêmicas à parte, o Prêmio Nobel de Literatura é
um dos mais aguardados todos os anos e vez ou outra, as escolhas acabam
surpreendendo, como em 2016, quando o vencedor não foi necessariamente um
escritor, mas sim o cantor Bob Dylan. Porém Dylan não foi o primeiro músico
agraciado com o Nobel. O poeta indiano Rabindranath Tagore havia recebido a
honraria em 1913. Tagore era músico e amigo de Mahatma Gandhi e foi responsável
pela composição dos hinos da Índia e de Bangladesh. Fonte: Site Livro Bingo.
Disponível em: https://www.livrobingo.com.br/premio-nobel-da-literatura.
Acesso em 30 de jun. 2022.
[19] Enzyklopadie
Brockhaus – enciclopédia alemã geralmente considerada como o modelo pata o
desenvolvimento de muitas enciclopédias em outras línguas. Suas entradas são
consideradas exemplares do artigo curto e cheio de informações. A primeira
edição foi publicada de 1796 a 1808 como Konversationslexikon por Friedrich
Arnold Brockhaus, que defendeu a inclusão do material mais recente, a
simplificação de tratamentos complicados e o uso de entradas altamente
específicas. Sua filosofia era tornar facilmente acessível às crianças em idade
escolar e ao leitor leigo informações prontamente aprendidas sobre todos os
tipos de assuntos. Brockhaus manteve uma ênfase no conhecimento e informação
popular e uma insistência em ilustrações de alta qualidade, usadas
abundantemente em todo o livro. O nome de Brockhaus não apareceu no título da
enciclopédia até a publicação da 15.ª edição como Der grosse Brockhaus (1928 –
1935), 20 volumes e suplemento. A 16.ª edição (1952 – 1963), com 12 volumes, 2
volumes suplementares e um atlas, reforçou o status da obra como um conjunto de
referência confiável cobrindo uma gama extremamente ampla de tópicos com
artigos curtos, Uma 17.ª edição completamente revisada e redefinida Brockhaus
EnzyKlopädie (1966 – 1981), tinha 20 volume um atlas, 3 volumes suplementares e
um dicionário. A 18.ª edição, com 12 volumes, um atlas, um dicionário e um
volume suplementar, foi publicada entre 1977 e 1982. Uma 19.ª edição revisada e
redefinida foi publicada entre 1986 e 1994, e a 20.ª edição saiu entre 1996 e
1999. Uma 21.ª edição revisada de 30 volumes foi lançada em 2005. A editora de Brockhaus
vendeu a obra de referência para o ex-concorrente Bertelsmann A.G em 2008. Em
2014, a Bertelsmann anunciou que todos os conjuntos de impressão Brockhaus
foram vendidos e que o corpus de 300 mil artigos da enciclopédia seria mantido
apenas como um recurso digital. Fonte: Site Delphi Pages. Disponível em: https://delphipages.live/pt/literatura/bibliotecas-e-obras-de-referencia/brockhaus-enzyklopadie.
Acesso em: 30 de jun. 2022.
[21]
Encyclopaedia Britannica - é uma enciclopédia generalista de língua inglesa
publicada pela Ecncyclopaedia Britannica, Inc, uma editora privada. É
amplamente considerada como a mais acadêmica das enciclopédias. A Britannica
inicialmente foi publicada entre 1768 e 1771, em Edimburgo, Reino Unido, e
depressa aumentou em popularidade e tamanho, com a sua terceira edição, em
1801, alcançando os vinte volumes. O aumento de tamanho implicou a contratação
de colaboradores, e as suas 9.ª (1875 – 1889) e 11.ª edições (1911) são
consideradas como marcos no que toca a enciclopédias acadêmicas e de estilo
literário. Começando com a 11.ª Edição, a Britannica foi gradualmente
diminuindo e simplificando os seus artigos a fim de torná-los mais acessíveis,
e alargar a sua expansão ao mercado nos Estados Unidos. Em 1933, a Britannica
tornou-se a primeira enciclopédia a adotar a política “em continua revisão”,
que resulta em que a enciclopédia seja continuamente reimpressa e cada verbete seja
atualizado regularmente. A Edição atual (a 15.ª) tem uma única estrutura
dividida em três partes: a Micropaedia, de 12 volumes, contém verbetes menores
(geralmente tendo menos de 750 palavra), a Macropaedia, de 17 volumes, com
longos artigos (tendo de duas a 310 páginas cada) e a Propaedia, num só volume,
que pretende fornecer um esboço do conhecimento humano, de modo hierárquico. A
Micropaedia é destinada a pesquisa rápida e a servir como guia para a
Macropaedia; os leitores são aconselhados a estudar o esboço da Propaedia a fim
de entender o contexto do assunto e para encontrar outros artigos, mais
detalhados. O tamanho da Britannica tem-se mantido muito constante ao longo dos
últimos 70 anos, com cerca de 40 milhões de palavra e meio milhão de tópicos.
Embora a sua publicação tenha sede nos Estados Unidos desde 1901, a Britannica
manteve a ortografia inglesa tradicional. Ao longo da História, a Britannica
tem tido dificuldade em permanecer rentável – um problema enfrentado por muitas
enciclopédias. Alguns verbetes em determinadas edições anteriores da
Britannica, foram acusados de imprecisão, viés ou falta de qualificação dos
colaboradores. A precisão de partes da edição mais recente (de 2005) tem sido
igualmente questionada, embora tais críticas tenham sido contestadas pela
gestão da Britannica. Apesar disso, a Britannica mantém a sua reputação como
fonte de pesquisa confiável. Com sede em Chicago, não iria publicar mais
versões impressas em papel focando-se apenas na sua versão online. Fonte:
Wikipédia. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Encyclop%C3%A6dia_Britannica.
Acesso em 30 de jun. 2022.
[21] Universidade
de Cambridge – Localizada no Reino Unido, a Universidade de Cambridge foi
fundada por volta de 1209, quando alguns estudantes de Oxford brigaram com
nativos, optando por ir para Cambridge, fundando uma nova universidade. Sendo
assim, a Universidade de Cambridge é a segunda instituição universitária mais
antiga na língua inglesa, ficando atrás apenas de Oxford. Com isso, a região
onde fica a Cambridge é considerada uma das localizações históricas mais
populares, além de ser situada numa cidade moderna, cosmopolita e vibrante,
repleta de museus, restaurantes, cafés e passeios históricos. Cambridge também
é uma das principais escolha para quem deseja fazer intercâmbio universitário
com cerca de 7 mil estudantes estrangeiros. Atualmente a universidade possui
mais de 22 mil alunos onde 12 mil são estudantes de graduação, e o restante na
pós-graduação. Alunos famosos que estudaram em Cambridge e foram grandes
cientistas como Isaac Newton e James Clark Maxwell. Fonte: Site Intercâmbio no
Exterior. Disponível em: https://www.ie.com.br/intercambio/universidade-cambridge/.
Acesso em 30 de jun. 2022.
[22] Ordem
Militar de Sant’Iago da Espada - Ordem honorífica destinada a distinguir o
mérito literário, científico e artístico. O Grã-colar da Ordem Militar de
Sant’Iago da Espada é o mais alto grau da Ordem concedido pelo Presidente da
República a Chefes de Estados estrangeiros. O Grã-colar pode ainda ser
concedido pelo Presidente da República a antigos Chefes de Estado e a pessoas
cujo feitos, de natureza extraordinária e especial relevância para Portugal, os
tornem merecedores desta distinção. Fonte: Site Grão-Mestre das Ordens Honoríficas de
Portugal. Disponível em: https://www.ordens.presidencia.pt/?idc=184. Acesso em 27 de
jun. 2022.
[23] Cemitério
de Plainpalais – Também chamado de Cemitério dos Reis é um cemitério da cidade
de Genebra onde estão enterrados alguns magistrados e também algumas
personalidades. Foi em 1469 que o hospital para pestilentos da cidade de
Genebra foi construído para as sucessivas ondas de combates da peste negra no
que era então um subúrbio de horticultura. O cemitério adjacente, entretanto,
foi criado em 1842 para acolher as vítimas da doença. O cemitério leva o nome
não oficial de Cemitério dos Reis da rua em que está localizado. Este é assim
denominado por referência ao “rei” dos arcabuzeiros da cidade, cujo campo de
treino era no distrito; esse título de fé “rei” concedido entre 1509 e 1847 ao
competidor que conseguisse o melhor tiro durante a competição anual. A cidade
de Genebra tomou posse do cemitério protestante de Plainpalais em 1869, até
então administrado pelo Hospital Geral de Genebra, pois até 1876 apenas os
protestantes eram enterrados neste cemitério. A partir de 1883, o cemitério foi
fechado para entradas comuns e reservadas para pessoas que haviam adquirido uma
concessão para ser enterrados no local, sendo o preço da administração mais
alto que os outros cemitérios, o que levou a diminuição do número de
sepulturas, levando ao sepultamento na localidade apenas os conselheiros de
Estado e outras personalidades que aos poucos vão tendo hegemonia sobre os
sepultamentos de pobres mortais. Por volta de 1945, foram feitas reformas na
localidade e foi o cemitério associado a um parque. No século XXI, por falta de
enterros, as árvores ocuparam o local. Segundo Roger Beer, dendrologista e
presidente da Sociedade Suíça de Dendrologia, que às vezes conduzem passeios,
são dignos de um jardim botânico. No primeiro plano, à entrada da rue des Rois,
uma grande azinheira, com a sua folhagem sempre verde, simboliza a vida eterna.
Uma faia chorona, debruçada sobre o túmulo de Alfred Vincent, está de frente
para ele. Uma árvore de lenços também evoca a tristeza. Um cedro cujas raízes
desestabilizam uma cruz de pedra celebra a vitória da vida, como a Sophora que
enlouquece as abelhas quando floresce. As árvores foram plantadas, para uso em
uma indústria local, com a árvore de lápis Calocedrus de Caran d’Ache, ou Abeto
da Espanha, trazida pelo botânico genebrino Edmond Boissier em memória de sua
esposa que morreu durante uma viagem. O costume de plantar uma árvore ao lado
do túmulo de um ente querido não é mais permitido. Já o direito de descanso no
Cemitério dos Reis é rigidamente definido, de acordo com o artigo 30, n.º 3 do
regulamento dos cemitérios da Cidade de Genebra, apenas “juízes e
personalidades destacadas, que contribuíram, com sua vida e sua atividade, para
a influência de Genebra podem ser enterrados no local. As partes interessados
devem requerer por uma concessão contratual que apresentada ao Conselho de
Administração do Cemitério. Entre as personalidades enterradas estão Carl Angst
(1875 – 1965 – escultor, pintor e designer suíço), Ernest Ansermet (1883 – 1969
– maestro suíço), Samuel Calvin Baud-Bovy (1906 – 1986 – músico suíço,
etnomusicólogo, neo-helenista e político), Maurice Brailard (1879 – 1965 –
Arquiteto, urbanista, político suíço, membro do Partido Socialista), Alexandre
Calame (1810 – 1864 – pintor suíço), Augustin-Pyramos de Candolle (1778 – 1841
– botânico suíço – descendente de uma linhagem de protestantes cavinistas),
Antoine Carteret (1813 – 1889 – político suíço), Alfred-Louis Vincente (1850 –
1906 – médico e político suíço, membro do Partido Liberal Radical), Lydia
Welti-Escher, nascida Clementine Lydia Escher(1858 – 1891 – rica promotora
suíça de artes, doadora da Fundação Gottfried Keller), Jacques Louis Willemin
(1863 – 1941 – advogado e político suíço, membro do Grande Conselho,
Conselheiro Nacional e Prefeito do Plainpalais), Hans Eberhard Wilhelm Wilsdorf
( 1881 – 1960 – empresário e relojoeiro alemão-britânico fundador da Rolex e da
Tudor), François Diday (1802 – 1877 – pintor de paisagens e promotor de arte
suíço). De 16 de setembro a 30 de novembro de 2016, por ocasião da inauguração
de novos serviços no 150.º aniversário do cemitério, o mesmo recebe uma
exposição de arte, projeto da Associação DART em colaboração com Simon
Lamunière. A exposição contava com 16 obras, criadas para ocasião ou cedidas
pelo Fundo de Arte Contemporânea de Genebra, com a intenção de convidar o
visitante a sonhar acordado e refletir sobre a relação com o além, mas também
com a vida. Entre estas esta concessão do pseudotúmulo criado por Sophie Calle
com prazo de 20 anos. O objetivo do escultor Vicent Du Bois é “reativar o olhar
sobre os objetos de luto, a chamada arte funerária e nossa relação com a morte
e seus ritos. Fonte: Site Artigos Wiki. Disponível em: https://artigos.wiki/blog/fr/Cimeti%C3%A8re_des_Rois.
Acesso em: 30 de jun. 2022.
[24] Battle of Maldon – Ver o
Blog do Maffei - Battle of Maldon - https://radiomaffei.blogspot.com/2022/07/battle-of-maldon-anglo-saxon-poem-dated.html. Acesso 02 de jul. 2022.
[25] Ontologia
– parte da filosofia que trata da natureza do Ser, ou seja, da realidade, das
existências dos entes e das questões metafísicas em geral. Deve-se tomar
cuidado para não confundir com antologia palavra que significa uma coleção de
trechos escolhidos, literários ou musicais ou uma coletânea, seleção,
compilação. Fonte: Site: Português à Letra. Disponível em: https://portuguesaletra.com/duvidas/antologia-ou-ontologia/.
Acesso em 27 de jun. 2022. Na Filosofia, o termo Ontologia possui sua origem na
Metafísica, segundo Aristóteles é a Filosofia Primeira que trata do estudo do
ser enquanto ser. Segundo Marilena Chauí, a palavra ontologia é formada por
outras duas: onto que significa “o Ser” e logia, “estudo ou conhecimento”.
Assim, Ontologia significa “estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das
coisas tais como são em si mesmas, real e verdadeiramente” Fonte: SCHIESSL,
Marcelo. Ontologia: o termo e a ideia.
[27] Adolfo
Bioy Casares (Nascimento: 15 de setembro de 1914 em Recoleta, Buenos Aires na
Argentina e falecimento em 8 de março de 1999 em Buenos Aires). Foi um escritor
argentino, autor de romances, contos, roteiros cinematográficos. Foi o escritor
que conviveu mais aproximadamente a Jorge Luís Borges, com quem dividiu a
autoria de vários volumes de histórias policiais protagonizados pelo detetive
Isidro Parodi, publicadas sob os pseudônimos H. Bustos Domecq e B. Suárez
Lynch. Em sua obra ficcional, a fantasia e a realidade se sobrepõem de maneira
harmoniosa. Na série de romances, iniciada com “La Invención de Morel” (1940),
enfeixou elementos de mitos clássicos, do fantástico, de fenômenos paranormais
e da psicologia, o que levou Borges a considerá-lo “um dos maiores escritores
argentinos de ficção”. Casou-se com Silvina Ocampo, figura de destaque da
Geração dos 40, responsável pela criação da revista Sur com a irmã Victoria
Ocampo. Entre os livros de contos de Casares está “Uma Muñeca Rusa” (1991).
Para o cinema escreveu em parceria com
Borges “Los Orilleros” e “El Paraíso de los Creyentes”, ambos em 1955. Recebeu
o Prêmio Cervantes em 1980. Também publicou crítica literária e ensaio. Outras obras:
”Es Sueño de los Héroes” (1954); “Dormir al Sol” (1973). Fonte: Site
Enciclopédia Latino Americana. Disponível em: http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/b/bioy-casares-adolfo.
Acesso 30 de jun.2022.
[28] Martín
Fierro – poema de José Hernandez é considerado quase unanimemente como um dos
expoentes da literatura argentina. Poema épico com sotaque popular retrata a
vida dos gaúchos, os homens-heróis habitantes do interior argentino. Justo para
alguns, malfeitor para outros, objeto das mais importantes definições e dos
mais contraditórios juízos. Martín Fierro, nascido como um gaúcho qualquer,
“está na entonação e na respiração dos versos; na inocência que rememora pobres
e perdidas felicidades, na coragem que não ignora que o homem nasceu para
sofrer”. Qualificado como livro sagrado por alguns críticos, com o mesmo
significado para os argentinos que a Ilíada para os gregos e Chanson de Roland
para os Franceses, Martín Fierro é o canto de um povo e uma homenagem aos
homens bravios do mítico pampa argentino. Fonte: Site LP&M Editores.
Disponível em https://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=637394&ID=549274.
Acesso em 30 de jun. 2022.