quinta-feira, 30 de junho de 2022

UMBERTO ECO




    Umberto Eco (nascido em 5 de janeiro de 1932, em Alexandria, Itália e falecido em 19 de fevereiro de 2016, em Milão, Itália). Foi escritor, filósofo, professor e semiólogo. Sua obra mais difundida e traduzida para mais de 40 idiomas é “O Nome da Rosa”. O livro foi escrito em 1980 e reflete como o autor, especialista em Idade Média, conseguiu falar e se fazer entender por diferentes públicos. Até mesmo por aqueles que não conhecem os detalhes do período histórico.

Origem e início da carreira

    Nasceu em 5 de janeiro de 1932 em Alexandria, na Itália, e viveu os primeiros anos dentro do regime fascista de Benito Mussolini no país. Aos dez anos, inclusive, foi vencedor de um concurso de redação que trazia como tema a questão: “Devemos morrer pela glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália? À época a resposta foi afirmativa, mas, com o fim do governo de Mussolini, em 1943, ele entendeu o verdadeiro significado da liberdade.

    Durante a carreira acadêmica, se dedicou à literatura e à filosofia na Universidade de Turim, tendo a estética medieval e os textos de Tomás de Aquino como base. A partir de 1962, também passou a realizar estudos sobre semiótica e a sua relação com a filosofia e com as obras de arte. Um dos resultados desses estudos é o livro “Obra Aberta” (1962), uma coletânea de ensaios passeando pela literatura, artes plásticas e música, discutindo a capacidade de cada obra ser passível de várias interpretações motivo do nome do livro ser “Obra Aberta”.

    Além disso, lecionou na Universidade de Columbia, Harvard, Yale, Toronto, Collège de France e fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino.

    Umberto Eco iniciou sua carreira literária com a apreciada ficção de “O Nome da Rosa”, romance que se passa na Itália medieval em um mosteiro para o qual um frei vai investigar heresias. Entretanto, crimes e mortes misteriosas mudam o objetivo da investigação. Logo após o lançamento, o livro virou Best-Sellers e lançou Umberto Eco internacionalmente como romancista. Assim como outras obras, “O Nome da Rosa” é marcado pela ironia característica do autor, narrativa misteriosa, símbolos e codificações.
Posteriormente outros sete romances foram publicados, entre eles, o clássico “O Pêndulo de Foucault”, “O Cemitério de Praga” e “O Número Zero”, este último lançado em 2015, um ano antes da sua morte.

10 Frases de Umberto Eco:

Os livros não são feitos para que alguém acredite neles, mas para serem submetidos à investigação. Quando consideramos um livro, não devemos perguntar o que diz, mas o que significa. (“O Nome da Rosa”)

— Acredito que aquilo em que nos transformamos depende do que nossos pais nos ensinam em pequenos momentos, quando não estão tentando nos ensinar. Somos feitos de pequenos fragmentos de sabedoria. (“O Pêndulo de Foucault”)

— Quando os homens deixam de crer em Deus, não significa que não creem em nada: creem em tudo.

— O amor é mais sábio que a sabedoria. (“O Nome da Rosa”)

— O verdadeiro herói é herói por engano. Ele sonha em ser um covarde honesto como todo mundo.

— Os monstros existem porque são uma parte de um plano divino e, nas características horríveis desses mesmos monstros, revela-se o poder do criador. (“O Nome da Rosa”)

— Todos os poetas escrevem poesia ruim. Os poetas ruins as publicam, os poetas bons as queimam.

— Não são as notícias que fazem o jornal, mas o jornal é que faz as notícias, e saber juntar quatro notícias diferentes significa propor ao leitor uma quinta notícia. (“Número Zero”)

— As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis. (entrevista ao jornal La Stampa)

— Hoje quando afloram os nomes de corruptos e fraudadores, as pessoas não se importam com isso, e só vão para a cadeia os ladrões de galinhas. (entrevista à agência EFE)

 

Fontes:

Site BBC News Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160220_frases_umberto_eco_rb. Acesso em 30 de jun. 2022.

Site Cuituradoria. Disponível em: https://culturadoria.com.br/cinco-anos-sem-umberto-eco-conheca-o-legado-do-escritor/. Acesso em 30 de jun. 2022.

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