quinta-feira, 30 de junho de 2022

GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ



          Gabriel José Garcia Márquez foi um importante escritor de contos, novelista, jornalista e ativista político colombiano. Nasceu em 6 de março de 1927, no município de Aracataca. Faleceu em 17 de abril de 2014, aos 87 anos, na cidade do México.

É considerado pela crítica literária mundial como sendo um dos mais importantes escritores do século XX. Em 1982, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. A obra mais popular de Garcia Márquez é “Cem Anos de Solidão”, onde o autor mistura o épico com o realismo fantástico.

    Gabriel Garcia Márquez era filho de Luisa Santiaga Márquez e Gabriel Eligio Garcia. Seu pai era farmacêutico. Ele foi criado pelos seus avós maternos, pois os pais foram morar na cidade de Barranquilla em 1929.

Em 1947, então com 20 anos, foi estudar Ciências Políticas e Direito na Universidade de Bogotá. Porém abandonou o curso sem terminá-lo. Em 1948, mudou-se para a cidade de Cartagena e começou a trabalhar como jornalista e em 1949 foi morar na cidade de Barranquilla para trabalhar como repórter para o jornal El Heraldo. Em 1954, começou a trabalhar como repórter e crítico para o jornal El Espectador.


    Seu primeiro romance “La Hojarasca” foi publicado em 1955.


    Em 1958 foi trabalhar na Europa como correspondente internacional. Ao retornar para Barranquilla casou-se com Mercedez Barcha com quem teve dois filhos.

Em 1961 foi trabalhar em Nova Iorque como correspondente internacional. Porém, suas ligações com o regime político cubano fez com que a CIA o perseguisse no território estado-unidense, fazendo com que ele vá morar no México.

Em 1967, publicou sua obra mais famosa “Cem anos de Solidão”, sendo que em 1982 ele foi reconhecido internacionalmente e sua obra mereceu o recebimento do Prêmio Nobel de Literatura.


    Seu interesse por cinema o fez fundar, em 1986, a Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba.

    
    Viveu os últimos anos de vida em Cuba, onde lutou contra um câncer linfático. Morreu em 17 de abril de 2014, na cidade do México.




Características Literárias de Gabriel Garcia Márquez



    As obras ficcionais de Gabriel Garcia Márquez se caracterizam por apresentar elementos da corrente literária do realismo mágico ou fantástico, ou seja, aspectos mágicos ou fantásticos que se distanciam da realidade racional. Contribuem para a construção de um enredo que rompe com a realidade pragmática:

v  Ausência de sentido lógico e racional;

v  Situações absurdas que contraria as leis da natureza;

v  Acontecimentos que não podem ser explicados pela razão;

v  Ações que geram estranhamento nos leitores;

v  Presença de um tom de mistério ao longo do enredo;

v  Linguagem mais metafórica e alegórica.

  

    Obras de Gabriel Garcia Márquez:

Revoada (O Enterro do Diabo) – 1955;

Relato de um Náufrago – 1955;

Ninguém Escreve ao Coronel – 1961;

Os Funerais da Mamãe Grande – 1962;

A Sesta de Terça-Feira – 1962;

Má hora: O Veneno da Madrugada – 1962;

Cem Anos de Solidão – 1967;

A Última Viagem do Navio Fantasma – 1968;

Um Senhor Muito Velho com Umas Asas Enormes – 1968

Incrível e Triste História de Cândida Eréndira e sua Avó Desalmada – 1972;

Olhos de Cão Azul – 1972;

O Outono do Patriarca – 1975;

Maria dos Prazeres – 1979;

Crônica de uma Morte Anunciada – 1981;

Textos Caribenhos (1948 – 1952) – Obra Jornalística – Volume 1 – 1981;

Textos Andinos (1954 – 1955) – Obra Jornalística – Volume 2 – 1982;

Cheiro de Goiaba – 1982;

Da Europa e da América (1955 – 1960) – Obra Jornalística – Volume 3 – 1983;

Reportagens Política (1974 – 1995) – Obra Jornalística – Volume 4 – 1984.

O Amor nos Tempos do Cólera – 1985;

O Verão Feliz da Senhora Forbes – 1986;

A Aventura de Miguel Litin Clandestino no Chile – 1986;

O General em seu Labirinto – 1989;

Crônicas (1961 – 1984) – Obra Jornalística – Volume 5 – 1991;

Entre Amigos – 1990;

Doze Contos Peregrinos – 1992;

Do Amor e Outros Demônios – 1994;

Notícia de um Sequestro – 1996;

Como Contar um Conto – 1998;

Viver para Contar – 2002;

Memórias de Minhas Putas Tristes – 2004;

Eu não Vim Fazer um Discurso – 2010.

 

    Prêmios e Honrarias de Gabriel Garcia Márquez

Prêmio de Novela ESSO – 1961;

Doutor Honoris Causa da Universidade de Columbia, em Nova Iorque – 1971;

Medalha da Legião Francesa, em Paris – 1981;

Condecoração Águila Azteca, no México – 1982;

Nobel de Literatura – 1982;

Prêmio Quarenta Anos do Círculo Jornalístico de Bogotá – 1985;

Membro Honorário do Instituto Caro y Cuervo, em Bogotá – 1993;

Doutor Honris Causa da Universidade de Cádiz – 1994.

 

Frases de Gabriel Garcia Márquez

         — Todos somos reféns de nossos preconceitos.

         — Quem não tiver Deus, que tenha superstições.

         — Um escritor só escreve um único livro, embora esse livro apareça em muitos tomos, com títulos diversos.

         — Você não pode imaginar como pesa um homem morto.

         — A solidão, para mim, é o contrário da solidariedade.

         — Acho que a incapacidade para o amor é o que os impulsiona a procurar o consolo do poder.

         — Mais vale chegar a tempo do que ser convidado.

         — Diria que o machismo, tanto nos homens quanto nas mulheres, não é mais que a usurpação do direito alheio.

         — Não acredito em uma terceira alternativa: acredito em muitas.

         — A América Latina não quer, nem tem qualquer razão para querer, ser massa de manobra sem vontade própria. 

5 dos autores por quem Gabo nutria grande respeito e adoração:

1. William Faulkner

    Nobel de Literatura de 1949, Faulkner foi entusiasta da técnica do Fluxo de Consciência, presente em muitas das obras de Gabriel García Márquez. Luz em agosto (1932) foi uma das obras de Faulkner que marcou a trajetória do colombiano: “(…) comecei a fumar, à minha maneira de então, acendendo um na beata do outro, enquanto relia Luz em agosto, de William Faulkner, que era então o mais fiel dos meus demônios tutelares.”. Em sua autobiografia, Gabo deixa clara sua obsessão pelo trabalho do escritor norte-americano, fundamental para sua formação.

2. Ernest Hemingway

    Autor de obras como Morte à tarde (1932), As verdes colinas da África (1935), Por quem os sinos dobram (1940) e O velho e o mar (1952), Hemingway foi Nobel de Literatura em 1954. O americano foi modelo de técnica e disciplina na escrita para García Márquez. Ele mesmo explica que “Faulkner é um escritor que teve grande influência em meu espírito, mas é Hemingway a quem mais devo em termos de estilo – não só por seus livros mas por seu assombroso conhecimento do domínio artesanal que se requer no exercício da escrita.”. Segundo Gabo, Hemingway o ensinou lições como, por exemplo, “quando escrever se torna difícil vale a pena reler as próprias obras para recordar que sempre foi árduo escrevê-las”.

3. James Joyce

    Irlandês, James Joyce foi um escritor complexo cuja profundidade trouxe importantes renovações na literatura universal. O início da carreira de García Márquez foi marcado por comentários sobre os traços joyceanos presentes em seus contos. O romance Ulisses (1922), obra que narra 19 horas de um dia na vida de Leopold Bloom, foi marcante na história de Gabo. Sobre ela, o escritor declara: “li aos bocados e aos tropeços até que a paciência não me chegou para mais. Foi uma temeridade prematura. Anos mais tarde, já adulto domesticado, entreguei-me à tarefa de relê-lo a sério e não só foi a descoberta do mundo próprio de que nunca suspeitei dentro de mim, como também uma ajuda técnica inapreciável para a liberdade da linguagem, o manejo do tempo e as estruturas dos meus livros”.

4. Virginia Woolf

    A britânica Adeline Virginia Woolf escreveu obras hoje consideradas clássicos do romance moderno. Ao farol (1927) foi considerada pela crítica sua obra-prima, embora Orlando (1928), obra que leva no título o nome da protagonista, é tida como sua principal personagem literária. Em Woolf, Gabriel encontrou inspiração na técnica do monólogo interior que, segundo ele, ela manipulava como ninguém. Sobre a prática, muito utilizada por James Joyce, ele explica que “mais tarde, a descobri também em Virgínia Woolf, e de fato gosto mais como ela manipula a narrativa que o próprio Joyce.”. Essa referência foi predominante no primeiro romance de García Márquez, A revoada, de 1955.

5. Mercè Rodoreda

     Membro da geração literária formada no exílio republicano espanhol e considerada a mais influente escritora de língua catalã, Mercè Rodoreda é dona de destacada obra do período pós-Guerra Civil, com traduções para cerca de 40 idiomas. Sua produção abarca diversos gêneros, como o conto, o teatro e a poesia, porém seus maiores êxitos literários – que conquistaram o coração de Gabriel García Márquez – são os romances. Ela é autora do livro “A praça do diamante”. 

Fontes:

FIALHO, Luise. Blog Tag. Disponível em:  https://www.taglivros.com/blog/escritores-adorados-por-gabriel-garcia-marquez/. Acesso em 30 de jun. 2022.

GUIMARÃES, Leandro. Site Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/gabriel-garcia-marquez.htm. Acesso em 29 de jun. 2022.

SOUZA, Elaine Barbosa de. Site Sua Pesquisa. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/biografias/gabriel_garcia_marquez.htm. Acesso em2. Acesso em: 29 de jun. 2022.

SOUZA, Warley. Site Português. Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/gabriel-garcia-marquez.html. Acesso em: 29 de jun. 2022.

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