quinta-feira, 16 de março de 2017

OS APUROS DA IGREJA CATÓLICA DURANTE A REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa e a Religião Católica

Do Nucleo de Estudos Contemporâneo da UFF.
A Revolução Francesa marcou para Igreja Católica um dos períodos mais difíceis de sua história. Isto porque a Revolução não só propagou os ideais iluministas que incluíam um sentimento anticlerical e antirreligioso, como também exerceu na prática esses ideais, muitas vezes de forma violenta.
A França sempre teve uma posição de destaque na cristandade, desde os séculos medievais, da conversão dos francos ao catolicismo até a época em que a cidade francesa de Avignon abrigou a sede do papado. Foi também a França um dos maiores pontos de conflito entre católicos e protestantes. Tais fatos levaram a França a ser considerada por muitos papas como a “filha predileta da Igreja”. Às vésperas da Revolução, o país mostrava um quadro onde o catolicismo vivia o seu auge: a população participava dos ritos religiosos e o clero paroquial cuidava da vida religiosa da sociedade. Exercia grande influência na vida política, pois o poder absoluto do rei era garantido pelo direito divino, e o próprio clero possuía status de Estado. A religião católica influenciava também o tempo, com o calendário gregoriano que possuía festas e feriados cristãos. Por fim, era papel do clero presidir as atividades civis como os casamentos e os registros de nascimento e óbito. Era esse quadro que a revolução viria a mudar radicalmente.
A Revolução Francesa, em sua tentativa de acabar com as estruturas feudais ainda vigentes, colocou a Igreja Católica em uma difícil situação. Desde os primeiros passos da Assembleia Constituinte até a Constituição Civil do Clero, foram tomadas medidas capazes de levantar suspeitas de que a revolução era hostil ao clero. Uma das primeiras medidas dos revolucionários foi a supressão do dizimo e o confisco dos bens do clero, para saldar o déficit nacional. Essas medidas, a princípio, não causaram um conflito direto entre a Igreja e a Revolução.
O conflito só viria com a Constituição Civil do Clero e o juramento dos padres. Tal medida dividiu o clero francês: o clero constitucional, fiel à constituição, e o clero refratário, fiel ao papa. Este repudiava cada medida dos revolucionários, pois, além de perder o controle sobre o clero francês também perdeu suas possessões territoriais francesas na cidade de Avignon.
É possível afirmar que a Constituição Civil do Clero foi o divisor de águas nas relações entre a Religião Católica e o Estado revolucionário francês. Foi o juramento dos padres que estimulou a contrarrevolução na Vendéia e a guerrilha camponesa dos Chouans – a Chouannerie, da qual participaram o clero refratário e a aristocracia. Foi também a questão do juramento que desencadeou um movimento violento de ataques aos padres e aos templos. Além disso, subordinava o clero ao Estado rompendo os seus vínculos com o papa.
A Igreja ainda viria a perder suas áreas de influência na vida política e social. O rei Luís XVI, antes de ser decapitado, é obrigado a renunciar o seu “poder divino”, tornando-se um cidadão como outro qualquer. O clero deixa de presidir as atividades da vida civil como o casamento e os registros de certidões de nascimento e de óbito. É importante ressaltar que na tentativa de enterrar de vez a influência católica, o governo aboliu o calendário gregoriano acabando com os dias da semana, e consequentemente, eliminando as festas e feriados religiosos, inclusive o domingo, conhecido como “Dia do Senhor”. Para substituí-lo criou um novo calendário, conhecido como Calendário Republicano Francês, que marcaria o início da nova era da República Francesa dando uma nova nomenclatura aos meses e semanas de acordo com as estações do ano.
O período do Terror marca o início do movimento violento que se deu contra a Igreja Católica. Igrejas são apedrejadas, padres são forçados a abdicar, imagens religiosas são destruídas e o culto religioso passa a ser proibido. Podemos ainda citar as tentativas de substituir o culto religioso por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Robespierre aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.
Passado o período violento do Terror, com a queda de Robespierre, seguiu-se uma fase confusa para a religião. Os homens que o derrubaram eram anticlericais que participaram dessas perseguições. Contudo, a política da Convenção Termidoriana seguia a lógica do retorno da liberdade que o período do Terror havia negligenciado. A essa lógica de liberdade estava ligada à questão da liberdade de culto. No período que vai de 1795 a 1799, as Assembleias do Diretório agiam ora permitindo o retorno ao culto, ora regressando a uma política de perseguição.
Esse quadro só seria resolvido com Napoleão Bonaparte. No período do Consulado, Napoleão e o Papa Pio VI assinam uma Concordata que redefine as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica era reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto era garantida e o catolicismo era aceito como a religião da maioria dos franceses. Contudo a Igreja ficava subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos.
O último pilar do movimento de ataque a religião católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.
Cronologia:
·         04/08/1789 – Abolição dos direitos feudais e supressão do dizimo.
·         02/11/1789 – Confisco dos bens do clero para saldar déficit nacional.
·         12/07/1790 – Aprovada a Constituição Civil do Clero.
·         26/11/1790 – Decreto fixando o prazo de dois meses para o juramento dos padres em exercício à Constituição.
·         03/1793 à 03/1796 – Revolta da Vendéia e guerrilha camponesa dos Chouans
·         07/11/1793 (17 de Brumário do ano II) – Abjuração do bispo de Paris, marca o início da descristianização.
·         21/11/1793 (1 de Frimário do ano II) – Intervenção de Robespierre, refreando a descristianização violenta.
·         24/11/1793 (4 de Frimário do ano II) – Convenção Nacional adota o Calendário Republicano, determinando a data de 22/09/1792 como início do ano I da Republica.
·         07/05/1794 (18 de Floreal do ano II) – Relatório da Convenção que define as relações entre Estado e Igreja.
·         27/07/1794 (09 de Termidor do ano II) – Queda de Robespierre, sucedido por anticlericais que haviam participado da descristianização violenta.
·         18/08/1797 à 17/09/1797 (Frutidor do ano V) – Inicio da política de perseguição religiosa.
·         07/1801 – Concordata assinada entre Napoleão e o Papa Pio VI.
·         31/12/1805 – Abolição do Calendário Republicano por Napoleão.



Textos de época:
 “A lei considera o casamento como sendo um contrato civil”. (Artigo 7 do Título II da Constituição Francesa de 1791).
A lei não reconhece os votos religiosos, nem qualquer outro compromisso que seja contrário aos direitos naturais, ou à Constituição”. (Constituição Francesa de 1791).
O novo calendário assim como suas instruções serão enviadas aos corpos administrativos, as municipalidades, aos tribunais, aos juizes de paz e a todos os oficiais públicos, aos mestres de todas as instituições e as sociedades populares. O conselho executivo provisório fará passar aos ministros, cônsules e outros agentes da França nos países estrangeiros”. (Artigo 13 do Decreto da Convenção Nacional sobre a instituição do Calendário Republicano).

Referências Bibliográficas:
·         Burke, Edmund. Reflexões sobre a Revolução Francesa, UNB, Brasília, 1969.
·         Furet, François. Pensando a Revolução Francesa, Paz e Terra, São Paulo, 1989 (2. ª edição).
·         Furet, François e Ozuf, Mona (orgs.). Dicionário Crítico da Revolução Francesa, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1989.
·         Hobsbawn, Eric. Ecos da Marselhesa: dois séculos revêem a Revolução Francesa, Companhia das Letras, São Paulo, 1996.
·         Lefebvre, Georges. 1789, O Surgimento da Revolução Francesa, Paz e Terra, São Paulo, 1989.
·         Michelet, Jules. História da Revolução Francesa, São Paulo, Companhia das Letras, 1989.
·         Soboul, Albert. A Revolução Francesa, Difel, Rio de Janeiro, 2003 (8. ª edição).
·         Vovelle, Michel. A revolução francesa contra a Igreja: da razão ao ser supremo, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1989.


Filmes:
Danton – O Processo da Revolução (1982), dirigido por Andrzej Wajda.
Sinopse: Na primavera de 1794, Danton (Gérard Depardieu) retorna a Paris e constata que o Comitê de Segurança, sob a incitação de Robespierre (Wojciech Pszoniak), inicia várias execuções em massa. O povo, que já passava fome, agora vive um medo constante, pois qualquer coisa que desagrade o poder é considerado um ato contrarrevolucionário. Nem mesmo Danton, um dos líderes da Revolução Francesa, deixa de ser acusado. Os mesmos revolucionários que promulgaram a Declaração de Direitos do Homem implantaram agora um regime onde o terror impera. Confiando no apoio popular, Danton entra em choque com Robespierre, seu antigo aliado, que detém o poder. O resultado deste confronto é que Danton acaba sendo levado a julgamento, onde a liberdade, a igualdade e a fraternidade foram facilmente esquecidas.

Casanova e a Revolução (La Nuit de Varennes) (1982), dirigido por Ettore Scola.
Sinopse: No início de outubro o rei Luís XVI é obrigado a viver em Paris. Os líderes da revolução julgam que no Palácio de Paris o rei estará sob maior vigilância; temem as ações contrarrevolucionárias. Depois de mais de um ano de reclusão, em junho de 1791, a família real foge de Paris em direção da Áustria, com a intenção de apoiar e fortalecer as ações austríacas contra a Revolução. O rei seria desculpado pela Assembleia Constituinte no mês seguinte e condenado somente um ano e meio depois, em janeiro de 1793.

quarta-feira, 15 de março de 2017

UMA RELIGIÃO ATEIA? PODE ISSO?

O Culto da Razão


Culto da Razão e/ou Culto do Ser Supremo foram sistemas de crenças e baseados em ideias racionalistas e ateias, estabelecidos na França, e que pretendiam substituir o cristianismo durante a Revolução Francesa.

A oposição à Igreja Católica era parte integral das causas defendidas na Revolução Francesa, e esse anticlericalismo solidificou-se em política governamental oficial em 1792 quando a Primeira República Francesa foi declarada. A maior parte da descristianização da França durante a Revolução foi motivada por preocupações políticas e econômicas, mas as alternativas filosóficas à Igreja também se desenvolveram gradativamente. Entre a heterodoxia crescente, os conceitos estruturais do “Culte de La Raison” vieram a ser definidos por Jacques Hébert, Antoine-François Momoro, Pierre-Gaspard Chaumette, Joseph Fouché e outros revolucionários radicais.
Momoro

O Culto da Razão era explicitamente antropocêntrico. Seu objetivo era a perfeição da humanidade através da realização da Verdade e Liberdade, e seu princípio orientador para este objetivo era o exercício da faculdade humana da Razão.
Apesar de o ateísmo estar no centro do culto, definiu-se como mais do que uma mera rejeição dos deuses ou de Deus: na forma de religião convencional, incentivou atos de adoração congregacional. O culto promovia frequentes exibições de devoção ao ideal da Razão. A distinção cuidadosa sempre foi traçada entre o respeito racional da Razão e da veneração de um ídolo: "Essa é uma coisa que não cansam ao se dizer a uma pessoa", Momoro explicou, "Liberdade, razão e verdade são apenas seres abstratos. Eles não são deuses, para bem dizer, eles são parte de nós mesmos."
A aderência ao Culto da Razão tornou-se um atributo característico da facção dos hebertistas. Era também generalizada entre os assim chamados “sans-culottes”. Numerosas facções políticas, grupos anticlericais e eventos apenas superficialmente conectados ao culto foram amalgamados a seu nome. As demonstrações públicas ateias mais prematuras variavam de “bailes de máscaras agitados” similares a festivais de primaveras mais antigos a perseguições abertas, incluindo saques a igrejas e sinagogas nas quais imagens religiosas e reais eram desfiguradas.
Como um comandante militar despachado pelos jacobinos para reforçar suas novas leis, Joseph Fouché liderou uma campanha particularmente fervorosa de descristianização. Seus métodos eram brutais porém eficientes, e ajudavam a espalhar o novo credo por muitas partes da França. Em suas jurisdições, Fouché ordenou que todas as cruzes e estátuas fossem removidas de cemitérios, e ele deu ao culto um de seus princípios fundamentais quando decretou que todos os portões de cemitério deveriam ter apenas uma inscrição – "A morte é um sono eterno." Ele chegou a declarar sua própria nova religião cívica, virtualmente intercambiável com o que ficou conhecido como o Culto da Razão, numa cerimônia que ele chamou de “Banquete de Bruto” em 22 de setembro de 1793.
Fouché

Na primavera de 1794, o Culto da Razão foi repudiado oficialmente quando Robespierre, aproximando-se do poder ditatorial completo, anunciou a fundação de uma nova religião deísta para a República, o Culto ao Ser Supremo. Robespierre denunciou os hebertistas com base em argumentos filosóficos e políticos, especificamente rejeitando seu ateísmo.
Quando Hébert, Momoro, Ronsin, Vincent e outros foram mandados à guilhotina em 4 de Germinal do Ano II (24 de março de 1794), o culto perdeu a maior parte de sua liderança influente; quando Chaumette e outros “hebertistas” os seguiram para a guilhotina quatro dias depois, o Culto da Razão efetivamente deixou de existir. Ambos os cultos foram banidos oficialmente por Napoleão Bonaparte com sua “Lei sobre Cultos de 18 de Germinal do Ano X” .

 
Templo da Razão feito numa Igreja

UM CALENDÁRIO PARA A REVOLUÇÃO!

Como era o Calendário criado pela Revolução Francesa?



O calendário revolucionário francês ou calendário republicano foi criado pela Convenção Nacional em 1792, durante o período revolucionário para simbolizar a quebra com a ordem antiga e o início de uma nova era na história da humanidade. O calendário tinha características marcadamente anticlericais e baseava-se no ciclo da natureza.
Era de base solar, composto de doze meses de 30 dias (três semanas de dez dias, denominadas décadas) totalizando 360 dias. Os dias de cada década eram chamados primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi. Para completar o número de dias do ano, eram acrescentados cinco dias (ou seis, nos anos bissextos) no fim do ano, de modo que este ficasse alinhado ao ano trópico (aproximadamente 365,25 dias). O sexto dia complementar, acrescentado a cada quadriênio, era consagrado à celebração da república.
O ano começava no equinócio de outono (22 de setembro, no hemisfério norte), data da proclamação da República francesa, e os nomes dos meses eram alusivos às condições climáticas da época e à correspondente fase do ciclo agrícola, na França.
O dia era dividido em dez horas, que se subdividiam em cem partes (como minutos), as quais se subdividiam em mais cem (como segundos). Essa subdivisão mínima equivalia a 0,864 segundos. Dessa forma, a conversão de, por exemplo, 14 horas 31 minutos 51 segundos, para o calendário revolucionário, resultaria em 6 horas 5 minutos e 45 segundos. Cada hora do calendário revolucionário equivalia a 2 horas e 24 minutos convencionais. A divisão do dia em base decimal jamais foi usada na prática, tendo sido abolida oficialmente em 1795.
Cada dia do ano tinha uma designação única e que só se repetiria no ano seguinte mas, em vez dos nomes de santos do calendário gregoriano, os dias do calendário republicano tinham nomes de flores, frutas, animais, instrumentos agrícolas, pedras etc.
Os nomes dos dias e dos meses foram concebidos pelo poeta Fabre d'Églantine com auxílio do jardineiro do Jardim das Plantas de Paris. Os criadores pretendiam que essas denominações fossem universais, embora fossem inteiramente referenciados pelas condições francesas.
O primeiro mês chamava-se vindemiário (em referência à vindima, a colheita de uvas). Seguiam-se o brumário (nome alusivo à bruma ou nevoeiro da época), o frimário (mês das geadas ou frimas em francês), o nivoso (por alusão à neve), o pluvioso (mês da chuva, em francês, pluie), o ventoso, o germinal (relativo à germinação das sementes), o floreal (mês das flores), o prairial (em referência a prairie, 'pradaria'), o messidor (nome originário do latim messis, 'colheita'), o termidor (referente ao calor) e o frutidor (alusivo aos frutos). Como cada mês tinha trinta dias, sobravam cinco dias no final do ano (de 17 a 21 de setembro) ou seis dias, nos anos bissextos: eram os dias dos sans-culottes, considerados feriados nacionais:
·         1º dia complementar (primidi), chamado "dia da virtude"
·         2º dia complementar (duodi), chamado "dia do engenho"
·         3º dia complementar (tridi), chamado "dia do trabalho"
·         4º dia complementar (quartidi), chamado "dia da opinião"'
·         5º dia complementar (quintidi), chamado "dia das recompensas"
·         6º dia complementar (sextidi), chamado "dia da Revolução" (somente nos anos bissextos: anos III, VII e XI)

Os meses
·         No outono:
·         Vindemiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de outubro
·         Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro
·         Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro
·         No inverno:
·         Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro
·         Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro
·         Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março
·         Na primavera:
·         Germinal (germinal): 21 de março a 19 de abril
·         Floreal (floréal): 20 de abril a 19 de maio
·         Prairial (prairial): 20 de maio a 18 de junho
·         No verão:
·         Messidor (messidor): 19 de junho a 18 de julho
·         Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto
·         Frutidor (fructidor): 18 de agosto a 20 de setembro.
A data da revolução, o 14 de julho, era, segundo esse calendário, o 26 Messidor, dia denominado "Sauge" (em português sálvia).
Esse calendário só vigorou de 22 de setembro de 1792 a 31 de dezembro de 1805, quando Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento do calendário gregoriano, e também durante a Comuna de Paris (18 de março a 28 de maio de 1871).

(Fonte: Wikipedia, acessada em 28/01/2016)


domingo, 12 de março de 2017

SERÁ QUE ESTOU SENDO MONITORADO PELOS EUA?

Vou fazer um teste com a CIA.

A agência que trabalha para prevenir ataques terroristas e similares nos Estados Unidos foi forçada a liberar a lista de palavras e expressões usadas para monitorar comportamento suspeito na internet. Um processo judicial que visa a liberdade de informação no país foi o responsável pela quebra de sigilo da lista.
A agência, no entanto, diz que a tabela de palavras era usada apenas para prever qualquer tipo de ameaça que ainda estivesse se articulando, e não para vigiar as pessoas que usam Facebook, Twitter e vários outros serviços.
Entre as palavras que, teoricamente, são consideradas suspeitas pela agência de segurança nacional do país, estão “México”, “Colômbia”, “China” e “fronteiras”. Fora isso, algumas não possuem qualquer explicação aparente como “ice” e “smart” (“gelo” e “inteligente”, respectivamente), porém ambas podem significar assassinato em contextos específicos.
Você pode conferir a lista completa divulgada no último sábado (26) com as palavras monitoradas nos EUA. A rede brasileira não entra nessa malha fina, portanto não há necessidade de nunca mais escrever na internet as palavras listadas. Mesmo assim, isso não impede que possa existir um sistema similar monitorando a nossa rede.


Veja algumas palavras presentes na lista da agência de segurança nacional dos EUA:
  • Assassinato;
  • Ataque;
  • Tiroteio;
  • Polícia;
  • Bomba caseira;
  • Refém;
  • Gangues;
  • Nuclear;
  • Vazamento;
  • Tóxico;
  • Nuvem;
  • Biológico;
  • Vírus;
  • Exposição;
  • Gripe;
  • Porco;
  • Doença;
  • Praga;
  • Tráfico de drogas;
  • México;
  • Colômbia;
  • Cartel do Golfo;
  • Al Qaeda;
  • Terrorismo;
  • Paquistão;
  • Iraque;
  • Islamismo;
  • Alvo;
  • Neve;
  • Terremoto;
  • Ajuda.



O POVO DA BÍBLIA

O Povo Escolhido: 
De escravo à dominador


OS HEBREUS

                Os hebreus, também conhecidos como israelitas e judeus, deixaram um documento muito importante para a compreensão de sua História: a Bíblia. O povo hebreu destacou-se por ter sido o primeiro a afirmar sua fé num único Deus, isto é, eram monoteístas.
                Vejamos os principais fatos que marcaram a História desse povo:
·         Os hebreus viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia, de onde saíram (cerca de 2.000 a. C.) em direção à Terra Prometida (ou Palestina) liderados pelo patriarca Abraão.


·         As secas obrigaram os hebreus a emigrar para o Egito, onde permaneceram vários séculos.
·         Chefiados por Moisés, saíram do Egito e vagaram por 40 anos pelo deserto, antes de chegar à Palestina: no deserto, Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei, que apresentou ao povo.


·         Chegando à Palestina, lutaram contra os cananeus e filisteus para poder ocupar a região.
·         Essas lutas exigiram uma gradual centralização do poder, o que foi realizado primeiro pelos juízes, e depois pelos reis.
·         O primeiro rei foi Saul, sucedido por Davi, que estabeleceu a capital em Jerusalém.


·         O reinado de Salomão, sucessor de Davi, assinalou o apogeu da monarquia israelita.
·         Com a morte de Salomão (930 a.C.), a nação hebraica se dividiu: as dez tribos do norte formaram o reino de Israel e as duas tribos do sul formaram o reino de Judá.


·         O reino de Israel acabou em 722 a.C., ao ser destruído pelas forças assírias.
·         O reino de Judá foi conquistado pelos babilônios em 586 a.C.
·         Com a vitória de Ciro (rei Persa) sobre os babilônios, os hebreus que haviam sido deportados para a Babilônia foram autorizados a regressar à Palestina.
·         Depois do domínio persa, os judeus foram sucessivamente subjugados pelos macedônios e pelos romanos.


Livro que conta a história do povo hebreu
a partir da visão de um judeu do império romano.



Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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