terça-feira, 11 de abril de 2017

QUEM É QUEM NO COMPLEXO CONFLITO DA SÍRIA



Perto de completar seis anos, com mais de 300.000 mortos, o tabuleiro das alianças no conflito sírio sofreu grandes transformações. A principal facção armada de oposição em 2011, o Exército Livre da Síria, se tornou uma das mais fracas, perdendo militantes em uma progressiva islamização e atomização do grupo rebelde. A crescente interferência de atores externos complica a definição de uma solução militar, além de exigir uma saída política negociada em diferentes níveis: nacional, regional e internacional. As negociações com o Irã marcam um evidente retrocesso na rivalidade Teerã-Riad, cujas consequências ainda estão por vir. Os avanços das Unidades de Proteção Popular curdas contra o Estado Islâmico (EI), apoiadas pelos Estados Unidos, preocupam Ankara, que realiza a sua própria guerra contra os turcos no sul da Turquia. No plano internacional, a Síria se torna o novo tabuleiro de rivalidades na Guerra Fria renovada travada pelos Estados Unidos e Rússia. Ao mesmo tempo, o vertiginoso avanço do EI e sua internacionalização com os atentados em Paris conseguiram reunir sobre o território sírio os atores que se enfrentam em nível internacional em uma nova e prioritária luta contra o terrorismo.
Estes são os atores que participam do conflito sírio, dentre os quais ainda falta definir quais farão parte da relação de negociadores e quem engrossará a dos grupos terroristas, condição para que se imponham uma trégua defendida pelas Nações Unidas e um roteiro para as próximas negociações de Genebra propostas para o final desta semana.

Médicos Sem Fronteiras 2013


GRUPOS SÍRIOS



Exército Árabe Sírio 

O presidente Bashar al-Assad dirige o Exército sírio desde que substituiu seu pai, Hafez al-Assad, na presidência do país em junho de 2000. Conta com algo entre 178.000 e 220.000 membros. Controla as maiores cidades do país, como Damasco, Homs, Latakia, Tartus, Hama e parte de Alepo, assim como as estradas que conectam umas às outras.
Forças Nacionais de Defesa
Criadas pelo Governo sírio em 2012, são consideradas um braço do Exército sírio integrado por voluntários e soldados da reserva, remunerados e armados pelo Governo sírio. Diferentemente dos Comitês Populares, essas forças atuam nas operações bélicas. Possuem entre 80.000 e 100.000 combatentes.
Comitês Populares
Surgiram durante a guerra civil síria para proteger os bairros nos territórios sob controle do regime de Damasco. Trata-se, geralmente, de moradores armados, treinados e remunerados pelo regime alocados nos controles de passagem erguidos nas áreas onde vivem as minorias cristãs, drusas e alauitas. Eles existem também nas zonas sunitas.


ALIADOS REGIONAIS
Hezbolá (Partido de Deus)
É um partido-milícia xiita libanês criado inicialmente com apoio sírio durante a guerra civil libanesa em 1982 para enfrentar as tropas israelenses. Posteriormente, passou a ser financiado e apoiado pelo Irã e dirigido por Hassan Nasrallah. Em suas fileiras, combatem de 8.000 a 10.000 milicianos. Tem forte presença na faixa ocidental que faz fronteira com o Líbano, em Alepo, em Latakia, na periferia de Damasco e no sul do país.
Partido Social Nacionalista Sírio (SSNP)
Partido secular fundado em 1932 no Líbano, com ramificações na Síria e no Iraque. Ideologicamente, defende a unidade da Grande Síria. Conta com algo entre 6.000 e 8.000 homens na frente de batalha da faixa ocidental da fronteira com o Líbano, em Alepo, em Latakia e no sul do país.
República Islâmica do Irã
Firme aliado de Damasco, presta apoio econômico e militar, fornecendo armamentos a Damasco. Também contaria com vários milhares de homens da Guarda Republicana iraniana no terreno, sob a forma de apoio tático e militar. Estes coordenariam também a seção iraquiana que combate na Síria ao lado das tropas regulares.
Os grupos insurrectos, especialmente os islamistas e jihadistas, recebem financiamento dos países do Golfo, principalmente do Catar e da Arábia Saudita. A Turquia se mostrou essencial para o transporte e a logística desses grupos até que células terroristas começaram a atuar no seu território.
ALIADOS INTERNACIONAIS
Militares Russos
Federação da Rússia
Moscou se mostrou um aliado consistente do Governo de Damasco desde o início do conflito, em 2011, mantendo um apoio político e diplomático que remonta à Guerra Fria. Trata-se do principal fornecedor de armas para o Exército sírio. Segundo os especialistas, o país conta com milhares de homens no terreno, entre especialistas, conselheiros e militares uniformizados. Desde setembro de 2015, sua força aérea vem bombardeando posições do EI e de outras facções insurrectas em território sírio ao lado do Exército regular. Contaria com uma presença militar aérea em Damasco, Homs, Latakia e, mais recentemente, em Hassake. Além da presença marítima na localidade litorânea de Tartus.
APOIOS DAS MINORIAS DA SÍRIA
Unidades de Proteção Popular curdas (YPG, na sigla em curdo)
Milícia armada que atua sob o comando do Comitê Supremo Curdo na região de Rojava (Curdistão sírio, ao norte do país, na fronteira com Turquia e Iraque). Trata-se de um movimento de esquerda conhecido pela ampla participação de mulheres, tanto no partido quanto no seu braço armado.
Recebe treinamento militar e armamentos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão da Turquia (PKK), assim como dos Estados Unidos. Apesar dos crescentes enfrentamentos com o Exército sírio, colaborou com ele na luta contra o EI em regiões como Hassake, no nordeste do país. Compõe a principal força das Forças Democráticas Sírias, criadas em outubro do ano passado para expulsar o EI e que reúnem também combatentes árabes sunitas e cristãos, bem como assírios e turcomanos. São também aliados do Conselho Militar Assírio, criado em 2013 para proteger áreas assírias de Hassake contra os jihadistas.
Contam com algo entre 40.000 e 50.000 combatentes. Desde outubro de 2014, cerca de 400 combatentes internacionais teriam se somado ao YPG, na brigada internacional Os Leões de Rojava.
Palestinos
A Síria conta com uma população de entre 400.000 e 500.000 palestinos. A grande maioria apoia o Governo de Damasco, gozando de status e direitos quase idênticos aos dos cidadãos sírios.
Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral (FPLP-CG)
Criada em 1968 sob a liderança de Ahmed Jibril, possui um braço armado que combate nos campos de refugiados palestinos ao lado do regime sírio. Comanda a luta no campo de Yarmouk, na periferia sul de Damasco. Os palestinos da Síria formam um ramo especial do Exército sírio denominado Exército de Libertação da Palestina, que combate junto às tropas regulares.

Aknaf Bait al-Maqdis
Milícia insurgente palestina que inicialmente lutou contra o Exército sírio e a FPLP-CG em Yarmouk, para mais tarde somar-se a estes últimos contra a investida da Al Qaeda e do Estado Islâmico (EI).

Drusos
A Síria tem uma população drusa de meio milhão de pessoas, principalmente na província de Sueida, no sul do país. Assim como os cristãos, a maioria dos líderes religiosos apoia o Governo de Damasco. O xeque Walid al-Balous foi o único que levantou a voz contra os rebeldes e também contra as forças do regime, propondo uma terceira via. Foi assassinado em 2015 em um atentado com carro-bomba.
GRUPOS INSURGENTES
Divididos em uma variedade de organizações, controlariam entre 10% e 25% do território sírio.
Exército Livre da Síria (ELS)
Um grupo de oficiais desertores do Exército regular, com o coronel Riad al-Asaad no comando, proclamou a criação do ELS em 29 de julho de 2011. Após cerca de cinco anos de conflito, o ELS deixou de ser a primeira força de oposição armada. Seus combatentes passaram a integrar outras facções insurgentes num processo de islamização motivado pelo financiamento estrangeiro, sobretudo de países do Golfo. Restariam 27 facções sob o comando do general Abdul-Ilah al-Bashir. Entre elas, destaca-se a Frente Sul, formada por 29 brigadas presentes em Deraa, epicentro das revoltas sírias, e em Quneitra.
Ahrar al-Sham (Homens Livres do Levante)
Coalizão de vários grupos islamistas e salafistas liderada por Abu Yahia al-Hamawi e uma das principais forças armadas insurgentes. Entre 10.000 e 20.000 milicianos lutam em suas fileiras. Têm uma forte presença e controlam zonas de Idlib, onde lideram a coalizão da Frente da Conquista com seus aliados da Al Qaeda.
Jaysh al-Islam (Exército do Islã)
Reunião de vários grupos islamistas e salafistas. É a principal força de oposição na periferia de Damasco. Combate tanto as tropas do regime como as do ELS. Após o recente assassinato de seu líder Zahran Alloush, o comando passou para Mohammed Alloush. Possui entre 20.000 e 25.000 combatentes. Entre seus bastiões, destacam-se Duma e Guta Oriental, na periferia de Damasco.
Jaysh al-Fatah (Exército da Conquista)
Aliança operacional entre diversas facções insurgentes que inclui moderados do ELS, islamistas como Ahrar al-Sham e jihadistas como Al Nusra. Foi criado em março de 2015 na província de Idlib para coordenar as operações, com apoio logístico e envios de armas fornecidos pela Turquia, Catar e Arábia Saudita.
Frente al-Nusra
Braço local da Al Qaeda na Síria. Presente nas listas de grupos terroristas dos Estados Unidos e da ONU, posiciona-se sobretudo no noroeste sírio após ter sido expulso por seu rival ideológico, EI, na parte oriental do país



Estado Islâmico (EI)
Em 30 meses, o EI havia conseguido conquistar entre 50% e 55% do território sírio, boa parte dele em zona desértica, na faixa oriental do país, praticamente despovoada. O atual grupo terrorista sofreu uma mutação desde que foi criado no Iraque como Jama’at al-Tawhid wal Jihad (Organização do Monoteísmo e da Jihad) em 1999 e seu posterior crescimento durante a invasão das tropas norte-americanas em 2003. Com a divisão da Al Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, na sigla em inglês) passou a se chamar Estado Islâmico com a proclamação do califado por Abu Bakr al-Baghdadi, o “califa Ibrahim”, em junho de 2014, em Mossul (norte do Iraque).
O EI desenvolveu um importante aparato de propaganda e captação de recursos baseado em novas tecnologias cujo conteúdo é traduzido a mais de vinte idiomas. Também se nutre de contrabando de petróleo e peças arqueológicas e de extorsão através de taxas. Possui entre 25.000 e 40.000 jihadistas em suas fileiras, dos quais pelo menos 15.000 são estrangeiros de 80 nacionalidades. Cerca de 4.500 provêm da Europa (cerca de 20%, mulheres). O EI controla amplas áreas do noroeste da Síria até o noroeste do Iraque. Também está presente a leste de Alepo e mantém núcleos de simpatizantes em Idlib.
COALIZÃO CONTRA O EI

Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional contra o EI formada por países do Golfo e aliados ocidentais, dos quais nove (Austrália, Bahrein, Canadá, França, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido) participam dos bombardeios na Síria. Os ataques teriam provocado a morte de cerca de 22.000 jihadistas, segundo dados de Washington, assim como de centenas de civis, embora não haja cifras exatas. Os EUA também teriam formado, treinado e armado cerca de 100 milicianos opositores.
Em setembro passado, a aviação russa lançava a Operação Destruição Total, somando-se aos bombardeios contra objetivos do EI em território sírio e atingindo outros objetivos considerados terroristas por Moscou e Damasco. Os ataques teriam eliminado cerca de 1.000 jihadistas e outros 1.000 combatentes rebeldes, além de centenas de civis.
OPOSIÇÃO AO REGIME SÍRIO
Conselho Nacional Sírio (CNS)
Formado seis meses depois do início das revoltas de março de 2011, pretendia constituir-se como o governo alternativo no exílio. A Irmandade Muçulmana síria é uma parte importante do CNS. Tem sua base na Turquia, mas os analistas o consideram desconectado da realidade no terreno e com pouca influência sobre os grupos armados.

Coalizão Nacional para as Forças Sírias Revolucionárias e Opositoras
Foi formada em novembro de 2012, absorvendo o CNS, com o objetivo de criar um governo de transição sírio. O CNS abandonaria a coalizão em protesto contra sua participação nas conversações de Genebra, às quais mais tarde enviou vários de seus membros.
Alto Comitê de Negociações (HNC, na sigla em inglês)
Essa comissão, criada com o patrocínio de Riad, aglutina vários representantes da oposição síria para mediar as negociações de Genebra. Teria entre 30 e 40 membros, incluindo representantes da Coalizão Nacional Síria, veteranos opositores, da Irmandade Muçulmana síria, de grupos islamistas como Jaysh al-Islam e rebeldes como o Exército Livre da Síria.
Oposição interna
O Governo sírio designou uma lista de 38 opositores com quem se deve negociar, incluindo opositores de partidos laicos e democráticos.

Fonte: El País, 28/01/2016


CABO VERDE: UMA NOVA PAIXÃO


          A receptividade dos naturais de Cabo Verde tem sido tão grande, que cada dia, procuro estudar mais este povo irmão. E cada dia fico mais apaixonado. Tanto que vou colocar aqui uma linda lenda:

Rosa Alexandra Fortes, natural da ilha de S. Antão, contou-me que sua avó “nha Zabel” lhe narrara que “Mãe Joana” (bisavó de Rosinha) era parteira jurada de Sereias!

 Foi chamada muitas vezes, a prestar os seus serviços, por uma pessoa que vinha do mar com aspecto de homem. Acompanhou-o sempre de boa vontade e sempre que chegavam à beira de água o homem tirava uma vara da sua capa e com ela batia nas ondas e o mar abria-se mostrando uma bela estrada seca e segura! Então o homem desaparecia e só a sua voz se ouvia guiando os passos de “Mãe Joana”, até ao Palácio onde se encontrava a Sereia parturiente.

Tudo era maravilhoso, jardins com plantas desconhecidas bordavam a estrada e rodeavam o palácio! Luzes de todas as cores iluminavam-no por fora e por dentro!

No quarto da Sereia, ouviam-se muitas vozes mas não se via ninguém e a parteira só via a parte do corpo em que tinha que trabalhar, por vezes uma perna, um braço, a barriga, alguns cabelos de outro, mas nunca a forma completa! Depois do bebé-sereia ter nascido, ofereciam a “Mãe Joana” um autêntico banquete, uma mesa com tudo o que havia de melhor, comidas raras e saborosas, tudo isto acompanhado de risos e cantos, mas sem que ela conseguisse ver alguém! De novo na presença da Sereia e do seu bebé, aquela oferecia-lhe algumas pedrinhas do mar como recompensa, com a recomendação de, assim que chegasse a casa, as guardar no canto da mala.

Vinham então trazê-la até à praia pela mesma estrada, no meio do mar, e o homem aparecia só para se despedir, agradecer-lhe a boa vontade e dar-lhe as ditas pedras. Logo despois desaparecia e o mar fechava-se!

A mulher, assim que chegou a casa, fez aquilo que sempre fazia, deitou fora as pedrinhas para o quintal, nunca respeitando as recomendações da Sereia e ficando assim mais pobre mas de coração contente por ter cumprido o seu dever humanitário.

Aqui termina a história da Rosinha.

Mas !nha! Amélia que me contara uma outra história e que também sabe esta, disse-me que a parteira, um dia, por desfastio, trouxe duas das tais pedrinhas do mar que a Sereia lhe ofertara, para casa e deitou-as no canto do quarto. No dia seguinte, as pedras tinham-se transformado em duas bolas de ouro! A reacção de “Mãe Joana” foi de alegria mas também de arrependimento por ter desperdiçado todas as outras ofertas e não ter acreditado na palavra da amiga Sereia. Ainda correu à beira-mar gritando pelos “encantados” para pedir perdão e também algumas pedrinhas do mar. mas ninguém lhe respondeu e, pior ainda, nunca mais a chamaram para ir ao fundo do mar ajudar bebés-sereias a nascer”.

Lenda (adaptada)


(do livro HISTÓRIAS DE LONGE E DE PERTO, Sec. Coordenador dos Programas de Educação Multicultural, Lisboa, 1997).


HISTORY OF SENEGAL (THE JOLOF EMPIRE)



The Jolof Empire (French: Djolof or Diolof), also known as the Wolof or Wollof Empire, was a West African state that ruled parts of Senegal from 1350 to 1549. Following the 1549 battle of Danki, its vassal states were fully or de facto independent; in this period, it is known as the Jolof Kingdom. This was largely conquered by the imamate of Futa Jallon in 1875 and its territories fully incorporated into French West Africa by 1890
Traditional accounts among the Wolof agree that the founder of the state and later empire was the possibly mythical Ndiadiane Ndiaye (also spelled Njaajaan Njaay). Traditional stories of the ancestry of this leader vary. One suggests that he was "the first and only son of a noble and saintly Berber Almoravid father Abubakr Ibn Omar also called Abu Dardai and a Toucouleur princess who was the daughter of the Lam Toro, Fatimata Sall. This gives him an Almoravid lineage, is a Berber and Islamic background, on his father's side, and a link on his mother's side to the Takrur aristocracy. James Searing adds "In all versions of the myth, Njaajaan Njaay speaks his first words in Pulaar rather than Wolof, emphasizing once again his character as a stranger of noble origins."


It has been suggested that the foundations of the empire were set down by the voluntary association of several small states beginning with Waalo in the north and that just prior to the empire's formation, Waalo was divided into villages ruled by separate kings using the Serer title Lamane.
Ndiadiane was born Ahmad Abu Bakr also called Ahmadu Abubakar. The legend of Ndiadiane Ndiaye begins with a dispute over wood near a prominent lake. This almost led to bloodshed among the rulers but was stopped by the mysterious appearance of a stranger from the lake. The stranger divided the wood fairly and disappeared, leaving the people in awe. The people then feigned a second dispute and kidnapped the stranger when he returned. They offered him the kingship of their land and convinced him to do so and become mortal by offering him a beautiful woman to marry. When these events were reported to the ruler of the Sine, also a great magician, he is reported to have exclaimed "Ndiadiane Ndiaye" in his native Serer language in amazement. The ruler of the Kingdom of Sine (Maad a Sinig Maysa Wali) then suggested all rulers between the Senegal River and the Gambia River voluntarily submit to this man, which they did.


Fearing writes that "Most versions of the myth explain how the new dynasty superimposed itself upon a preexisting social structure dominated by the laman, Wolof elders who claimed "ownership" of the land as the descendants of the founders of village communities. The laman retained many of their functions under the new monarchical order, becoming a kind of lesser nobility within the new state, and serving as electors when the time came to choose a new king from the Njaay dynasty.”
John Donnelly Fage suggests although dates in the early 13th century (and others say 12th century) are usually ascribed to this king and the founding of the empire, a more likely scenario is "that the rise of the empire was associated with the growth of Wolof power at the expense of the ancient Sudanese state of Takrur, and that this was essentially a fourteenth-century development.
The new state of Djolof, named for the central province where the king resided, was a vassal of the Mali Empire for much of its early history. Djolof remained within that empire's sphere of influence until the latter half of the 14th century. During a succession dispute in 1360 between two rival lineages within the Mali Empire's royal bloodline, the Jolof became permanently independent. A close examination of Jolof's societal and political structure reveals that at least some of its institutions may have been borrowed directly or developed alongside those of its larger predecessor.



Society in Imperial Jolof
The Portuguese arrived in the Jolof Empire between 1444 and 1510, leaving detailed accounts of a very advanced political system. There was a developed hierarchical system involving different classes of royal and non-royal nobles, free men, occupational castes and slaves. Occupational castes included blacksmiths, jewellers, tanners, tailors, musicians and griots. Smiths were important to the society for their ability to make weapons of war as well as their trusted status for mediating disputes fairly. Griots were employed by every important family as chroniclers and advisors, without whom much of early Jolof history would be unknown. Jolof's nobility were nominally animists, but some combined this with Islam. However, Islam failed to fully penetrate Wolof society until about the 19th century.


 Women in Imperial Jolof
Throughout the different classes, intermarriage was rarely allowed. Women could not marry upwards, and their children did not inherit the father's superior status. However, women had some influence and role in government. The Linger or Queen Mother was head of all women and very influential in state politics. She owned a number of villages which cultivated farms and paid tribute directly to her. There were also other female chiefs whose main task was judging cases involving women. In the empire's most northern state of Walo, women could aspire to the office of Bur and rule the state. 


Political organization
The Jolof Empire was organized as five coastal kingdoms from north to south which included Waalo, Kayor, Baol, Sine and Kingdom of Saloum. All of these states were tributary to the land-locked state of Jolof. The ruler of Jolof was known as the Bour ba, and ruled from the capital of Linguère. Each Wolof state was governed by its own ruler appointed from the descendants of the founder of the state. State rulers were chosen by their respective nobles, while the Bour was selected by a college of electors which also included the rulers of the five kingdoms. There was the Bour of Waalo, the Damel of Kayor, the Teny (or Teigne) of Baol, as well as the two Lamanes of the Serer states of Sine and Saloum. Each ruler had practical autonomy but was expected to cooperate with the Bour on matters of defense, trade and provision of imperial revenue. Once appointed, office holders went through elaborate rituals to both familiarize themselves with their new duties and elevate them to a divine status. From then on, they were expected to lead their states to greatness or risk being declared unfavored by the gods and being deposed. The stresses of this political structure resulted in a very autocratic government where personal armies and wealth often superseded constitutional values.


Contact with Europe
After an initially hostile start, peaceful trade relations were established between the Jolof Empire and the kingdom of Portugal. At this time Jolof was at the height of its power and the Bur had extended his authority over the Malinke states on the northern bank of the Gambia including Nyumi, Badibu, Nyani and Wuli. In the 1480s, Prince Bemoi was ruling the empire in the name of his brother Bur Birao. Tempted by Portuguese trade, he moved the seat of government to the coast to take advantage of the new economic opportunities. Other princes, opposed to this policy, deposed and murdered the bur in 1489. Prince Bemoi escaped and sought refuge with the Portuguese, who took him to Lisbon. There he exchanged gifts with King John II and was baptised. Faced with the opportunity to put a Christian ally on the throne, John II sent an expeditionary force under a Portuguese commander and put the prince back on the throne of Jolof. The objective was to put Bemoi on the throne and a fort at the mouth of the Senegal River. Neither goal was achieved. A dispute between the commander and the prince resulted in the former accusing Bemoi of treachery and killing him.


Late period
Despite internal feuds, the Jolof Empire remained a force to be reckoned with in the region. In the early 16th century, it was capable of fielding 100,000 infantry and 10,000 cavalry. But the seeds of the empire's destruction had already been sown by the prospects of Atlantic trade. Virtually everything that had given rise to the great Jolof Empire was now tearing it apart. Coastal trade, for instance, had brought extra wealth to the empire. But the rulers of the vassal states on the coast got the lion's share of the benefits, which eventually allowed them to eclipse and undermine what little power the emperor had. There was also the matter of external forces such as the breakup of the Mali Empire. Mali's slipping grip on its far-flung empire, thanks to the growth of the Songhai Empire, had allowed Jolof to become an empire itself. But now conflicts in the north were spreading to Jolof's northern territories. In 1513, Dengella Koli led a strong force of Fulani and Mandinka into Futa Toro, seizing it from the Jolof and setting up his own dynasty. Koli was the son of an unsuccessful rebel against the Songhai Empire and may have decided to act against the Jolof as an alternative to fighting the Songhai or Mandinka.


Battle of Danki and Disintegration
In 1549, Kayor successfully broke from the Jolof Empire under the leadership of the crown prince Amari Ngoone Sobel Fall. The breakaway state of Cayor used its direct access to European trade (Jolof was landlocked and had no port) to grow in wealth and power. Kayor invaded its southern neighbor, Bawol, and began forming a personal union of its own. It defeated its overlord at the Battle of Danki in 1549. The battle caused a ripple effect resulting in other states leaving the empire. By 1600, the Jolof Empire was effectively over. Jolof was reduced to a kingdom; nevertheless the title of burba remained associated with imperial prestige, and commanded nominal respect from its ancient vassals.


segunda-feira, 10 de abril de 2017

UM PRESENTE AOS AMIGOS DE CABO VERDE QUE VISITAM ESSE BLOG


Em gratidão aos amigos de Cabo Verde que têm acessado em peso o Blog do Maffei, deixo aqui em sua homenagem um livro sobre as relações Brasil/Cabo Verde. É só clicar no link abaixo:




INTERCÂMBIO COM PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA DA ÁFRICA


Um grande abraço aos irmãos africanos.

Pude notar que o interesse de vocês por este blog é grande.

Por isso gostaria de convidar os irmãos africanos que tiverem interesse em intercambiar ideias, textos, impressões a faze-lo neste espaço.

Deixo claro que este é um espaço para promover a paz, através da autodeterminação dos povos.

Ficarei lisonjeado em receber respostas pelos seguintes meios:

Facebook: Cláudio Maffei
E-mail: clmaffei@terra.com.br

E por meio deste blog mesmo nos comentários após os textos.



Estou no aguardo!

Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

Não deixem de visitar, Blog do Maffei recomenda: