O pequeno número infectados pelo Covid-19 no continente africano nos leva há algumas questões:
- Os casos estão subestimados, demonstrando que há um silêncio e uma certa invisibilidade deste continente bastante populoso?
- As informações não chegam ao OMS?
- O calor impede uma maior propagação a doença?
- O regime alimentar dos povos africanos deixam os corpos dos mesmos com mais imunidade?
- A pandemia na África está apenas começando e terá uma expansão gigantesca?
19 março 2020
Saúde
Chefe regional da OMS alerta
sobre evolução “extremamente rápida” de notificações; mais de 62% dos
países já confirmaram casos; especialistas investigam possível relação entre
prevalência com clima ou temperaturas quentes.
No continente africano, 34 dos 54
países já notificaram cerca de 650 casos de infeção pelo covid-19, segundo
a Organização Mundial da Saúde, OMS.
A diretora do Escritório da
agência em África, Matshidiso Moeti, disse esta
quinta-feira que essa evolução é “extremamente rápida” na
região. Ela apresentou uma atualização num debate, em
Genebra, promovido pelo Fórum Económico Mundial.
Crescimento
A África Subsaariana teve o
primeiro caso anunciado em 28 de fevereiro. Em sua declaração, via videoconferência, a
representante destacou que o crescimento na região foi
rápido. Há cerca de 10 dias, apenas “cinco
países" tinham casos do vírus.
Especialistas da
agência têm analisado os padrões da gripe normal no
continente com acadêmicos e outras instituições. A meta é
tentar compreender a natureza do novo coronavírus e se a
expansão pode ter relação com o clima e as temperaturas
quentes da região.
A diretora da OMS disse
que, nas próximas
semanas, pode-se “esperar um aumento com a chegada do
inverno”.
Moeti destacou que 43
países já têm kits de testes.
Recursos
A chefe regional da OMS também
expressou preocupação com as restrições de viagem e seu impacto na capacidade
de fornecer recursos necessários para conter as
transmissões. A agência da ONU pondera criar
corredores humanitários para lidar com o novo coronavírus.
Em 27 países, foi observado
que pessoas chegadas da Europa, o atual epicentro da
infeção, tinham a doença ao
entrar no continente africano.
Em quatro países foi relatada transmissão
local iniciadas por casos de recém-chegados da Europa e de nações
africanas.
A
preocupação com o rápido aumento de casos marcou
o debate em que participaram especialistas da OMS na África do
Sul e Senegal, países mais afetados do continente
Africano.
Nairóbi deserta |
Para a representante da OMS
no Senegal, Lucile Imboua-Niava, a rotina e os hábitos de
vida locais podem estar permitindo uma maior
disseminação. O país tem 35 casos confirmados e 20 de transmissão
local.
FONTE: OMS News