O
refrigerante mais vendido em cerca de 150 países e que, em 1984, controlava 50%
do mercado total de refrigerantes do Brasil, surgiu em 1886, na farmácia de
John Pemberton, em Atlanta, Estados Unidos. Ele inventara um remédio para dor
de cabeça e distúrbios do sistema nervoso.
O
segredo da Coca-Cola está na fórmula de seu xarope, conhecida por, no máximo,
dez pessoas. A matriz norte-americana concede o direito de uso do xarope
(importado de Atlanta) e do nome da firma, desde que os engarrafadores de todo
o mundo respeitem as regras ditadas por ela – inclusive o desenho da garrafa –
e paguem à Coca-Cola 15,7% do produto das vendas por atacado. De seus lucros, a
matriz tira 5% para gastar em apoio publicitário e promocional nos diversos
países.
Em
1977, o governo da Índia nacionalizou a Coca-Cola, denunciando que a
comercialização do misterioso xarope proporcionava à multinacional lucros de
até 400%. Em 25 anos de atividade, a empresa investira apenas 100 mil dólares
na Índia e levara para os Estados Unidos lucros no valor de 12 milhões de
dólares!
A
Coca-Cola chegou ao Brasil em 1939. Examinado
o xarope em laboratórios, não se conseguiu descobrir sua fórmula, mas
verificou-se que ele contém aditivos químicos prejudiciais à saúde. O principal
é o ácido fosfórico, que se combina com o cálcio existente no organismo humano.
Tal combinação faz com que o organismo ponha para fora o cálcio, tão importante
à saúde, na forma de fosfato de cálcio. Essa descalcificação produz
enfraquecimento dos ossos, especialmente dos dentes em formação.
Pesquisa
realizada pela Universidade de São Paulo, em 1968, comprovou que ratos
alimentados com coca-cola apresentavam deficiências na segunda geração de
filhos – seus ossos partiam com facilidade.
Apesar
das conclusões dos laboratórios em 1939, Getúlio Vargas baixou um decreto
facilitando a entrada do produto no país. Apenas o consumidor ficava avisado de
que o registro do produto é falso, pois nem o governo conhece sua
verdadeira fórmula. Por isso, toda garrafa de coca-cola traz sob o nome do
refrigerante: marca registrada de fantasia. “De fantasia”é um eufemismo
para dizer que não é verdadeiro, que o registro é falso.
Revista Exame, 21-3-84,
e Retrato do Brasil, vol. I, pp.175 a 177 (adaptados)
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