quinta-feira, 1 de junho de 2017

OS HOMENS QUE ACENDERAM O SÉCULO XVIII

                Temos usado para descrever as tendências do pensamento e da literatura na Europa e em toda a América durante o século XVIII, antecedendo a Revolução Francesa, o termo Iluminismo. Termo este que foi empregado pelos próprios escritores do período, convencidos de que emergiam de séculos de obscurantismo e ignorância para uma nova era, iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade. As novas descobertas da ciência, a teoria da gravitação universal de Isaac Newton e o espírito de relativismo cultural fomentado pela exploração do mundo ainda não conhecido foram também importantes para a eclosão do Iluminismo.
Sir Isaac Newton

            Entre os precursores do século XVII, destacam-se os grandes racionalistas, como René Descartes e Baruch Spinoza, e os filósofos políticos Thomas Hobbes e John Locke. Na época, é igualmente marcante a fé no poder da razão humana. 

             Chegou-se a declarar que, mediante o uso judicioso da razão, seria possível um progresso sem limites. Porém, mais que um conjunto de idéias estabelecidas, o Iluminismo representava uma atitude, uma maneira de pensar. De acordo com Immanuel Kant, o lema deveria ser "atrever-se a conhecer". Surge o desejo de reexaminar e pôr em questão as idéias e os valores recebidos, com enfoques bem diferentes, daí as incoerências e contradições entre os textos de seus pensadores. A doutrina da Igreja foi duramente atacada, embora a maioria dos pensadores não renunciassem totalmente a ela.
Immanuel Kant
            A França teve destacado desenvolvimento em tais idéias e, entre seus pensadores mais importantes, figuram Voltaire, Charles de Montesquieu, Denis Diderot e Jean-Jacques Rousseau. 

         Outros expoentes do movimento foram Kant, na Alemanha, David Hume, na Escócia, Cesare Beccaria, na Itália, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, nas colônias britânicas. 

          A experiência científica e os escritos filosóficos entraram em moda nos círculos aristocráticos, surgindo, assim, o chamado despotismo ilustrado. Entre seus representantes mais célebres encontram-se os reis Frederico II da Prússia, Catarina II, a Grande, da Rússia, José II da Áustria e Carlos III da Espanha. O Século das Luzes, ou Iluminismo, terminou com a Revolução Francesa de 1789, que incorporou inúmeras idéias iluministas em suas fases mais violentas, desacreditando-as aos olhos da maioria dos europeus contemporâneos. O Iluminismo marcou um momento decisivo para o declínio da Igreja e o crescimento do secularismo atual, assim como serviu de modelo para o liberalismo político e econômico e para a reforma humanista do mundo ocidental no século XIX.

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