O incêndio florestal de Pedrógão Grande iniciado em 17 de junho de 2017 no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, em Portugal, tendo alastrado aos
concelhos vizinhos de Castanheira
de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Ansião e Alvaiázere (também distrito de Leiria); ao
concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco); ao concelho de Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra) e ao concelho de Góis (Coimbra).
O desastre é o maior incêndio florestal de Portugal, o mais mortífero da história do país e o
11.º mais mortífero a nível mundial desde 1900.
Um balanço provisório
contabilizou 64 mortos (63 civis e 1 bombeiro voluntário — Gonçalo da Conceição
Correia — de Castanheira de Pera) e 254 feridos (241 civis, 12 bombeiros e 1
militar da Guarda Nacional
Republicana), dos quais 7 em estado grave (4 bombeiros, 2 civis e 1 criança). Entre
as vítimas mortais, 47 foram encontradas nas estradas do concelho de Pedrógão
Grande, tendo 30 morrido nos automóveis e 17 nas suas imediações durante a fuga
ao incêndio. O incêndio também arrasou dezenas de propriedades.
Uma das possíveis causas
apontadas pelas autoridades foi uma
descarga elétrica seca que, conjugada com temperaturas muito
elevadas (superiores a 40 graus
Celsius) e vento muito intenso e variável, fez
deflagrar e propagar rapidamente o fogo. No
entanto, o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, afirmou categoricamente
que este incêndio não teve origem em causas naturais já que, segundo a percepção
de alguns habitantes de Pedrógão Grande, o fogo já estaria ativo duas horas
antes da altura em que ocorreu a descarga elétrica seca nesta zona. A Procuradoria-Geral da República confirmou que o Ministério Público está investigando as causas do
incêndio.
Como resposta à catástrofe,
o governo de Portugal decretou três dias de luto nacional, de 18 a 20 de junho de
2017, enquanto várias autoridades internacionais enviaram mensagens de
solidariedade.
Em 2014 e 2015, Portugal
registou relativamente poucos incêndios
florestais. No ano de 2016, o país foi severamente atingido por eventos deste
tipo, que consumiram mais de cem mil hectares apenas no seu continental.
Foto da Nasa sobre a Península Ibérica |
Uma intensa onda de calor precedeu os incêndios de 2017, em
Pedrógão Grande, com muitas áreas de Portugal registrando temperaturas acima de
40 °C. Durante a noite de 17–18 de junho, iniciaram-se um total de 156
incêndios em todo o país, particularmente nas áreas montanhosas a 200 km a
nordeste de Lisboa. Os primeiros
focos começaram na vila de Pedrógão
Grande e espalharam-se
rapidamente.
As descargas elétricas secas aconteceram
antes do evento e inflamaram alguns incêndios. O diretor nacional da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues,
afirmou que a Polícia, juntamente com a Guarda
Nacional Republicana (GNR),
descobriu a árvore que teria sido atingida por um raio, dando início ao fogo. Rodrigues
também descartou que o incêndio tenha origem criminosa.
Mais da metade da região
do Pinhal Interior Norte, que
abrange Pedrógão Grande, estava ocupada por plantações de eucaliptos, cujo óleo é altamente
inflamável, e de pinheiro-bravo,
que possui as mesmas propriedades da planta citada anteriormente. O Jornal
de Leiria escreveu:
"a ajudar a violência do fogo pode ter estado a natureza do coberto
vegetal da região, composto por mais de 90% de eucalipto, o baixo teor de
humidade do dia de ontem e as altas temperaturas que, mesmo durante a noite,
ainda se mantêm.
No dia 20 de junho, uma
das frentes ativas do incêndio de Pedrógão Grande confluiu com a frente
principal do incêndio de Góis (distrito de Coimbra) e formou uma
frente de fogo única com 58 km de extensão, o que levou à evacuação de 27
aldeias. Vários meios foram concentrados em Góis, contando com cerca de
1 000 bombeiros e 7 meios aéreos no combate às chamas. Na noite de 20 de
junho mantinham-se 7 frentes ativas no incêndio de Góis.
No dia 21 de Junho o
incêndio de Pedrogão Grande foi dado como dominado, vindo a ser
declarado extinto dia 24 de Junho. O incêndio de Góis foi
dominado no dia 22 de Junho e declarado extinto igualmente no dia 24 de Junho. Ambos
os incêndios, com múltiplas frentes que alastraram a diversos concelhos,
lavraram durante uma semana, de 17 de Junho a 24 de Junho de 2017.
Pelo menos 64 pessoas
morreram nas aldeias ou estradas do concelho de Pedrógão Grande. Outras 204
pessoas ficaram feridas, incluindo doze bombeiros; sete pessoas — cinco
bombeiros e uma criança — ficaram em estado crítico.
A maior mortalidade
ocorreu na estrada nacional 236-1,
numa zona florestal entre Figueiró
dos Vinhos e Castanheira de Pera, onde 47 pessoas
morreram dentro dos seus carros ou perto deles, quando um incêndio atingiu a
área. Trinta delas morreram presas no interior dos seus veículos enquanto as
outras 17 morreram nas proximidades, ao tentarem escapar a pé. Uma pessoa
morreu atropelada. Apesar de a causa da morte de 30 pessoas ter sido atribuída
a carbonização, especialistas dizem que a verdadeira causa da morte poderá ter
sido a inalação de fumaça e que essas mesmas pessoas só teriam sido
carbonizadas muito tempo depois de terem falecido.
Esta foi a catástrofe
mais mortal, desde 1989, em Portugal, ano em que ocorreu o acidente aéreo do voo Independent Air 1851, nos Açores, vitimando 144 pessoas.
Tratou-se, igualmente, da catástrofe natural mais mortífera sucedida no território
português desde as cheias
ocorridas na Madeira em 2010 e o
evento com mais vítimas mortais no mesmo território desde o desastre áereo de 1989 na ilha de
Santa Maria. Também foi o incêndio florestal mais mortal na história de Portugal e um dos três maiores da Europa, consumindo mais de trinta mil
hectares de floresta.
Na tarde de 20 de junho,
chegou a ser noticiado que um dos aviões Canadair que combatiam o incêndio
teria caido em Ouzenda, quando questionado, o secretário de Estado da
Administração Interna, Jorge Gomes, não pôde confirmar. Mais tarde, a Autoridade Nacional de Proteção Civil desmentiu as notícias que davam conta
da queda do avião, atribuindo os relatos de algumas testemunhas à explosão de
um depósito de gás.
O primeiro-ministro António Costa chamou o desastre de "a maior
tragédia dos últimos anos em relação a incêndios florestais", enquanto o Conselho de Ministros decretou três dias de luto nacional, a contar a partir de 18
de junho. Visivelmente abalado, o presidente
da República Portuguesa, Marcelo
Rebelo de Sousa, chegou a Pedrógão Grande na noite 17 de junho e encontrou-se
com sobreviventes evacuados para Leiria.
Mais de 1.700 bombeiros foram mobilizados para combater os incêndios em todo o
país, 800 deles apenas em Pedrógão Grande. Muitas pessoas foram evacuadas para
a vizinha Ansião, onde os
residentes lhes forneceram abrigo. A fumaça de baixa suspensão impediu que os
helicópteros pudessem oferecer apoio, prejudicando os esforços de combate ao
incêndio. Alguns sobreviventes criticaram a resposta, que consideraram
inadequada do Governo, alegando que, horas depois de o incêndio ter começado,
ainda não teriam sido ajudados por nenhum bombeiro. A Comissão Europeia acionou o Mecanismo de Proteção Civil
para prestar auxílio a Portugal, enquanto França, Itália e Espanha enviaram aviões de bombardeio de água
ao país. O vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, afirmou que a comissão
poderia comparticipar até 95% das despesas de recobro e reconstrução
necessárias, na sequência do acontecimento. O Reino
de Marrocos também enviou um
avião de combate a incêndios. Além de aviões de combate a incêndios, a Espanha enviou também veículos terrestres e
cerca de 200 bombeiros.
Em Roma, o Papa Francisco orou e pediu que se rezasse pelas
vítimas e pelo povo português durante a oração do Ângelus. Diversos outros líderes
internacionais enviaram as suas condolências a Portugal, incluindo: Emmanuel Macron, presidente da França; Mariano Rajoy, primeiro-ministro de Espanha e os reis de Espanha, Filipe VI e Letícia;
a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel e o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier; Xi Jinping, presidente da China; Justin Trudeau,
primeiro-ministro do Canadá;[57] Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia; Prokópis Pavlopoulos, presidente da Grécia e Aléxis
Tsípras, primeiro-ministro da Grécia; Paolo Gentiloni, primeiro-ministro de Itália; Stefan Lofven, primeiro-ministro da Suécia; Michel Temer, presidente do Brasil; Francisco Guterres, presidente de Timor-Leste; Evaristo Carvalho, presidente de São Tomé e Príncipe; Jorge Carlos
Fonseca, presidente de Cabo Verde;
José Mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau;
José Eduardo dos Santos, presidente de Angola;
Fernando Chui Sai-on, Chefe do Executivo de Macau; entre outros.
Também diversos líderes
de instituições europeias e mundiais enviaram os seus pesares e palavras de
coragem a Portugal e ofereceram ajuda no que lhes fosse possível, incluindo: António Guterres, secretário-geral das Nações
Unidas; Jean-Claude Juncker,
presidente da Comissão Europeia; Gianni Infantino, presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
HISTÓRICO DOS DESASTRES OCORRIDOS EM PORTUGAL:
PERÍODO
|
LOCAL/TIPO
DE ACIDENTE
|
N.º
DE ATINGIDOS
|
01/09/1755
|
Terremoto de Lisboa
|
60 mil mortos
|
30/05/1961
|
Acidente aéreo Viasa 897
|
61 mortos
|
28/05/1963
|
Queda do teto do Caís de Sodré
|
49 mortos/61 feridos
|
26/06/1964
|
Desastre rodoviário de Custóias
|
90 mortos
|
12/07/1966
|
Incêndio em Sintra
|
25 mortos
|
03/07/1976
|
Acidente aéreo de Lajes
|
68 mortos
|
19/11/1977
|
Acidente aéreo do Funchal (TAP)
|
131 mortos
|
18/12/1977
|
Novo acidente aéreo no Funchal
|
36 mortos
|
01/01/1980
|
Terremoto na Ilha Terceira
|
71 mortos
|
11/09/1985
|
Acidente ferroviário em Alcafache
|
150 mortos
|
25/08/1988
|
Incêndio do Chiado
|
2 mortos
|
08/02/1989
|
Acidente aéreo de Santa Maria
|
144 mortos
|
21/12/1992
|
Acidente aéreo de Faro
|
56 mortos
|
11/12/1999
|
Acidente aéreo de São Jorge
|
56 mortos
|
04/03/2001
|
Desastre ferroviário de Entre-Rios
|
59 mortos
|
20/02/2010
|
Enxurradas na Madeira
|
47 mortos
250 desaparecidos
|
08/08/2016
|
Incêndios na Ilha da Madeira
|
3 mortos / 2 feridos
|
A SOLUÇÃO FINAL
ResponderExcluirPara Jaime Marta Soares, Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, as causas do Incêndio de Pedrógão Grande devem-se à existência de um Dragão residente nas matas de Figueirós dos Vinhos.
Após a sua primeira teoria de mão criminosa, que fortemente refuta a teoria das trovoadas secas, seguindo-se a teoria das linhas de alta voltagem, após longas horas em frente ao televisor a assistir series criminais e com a ajuda de gente da ANPC altamente qualificada em advocacia, enfermagem, ciências do desporto e desencarceramento.
Está assim descoberta a razão da maioria dos incêndios que, não só no verão, todos os anos assolam o território de Portugal.
Esta espécie, endémica da Península Ibérica, entre outros caracteriza-se por necessitar de uma alimentação vegetal variada e com vincada intolerância às folhas de eucalipto e mato selvagem que lhe causam urticaria, levando a uma espécie de espirros explosivos constantes que uma impressionante deflagração.
Presume-se que como este exemplar de paquiderme reptiliano não seja o único em Portugal. Segundo as investigações pode ser que existam pelo menos mais dois iguais: um no arquipélago da Madeira e outro na região do Algarve!
Por fim descobrimos =)
Que legal, uma bela descoberta...Obrigado por colaborar com nosso blog.
ResponderExcluirAo invés de se chamar Pedrógão pode-se passar a chamar Pedragão!
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