Mafra foi concebido
inicialmente como um pequeno convento para 13 frades, o projeto para o Real
Convento de Mafra foi sofrendo sucessivos alargamentos, acabando num imenso
edifício de cerca de 40.000 m2, com todas as
dependências e pertences necessários à vida quotidiana de 300 frades da
Ordem de S. Francisco, em 1717, no reinado de D. João V.
Foi preocupação de D. João V garantir o sustento do
Convento, pagando as despesas do seu “bolsinho”. Assim, eram dadas propinas a cada
frade duas vezes por ano, no Natal e no São João. Constavam de tabaco, papel,
pano de linho e ainda burel para os hábitos, tendo cada irmão direito a dois,
um para usar e outro para lavar. Tinham ainda de remendar cada um a sua própria
roupa.
No convento gastavam-se e
anualmente, por exemplo, 120 pipas de vinho, 70 pipas de azeite, 13 moios de
arroz (cada moio equivale a 828 litros) ou 600 cabeças de vaca. Junto ao
Convento ficava o Jardim da Cerca, com a horta, pomar, vários tanques de água e
para se distraírem, sete campos de jogos, quatro da bola, um do aro e dois de
laranjinha.
Ocupado pelas tropas
francesas e depois inglesas na época das Guerras Peninsulares, o Convento foi
incorporado na Fazenda Nacional quando da extinção das ordens religiosas em
Portugal, a 30 de Maio de 1834 e, desde 1841 até aos nossos dias, foi
sucessivamente habitado por diversos regimentos militares, sendo desde 1890
sede da Escola Prática de Infantaria.
Destaca-se como espaços conventuais
mais significativos o Campo Santo e a Enfermaria para além da Sala Elíptica ou
do Capítulo, a Sala dos Atos Literários (Exames), a Escadaria e o Refeitório,
estes últimos hoje pertencentes à Escola das Armas. O Palácio de Mafra recebe
visitas sob marcação.
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