domingo, 3 de novembro de 2024

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílios de civilizações antigas. No entanto, enquanto a arqueologia e a paleontologia compartilham o mesmo desejo de explorar as origens do que nos rodeiam, elas lidam com objetos de estudo bem distintos. Essas diferenças podem parecer sutis à primeira vista, mas são cruciais para entendermos o que cada uma dessas disciplinas busca descobrir e preservar.


O Objeto de Estudo: Humanos versus Natureza Pré-Histórica

A distinção mais fundamental entre arqueologia e paleontologia está no objeto de estudo de cada uma.

  • Arqueologia: É uma ciência social voltada para o estudo das culturas humanas e dos modos de vida de sociedades passadas e presentes. Arqueólogos buscam evidências de atividades humanas, sejam artefatos móveis, como ferramentas e cerâmicas, ou artefatos imóveis, como templos e túmulos. Seu objetivo é entender como as pessoas viviam, suas crenças, práticas e estruturas sociais.


  • Paleontologia: Como uma ciência natural, a paleontologia se concentra na história da vida na Terra antes mesmo do surgimento dos humanos. Paleontólogos estudam fósseis de animais e plantas, e sua missão é reconstruir ecossistemas antigos e a evolução das espécies ao longo de milhões de anos. Aqui, o foco não está na cultura, mas nos processos biológicos e ecológicos que moldaram a biodiversidade ao longo das eras.

Metodologias Diferentes para Propósitos Diferentes

Apesar de ambas as ciências se basearem em escavações e na análise de materiais encontrados no subsolo, as técnicas e metodologias utilizadas variam significativamente.


  • Arqueólogos
    realizam suas escavações com um foco específico em sítios humanos, investigando o contexto dos objetos encontrados para compreender a vida cultural e social. A escavação arqueológica é cuidadosa e detalhada, pois cada camada de solo e cada artefato pode oferecer insights sobre diferentes períodos históricos. A arqueologia também incorpora disciplinas como a antropologia, a história e a linguística para reconstruir o comportamento humano.

  • Paleontólogos
    escavam em busca de fósseis e vestígios biológicos, utilizando métodos de datação como o carbono-14, o potássio-argônio e a datação de camadas geológicas para entender o tempo geológico e a evolução das espécies. Além de escavações, paleontólogos fazem comparações com animais e plantas modernos para traçar linhas de evolução. Suas colaborações se dão com disciplinas como a geologia, a biologia e a química.

Temporadas do Passado: Diferentes Escalas de Tempo

A linha do tempo que cada ciência cobre também é bastante distinta.


  • Arqueologia
    : A arqueologia não impõe limites cronológicos rígidos, mas seu estudo normalmente começa com os primeiros hominídeos, por volta de 2 milhões de anos atrás, e se estende até os dias atuais. Isso significa que ela investiga tanto as culturas pré-históricas quanto as civilizações históricas e até artefatos contemporâneos, como lixo urbano.

  • Paleontologia
    : A paleontologia trabalha com uma linha do tempo muito mais ampla, abrangendo milhões e até bilhões de anos. Suas investigações recuam aos primeiros sinais de vida na Terra, como os fósseis de organismos microscópicos, e alcançam épocas muito anteriores ao aparecimento dos humanos. Fósseis de dinossauros e plantas antigas, por exemplo, são datados de períodos como o Mesozoico, que se estendeu de aproximadamente 252 a 66 milhões de anos atrás.

Dinossauros, Cerâmicas e Confusões Comuns


A popularidade dos dinossauros na cultura pop muitas vezes faz com que as pessoas confundam arqueologia e paleontologia. Ao contrário do que muita gente imagina, arqueólogos não estudam dinossauros — pois estes viveram em uma época anterior ao surgimento dos humanos. Dinossauros são um domínio exclusivo da paleontologia, enquanto os arqueólogos focam em civilizações humanas, desde os primeiros artefatos até construções complexas, como pirâmides e templos.


Onde Arqueologia e Paleontologia se Encontram


Embora sejam distintas, arqueologia e paleontologia ocasionalmente se cruzam. Em alguns sítios arqueológicos, por exemplo, é possível encontrar restos fósseis de animais que interagiram com humanos, como cavalos e cães antigos. Nesses casos, a paleontologia auxilia a arqueologia ao fornecer informações sobre a fauna local e o ambiente em que as civilizações humanas viviam.


Por que Essas Diferenças São Importantes?


Entender essas diferenças é essencial para valorizar as contribuições de cada campo. A arqueologia ajuda a construir nossa identidade cultural, revelando as práticas e crenças das sociedades que nos antecederam. Já a paleontologia oferece uma perspectiva sobre a diversidade da vida na Terra e como ela evoluiu até chegar à forma que conhecemos hoje. Juntas, essas ciências contribuem para um conhecimento mais completo do nosso planeta, de sua história e dos fenômenos naturais e culturais que moldaram o mundo em que vivemos.

ARQUEOLOGIA 2

 



Arqueologia é a ciência que estuda as culturas e os modos de vida das diferentes sociedades humanas - tanto do passado como do presente - a partir da análise de objetos materiais. É uma ciência social que estuda as sociedades através das materialidades produzidas pelos seres humanos sem limites de caráter cronológico sejam estes móveis — como, por exemplo, um objeto de arte — ou objetos imóveis — como é o caso das estruturas arquitetônicas. Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelos seres humanos no meio ambiente.

A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiu a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos. A ciência arqueológica pode envolver trabalhos de prospecção e escavação, ou somente prospecção, em ambos os casos são realizadas análises das materialidades encontradas, para assim traçar os comportamentos da sociedade que as produziu. Em muitos casos, a arqueologia se utiliza de investigações de outras áreas científicas, como a antropologia, história, história da arte, geografia, geologia, linguística, física, as ciências da informação, química, estatística, paleontologia (paleozoologia, paleobotânica e paleoecologia), medicina e literatura.


Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia enquanto que em países, como em Portugal, esta foi considerada uma disciplina pertencente ao ramo científico da História e dependente deste. No Brasil, a Arqueologia é tida como uma ciência autônoma, com cursos de graduação espalhados por todo o país. A arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações culturais e materiais desde o surgimento do ser humano (transição do australopitecos para o homo habilis) até ao presente. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os arqueólogos dos dias de hoje veriam o mesmo objeto como um instrumento que lhes serve para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram. O mesmo se aplica às materialidades contemporâneas.


Os arqueólogos podem ter de atuar em situações de emergência, como quando existem obras que põem a descoberto vestígios arqueológicos até então desconhecidos, sendo, nestes casos, criados e enviados para o local, piquetes de emergência. Deste modo, procuram desenvolver medidas para minimizar o impacto negativo que essas obras possam ter no patrimônio arqueológico, podendo ser feitas alterações pontuais no projeto inicial. Só em casos excepcionais os achados arqueológicos são suficientemente importantes para justificar a anulação de obras de grande envergadura (ex.: barragem de Foz Côa). Em certos casos, a destruição parcial ou total dos vestígios arqueológicos poderá ser inevitável, nomeadamente por motivo de obras de superior interesse público, o que exige um registro prévio o mais exaustivo possível. A fim de se minimizarem os riscos de destruição do patrimônio arqueológico devido a obras públicas ou privadas de grande amplitude, tem-se procurado, nos últimos anos, integrar arqueólogos nas equipas que elaboram os estudos de viabilidade e de impacto ambiental. A tendência atual é para substituir uma arqueologia de salvamento por uma arqueologia preventiva.



(Fonte: Wikipédia, acesso 02 nov. 2024)

 

sábado, 2 de novembro de 2024

ARQUEOLOGIA

Explorar a arqueologia é como desvendar os mistérios de um mundo que pulsa sob nossos pés. Cada fragmento desenterrado carrega histórias há muito esquecidas, mas ainda vivas nos objetos e construções deixadas por aqueles que vieram antes de nós. Neste artigo, vamos nos aprofundar nessa ciência que, muito além de escavar o passado, ilumina nossa própria compreensão do que significa ser humano — e de como nossas pegadas materiais continuam a ecoar pelas gerações.


Arqueologia: Desvendando Pegadas do Tempo

Imagine-se em um sítio arqueológico. O que era terra e poeira agora revela segredos guardados há séculos. Cada camada de solo remexido é uma página virada no livro da humanidade. Mas o que é, afinal, a arqueologia?



Arqueologia é mais que o estudo de antiguidades. É uma ciência que examina vestígios materiais das sociedades humanas — do passado ao presente — para entender culturas, modos de vida, crenças e até comportamentos psicológicos. Ao contrário de outros estudos históricos que se baseiam em registros escritos, a arqueologia se concentra na “materialidade” que os humanos deixam para trás.


Artefatos: As Janelas para o Passado


Um artefato, em termos arqueológicos, é qualquer objeto feito ou modificado por seres humanos que ajuda a contar a história de uma época, sociedade ou cultura. Eles podem ser itens tão variados quanto ferramentas de pedra, cerâmicas, adornos pessoais, peças de vestuário, instrumentos musicais e até resíduos alimentares. Cada artefato é uma pista que, quando interpretada corretamente, revela detalhes sobre o cotidiano, a tecnologia, as crenças e a organização social dos povos que o produziram.

Tipologia dos Artefatos

Artefatos são geralmente divididos em duas categorias:


  • Artefatos móveis: São objetos que podem ser transportados de um lugar para outro. Um exemplo comum são os utensílios domésticos, como potes de cerâmica ou ferramentas de metal. Cada um desses itens fornece informações sobre o uso de materiais, tecnologias de fabricação e até o comércio entre regiões.


  • Artefatos imóveis: Incluem construções e estruturas arquitetônicas, como templos, muralhas, estradas e túmulos. Esses artefatos são fundamentais para entender a disposição espacial de uma sociedade, suas hierarquias e suas áreas de convivência, ritual e proteção. Estruturas como pirâmides, fortalezas e aquedutos revelam a complexidade e o grau de organização social e tecnológica de uma cultura.


Análise e Interpretação dos Artefatos


O estudo dos artefatos envolve várias etapas e métodos para identificar sua função, idade e contexto. Através da análise estilística, por exemplo, arqueólogos comparam formas e estilos com outros achados, ajudando a determinar a época e a região de origem de um artefato. Técnicas científicas, como datação por carbono-14 para materiais orgânicos, análises químicas de pigmentos e exames microscópicos, permitem conhecer o processo de fabricação e até os ingredientes usados nos objetos.

O Significado Cultural dos Artefatos


Além de serem peças materiais, artefatos carregam significados simbólicos que refletem crenças e valores sociais. Uma ferramenta pode indicar a importância da agricultura ou caça para uma comunidade, enquanto um amuleto ou peça de adorno pessoal revela aspectos religiosos e estéticos. Em muitos casos, artefatos rituais ou funerários — como urnas, estátuas ou oferendas — ajudam os arqueólogos a decifrar os sistemas de crenças e a visão de mundo das sociedades antigas.

Artefatos e Tecnologia: O Reflexo do Desenvolvimento Humano

A tecnologia empregada na fabricação de artefatos também é um tema essencial na arqueologia. O progresso das ferramentas, por exemplo, desde o uso de pedras lascadas até as ligas de metal, documenta a evolução tecnológica e as inovações que permitiram às sociedades humanas dominar melhor o ambiente. A metalurgia, a cerâmica e a construção de edificações em pedra ou tijolo são marcos que demonstram o avanço de uma civilização em termos de conhecimento e adaptação.


Artefatos Contemporâneos: A Arqueologia do Presente

Em tempos recentes, a arqueologia tem ampliado seu interesse para incluir artefatos contemporâneos. Esse estudo das materialidades recentes, conhecido como “arqueologia do presente”, examina itens como o lixo urbano, edifícios modernos e objetos descartáveis para analisar padrões de consumo, desigualdade social e os impactos ambientais das sociedades atuais. Assim, os artefatos modernos também se tornam fontes para futuras gerações entenderem o nosso modo de vida.

terça-feira, 12 de março de 2024

MARCELO GLEISER: UM BRASILEIRO QUE PODE CHEGAR AO NOBEL

 


Marcelo Gleiser (Rio de Janeiro, 19 de março de 1959) é um físico, astrônomo, professor, escritor e roteirista brasileiro, atualmente pesquisador e professor da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos. É membro e ex-conselheiro geral da American Physical Society.



Conhecido nos Estados Unidos por suas aulas e pesquisas científicas, no Brasil é mais popular por suas colunas de divulgação científica no jornal Folha de São Paulo. Escreveu oito livros e publicou três coletâneas de artigos. Participou de programas de televisão dos Estados Unidos, da Inglaterra e do Brasil, entre eles, Fantástico.



Marcelo recebeu o Prêmio Jabuti em 1998, pelo livro A Dança do Universo, e em 2002 por O Fim da Terra e do Céu. Em 2007, foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia. Em março de 2019, tornou-se o primeiro latino-americano a ser contemplado com o Prêmio Templeton, tido informalmente como o "Nobel da espiritualidade".



 

Juventude e formação acadêmica

Marcelo é nascido em uma família judaica da cidade do Rio de Janeiro, e desde criança gostava de tocar violão e jogar voleibol, modalidade esportiva em que foi campeão júnior brasileiro aos quinze anos, ao lado de Bernardinho. Mesmo não se interessando por matemática, desde cedo eram claros seu interesse e paixão pela natureza. Queria ser músico, mas seu pai, Isaac, que era dentista, convenceu-o a mudar de ideia, pois, segundo ele, a música seria uma escolha arriscada, tornando incerto seu futuro profissional.



Após cursar dois anos de Engenharia Química, Gleiser transferiu-se para o curso de Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Bacharelou-se em 1981, mesmo ano em que representou o voleibol brasileiro nos jogos Macabíadas em Israel, conquistando a medalha de prata. No ano seguinte fez seu mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em 1986 obteve seu doutorado no King's College de Londres na Universidade de Londres. Em 1988 obteve um pós-doutorado pela Fermilab e no mesmo ano foi nomeado bolsista sênior de pós-doutorado no Instituto de Física Teórica da Universidade da Califórnia. Em 1991 foi nomeado professor assistente de física e astronomia no Dartmouth College em Hanover, New Hampshire.



 

Carreira

Desde 1991, é professor de Física e Astronomia e pesquisador da Dartmouth College em Hanover, Estados Unidos. Já fez parte do grupo de pesquisadores do Fermilab, em Chicago, e do Institute for Theoretical Physics da Califórnia. Recebeu bolsas para pesquisas da NASA, da National Science Foundation e da OTAN.



Na Dartmouth, ministra a disciplina "Física para Poetas", cujas aulas se caracterizam por relatos da história da ciência e dos cientistas juntamente com explicações sobre os fundamentos da física no laboratório através de experiências e demonstrações em sala de aula.



Em 1994, ganhou do presidente norte-americano Bill Clinton o prêmio Presidential Faculty Fellows Award por seu trabalho de pesquisa em cosmologia e por sua dedicação ao ensino. Em 1995, ganhou o Dartmouth Award for Outstanding Creative or Scholarly Work e venceu em 2001 o prêmio José Reis de Divulgação Científica. Em 2001, Gleiser foi eleito Fellow da American Physical Society, a Sociedade de Física Americana, da qual é membro. Seu ensaio "Emergent Realities in the Cosmos" apareceu na antologia Best American Science Writing 2003, editada por Oliver Sacks.



Em 1997, lançou no Brasil seu primeiro livro, A Dança do Universo, que trata da questão da origem do Universo tanto sob o ponto de vista científico quanto religioso. O livro, escrito para o público não-especializado tornou-se um marco da divulgação científica no Brasil. Naquele ano também passou publicar aos domingos, artigos sobre ciência no jornal Folha de São Paulo. A coluna foi publicada até 28 de outubro de 2018.



Em 1998 ganhou o Prêmio Jabuti por esse livro, prêmio que viria a repetir em 2002 pelo livro O fim da Terra e do Céu. Em 2005, lançou uma coletânea de suas colunas publicadas na Folha de São Paulo de 1999 a 2004, intitulada Micro Macro, e em 2007, dando prosseguimento à coleção, outra coletânea intitulada Micro Macro 2. A sua primeira obra inspirou uma peça de teatro do grupo Arte e Ciência no Palco, que estreou no Festival de Curitiba, e foi apresentada em vários teatros e festivais no Brasil e em Portugal.



Em 2006, publicou A Harmonia do Mundo, seu primeiro romance e também um best seller, sobre a vida e obra do astrônomo alemão Johannes Kepler. Em 2010, publicou o livro "Criação Imperfeita: Cosmo, Vida e o Código Oculto da Natureza", onde faz criticas a várias  ideias de unificação na física argumenta que as assimetrias do Universo não tiveram origem a partir de um Deus, e que são as imperfeições que causaram e causam a formação de estruturas na Natureza, do átomo às células. O livro foi publicado em sete línguas. Em 2015, publicou The Island of Knowledge que lida com o problema do necessariamente incompleto conhecimento científico e dos limites das explicações do universo. Em setembro de 2006 estreou nos cinemas o filme O Maior Amor do Mundo, de Cacá Diegues, com consultoria de Gleiser. O filme conta a história de um astrofísico que volta ao Brasil.



Em 2006, apresentou um bloco no programa dominical Fantástico, da Rede Globo, chamado "Poeira das Estrelas". A série em muito lembra a série Cosmos, de Carl Sagan, com episódios abordando temas científicos e mantendo o foco na astronomia e na origem da vida. A série inspirou um livro homônimo publicado no mesmo ano. Dois anos depois, em 2008, também no Fantástico, apresentou outra série de conteúdo científico: "Mundos Invisíveis", onde explorou a história da física e da química, da alquimia à física de partículas elementares. Em 2010, narrou o documentário Como Funciona o Universo, exibido pelo Discovery Channel.



 

Ciência e religião

Certamente recorrentes em seus trabalhos os debates entre as visões de mundo religiosas e científicas, Marcelo Gleiser é, contudo, adepto declarado do naturalismo:

"Para mim, não há absolutamente nenhuma dúvida de que o sobrenatural é completamente incompatível com uma visão científica do mundo, visão que costumo defender arduamente".

 

"(...) A mecânica universal não precisa de Deus! As pessoas podem precisar de Deus! São duas coisas completamente diferentes!"


 

e declara-se agnóstico especificamente "(...) um desses ateus liberais que Dawkins critica"; posicionamentos que certamente transparecem em suas obras também de forma implícita. Ao contrário dos assim denominados ateus radicais, que veem uma guerra declarada entre ciência e religião e nela militam, Gleiser reconhece - embora defensor do ateísmo - o papel que a fé desempenhou e desempenha nos contextos sociocultural, histórico e de definição do ser humano, posicionando-se contra o radicalismo tanto religioso quanto antirreligioso. Em suas palavras:

"Se sou ateu; se fico transtornado quando vejo a infiltração de grupos religiosos extremistas nas escolas, querendo mudar o currículo, tratando a ciência em pé de igualdade com a Bíblia; se concordo que o extremismo religioso é um dos grandes males do mundo; se batalho contra a disseminação de crenças anticientíficas absurdas como o design inteligente e o criacionismo na mídia; por que, então, critico o ateísmo radical de Dawkins? Porque não acredito em extremismos e intolerância. (...) É essa crença ignorante que deve ser combatida; (...) É a hipocrisia usada sob a bandeira da fé que deve ser combatida, não a fé em si."


Em novembro de 2016, No programa Canal Livre da Rede Bandeirantes de Televisão, Gleiser declarou-se agnóstico - não especificando o tipo, mas declarou ser a posição mais compatível com o método científico. O que não pode ser uma posição cientificista, pois numa entrevista a fundação Na pratica, ele disse:

"A ciência é obviamente nosso melhor modo de se explorar e entender o mundo, mas não é o único, e nem é ilimitado".

Também criticou o ateísmo por ser só outra forma de fé cega, pois não tem provas para seu dogma da inexistência de Deus - ainda no programa Canal Livre. 

Gleiser também se declara crítico das posturas perfeccionistas do universo, criticando fortemente a busca da comunidade de físicos pela "teoria do tudo". Para Gleiser o Universo é repleto de imperfeições, e nele não se pode identificar baseado em nossa tecnologia limitada, uma lei única que reja toda a natureza, postura que o torna crítico direto dos físicos que a buscam na tentativa de estabelecer qualquer "teoria final". Para Gleiser, tais cientistas deveriam ter uma maior "autocrítica":

 

"Nós conhecemos o mundo por causa de nossos instrumentos(...) O problema é que toda máquina tem uma precisão limitada. É impossível criar uma teoria final porque nunca vamos saber tudo. Temos de aprender a ser humildes com relação a nosso conhecimento de mundo, que sempre será limitado."

Vida pessoal



Marcelo Gleiser vive com a família no estado de Nova Hampshire, nos EUA. Além de dar aulas na universidade, realiza palestras e também leciona em cruzeiros com "caçadores de eclipses". Já viajou de Zanzibar a Madagáscar e pelo Mar Negro. Nessas viagens aproveita para praticar mergulho.

Possui como hobby a pesca com isca artificial (fly fishing), que pratica na cidade onde mora, Hanover. Lá, além da pesca, gosta de praticar alpinismo. Mantinha amizade com o escritor norte-americano Oliver Sacks, a quem fazia visitas em Nova Iorque. Também é amigo de Roald Hoffmann, ganhador do prêmio Nobel de Química de 1981. Roald já desfilou com Gleiser pela escola de samba Unidos da Tijuca vestidos de Santos Dumont, no carnaval de 2004.

 




Livros

A Dança do Universo (1997)

Retalhos Cósmicos (1999)

O fim da Terra e do Céu (2001)

Micro Macro (2005)

A Harmonia do Mundo (2006)

Cartas A Um Jovem Cientista: O Universo, A Vida e Outras Paixões (2007)

Micro Macro 2 (2007)

Criação Imperfeita: Cosmo, Vida e o Código Oculto da Natureza (2010)

A Ilha do Conhecimento: Os Limites da Ciência e A Busca Por Sentido (2014)

A Simples Beleza do Inesperado (2016)

O Caldeirão Azul (2019)

Artigos científicos selecionados

"An Analytical Characterization of Oscillons: Their Energy, Radius, Frequency, and Lifetime", with David Sicilia, Phys. Rev. Lett. 101, 011602 (2008).

"A Class of Nonperturbative Configurations in Abelian-Higgs Models: Complexity from Dynamical Symmetry Breaking", com Joel Thorarinson, Physical Review D 79, 025016 (2009).

"An Extended Model for the Evolution of Prebiotic Homochirality: A Bottom-Up Approach to the Origin of Life", com Sara Walker, Orig. Life Evol. Biosph. 38, 293-315 (2008).

"Punctuated Chirality", with Joel Thorarinson and Sara I. Walker, Orig. Life Evol. Biosph. 38, 499-508 (2008).

"Long-lived Oscillons from Asymmetric Bubbles," com A. Adib e C. A. S. Almeida, Phys. Rev. D66 (2002) 085011.

"Gauged Fermionic Q-Balls," com T. S. Levi, Phys. Rev. D66 (2002) 087701.

"Nonequilibrium Precursor Model for the Onset of Percolation in a Two-Phase System," com Rafael Howell e Rudnei Ramos, Phys. Rev. E65 (2002) 036113.

"Anisotropic Stars: Exact Solutions," com Krsna Dev, Gen. Rel. Grav. 24 (2002) 1793.

"Bubbling the False Vacuum Away", com Barrett Rogers e Joel Thorarinson, Phys. Rev. D 77, 023513 (2008).

Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcelo_Gleiser. Acesso em: 12 mar. 2024.





TOLSTOISMO: OS SEGUIDORES DE LIEV TOLSTOI

 TOLSTOÍSMO

Adaptado da Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tolsto%C3%ADsmo#:~:text=Tolsto%C3%ADsmo%20ou%20tolstoiismo%20%C3%A9%20um,b%C3%ADblica%20O%20Serm%C3%A3o%20da%20Montanha. Acesso em: 10 mar. 2024.

Liev Nikolaievitch Tolstoi


Tolstoísmo ou Tolstoiismo é um movimento social baseado nas visões filosóficas e religiosas do romancista russo Liev Nikolaievitch Tolstoi (1828 – 1910). Os pontos de vista de Tolstoi foram fundamentados por meio de estudos minuciosos do ministério de Jesus, sobretudo na passagem bíblica “O Sermão da Montanha”.



Tolstoi expressou “grande alegria” diante da grande adesão, não só na Rússia, mas em várias partes da Europa, ao seu movimento. No entanto, o autor admitiu que fosse um erro criar uma doutrina específica depois da sua morte. Tolstoi advertia que cada indivíduo deveria seguir sua consciência individual. Ele escreveu uma carta a um adepto, com os seguintes dizeres:

“Usar o ‘Tolstoysmo’ como um guia para perguntar a minha solução para as mais diversas questões é um erro grosseiro. Não houve, nem há ‘ensinamentos’ meus. Existe apenas o único ensinamento universal eterno da Verdade, que para mim, para nós, é claramente expresso nos Evangelhos. Eu aconselhei essa jovem a não viver pela minha consciência, mas por ela própria.”

Credos e Práticas

      Os “tolstoinianos” (na língua Russa Толстовцы , Tolstovtsy) se identificam como cristãos, mas geralmente não pertencem oficialmente a uma igreja. Tolstoi foi um severo crítico da Igreja Ortodoxa Russa, fato que levou a sua excomunhão em 1901. Tolstoinianos tendem a se concentrar em seguir os ensinamentos de Jesus e não se importam com milagres ou divindades. Eles tendem a um modo de vida ascético e simples. Tolstoinianos são considerados pacifistas cristãos e defendiam a não violência em todas as circunstâncias. A compreensão de Tolstoi sobre o que significa ser cristão foi fundamentada pelo Sermão da Montanha e resumida em cinco proposições simples:

          1) Ame seus inimigos;

2) Não seja tomado pela ira;

3) Não lute contra o mal fazendo o mal, mas combata o mal com o bem (uma interpretação de ofereça a outra face);

4) Não deseje;

5) Não faça juramentos.

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Tolstonianos não participam do governo, que consideram imoral, violento e corrupto. Tolstoi rejeitou o Estado e todas as instituições que dele derivam – a polícia, os tribunais e o exército. Assim, muitos os consideram como um anarquista cristão. Historicamente, as ideias de Tolstoi influenciaram o pensamento anarquista.

 

Vegetarianismo

      O movimento vegetariano começou na Europa no século XIX. A primeira sociedade vegetariana foi fundada em Manchester em 1847. Tolstoi tornou-se uma grande influência para o movimento. Ele se tornou vegetariano em 1885. Seu ensaio “The First Step” (“O Primeiro Passo” – 1882) e outros foram promovidos internacionalmente pelas sociedades vegetarianas.



      O vegetarianismo fazia parte da filosofia tolstoniana cristã de não violência. Naquela época, os restaurantes vegetarianos eram poucos, e eles frequentemente serviam como espaços de reunião para os tolstoinianos e outros reformadores sociais. O movimento era, sobretudo, ovolactovegetariano, que consistia em uma dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leites e derivados deles, nesta há apenas a exclusão de qualquer tipo de carne na alimentação.

      Do ponto de vista da medicina da época o vegetarianismo era visto como insalubre.

 


Legado

      Ele inspirou muitos seguidores em diversos países que formaram comunidade e publicaram obras dedicadas a promover as ideias de Tolstoi, principalmente no final do século XIX, e início do século XX. 



   Vários indivíduos foram influenciados por Tolstoi, dentre eles o filósofo Wittgenstein, William Jenning Byran e Gandhi. 

 

William Jennings Bryan, advogado e político dos Estados Unidos.
Foi Secretário de Estado dos Estados Unidos da América

Seguidores célebres:

Abraham Yehudah Khein – (1878 – 1957) foi um rabino Chabad-Hasidico na cidade ucraniana de Nizhyn. O rabino Khein era um anarquista pacifista.



Alexandra Tolstaya – (1884 – 1979) condessa Tolstaya era a filha mais nova de Lev Tolstoi sendo secretária do famoso romancista.



Arvid Järnefelt – (1861 – 1932) juiz e escritor finlandês.



Aylmer Maude (1858 – 1938) e Louisie Maude (1855 – 1939) – foram tradutores para o inglês das obras de Lev Tolstoi, e Aylmer Maude também escreveu a biografia de seu amigo Tolstoi, The Life of Tolstoy. Depois de viver muitos anos na Rússia, os Maudes passaram o resto de suas vidas na Inglaterra, traduzindo os escritos de Tolstoi e promovendo o interesse público em seu trabalho. Aylmer Maude também esteve envolvido em várias causas progressistas e idealistas do início do século XX.



Boris Pasternak – (1890 – 1960) poeta e romancista russo, ele escreveu Doutor Jivago, com o qual recebeu o Nobel de Literatura em 1958.



Dmitry Khilkov – (1858 – 1914) O príncipe Dmitry Aleksandrovich Khilkoff (mais frequentemente escrito como Khilkov, às vezes também Hilkov ou Hilkoff) (1858–1914) passou de oficial do Exército do Czar a um tolstoiano pregando o pacifismo e a um revolucionário socialista. O príncipe Dmitry Khilkov era um discípulo aristocrático de Lev Tolstoi que foi exilado pelo governo e teve seus filhos tirados dele por seguirem os ensinamentos de Tolstoi. Como Tolstoi, Khilkov envolveu-se com a emigração dos Doukhobors cristãos espirituais da Rússia para o Canadá e fez parte de uma delegação exploratória de assentamentos em 1898 para o Canadá.



Dorothy Day – (1897 – 1980) jornalista estadunidense, ativista social, anarquista, que posteriormente se converteu ao catolicismo. Na década de 1930, ela trabalhou junto com seu companheiro, o ativista Peter Maurin, para estabelecer um Movimento Operário Católico, um movimento não violento e pacifista que continuasse a combinar ajuda direta aos pobres e desabrigados com ações diretas não violentas em seu favor.



Emil Cedercreutz – (1879 – 1949) foi um barão finlandês, escultor e artista de silhuetas mais conhecido por suas esculturas de cavalos.



Ernest Howard Crosby – (1856 – 1907) foi um escritor e reformista americano, nascido em Nova Iorque, depois de ter visitado Tolstoi tornou-se divulgador das suas teorias nos EUA, escrevendo alguns livros sobre o escritor russo. Seu livro ‘Plain in Psalm and Parable’ (1899), foi amplamente elogiado.



Georg Boldt – (1851 – 1916) foi um empresário e hoteleiro teuto-americano que influenciou o desenvolvimento do hotel urbano como centro social e destino de luxo. Seu lema era “o cliente tem sempre razão”, tendo tornado-se por conta própria um milionário de sucesso.



Georgy Gapon – (1870 – 1906) foi um padre ortodoxo russo e um líder popular da classe trabalhadora antes da Revolução Russa de 1905. Depois que foi descoberto como informante da polícia, Gapon foi assassinado por membros do Partido Socialista Revolucionário. Padre Gapon é principalmente lembrado como um agente provocador que liderou uma multidão pacífica de manifestantes no Domingo Sangrento, apenas para ser recebido por esquadrões de fuzilamento do Exército Imperial Russo. As ações de Gapon inadvertidamente alimentaram o movimento revolucionário, embora ele posteriormente tenha fugido do país e enfrentado críticas de várias partes por seu papel.



Harold Whitmore Williams – (1876 – 1928) foi um jornalista neozelandês, editor estrangeiro do “The Times” e poliglota considerado um dos poliglotas mais talentosos da História. Ele conhecia mais de 58 idiomas, incluindo naturalmente seu inglês nativo. Ele "provou conhecer todas as línguas do Império Austríaco", húngaro, tcheco, albanês, sérvio, romeno, sueco, basco, turco, mandarim, japonês, tagalo, copta, egípcio, hitita, irlandês antigo e outros dialetos.



James Luther Bevel – (1936 – 2008) foi um ministro americano e líder do Movimento dos Direitos Civis dos anos 1960 nos Estados Unidos. Como membro da Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC), e depois como seu Diretor de Ação Direta e Educação Não-Violenta, Bevel iniciou, traçou estratégias e desenvolveu os três maiores sucessos da época do SCLC: a Cruzada Infantil de Birmingham em 1963, a votação em Selma em 1965, movimento pelos direitos humanos e o movimento de habitação aberta de Chicago em 1966. Ele sugeriu que o SCLC convocasse e se juntasse a uma marcha em Washington em 1963. Bevel traçou uma estratégia para as marchas de Selma a Montgomery em 1965, que contribuíram para a aprovação pelo Congresso da Lei de Direitos de Voto de 1965.



Johan Carl Emil (Jean) Boldt – (1865 – 1920) foi um advogado e jornalista finlandês, conhecido como teosofista e anarquista.



Kenjirō Tokutomi — (1868 — 1927), também conhecido pelo pseudônimo de Tokutomi Roka , foi um escritor e filósofo cristão japonês das eras Meiji e Taishō.



Leonid Osipovich Pasternak – nascido Yitzhok-Leib, ou Isaak Iosifovich, Pasternak —  (1862  — 1945) foi um pintor russo pós-impressionista. Ele era o pai do poeta e romancista Boris Pasternak.





Leopold Antonovich Sulerzhitsky – (1872 – 1916) foi um diretor de teatro, pintor e pedagogo russo de ascendência polonesa. Ele está associado ao Teatro de Arte de Moscou e à família de Lev Tolstoy.



Mahatma Gandhi – Mohandas Karamchand Gandhi – (1869 – 1948) foi um advogado, nacionalista, anticolonialista e especialista em ética política indiana, que empregou resistência não violenta para liderar a campanha bem-sucedida para a independência da Índia do Reino Unido, e por sua vez, inspirar movimentos pelos direitos civis e liberdade em todo o mundo. O honorífico Mahātmā (sânscrito: "de grande alma", "venerável"), aplicado a ele pela primeira vez em 1914 na África do Sul, é agora usado em todo o mundo. O aniversário de Gandhi, 2 de outubro, é comemorado na Índia como Gandhi Jayanti, um feriado nacional e em todo o mundo como o Dia Internacional da Não Violência. Gandhi é comumente, embora não formalmente considerado o Pai da Pátria indiana.



Saneatsu Mushanokōji – (1885 – 1976) foi um romancista, dramaturgo, poeta, artista e filósofo japonês ativo durante o final dos períodos Taishō e Shōwa do Japão.



Sergei Lvovich Tolstoi – (1863 – 1947) foi um compositor e etnomusicólogo que esteve entre os primeiros europeus a fazer um estudo aprofundado da música da Índia. Ele também foi associado do místico sufi Inayat Khan e participou ajudando os Doukhobors a se mudarem para o Canadá. Ele era o filho mais velho de Lev Tolstoi.



Takeo Arishima – (1878 – 1923) foi um romancista, contista e ensaísta japonês durante o final dos períodos Meiji e Taishō. Seus dois irmãos mais novos, Ikuma Arishima e Ton Satomi, também eram autores. Seu filho era o ator de cinema e teatro internacionalmente conhecido, Masayuki Mori.



Valentin Fyodorovich Bulgakov – (1886 – 1966) foi o último secretário de Lev Tolstoi e, também, seu biógrafo. Ele atuou como diretor de vários museus literários e participou ativamente de iniciativas tolstoianas e pacifistas. Suportou prisão sob o regime czarista e internamento num campo nazista. Nos últimos 20 anos de sua vida, ele assumiu o papel de chefe do museu Yasnaya Polyana.



Vladimir Grigoryevich Chertkov – (1854 – 1936) foi o editor das obras de Lev Tolstoi e um dos tolstoianos mais proeminentes. Após as revoluções de 1917, Chertkov foi fundamental na criação do Conselho Unido de Comunidades e Grupos Religiosos, que acabou administrando o programa de objeção de consciência da RSFS russa.



Ludwig Joseph Johann Wittgenstein — (nasceu em Viena, 26 de Abril de 1889 e faleceu em Cambridge, 29 de Abril de 1951) foi um filósofo austríaco, naturalizado britânico. Foi um dos principais autores da virada linguística na filosofia do século XX. Suas principais contribuições foram feitas nos campos da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da matemática, e filosofia da mente. Muitas das chances do filósofo mais importante do século passado.



 

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