A história de como a maçã o inspirou a descobrir a teoria da gravidade, se encontrava, até então, nos arquivos da Royal Society de Londres, e agora já pode ser consultada na web.
LONDRES – O manuscrito original de 100 páginas em que o biógrafo de Newton, William Stukeley(*), narrou o fato ocorrido em 1752 é um dos primeiros tesouros dos arquivos dos séculos XVII, XVIII e XIX. A história de como a maçã o inspirou a descobrir a teoria da gravidade, se encontrava, até então, nos arquivos da Royal Society de Londres, agora já pode ser consultada na web.
Royal Society em 1952. Cadê as mulheres? |
Por ocasião de seu 35.º aniversário, a prestigiosa instituição científica britânica resolveu disponibilizá-la na internet.
Stukeley relata em suas “Memórias da vida de Isaac Newton” como um dia, depois de jantar na casa do genial cientista, ambos saíram para tomar chá à sombra das macieiras.
“Newton me disse que se encontrava na mesma posição em que previamente lhe ocorrera a noção da gravidade. Foi motivada pela queda de uma maçã enquanto se encontrava sentado em estado contemplativo. Por que esta maçã sempre cai perpendicularmente no solo?”, questionou a si mesmo”, escreveu o físico britânico.
O documento pode ser consultado, com outros seis manuscritos históricos digitalizados, na página “Turning the Pages” (http://royalsociety.org/Turning-the-Pages/). - Observação - tentei acessá-lo no dia 05/04/2020 às 10:15 e a página dizia que não era possível acessar o documento.
Na seleção se destacam também as contribuições do filósofo inglês John Locke a uma primeira versão da Constituição americana em 1681 ou o desenho de uma revolucionária ponte de ferro de Thomas Paine em 1789, assim como excepcionais ilustrações de história natural.
Fundada em 1660, a Royal Academy, uma das sociedades científicas mais antigas da Europa, celebra desde novembro passado seu 350.º aniversário com inúmeras ativades destinadas a promover a divulgação e a pesquisa.
FONTE: JB ONLINE
Data:18/01/2010
Data:18/01/2010
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A verdadeira história da maçã de Newton
Acessado em 05/04/2020.
“Um belo dia, estava Newton sentado embaixo de uma macieira quando, ploft!, eis que uma maçã lhe cai sobre a cabeça. No susto, disse o físico: ‘Eis aqui a Teoria da Gravidade!'”. É mais ou menos assim que a fábula da maçã newtoniana encontra-se gravada no imaginário das pessoas. Ocorre que, em verdade, a história não é bem essa. Para começo de conversa, Newton nunca escreveu sobre o incidente com a maçã, e pode ser que ele nunca tenha ocorrido de fato.
Mais de 20 anos após a morte de Newton, um tal William Stukeley (*) escreveu a biografia do físico num livro chamado “Memórias de Sir Isaac Newton”, que agora está disponível no original. Neste documento, a história está assim:
"Ele estava lá em estado contemplativo, e uma maçã caiu. Ele questionou por que a maçã sempre desce perpendicularmente ao chão. Por que não vai para os lados, para cima? Por que sempre em direção ao centro da Terra? Seguramente, a razão é que a Terra a atrai. Deve existir um poder de atração na matéria."
Este fato teria ocorrido por volta de 1660, e a biografia fora escrita em 1752, o que faz muito improvável que a história da maçã tenha de fato ocorrido desta maneira.
Newton e a decomposição da luz.
Isaac Newton curioso em descobrir por que tal acontecimento ocorria, pegou um prisma totalmente polido e o colocou frente a um orifício que ele mesmo fizera na janela do seu quarto. Com esse feito, ele percebeu que a luz branca, proveniente do Sol, se dispersava em feixes coloridos e a esse conjunto de cores chamou spectrum. Newton não era a favor da ideia de que esse colorido surgia devido a impurezas existentes no prisma. Assim sendo, realizou novo experimento onde deixava apenas uma cor passar através de um segundo prisma. Com isso, verificou que o mesmo não adicionava nada ao feixe de luz que incidia sobre ele. Dessa forma, o físico lançou a hipótese de que a luz não era pura, mas sim formada pela mistura ou superposição de todas as cores do espectro, e concluiu ainda que a luz se decompõe por causa da refração que sofre ao passar de um meio para outro com índices de refração diferentes.
Além de fazer o estudo sobre a dispersão da luz, Newton teorizou sobre as cores dos corpos. Segundo ele “as cores de todos os corpos são devidas simplesmente ao fato de que eles refletem a luz de uma certa cor em maior quantidade do que as outras”. Essa teoria teve grande oposição no meio científico, fato esse que levou Isaac Newton a publicar seus trabalhos sobre a óptica somente muitos anos mais tarde.
(*) Este é o cavalheiro que deu uma floreada na história da maçã e do Newton. William Stukeley foi um clérigo anglicano e antiquário inglês que foi pioneiro na investigação arqueológica dos monumentos pré-históricos de Stonehenge e Avebury. Stukeley era amigo de Isaac Newton e estava entre os primeiros biógrafos de Newton.
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