domingo, 5 de abril de 2020

NA ROYAL SOCIETY OF LONDON - DOCUMENTO BIOGRÁFICO SOBRE NEWTON QUE FAZ TAMBÉM A BIOGRAFIA DA SUPOSTA MAÇÃ.



   A história de como a maçã o inspirou a descobrir a teoria da gravidade, se encontrava, até então, nos arquivos da Royal Society de Londres, e agora já pode ser consultada na web.





   LONDRES – O manuscrito original de 100 páginas em que o biógrafo de Newton, William Stukeley(*), narrou o fato ocorrido em 1752 é um dos primeiros tesouros dos arquivos dos séculos XVII, XVIII e XIX. A história de como a maçã o inspirou a descobrir a teoria da gravidade, se encontrava, até então, nos arquivos da Royal Society de Londres, agora já pode ser consultada na web.
Royal Society em 1952. Cadê as mulheres?


   Por ocasião de seu 35.º aniversário, a prestigiosa instituição científica britânica resolveu disponibilizá-la na internet.

   Stukeley relata em suas “Memórias da vida de Isaac Newton” como um dia, depois de jantar na casa do genial cientista, ambos saíram para tomar chá à sombra das macieiras.



   “Newton me disse que se encontrava na mesma posição em que previamente lhe ocorrera a noção da gravidade. Foi motivada pela queda de uma maçã enquanto se encontrava sentado em estado contemplativo. Por que esta maçã sempre cai perpendicularmente no solo?”, questionou a si mesmo”, escreveu o físico britânico.



   O documento pode ser consultado, com outros seis manuscritos históricos digitalizados, na página “Turning the Pages” (http://royalsociety.org/Turning-the-Pages/). - Observação - tentei acessá-lo no dia 05/04/2020 às 10:15 e  a página dizia que não era possível acessar o documento.
   Na seleção se destacam também as contribuições do filósofo inglês John Locke a uma primeira versão da Constituição americana em 1681 ou o desenho de uma revolucionária ponte de ferro de Thomas Paine em 1789, assim como excepcionais ilustrações de história natural.
Fundada em 1660, a Royal Academy, uma das sociedades científicas mais antigas da Europa, celebra desde novembro passado seu 350.º aniversário com inúmeras ativades destinadas a promover a divulgação e a pesquisa.
FONTE: JB ONLINE
Data:18/01/2010

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A verdadeira história da maçã de Newton

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 19 janeiro, 2010
Acessado em 05/04/2020.
“Um belo dia, estava Newton sentado embaixo de uma macieira quando, ploft!, eis que uma maçã lhe cai sobre a cabeça. No susto, disse o físico: ‘Eis aqui a Teoria da Gravidade!'”. É mais ou menos assim que a fábula da maçã newtoniana encontra-se gravada no imaginário das pessoas. Ocorre que, em verdade, a história não é bem essa. Para começo de conversa, Newton nunca escreveu sobre o incidente com a maçã, e pode ser que ele nunca tenha ocorrido de fato.
   Mais de 20 anos após a morte de Newton, um tal William Stukeley (*) escreveu a biografia do físico num livro chamado “Memórias de Sir Isaac Newton”, que agora está disponível no original. Neste documento, a história está assim:
"Ele estava lá em estado contemplativo, e uma maçã caiu. Ele questionou por que a maçã sempre desce perpendicularmente ao chão. Por que não vai para os lados, para cima? Por que sempre em direção ao centro da Terra? Seguramente, a razão é que a Terra a atrai. Deve existir um poder de atração na matéria."



Este fato teria ocorrido por volta de 1660, e a biografia fora escrita  em 1752, o que faz muito improvável que a história da maçã tenha de fato ocorrido desta maneira.


Newton e a decomposição da luz.



Por meio de um simples experimento Isaac Newton percebeu a dispersão da luz branca, ou seja, conseguiu visualizar que se a mesma incidisse sobre um prisma de vidro, totalmente polido, dava origem a inúmeras outras cores. Foi a partir daí que esse cientista começou seus estudos sobre as cores dos corpos. Muitos anos antes de Newton, já se tinha a ideia de que a luz branca dava origem a um feixe colorido quando atravessava um prisma de vidro. No entanto, nessa época tinha-se a ideia de que o aparecimento das cores a partir da luz branca acontecia em razão das impurezas que a mesma recebia quando incidia sobre o prisma de vidro.

Isaac Newton curioso em descobrir por que tal acontecimento ocorria, pegou um prisma totalmente polido e o colocou frente a um orifício que ele mesmo fizera na janela do seu quarto. Com esse feito, ele percebeu que a luz branca, proveniente do Sol, se dispersava em feixes coloridos e a esse conjunto de cores chamou spectrum. Newton não era a favor da ideia de que esse colorido surgia devido a impurezas existentes no prisma. Assim sendo, realizou novo experimento onde deixava apenas uma cor passar através de um segundo prisma. Com isso, verificou que o mesmo não adicionava nada ao feixe de luz que incidia sobre ele. Dessa forma, o físico lançou a hipótese de que a luz não era pura, mas sim formada pela mistura ou superposição de todas as cores do espectro, e concluiu ainda que a luz se decompõe por causa da refração que sofre ao passar de um meio para outro com índices de refração diferentes.

Além de fazer o estudo sobre a dispersão da luz, Newton teorizou sobre as cores dos corpos. Segundo ele “as cores de todos os corpos são devidas simplesmente ao fato de que eles refletem a luz de uma certa cor em maior quantidade do que as outras”. Essa teoria teve grande oposição no meio científico, fato esse que levou Isaac Newton a publicar seus trabalhos sobre a óptica somente muitos anos mais tarde.


(*) Este é o cavalheiro que deu uma floreada na história da maçã e do Newton. William Stukeley foi um clérigo anglicano e antiquário inglês que foi pioneiro na investigação arqueológica dos monumentos pré-históricos de Stonehenge e Avebury. Stukeley era amigo de Isaac Newton e estava entre os primeiros biógrafos de Newton.

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