sábado, 18 de maio de 2013

Matéria da Prova da Sétima Série


Avaliação Mensal da 7.ª Série

 

OS PRINCIPAIS CICLOS ECONOMICOS DO BRASIL COLONIAL

 

O PAU BRASIL

            O Pau Brasil foi o primeiro produto de exploração da Coroa Portuguesa em solo brasileiro. A madeira já era conhecida pelos europeus para a construção de naus enquanto a tinta vermelha característica era utilizada para confecção e tinturaria têxtil, era um produto sem muito valor agregado, portanto de pouco retorno a Portugal, porém de grande aceitação. Houve imediata aceitação do produto em Veneza, Florença, Espanha e Flandres e o principal centro de distribuição passou a ser Amsterdã. A exploração do Pau Brasil durou até 1555, quando o produto começou a escassear na orla marítima e assim seu custo passou a ser elevado, fazendo com que diminuísse o interesse pelo seu comercio. Mas de qualquer forma, foi a maneira com que a Coroa Portuguesa pesquisou e estudou as novas terras descobertas, para daí em diante buscar maneiras de melhor aproveitamento desta.

O CICLO DO AÇÚCAR

            O ciclo do açúcar teve inicio em a partir de 1530, tendo seu ápice de 1646 à 1654, sendo superado somente no século XIX pelo café. O declínio do açúcar se deve à saturação do mercado provocada por excesso de oferta do produto.

            Os fatores que levaram ao sucesso e da dominação do comercio do açúcar pelo Brasil por praticamente dois séculos, XVI e XVII, se deve à melhora de vida dos europeus com o final da Guerra dos Cem Anos, fim de diversas epidemias, expulsão do invasor mouro da Europa, fim dos longos tempos de invernos intensos, seca, fome e pestes. Além de que o açúcar trazido do Oriente Médio era escasso e de uso restrito enquanto no Brasil a produção era farta, sem falar que Portugal já tivera experiências com a produção de cana-de-açúcar em suas outras ilhas atlânticas, anteriormente.

CICLO DA PECUÁRIA NO NORDESTE 

            Este ciclo está ligado a expansão da produção do açúcar. O gado era originário do arquipélago de Cabo Verde e juntamente com os cavalos fora introduzido ao Brasil através de São Vicente para atender as demandas da agroindústria do açúcar em 1534. Os rebanhos introduzidos em São Vicente expandiram-se pelo litoral até o sul, em Viamão onde passou a se misturar com os rebanhos originários das colônias espanholas. Porém Tomé de Souza trouxera maiores volumes de rebanhos para atender a agroindústria açucareira da Bahia e Pernambuco, os objetivos principais dos rebanhos eram de suprir a carência de transporte e tração animal para mover as moendas e em segundo plano sua carne servia como alimento principalmente de escravos. Porém com o tempo os rebanhos passaram a danificar as plantações de cana-de-açúcar, sendo assim uma lei fora baixada limitando a manutenção dos rebanhos fora da faixa litorânea, transferindo-se para o interior. 

            A interiorização dos currais visava a proteção dos engenhos de invasões indígenas vindas do interior e por outro lado a devastação das florestas com o corte de lenhas para suprir as necessidades do engenhos com suas caldeiras possibilitou o acesso do gado para o interior e assim o gado cresceu muito mais do que necessitava a demanda dos engenhos e do consumo da carne, fazendo com que os pecuaristas fossem cada vez mais para o sertão colonizando-o. Assim sendo com o tempo além de prover os engenhos com a tração animal e transporte e a população litorânea com a carne, também passou a se desenvolver a indústria do couro, fazendo com que a pecuária deixa-se de ser dependente para se tornar uma atividade autônoma, originando a civilização do couro que caracterizou o panorama econômico e social do sertão nordestino do século XVII.

            Inicialmente o couro servia para embalagem do tabaco para exportação e depois ganhando relevância entre os produtos de exportação brasileira ao final do século XVII, embora a renda gerada não excedia 5% do valor da exportação do açúcar.

 

CICLO DA MINERAÇÃO 

            Embora o Brasil não tivesse revelado grandes depósitos auríferos na fase do descobrimento ao longo do tempo e com a colonização seguindo cada vez mais ao interior começou a aparecer ouro de aluvião na capitania de São Vicente. Porém a agroindústria açucareira e seus lucros absorviam os meios de produção da colônia e mantinham o colono preso a seus interesses na faixa litorânea. Mas quando a economia açucareira deu os primeiros sinais de estagnação o governo português deu maior atenção a mineração e então foram enviados para o Brasil experientes especialistas da Europa para ensinar as técnicas de localização de minas aos bandeirantes, os quais logo se tornaram hábeis pesquisadores. Entre os especialistas estava o mineralogista frei Pedro de Souza que ao pesquisar a região de Araçoiaba (SP) motivou as primeiras tentativas de exploração de minério de ferro. A partir de 1660 começou a se tornar mais freqüente a descoberta de depósitos aluvionarios no altiplano da Mantiqueira, Bahia, Pernambuco e São Paulo. Em 1664 Lourenço Castanho Taques foi elogiado em Carta Régia pela descoberta de minas nos campos de Cataguases e nos sertões de Caetés. Em 1680 houve um surto de mineração em Paranaguá atraindo bandeirantes para a região durante algum tempo. Em 1694 a lei reinol garantiu posse das minas aos seus descobridores e por falta de maiores incentivos a Coroa Portuguesa em Carta Régia de 1696 concedeu privilégios e status de nobreza aos que se ocupassem do trabalho de mineração, assim sendo criando uma aristocracia dos bandeirantes que primeiro localizavam e exploravam as minas de ouro e diamante. 

            No período áureo do ciclo, entre 1741 e 1760, estima-se que a produção teria atingido 14.600 quilos anuais. Entre 1781 e 1800 a média teria sido de 5.450 quilos anuais e no período de 1700 e 1801 a produção teria sido de 983 toneladas anuais, o equivalente à 135 milhões de Libras Esterlinas. Entre 1700 e 1770 a produção brasileira teria sido a mesma de toda a produção da América de 1493 à 1850 e alcançou cerca de 50% do que o resto do mundo produziu do século XVI ao XVIII.

            As minas diamantíferas produziram mais durante o período de 1729 à 1771. Seu valor era mais estável do que o do ouro e sua produção chegou à quase três milhões de quilates até 1832.

            A partir de 1760 começou o esgotamento de jazidas auríferas sendo a situação agravada por falta de maiores recursos técnicos para a lavra subterrânea levando o ciclo da mineração ao declínio e junto com o ciclo a economia da colônia brasileira e de Portugal, pois a Coroa Portuguesa pouco se interessou com investimentos durante o apogeu do ciclo.

BRASIL HOLANDÊS

            Em 1621 foi constituída a Companhia da Índias Ocidentais com a finalidade de explorar colônias americanas de países inimigos, os quais ofereciam melhores vantagens econômicas. Em 1624 e 1625 os Holandeses invadiram e saquearam a Bahia, na época sede do governo colonial, porém sem êxito dos holandeses. Em 1630 estes voltaram mais preparados e equipados, porém desta vez ocupando as regiões mais prósperas do Brasil, as capitanias de Pernambuco e Itamaracá, produtoras em grande escala de açúcar e de pequena escala tabaco e couro. Estenderam-se até a Bahia em 1638 e tentaram o Maranhão, mas neste sem sucesso. A ocupação separou o Grão-Pará e Maranhão do restante da colônia. 

            A estrutura administrativa holandesa se diferenciava e muito da portuguesa. Enquanto a Coroa Portuguesa centralizava todo o poder no estado a administração holandesa era extremamente capitalista, sendo assim a exploração de terras distantes era realizada por empresas, havia maior descentralização do poder dos governadores e os processos de transformação econômica era da forma mais capitalista permitindo a penhora de bens de raiz.

            O Brasil holandês alcançou um relativo progresso. A retenção de parte das rendas fiscais, obtidas com a exploração, possibilitou um crescimento mais intenso da vida urbana. 

            Enquanto isso o Coroa Portuguesa se concentrou mais ao sul, nas regiões da Bahia, Rio de Janeiro e São Vicente e como a produção de cana-de-açúcar na região era mais baixa a Coroa compensou com a produção de aguardente e tabaco. 

            Com a Guerra do Atlântico a França invadiu a Espanha e com isso provocou um declínio no ciclo do açúcar. Os holandeses começarem a se desgastar com os persistentes ataques das forças luso-brasileiras e atraídos pelas vantagens oferecidas pelos colonos ingleses e franceses antilhanos decidiram abandonar o Brasil em 1654. 

            Portanto o pacto colonial prejudicou a economia portuguesa e consequentemente a economia brasileira, pois faltava transporte dos produtos produzidos no Brasil para a Europa e agora havia uma forte concorrência dos antilhanos. Além do mais que houve demora para que a economia nordestina voltasse a se reintegrar a economia luso-brasileira sendo agravado ainda com uma peste de cólera que grassou a região.

 

CICLO DO OURO NO BRASIL.

         Ao findar o século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste com a mão-de-obra escrava) começaram a diminuir porque a Holanda iniciou a produção açucareira nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês. 

Crise do açúcar e a descoberta das minas de ouro

         A crise do açúcar brasileiro fez com que Portugal passasse a buscar novas fontes de renda, pois, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

         A descoberta de jazidas auríferas no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para essas regiões, buscando o enriquecimento rápido. Porém a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado. 

Cobrança de impostos

         A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.

         Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera certa quantidade de ouro (aproximadamente 1.000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.

Mudança da capital e o desenvolvimento urbano.

         Com a exploração do ouro, a região mais ao Sul desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico. 

         Nas regiões auríferas, várias cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos públicos foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del Rei foram algumas das cidades que mais se desenvolveram nesta época. 

Revoltas

         As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.

 

 

CRISE E REBELIÕES NA COLÔNIA

(Livro didático: Projeto Araribá – História – 8.º Ano , páginas 24 e 25)

 

1.       O que mais afetava as finanças do Estado Português na segunda metade do século XVII?

Resposta: Era a queda nos preços do açúcar e do fumo no mercado internacional.

 

2.       O que fez a Coroa Portuguesa para garantir seus lucros comerciais na segunda metade do século XVII em relação à colônia Brasileira?

Resposta: A Coroa Portuguesa promoveu uma série de reformas administrativas e reorganizou a exploração comercial da colônia Brasileira.

 

3.       Qual a conseqüência das medidas tomadas pela Coroa Portuguesa para garantir seus lucros comerciais?

Resposta: Reforçaram o monopólio metropolitano e afetaram profundamente a vida dos colonos.

 

4.       Quais foram essas medidas?

Resposta: Proibição de comercializar diretamente com os holandeses e os colonos deveriam se submeter aos preços estabelecidos pelos comerciantes portugueses.

 

5.       Qual foi a reação dos colonos em relação a essas medidas econômicas da metrópole portuguesa?

Resposta: Na colônia Brasileira eclodiram várias revoltas devido ao clima de insatisfação com essas medidas da Coroa Portuguesa.

 

6.       O que as revoltas colônias dos meados do século XVII tiveram em comum?

Resposta: Tiveram em comum a tentativa de combater as medidas econômicas implantadas pela Coroa portuguesa que eram prejudiciais aos lucros das elites agrárias locais.

 

7.       E o que passou a temer o governo português?

Resposta: A desintegração da sua colônia americana abalada pela forte crise que se desencadeou com as rebeliões coloniais

 

8.       O que ocorreu no Rio de Janeiro em 1640?

Resposta: Um motim popular em conseqüência da decisão papal de declarar livres todos os indígenas da América.

 

9.       O que ocorreu em 1641 em São Paulo?

Resposta: Os jesuítas foram expulsos da vila pela população devido a aplicação da ordem papal de emancipar todos os índios, e retornaram à vila apenas em 1653.

 

10.    Contra o que mais protestaram a população das capitanias do Rio de Janeiro e São Paulo?

Resposta: Protestaram contra o aumento dos impostos.

 

11.    Por quem eram chefiadas essas revoltas e o que expressavam?

Resposta: Pela elite colonial e expressavam também disputas internas pelo poder.

 

12.    Os revoltosos queriam a separação da colônia Brasileira de Portugal?

Resposta: Não, em nenhum momento foi questionada a condição colonial, ou seja, em nenhum movimento os rebeldes defenderam a ruptura com a metrópole.

 

13.    Onde e quando ocorreu a Revolta de Beckman?

Resposta: Ocorreu no Maranhão no ano de 1684 a 1685.

 

14.    Quem liderou a Revolta de Beckman?

Resposta: Foi liderada pelos irmãos e senhores de engenho Manuel e Tomas Beckman com o apoio dos proprietários de terras.

 

15.    Qual foi o motivo para essa rebelião maranhense?

Resposta: A falta de mão de obra tornou-se um problema para os colonos, pois eles não podiam empregar o braço indígena, devido à escravidão dos nativos ser combatida pelos jesuítas e que tinha sido abolida em 1680.

 

16.    Qual foi a solução encontrada pela Coroa para combater a falta de mão de obra?

Resposta: Foi a criação da Companhia Geral de Comércio da Capitania do Maranhão, que devia fornecer anualmente 500 escravos africanos para a região.

 

 

17.    O que aconteceu à Companhia?

Resposta: A Companhia não conseguiu garantir o abastecimento da mão de obra e produtos como bacalhau, trigo e vinho que eram responsabilidade monopolista da companhia, não chegavam à região, agravando a situação a alta do preço dos produtos vindos da metrópole que aumentavam constantemente.

 

18.    O que fizeram os revoltosos?

Resposta: Os revoltosos ocuparam o depósito da Companhia de Comércio do Maranhão, prenderam os jesuítas, depuseram o governador e apoiaram Manuel Beckman como chefe do novo governo.

 

19.    O que aconteceu com a revolta?

Resposta: O movimento foi sufocado pelas forças da Coroa e seu líder Manuel Beckman foi executado.

 

20.    Os colonos atingiram seus objetivos?

Resposta: Sim, pois a Coroa pôs fim à Companhia Geral de Comércio do Maranhão e ao monopólio que ela exercia.

 

21.    Onde e quando ocorreu a Guerra dos Mascates?

                Resposta: Ocorreu em Pernambuco no início do século XVIII.

 

22.    Por que Recife era importante para a capitania?

                Resposta: Devido a seu porto de onde aconteciam toda a entrada e saída de mercadorias para a capitania, porém a mesma não detinha o título de vila.

 

23.    O que significa o termo mascate?

                Resposta: Comerciante, vendedor.

 

24.    E o que acontecia com Recife neste período?

                Resposta: Recife que era um importante entreposto comercial e que possuía comerciantes enriquecidos ficava submetido às decisões tomadas pelos fazendeiros da      vizinha Olinda

 

25.    Qual a atitude dos comerciantes de Recife?

                Resposta: Insatisfeito com a situação de subordinação de Recife à Olinda começaram                a exigir participação no governo local.

 

26.    O que conseguiram conquistar os comerciantes de Recife?

                Resposta: Por ordem do Rei conseguem que Recife fosse elevado à categoria de Vila.

 

27.    Qual é a reação dos senhores de engenho de Olinda?

                Resposta: Os senhores de engenho de Olinda que constituíam a elite agrária ficaram afrontados com a elevação de Recife à vila e proclamaram uma revolta armada e marcharam em direção a Recife em 1710 dando início, assim, a chamada Guerra dos                 Mascates.

 

28.    O que aconteceu após essa tentativa de invasão de Recife pelos senhores Olindenses?

                Resposta: Uma série de enfrentamentos até a vitória final dos comerciantes de Recife                com o apoio das tropas da Coroa.

 

29.    Qual foi o desfecho da Guerra dos Mascates?

                Resposta: Recife consolidou a sua condição de vila e passou a ser a sede da capitania               de Pernambuco a partir de 1711.

 

30.    Como ficaram conhecidas as Rebeliões de Beckman e a dos Mascates?

                Resposta: Revoltas Nativistas.

 

MATÉRIA DA PROVA PARA A SEXTA SÉRIE


Avaliação Mensal da 6.ª Série

 

Povos Árabes e Islamismo

 

História do Islamismo


Introdução

           A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. Assim como as religiões cristãs, a religião muçulmana é monoteísta, ou seja, crê na existência de apenas um deus, Alá ou Allah (palavra para designar Deus em árabe).

           Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia Saudita.

Vida do profeta Maomé

           Muhammad (Maomé) era da tribo de coraich e nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.

           Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.

           Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica.

           Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.

Livros Sagrados e doutrinas religiosas

           O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.

           Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos

           A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:

           - Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;

           - Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;

           - Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;

           - Realização diária das orações;

           - Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.

Locais sagrados

           Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.

Divisões do Islamismo

           Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia.

 

ISLAMISMO

(Livro didático: Projeto Araribá – História – 7.º Ano , páginas 42 e 43, A Arábia e os Árabes)

 

1)       Onde vivem os povos árabes?

Resposta: Os povos árabes são oriundos e vivem na Península Arábica.

 

2)       Qual sua língua e qual a origem desta?

Resposta: Eles falam o árabe que é uma língua semita que tem a mesma origem da língua dos Hebreus.

 

3)       Como podemos dividir geograficamente a Península Arábica?

Resposta: Podemos dividir a Península Arábica em duas partes: uma dominada pelos desertos, dunas e oásis e outra situada nas regiões costeiras banhadas pelas águas do Mar Vermelho e do Oceano Indico.

 

4)       O que são os oásis?

Resposta: São pequenas áreas servidas de fontes de água que possibilitam desenvolver a agricultura devido à fertilidade do solo.

 

5)       Como viviam os grupos humanos que habitavam o deserto arábico?

Resposta: Os povos árabes que habitavam o deserto não tinham unidade política; a maioria vivia dispersa, cada grupo com suas leis e chefes tribais.

 

6)       Como eram chamados esses povos do deserto?

Resposta: Eram denominados Beduínos.

 

7)       Como era a vida dos Beduínos?

Resposta: Eram nômades, viviam andando pelo deserto em grupos armados, controlando a vida dos agricultores e artesãos dos oásis. Criavam camelos, carneiros e cabras, animais capazes de suportar o clima quente e seco do deserto.

 

8)       Como eram chamadas as regiões banhadas pelo Mar Vermelho e pelo Oceano Indico pelos romanos?

Resposta: Os romanos chamavam essas regiões de Arábia Feliz (Yemmen, em árabe), pois eram mais chuvosas e férteis.

 

9)       O que propiciou o fato das regiões litorâneas da Península Arábica serem mais chuvosas e férteis para os seus habitantes?

Resposta: Possibilitaram um desenvolvimento maior da agricultura e do comércio, além da formação de vilarejos.

 

10)   Como surgiram as cidades Árabes?

Resposta: Os comerciantes e artesãos que moravam em vilarejos onde se realizavam feiras periodicamente, com o passar do tempo  essas feiras tornaram-se permanentes dando origem às cidades árabes.

 

11)    Qual era a principal atividade econômica praticada nas cidades Árabes?

Resposta:  O comércio, pois esses árabes sedentários urbanos trocavam produtos com as grandes caravanas de comerciantes beduínos, que traziam produtos do Oriente e de várias regiões da Arábia.

 

12)   Como era a religião dos povos árabes até o século VII?

Resposta: A religião destes povos era politeísta e fetichista, acreditavam em deuses que se incorporavam em pedras ou árvores e que espíritos bons e maus manifestavam-se na forma animal.

 

13)   Qual era o principal centro de culto e peregrinação dos Árabes e o que havia lá para se adorar?

Resposta: Era Meca onde havia um santuário conhecido como Caaba e no interior deste santuário ficavam centenas de símbolos religiosos tribais entre esses símbolos destacava a Pedra Negra, que segundo a tradição, era branca, mas escureceu devido aos pecados humanos.

 

14)    Como era Meca?

Resposta: Era uma cidade com intensa prática religiosa que a transformou num grande centro comercial para todos os povos árabes, estimulando assim, ainda mais a peregrinação para a cidade e também seu desenvolvimento comercial.

 

15)    Como Meca era comandada?

Resposta: Meca era guardada pelos integrantes da tribo dos coraixitas, que controlavam as atividades econômicas da cidade.

 

 

16)    O que é uma Tribo?

Resposta: Grupo formado por um chefe e seus seguidores, ligados a um ancestral comum.

 

17)   O que é um Beduíno?

Resposta: Palavra de origem árabe que significa “aquele que vive no deserto”.

 

18)   O que significa o politeísmo?

Resposta: Crença na existência de mais de um deus.

 

19)   Qual a definição para uma pessoa fetichista?

Resposta: Pessoa que cultua objetos considerados sagrados.

 

20)   Qual animal era muito importante para os beduínos árabes, devido sua resistência ao calor e também por transportar uma grande quantidade de carga?

Resposta: O Camelo.

 
 

ISLAMISMO

NASCIMENTO E A EXPANÃO DO ISLÃ

(Livro didático: Projeto Araribá – História – 7.º Ano , páginas 44 e 45)

 

1)       Quem foi Maomé?

Resposta: Profeta árabe, criador da doutrina religiosa denominada islamismo.

 

2)       Quando e onde nasceu Maomé?

Resposta: Nasceu na cidade de Meca, por volta do ano de 570.

 

3)       Quando era jovem o que Maomé fazia e o que isso proporcionou a ele?

Resposta: Desde muito jovem Maomé acompanhava as caravanas de comércio com os seus pais o que proporcionou a ele entrar em contato com diferentes povos.

 

4)       Quais as duas religiões do Oriente Médio que influenciaram Maomé e qual sua principal característica?

Resposta: Maomé entrou em contato com as duas grandes religiões do Oriente Médio: o judaísmo e o cristianismo, que tinham como característica principal o monoteísmo, ou seja, a crença em um único deus.

 

5)       Como foi que Maomé adotou uma nova doutrina e passou a ser seu propagador?

Resposta: Segundo a tradição no ano de 610 Maomé recebeu uma revelação divina do arcanjo Gabriel, três anos depois passou a pregar entre os árabes a existência de um único deus: Alá, nome que era usado para designar um dos deuses locais.

 

6)       Como se passou a chamar a nova religião e o que significa?

Resposta: A nova religião recebeu o nome de islã, palavra de origem árabe que significa “submissão total à Deus”.

 

7)       Como passaram a se chamar os seguidores da nova doutrina islamita?

Resposta: Muçulmanos

 

8)       O que significa a palavra Muçulmano?

Resposta: Muçulmano deriva do verbo árabe aslama, que quer dizer submetido a Deus.

 

9)       Qual a fonte principal da religião islâmica?

Resposta: O judaísmo, pois segundo a tradição o profeta Maomé seria descendente de Ismael, o primeiro filho de Abraão, que é o patriarca fundador do judaísmo.

 

10)   Por onde Maomé começou suas peregrinações e quais suas primeiras atitudes?

Resposta: Maomé iniciou sua pregação monoteísta por Meca, que era um centro religioso do mundo árabe e lá destruiu todos os símbolos divinos tribais que estavam na Caaba, para demonstrar que Alá era o único e verdadeiro Deus.

 

11)   O que aconteceu com Maomé em Meca?

Resposta: Foi hostilizado pela elite da cidade e pelos seguidores de outros deuses e Maomé teve que fugir em 622.

 

12)   Para onde emigrou Maomé?

Resposta: Em 622, Maomé fugiu para a cidade de Yatrib, que passou se a chamar de Medina nome de origem árabe que significa a “cidade do profeta”.

 

13)   O que é a Hégira?

Resposta: É o nome como ficou conhecido a fuga do profeta Maomé de Meca para Medina e este marca o início do calendário muçulmano.

 

14)   O que aconteceu com a doutrina de Maomé em Medina?

Resposta: Em Medina, Maomé, atraiu um grande número de seguidores e aliou-se aos chefes tribais conseguindo unificar as várias tribos  criando um único e grande Estado Árabe.

 

15)   O que é o Alcorão?

Resposta: Livro sagrado do islamismo que contém os ensinamentos transmitidos por Alá à Maomé

 

16)   O que é a Jihad?

Resposta: Na maioria das vezes a palavra “Jihad” é traduzida por guerra santa, porem significa literalmente “esforço em favor de Deus”. E para os muçulmanos trata-se de assumir o compromisso total com Alá, levando uma vida de acordo com os preceitos religiosos.

 

17)   Quando Maomé faleceu e qual problema ocorreu com a sua morte?

Resposta: O profeta Maomé morreu em 632 e iniciou uma luta pela sua sucessão, quando os califas passaram a chefiar os fiéis em meio de grandes disputas.

 

18)   O que significa a palavra Califa em árabe?

Resposta: Significa sucessores do profeta Maomé.

 

19)   Quem foi o escolhido para suceder o profeta Maomé?

Resposta: O escolhido para suceder Maomé foi Abu Bakr, um de seus primeiros seguidores.

 

20)   O que aconteceu após a morte de Abu Bakr?

Resposta: Iniciou-se o califado de Omar (634-644) este foi marcado pelas primeiras conquistas fora da Península Arábica: a Síria, o Egito, a Pérsia (atual Irã) e a Palestina foram conquistadas pelo Islã.

 

21)   O que foi a dinastia Omíada?

Resposta: A dinastia Omíada (661 – 650) iniciou-se com o quinto califa, e a partir daí o califado passou a ser hereditário e a capital do império foi transferida de Meca para Damasco, na Síria.

 

22)   Para onde se expandiu o Islã durante a dinastia Omíada?

Resposta: O islã expandiu-se para o Afeganistão, o norte da África e a Península Ibérica, constituindo o Império Muçulmano.

 

23)   Como foram os avanços dos Árabes na Europa?

Resposta: Após conquistar a península Ibérica os muçulmanos tentaram dominar o restante da Europa, mas foram barrados na Batalha de Poitiers em 732 pelos exércitos francos comandado por Carlos Martel, avô de Carlos Magno.

 

24)   Quem sucedeu a dinastia Omíada?

Resposta: No século VIII, a família dos Omíadas  foi substituída pela dos Abássidas, que transferiram a capital para Bagdá e reinou até 1258.

 

25)   Como os muçulmanos tratavam as outras religiões?

Resposta: A conversão forçada ao islã era proibida pelo Alcorão, devido a isso os muçulmanos adotaram políticas de estímulo à conversão, como oferecer isenção ou diminuição de impostos e facilidades para obter empréstimos e direitos políticos a outros povos o que impulsionou a conversão em massa dos povos conquistados.

 

26)   O que aconteceu com o islã após o século X?

Resposta: A partir do século X, o extenso território governado pelos Abássidas começou a enfraquecer politicamente, com o surgimento de dinastias regionais que favoreceu a invasão dos turcos-otomanos, que passaram a controlar a parte oriental dos domínios muçulmanos.

 

 

ISLAMISMO

ECONOMIA E CULTURA

(Livro didático: Projeto Araribá – História – 7.º Ano , páginas 46, 47 e 48)

 

 

1.       Os árabes foram grandes navegadores tanto no Mar Mediterrâneo quanto pelo Oceano Indico onde se apoderaram das principais rotas comerciais marítimas que ligavam o Ocidente e o Oriente. O que essa situação possibilitou?

Resposta: Possibilitou que os árabes comercializassem as mercadorias mais apreciadas da época: especiarias da Ásia oriental, pedras preciosas da Índia, seda da China e ouro, escravos e marfim da África.

 

2.       Além do comércio qual era outro destaque econômico dos povos Árabes?

Resposta: Os muçulmanos se destacavam também no artesanato, e seus produtos eram apreciados em todo o mundo medieval pela qualidade e variedade.

 

3.       Onde era produzido esse artesanato?

Resposta: Nas oficinas artesanais que se concentravam nas cidades e se especializaram na produção de alguns artigos.

 

4.       Qual era a principal produção artesanal de Bagdá?

Resposta: Vidros, jóias, cerâmicas e sedas.

 

5.       Qual era a principal produção de Toledo na Espanha Moura?

Resposta: Espadas de ferro.

 

6.       Qual era o nome das moedas árabes?

Resposta: Dinar de ouro

 

7.       Quais povos foram assimilados pela cultura árabe?

Resposta: Pelos egípcios, mesopotâmicos, persas que eram povos conquistados, pelos gregos, hindus e chineses que eram povos que mantinham relações comerciais com os árabes.

 

8.       Quais autores gregos foram traduzidos para o árabe?

Resposta: Platão e Aristóteles.

 

9.       Quais foram os avanços árabes na matemática?

Resposta: Os árabes aprimoraram e difundiram uma criação indiana, os símbolos de 0 a 9, conhecidos como algarismos indo-arábicos e também contribuíram para desenvolver a álgebra e a aritmética.

 

10.    Como se chamava a química para os árabes e o que quer dizer?

Resposta: Alquimia: em árabe alkimya, estudo de substâncias orgânicas para obter o elixir da longa vida e estudo dos metais e de suas supostas propriedades de transmutação em ouro.

 

11.    Quais foram as descobertas químicas produzidas pelos árabes?

Resposta: Produziram o álcool e o sabão e novas substâncias como e processos químicos como a extração do mercúrio, de novas fórmulas para preparar o vidro e o esmalte, as noções sobre ácidos e seus derivados.

 

12.    Quais foram os avanços árabes na medicina?

Resposta: ajudaram a identificar doenças contagiosas e formas de contaminação, fizeram a descoberta sobre a importância da higiene para a saúde e desenvolveram o conhecimento da Botânica por meio de criação de hortas medicinais.

 

13.    Qual livro importante foi reunido e escrito pelos árabes?

Resposta: As mil e uma noites.

 

14.    Quais destaques árabes na arquitetura?

Resposta: Deram especial importância às mesquitas (templos), ao palácio (sede do governo) e ao mercado.

 

domingo, 12 de maio de 2013

APRENDENDO COM LAURENTINO GOMES













Muchachos e Muchachas das oitavas, segue aqui duas dicas de livros para ler depois do Manifesto.
Já que começaremos discutir o Brasil pós 1808 e o processo de separação, nada como ler um jornalista que escreve muito bem sobre a nossa História. Laurentino é uma pessoa generosa, de bem com a vida e bem sucedido, que gosta do nosso Brasil. Fique muito honrado em poder desfrutar do seu tempo numa singela entrevista no programa diálogos pela tv convenção de Itu.











Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

Não deixem de visitar, Blog do Maffei recomenda: