quarta-feira, 15 de março de 2017

UMA RELIGIÃO ATEIA? PODE ISSO?

O Culto da Razão


Culto da Razão e/ou Culto do Ser Supremo foram sistemas de crenças e baseados em ideias racionalistas e ateias, estabelecidos na França, e que pretendiam substituir o cristianismo durante a Revolução Francesa.

A oposição à Igreja Católica era parte integral das causas defendidas na Revolução Francesa, e esse anticlericalismo solidificou-se em política governamental oficial em 1792 quando a Primeira República Francesa foi declarada. A maior parte da descristianização da França durante a Revolução foi motivada por preocupações políticas e econômicas, mas as alternativas filosóficas à Igreja também se desenvolveram gradativamente. Entre a heterodoxia crescente, os conceitos estruturais do “Culte de La Raison” vieram a ser definidos por Jacques Hébert, Antoine-François Momoro, Pierre-Gaspard Chaumette, Joseph Fouché e outros revolucionários radicais.
Momoro

O Culto da Razão era explicitamente antropocêntrico. Seu objetivo era a perfeição da humanidade através da realização da Verdade e Liberdade, e seu princípio orientador para este objetivo era o exercício da faculdade humana da Razão.
Apesar de o ateísmo estar no centro do culto, definiu-se como mais do que uma mera rejeição dos deuses ou de Deus: na forma de religião convencional, incentivou atos de adoração congregacional. O culto promovia frequentes exibições de devoção ao ideal da Razão. A distinção cuidadosa sempre foi traçada entre o respeito racional da Razão e da veneração de um ídolo: "Essa é uma coisa que não cansam ao se dizer a uma pessoa", Momoro explicou, "Liberdade, razão e verdade são apenas seres abstratos. Eles não são deuses, para bem dizer, eles são parte de nós mesmos."
A aderência ao Culto da Razão tornou-se um atributo característico da facção dos hebertistas. Era também generalizada entre os assim chamados “sans-culottes”. Numerosas facções políticas, grupos anticlericais e eventos apenas superficialmente conectados ao culto foram amalgamados a seu nome. As demonstrações públicas ateias mais prematuras variavam de “bailes de máscaras agitados” similares a festivais de primaveras mais antigos a perseguições abertas, incluindo saques a igrejas e sinagogas nas quais imagens religiosas e reais eram desfiguradas.
Como um comandante militar despachado pelos jacobinos para reforçar suas novas leis, Joseph Fouché liderou uma campanha particularmente fervorosa de descristianização. Seus métodos eram brutais porém eficientes, e ajudavam a espalhar o novo credo por muitas partes da França. Em suas jurisdições, Fouché ordenou que todas as cruzes e estátuas fossem removidas de cemitérios, e ele deu ao culto um de seus princípios fundamentais quando decretou que todos os portões de cemitério deveriam ter apenas uma inscrição – "A morte é um sono eterno." Ele chegou a declarar sua própria nova religião cívica, virtualmente intercambiável com o que ficou conhecido como o Culto da Razão, numa cerimônia que ele chamou de “Banquete de Bruto” em 22 de setembro de 1793.
Fouché

Na primavera de 1794, o Culto da Razão foi repudiado oficialmente quando Robespierre, aproximando-se do poder ditatorial completo, anunciou a fundação de uma nova religião deísta para a República, o Culto ao Ser Supremo. Robespierre denunciou os hebertistas com base em argumentos filosóficos e políticos, especificamente rejeitando seu ateísmo.
Quando Hébert, Momoro, Ronsin, Vincent e outros foram mandados à guilhotina em 4 de Germinal do Ano II (24 de março de 1794), o culto perdeu a maior parte de sua liderança influente; quando Chaumette e outros “hebertistas” os seguiram para a guilhotina quatro dias depois, o Culto da Razão efetivamente deixou de existir. Ambos os cultos foram banidos oficialmente por Napoleão Bonaparte com sua “Lei sobre Cultos de 18 de Germinal do Ano X” .

 
Templo da Razão feito numa Igreja

UM CALENDÁRIO PARA A REVOLUÇÃO!

Como era o Calendário criado pela Revolução Francesa?



O calendário revolucionário francês ou calendário republicano foi criado pela Convenção Nacional em 1792, durante o período revolucionário para simbolizar a quebra com a ordem antiga e o início de uma nova era na história da humanidade. O calendário tinha características marcadamente anticlericais e baseava-se no ciclo da natureza.
Era de base solar, composto de doze meses de 30 dias (três semanas de dez dias, denominadas décadas) totalizando 360 dias. Os dias de cada década eram chamados primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi. Para completar o número de dias do ano, eram acrescentados cinco dias (ou seis, nos anos bissextos) no fim do ano, de modo que este ficasse alinhado ao ano trópico (aproximadamente 365,25 dias). O sexto dia complementar, acrescentado a cada quadriênio, era consagrado à celebração da república.
O ano começava no equinócio de outono (22 de setembro, no hemisfério norte), data da proclamação da República francesa, e os nomes dos meses eram alusivos às condições climáticas da época e à correspondente fase do ciclo agrícola, na França.
O dia era dividido em dez horas, que se subdividiam em cem partes (como minutos), as quais se subdividiam em mais cem (como segundos). Essa subdivisão mínima equivalia a 0,864 segundos. Dessa forma, a conversão de, por exemplo, 14 horas 31 minutos 51 segundos, para o calendário revolucionário, resultaria em 6 horas 5 minutos e 45 segundos. Cada hora do calendário revolucionário equivalia a 2 horas e 24 minutos convencionais. A divisão do dia em base decimal jamais foi usada na prática, tendo sido abolida oficialmente em 1795.
Cada dia do ano tinha uma designação única e que só se repetiria no ano seguinte mas, em vez dos nomes de santos do calendário gregoriano, os dias do calendário republicano tinham nomes de flores, frutas, animais, instrumentos agrícolas, pedras etc.
Os nomes dos dias e dos meses foram concebidos pelo poeta Fabre d'Églantine com auxílio do jardineiro do Jardim das Plantas de Paris. Os criadores pretendiam que essas denominações fossem universais, embora fossem inteiramente referenciados pelas condições francesas.
O primeiro mês chamava-se vindemiário (em referência à vindima, a colheita de uvas). Seguiam-se o brumário (nome alusivo à bruma ou nevoeiro da época), o frimário (mês das geadas ou frimas em francês), o nivoso (por alusão à neve), o pluvioso (mês da chuva, em francês, pluie), o ventoso, o germinal (relativo à germinação das sementes), o floreal (mês das flores), o prairial (em referência a prairie, 'pradaria'), o messidor (nome originário do latim messis, 'colheita'), o termidor (referente ao calor) e o frutidor (alusivo aos frutos). Como cada mês tinha trinta dias, sobravam cinco dias no final do ano (de 17 a 21 de setembro) ou seis dias, nos anos bissextos: eram os dias dos sans-culottes, considerados feriados nacionais:
·         1º dia complementar (primidi), chamado "dia da virtude"
·         2º dia complementar (duodi), chamado "dia do engenho"
·         3º dia complementar (tridi), chamado "dia do trabalho"
·         4º dia complementar (quartidi), chamado "dia da opinião"'
·         5º dia complementar (quintidi), chamado "dia das recompensas"
·         6º dia complementar (sextidi), chamado "dia da Revolução" (somente nos anos bissextos: anos III, VII e XI)

Os meses
·         No outono:
·         Vindemiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de outubro
·         Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro
·         Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro
·         No inverno:
·         Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro
·         Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro
·         Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março
·         Na primavera:
·         Germinal (germinal): 21 de março a 19 de abril
·         Floreal (floréal): 20 de abril a 19 de maio
·         Prairial (prairial): 20 de maio a 18 de junho
·         No verão:
·         Messidor (messidor): 19 de junho a 18 de julho
·         Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto
·         Frutidor (fructidor): 18 de agosto a 20 de setembro.
A data da revolução, o 14 de julho, era, segundo esse calendário, o 26 Messidor, dia denominado "Sauge" (em português sálvia).
Esse calendário só vigorou de 22 de setembro de 1792 a 31 de dezembro de 1805, quando Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento do calendário gregoriano, e também durante a Comuna de Paris (18 de março a 28 de maio de 1871).

(Fonte: Wikipedia, acessada em 28/01/2016)


domingo, 12 de março de 2017

SERÁ QUE ESTOU SENDO MONITORADO PELOS EUA?

Vou fazer um teste com a CIA.

A agência que trabalha para prevenir ataques terroristas e similares nos Estados Unidos foi forçada a liberar a lista de palavras e expressões usadas para monitorar comportamento suspeito na internet. Um processo judicial que visa a liberdade de informação no país foi o responsável pela quebra de sigilo da lista.
A agência, no entanto, diz que a tabela de palavras era usada apenas para prever qualquer tipo de ameaça que ainda estivesse se articulando, e não para vigiar as pessoas que usam Facebook, Twitter e vários outros serviços.
Entre as palavras que, teoricamente, são consideradas suspeitas pela agência de segurança nacional do país, estão “México”, “Colômbia”, “China” e “fronteiras”. Fora isso, algumas não possuem qualquer explicação aparente como “ice” e “smart” (“gelo” e “inteligente”, respectivamente), porém ambas podem significar assassinato em contextos específicos.
Você pode conferir a lista completa divulgada no último sábado (26) com as palavras monitoradas nos EUA. A rede brasileira não entra nessa malha fina, portanto não há necessidade de nunca mais escrever na internet as palavras listadas. Mesmo assim, isso não impede que possa existir um sistema similar monitorando a nossa rede.


Veja algumas palavras presentes na lista da agência de segurança nacional dos EUA:
  • Assassinato;
  • Ataque;
  • Tiroteio;
  • Polícia;
  • Bomba caseira;
  • Refém;
  • Gangues;
  • Nuclear;
  • Vazamento;
  • Tóxico;
  • Nuvem;
  • Biológico;
  • Vírus;
  • Exposição;
  • Gripe;
  • Porco;
  • Doença;
  • Praga;
  • Tráfico de drogas;
  • México;
  • Colômbia;
  • Cartel do Golfo;
  • Al Qaeda;
  • Terrorismo;
  • Paquistão;
  • Iraque;
  • Islamismo;
  • Alvo;
  • Neve;
  • Terremoto;
  • Ajuda.



O POVO DA BÍBLIA

O Povo Escolhido: 
De escravo à dominador


OS HEBREUS

                Os hebreus, também conhecidos como israelitas e judeus, deixaram um documento muito importante para a compreensão de sua História: a Bíblia. O povo hebreu destacou-se por ter sido o primeiro a afirmar sua fé num único Deus, isto é, eram monoteístas.
                Vejamos os principais fatos que marcaram a História desse povo:
·         Os hebreus viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia, de onde saíram (cerca de 2.000 a. C.) em direção à Terra Prometida (ou Palestina) liderados pelo patriarca Abraão.


·         As secas obrigaram os hebreus a emigrar para o Egito, onde permaneceram vários séculos.
·         Chefiados por Moisés, saíram do Egito e vagaram por 40 anos pelo deserto, antes de chegar à Palestina: no deserto, Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei, que apresentou ao povo.


·         Chegando à Palestina, lutaram contra os cananeus e filisteus para poder ocupar a região.
·         Essas lutas exigiram uma gradual centralização do poder, o que foi realizado primeiro pelos juízes, e depois pelos reis.
·         O primeiro rei foi Saul, sucedido por Davi, que estabeleceu a capital em Jerusalém.


·         O reinado de Salomão, sucessor de Davi, assinalou o apogeu da monarquia israelita.
·         Com a morte de Salomão (930 a.C.), a nação hebraica se dividiu: as dez tribos do norte formaram o reino de Israel e as duas tribos do sul formaram o reino de Judá.


·         O reino de Israel acabou em 722 a.C., ao ser destruído pelas forças assírias.
·         O reino de Judá foi conquistado pelos babilônios em 586 a.C.
·         Com a vitória de Ciro (rei Persa) sobre os babilônios, os hebreus que haviam sido deportados para a Babilônia foram autorizados a regressar à Palestina.
·         Depois do domínio persa, os judeus foram sucessivamente subjugados pelos macedônios e pelos romanos.


Livro que conta a história do povo hebreu
a partir da visão de um judeu do império romano.



EFEMÉRIDES 2017



1517. Há 500 anos, Martinho Lutero afixou na porta de uma igreja alemã suas 95 propostas para reformar o catolicismo, dando início à Reforma Luterana.  Com isso a Igreja Católica deixa de ter a hegemonia sobre os povos cristãos da Europa. Observação: vão virar seus olhos para as Américas, veja as missões jesuíticas.



1817. Há 200 anos, aconteceu a Revolução Pernambucana no Brasil, contra os portugueses;

1817. Nascimento de Henry David Thoreau, um filósofo americano, que pode ser considerado um dos primeiros incentivadores de ações de "Desobediência Civil", como, por exemplo, o não pagamento de impostos. 

1867. Há 150 anos, foi criada a dinamite. Dinamite é um artefato explosivo à base de nitroglicerina, misturado com terra diatomácea (dióxido de silício em pó) ou com outro material absorvente, como serragem, argila, polpa de celulose ou pó de conchas, mais seguro que a pólvora e que a própria nitroglicerina em seu estado puro. Dinamites usando materiais orgânicos como a serragem são menos estáveis, e seu uso está sendo gradualmente descontinuado. Foi inventado por Alfred Nobel em Krümmel (Geesthacht, Schleswig-Holstein, Alemanha), que a patenteou como pó de segurança para explodir, em 1867. A palavra dinamite vem do grego δυναμις (dunamis), com o sufixo sueco -it, o que em tradução livre quer dizer "conectado com a força".

1867.Também foi publicado o primeiro volume de “O capital”, a principal obra do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) que iria desnudar as entranhas do capitalismo a partir da mercadoria. Foi mais explosivo que a dinamite acima.

1917. Há 100 anos, foram escolhidos os primeiros vencedores do Prêmio Pulitzer, nas áreas de jornalismo e literatura;
Aconteceu a gloriosa Revolução Russa;

Nasceram Jânio Quadros, o político, e Roberto Campos, o economista e diplomata; e morreu Eufemio Zapata, o militar mexicano, irmão de Emiliano Zapata, líder da Revolução Mexicana de 1910.
Jânio Quadros
Eufêmio Zapata
1937. Há 80 anos, Getúlio Vargas, após um golpe, deu início ao Estado Novo;

Nasceram Baden Powell, o grande compositor, e Saddam Hussein, o ditador iraquiano; e faleceu Noel Rosa, o Poeta da Vila.


1957. Há 60 anos, aconteceu a independência de Gana, na África;

Nasceu José Sócrates, político português; e morreu Laika, a cadela russa de 3 anos que se tornou o primeiro animal a ir ao espaço.

1967. Há 50 anos, a República dos Estados Unidos do Brasil passou a ser chamada República Federativa do Brasil;
Começou a Guerra dos Seis Dias, de Israel contra Egito, Síria e Jordânia;
Nasceram Kurt Cobain, o cantor americano, e Marcelo D2, o rapper brasileiro; morreram Che Guevara, o guerrilheiro argentino, e Castello Branco, general da ditadura brasileira.


1977. Há 40 anos, foi criado o estado de Mato Grosso do Sul;

Morreram Elvis Presley, cantor americano, e Charlie Chaplin, o gênio britânico das artes.


1987. Há 30 anos, Ayrton Senna venceu, pela primeira vez, o GP de Mônaco de Fórmula-1; nasceu Lionel Messi, o craque argentino; faleceu Carlos Drummond de Andrade, o poeta brasileiro.


2007. Há 10 anos, a Apple lançou o iPhone; a França aboliu a pena de morte de sua Constituição; a Varig foi vendida para a Gol; morreram Boris Iéltsin, o ex-presidente da Rússia; Enéas Carneiro e ACM, políticos brasileiros; e Luciano Pavarotti, o tenor italiano.



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ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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