domingo, 5 de agosto de 2018

RESUMO SOBRE O RENASCIMENTO





Os lucros do comércio fazem renascer as artes, as letras 
e as ciências.

        

Graças ao comércio cada vez mais intenso com o Oriente, muitos comerciantes europeus, principalmente das cidades italianas, acumularam grandes fortunas. Com isso eles dispunham de condições materiais para financiar a produção artística de escultores, pintores, arquitetos, músicos, escritores, etc.

        



Nos séculos XV e XVI a produção artística e literária foi tão intensa e variada, que esse período recebeu uma denominação especial: Renascimento, também conhecido como Renascença.

         


O Renascimento caracterizou-se pelos seguintes traços:

·        Retorno à cultura greco-romana. Segundo os renascentistas, os gregos e os romanos tinham um conhecimento mais amplo da vida e de suas possibilidades do que o homem da Idade Média;



·        Valorização do homem. Com o Renascimento, o centro de todas as atenções – até então situado nas coisas divinas – passou a ser o próprio homem.



·        Mudança no conceito de “homem ideal” era o cavaleiro, o santo e o herói. Na Renascença, é o homem culto e o artista.



·        Valorização da razão e da natureza. O Renascimento foi marcado por um racionalismo profundo, que se traduziu na adoção de métodos experimentais e de observação da natureza.



         O Renascimento manifestou-se primeiramente nas cidades italianas; depois se difundiu por toda a Europa.


         No Renascimento italiano destacaram-se os seguintes representantes:

·        LEONARDO DA VINCI (1452 – 1519): foi pintor, arquiteto, escultor, físico, engenheiro escritor e músico, tendo se destacado em todos esses ramos da arte e da ciência. É autor, entre outros quadros famosos, da Gioconda e da Santa Ceia.



·        MIGUEL ÂNGELO BUONARROTI (1475 – 1564): arquiteto, escultor e pintor. Ajudou a projetar a grandiosa cúpula da Basílica de São Pedro, em Roma, e deixou outras obras imortais, como as esculturas Pietá, Davi e Moisés e as pinturas da Capela Sistina, na Basílica de São Pedro.


·        RAFAEL SANZIO (1483 – 1520): autor de várias madonas (uma série de representações da Virgem Maria com o menino Jesus) e de retratos de papas e reis.



·        SANDRO BOTTICELLI (1444 – 1510): também pintou um grande número de madonas, além de quadros de inspiração religiosa e pagã, como A primavera, O nascimento de Vênus.


·        GALILEU GALILEI (1564 -1642): matemático, físico e astrônomo. Foi um dos primeiros estudiosos a usar o método experimental para estudar a natureza e comprovar suas teorias. Construiu a primeira luneta astronômica, por meio da qual demonstrou que o centro do Universo é o Sol e não a Terra. Por isso, foi perseguido pela Igreja, que defendia a teoria de que a Terra era o centro do Universo. Ameaçado de morte na fogueira, ele viu-se obrigado a negar suas convicções.



·        NICOLAU MAQUIAVEL (1469 – 1527): estadista e historiador escreveu O príncipe, um tratado sobre política e governo. O sistema político exposto nessa obra – o maquiavelismo – é a caracterizado pelo princípio de que os fins justificam os meios.



         Os principais representantes do Renascimento fora da Itália foram:

Nos Países Baixos (Holanda)
         No campo da literatura e da filosofia, podemos citar ERASMO DE ROTTERDAM (1466 - 1536). Profundamente cristão e moralista, foi considerado o mais ilustre humanista da Renascença. Criticou violentamente a sociedade de seu tempo na obra Elogio da loucura.



         Na pintura destacaram-se JAN VAN EYCK (1390 – 1441) e REMBRANDT (1606- 1669), autor de obras famosas como O bom samaritano e Lição de anatomia.



Na França
         Entre os renascentistas franceses merecem destaque FRANÇOIS RABELAIS (1494 – 1555), que satirizou a monarquia e o cristianismo, e MICHEL DE MONTAIGNE (1533 – 1592), célebre filósofo e moralista, autor de Ensaios.



Na Inglaterra
         O principal representante do Renascimento inglês foi sem dúvida WILLIAM SHAKESPEARE (1564 – 1616) que escreveu peças teatrais como Hamlet, Otelo, MacBeth, Romeu e Julieta.



Na Espanha
         Na pintura o expoente foi EL GRECCO (1548 - 1625). Entre seus quadros mais importantes estão O enterro do Conde de Orgaz, e Adoração dos pastores. Na literatura renascentista espanhola temos de destacar MIGUEL DE CERVANTES (1548 – 1616), que escreveu o imortal Dom Quixote de la Mancha.
  

















RESUMO DA GRÉCIA ANTIGA




Introdução


A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-europeia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-Estados), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.





Expansão do povo grego (diáspora) 





Por volta dos séculos VII a.C. e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como consequência do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.





Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios. 





Economia da Grécia Antiga 




A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.





Cultura e religião 


Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.


A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história, artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.



A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos: Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Deméter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.






Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.



Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político). 


sábado, 4 de agosto de 2018

A PESTE NEGRA - UMA PESTE QUE POSSIVELMENTE TENHA VINDO DA PULGA DO RATO DOS MONGÓIS!









INTRODUÇÃO


        
Peste Negra ou Morte Negra é o nome pela qual ficou conhecida uma das mais devastadoras pandemias [1] na história humana, resultando na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia. Somente no continente Europeu, estima-se que tenha vitimado pelo menos um terço da população em geral, sendo o auge da peste entre 1346 e 1353. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas (Xenopsylla cheopis) dos ratos ou outros roedores.



        
Acredita-se que a peste tenha surgido nas planícies áridas da Ásia Central e foi se espalhando principalmente pela rota da seda [2], alcançando a Crimeia em 1343. No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de cerca de 450 milhões de pessoas para 350 ou 375 milhões de pessoas em meados do século XIV. A população humana não retornou aos níveis pré-peste até o século XVII. A Peste Negra continuou a aparecer de forma intermitente e em pequena escala pela Europa até praticamente desaparecer do continente no começo do século XIX.


        
As populações de alguns roedores viviam em altíssimos números em enormes conjuntos de galerias subterrâneas que comunicavam umas com as outras nas comunidades urbanas. O número de indivíduos nestas comunidades permitia à peste estabelecer-se porque, com o constante nascimento de crias, havia sempre número suficiente de novos hospedeiros continuamente para a manutenção endêmica.
         Naturalmente as populações de ratos e de humanos nas pequenas cidades da Baixa Idade Média [3] nunca tiveram a massa crítica contínua de indivíduos suscetíveis para se manterem. Nessas comunidades, a peste infectava todos os indivíduos suscetíveis até só restarem os mortos e os imunes. Só após uma nova geração não imune surgir e se tornar a maioria, a peste regressava nestas mesmas comunidades, portanto, a peste atacava em ondas de epidemias [4].


         
          A Peste Negra gerou vários impactos e consequências religiosas, sociais e econômicas, afetando drasticamente o curso da história europeia.


INFECÇÃO INICIAL


        
A condição inicial para o estabelecimento da peste foi a invasão da Europa pelo rato preto indiano Rattus rattus (hoje raro). O rato preto não trouxe a peste para a Europa, mas os seus hábitos mais domesticados e mais próximos das pessoas criaram condições para a rápida transmissão da doença. A sua substituição pelo Rattus novegicus, cinzento e muito mais tímido, foi certamente importante para o declínio das epidemias de peste na Europa a partir do século XVIII.
       
  A peste foi possivelmente disseminada pelos mongóis [5], que criaram um império na estepe no final do século XIII. Gêngis Khan com suas hordas de nômades mongóis conquistou toda a estepe da Eurásia setentrional, da Ucrânia até a Manchúria. Teriam sido os mongóis que, após conquista da China, foram infectados na região sul dos Himalaias pela peste, já que essa região alberga um dos mais antigos reservatórios de roedores infectados endemicamente.
        
Os guerreiros mongóis teriam infectado as populações de roedores das planícies da Eurásia, da Manchúria à Ucrânia, cujos reservatórios de roedores infectados endemicamente existem até nos dias atuais. Os ratos pretos das cidades e do campo da Europa Ocidental não são suficientemente numerosos ou aglomerado em grandes comunidades para serem afetados endemicamente, e terão sido afetados pela epidemia do mesmo modo que as pessoas, morrendo em grandes quantidades até acabarem os indivíduos suscetíveis, ocorrendo nova epidemia quando surgia uma nova geração. Logo, os ratos, foram apenas os mediadores da infecção, entre os mongóis e os roedores infectados da sua estepe e os europeus.
       
  
          Deste modo explica-se que, ao contrário de qualquer época precedente, a peste tenha surgido em quase todas as gerações na Europa após o século XIV: estava estabelecido um reservatório da infecção logo às portas, na Ucrânia (onde de fato foram as epidemias mais frequentes, até à última que aí se limitou). Também é por esta razão explicado o fato da peste ter atingido simultaneamente a Europa, a China e o Médio Oriente, já que as caravanas da Rota da Seda facilmente comunicaram a doença a estas regiões limítrofes da estepe.

A PESTE NA EUROPA


         A peste responsável pela epidemia do século XIV surge durante o cerco à colônia genovesa de Caffa, na Crimeia pelos mongóis da Horda Dourada [6] comandados por Kan Jani Beg. Após dois anos de cerco, surgiu uma epidemia de peste entre os sitiantes, que os obrigou a retirar, mas antes disso catapultaram cadáveres infectados para o interior das muralhas. Na cidade morreram tantos habitantes que tiveram de ser queimados em piras, já que não havia pessoas suficientes para enterrá-los. Vários navios genoveses fugiram da peste, chegando a diversos portos europeus com os porões cheios de cadáveres de marinheiros. A transmissão teria sido feita pelos ratos pretos de Caffa, que transmitiram as suas pulgas infectadas aos ratos destas cidades. Assim se explica que apesara de algumas cidades terem recusados os navios tenham sido infectadas igualmente, já que os ratos escapavam pelas cordas da atracagem.
        
A primeira cidade infectada pelos navios genoveses foi Constantinopla, em maio de 1347. Seguiu-se Messina, no fim de setembro, Gênova e Marselha em novembro. A epidemia chega à Pisa em 1 de janeiro de 1348 e nesse mesmo mês atinge Spalato (Split), Sebenico (Sibenik) e Ragusa (Dubrovnil), de onde passa para Veneza, onde chega a 25 de janeiro. Em menos de um ano todas as cidades da costa mediterrânicas estavam infectadas.

         Assim descreve Boccaccio [7] os sintomas:

                   “Apareciam, no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou nas virilhas ou nas axilas, algumas inchações. Algumas destas cresciam como maçãs, outras como um ovo; cresciam umas mais, outras menos; chamava-as o povo de bubões. Em seguida o aspecto da doença começou a alterar-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos enfermos. Tais manchas estavam nos braços, nas coxas e em outros lugares do corpo. Em algumas pessoas as manchas apareciam grande e esparsas; em outras eram pequenas e abundantes. E, do mesmo modo como, a princípio, o bubão fora e ainda era indício inevitável de morte, também as manchas passaram a ser mortais”.
        
Continuando Boccaccio nos demonstra que uma das maiores dificuldades era dar sepultura aos mortos:

                   “Para dar sepultura à grande quantidade de corpos já não era suficiente a terra sagrada junto às igrejas; por isso passaram-se a edificar igrejas nos cemitérios; punham-se nessas igrejas, às centenas, os cadáveres que iam chegando; e eles eram empilhados como as mercadorias nos navios”.

         Em Avinhão, na França, vivia Guy de Chauliac, o mais famoso cirurgião dessa época, médico do papa Clemente VI, que sobreviveu à peste e deixou o seguinte relato:
                   “A grande mortandade teve início em Avinhão em janeiro de 1348. A epidemia se apresentou de duas maneiras. Nos primeiros dois meses manifestava-se com febre e expectoração sanguinolenta e os doentes morriam em três dias; decorrido esse tempo manifestou-se com febre contínua e inchação nas axilas e nas virilhas e os doentes morriam em cinco dias. Era tão contagiosa que se propagava rapidamente de uma pessoa para a outra; o pai não ia ver seu filho nem o filho a seu pai; a caridade desaparecera por completo. (...) Não se sabia qual a causa desta grande mortandade. Em alguns lugares pensava-se que os judeus haviam envenenado o mundo e por isso os mataram.”
        
No meio de tanto desespero e irracionalidade, houve alguns episódios edificantes. Muitos médicos se dispuseram a atender os pestilentos com risco da própria vida. Adotavam para isso roupas e máscaras especiais. Alguns dentre eles evitavam aproximar-se dos enfermos. Prescreviam à distância e lancetavam os bubões com facas de até 1,80 m de comprimento.



RECORRÊNCIA
       
  A doença voltou a cada geração à Europa até ao início do século XVIII. Cada epidemia matava os indivíduos suscetíveis, deixando os restantes imunes. Só quando uma nova geração não imune crescia é que havia novamente suficiente número de pessoas vulneráveis para a infecção se propagar. No entanto, nenhuma destas epidemias foi tão mortal como a primeira, devido às modificações de comportamento e à eliminação dos genes que davam especial suscetibilidade aos seus portadores. Epidemias notáveis foram a Peste Espanhola de 1596 – 1602, que matou quase um milhão de espanhóis, a Peste Italiana de 1629-1631, a Grande Praga de Londres de 1664 – 1665 e a Peste de Viena em 1679.


       
  A peste londrina foi a última naquela cidade. O Grande Fogo de Londres logo no ano seguinte, em 1666 queimou completamente as casas de madeiras e telhados de colmo, comuns até então, e novos materiais como a pedra, os tijolos e as telhas foram usados na construção de novas casas, contribuindo para afastar os ratos das habitações. O mesmo processo, aliado a melhores condições de higiene e à substituição do rato preto pelo rato cinzento (Rattus norvegicus, que evita as pessoas), e a resistência genética crescente das populações contribuíram para o declínio contínuo das epidemias de peste na Europa.



A PESTE NA CHINA


         As primeiras descrições da peste na China relatam os casos ocorridos em 1334, na província de Hubei, aparentemente casos limitados. Entre 1353 e 1354, com a China sob domínio dos mongóis, uma epidemia muito mais extensa ocorreu, nas províncias de Hubei, Jiangxi, Shanxi, Hunan, Guangdong (Cantão), Guagxi e Hena. Os autores da época estimaram, talvez exageradamente, que de um terço a dois terços da população da China tenha sucumbido, em algumas regiões mais de 90% da população.

A PESTE NO MÉDIO ORIENTE


         A doença entrou na região pelo sul da estepe, atual Rússia, em 1347, as tropas que regressavam à Bagdá após campanha militar no Azerbaijão. No final de 1348 já está no Egito, Palestina e Antióquia, espalhando a morte. Meca foi infectada em 1349, sendo a doença trazida pelos peregrinos durante o Hajj e depois o Iêmen em 1351. Morreu cerca de um quarto da população da época.

A TERCEIRA EPIDEMIA


         A terceira epidemia ocorreu no século XIX, mas a sua disseminação foi efetivamente travada pelos esforços das equipes sanitárias.
        
Iniciou-se provavelmente na estepe da Manchúria, onde as marmotas infectadas foram caçadas em grandes números pelos imigrantes chineses que as vendiam aos ocidentais para produzir casacos. A partir de 1855 espalhou-se por toda a China, ameaçando os europeus de Hong-Kong em 1894, o que levou ao envio de equipes de médicos e bacteriologistas para a região. No entanto foi impossível evitar a sua disseminação por navios para portos em todo o mundo, incluindo os da Europa e na Califórnia, Estados Unidos. Sendo neste momento também os roedores selvagens das pradarias americanas e do Brasil também infectados. Esta pandemia matou 12 milhões de pessoas na China e na Índia.

TRADUÇÃO

A Peste Negra
- Tragam seus mortos!!
- Ainda não estou morto!


FONTE: Wikipédia portuguesa


GLOSSÁRIO:
[1] PANDEMIAS – Uma pandemia (do grego pan = tudo/todos + demos = povo) é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente ou mesmo o planeta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pandemia pode começar quando se reúnem três condições; 1) o aparecimento de uma nova doença à população; 2) o agente infecta humanos, causando doença séria e, 3) o agente espalha-se fácil e sustentavelmente entre humanos. Uma doença ou condição, não pode ser considerada uma pandemia somente por estar difundindo ou matar grande número de pessoas; deve também ser infecciosa. Por exemplo, câncer é responsável por um número grande de mortes, mas não é considerada uma pandemia porque a doença não é contagiosa.

[2] ROTA DA SEDA – Era uma série de rotas interligadas através da Ásia do Sul, usadas no comércio da seda entre o oriente e a Europa. Assim, os carregamentos eram transportados por caravanas e embarcações oceânicas que ligavam comercialmente o Extremo Oriente e a Europa. Provavelmente esses percursos foram estabelecidos a partir do oitava milênio a. C. – os antigos povos do Saara possuíam animais domésticos provenientes da Ásia – e foram fundamentais para as trocas entre estes continentes até a descoberta do caminho marítimo para a Índia. A rota da seda conectava Chang’na (atual Xi’na) na República Popular da China até Antióquia na Ásia Menor. Sua influência expandiu-se até a Coreia e o Japão. Formava a maior rede comercial do Mundo Antigo.

[3] BAIXA IDADE MÉDIA – A Idade Média ou Medievo é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da história ocidental em três períodos: a Antiguidade; a Idade Média e, a Idade Moderna, sendo a Idade Média frequentemente dividida em Alta e Baixa Idade Média. Durante a Baixa Idade Média, iniciada depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao Renascimento: o senhoralismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo – uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito de cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas deste período. Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes. O Grande Cimas do Ocidente no seio da Igreja Católica teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que estiveram na origem de inúmeras guerras entre Estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia, concluindo a Idade Média e dando início a Idade Moderna.

[4] EPIDEMIA – Uma epidemia é a concentração de determinados casos de uma doença em um mesmo local e época, claramente em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado. A palavra vem do grego, onde epi = sobre + demos = povo e sabe-se ter sido utilizado por Hipócrates no século VI a.C. Um surto epidêmico ocorre quando há um grande desequilíbrio com o agente (ou surgimento de um), sendo este posto em vantagem. Este desequilíbrio é comum quando uma nova estirpe do organismo aparece (mutação) ou quando o hospedeiros é exposto pela primeira vez ao agente.

[5] MONGÓIS – Os mongóis forma um grupo étnico que habita as estepes da Ásia Central. Sua existência é documentada desde o século VIII. Os mongóis formaram sociedades complexas na Idade Média, especialmente no Império Mongol e, depois, sob Tamerlão. A partir do século XVI, os mongóis passara a adotar o budismo tibetano e foram subjugados à Dinastia Qing chinesa. Com o colapso desta dinastia, no século XX, o Estado soberano da Mongólia, foi criado. Os mongóis vivem também na região autônoma chinesa da Mongólia Interior e no sul da Rússia. Kublai Khan foi o quinto Kaghan ou Khan do Império Mongol de 1260 a 1294, e o fundador da Dinastia Yuan, que dominou grande parte da Ásia Oriental.

[6] HORDA DOURADA – O Canato da Horda Dourada, também conhecido como Horda de Ouro, foi um dos quatro canatos originários da fragmentação do Império Mongol e o mais duradouro de todos eles. Abrangia, em seu apogeu, grande parte da atual Rússia Europeia, Cazaquistão, Ucrânia, parte da Bielorrússia, norte do Uzbequistão, Sibéria Ocidental e uma parte da Romênia. Fazia fronteiras com os reinos da Polônia e Hungria a oeste, o Oceano Ártico ao norte, o Licanato ao sul, o canato de Djaghatai a sudeste e o Grão-Canato a leste. No seu conjunto era formado pela Horda Azul de Batu e a Horda Branca de Orda.

[7] BOCACCIO – Giovanni Boccaccio, nasceu em Florença em 1313 e faleceu em Certaldo em 1375. Foi um poeta e crítico literário italiano especializado na obra de Dante Alighieri. Filho de um mercador, Boccaccio não se dedicou ao comércio como era o desejo do seu pai, preferindo cultivar o talento literário que se manifestou desde muito cedo. Foi um importante humanista, autor de um número notável de obras, incluindo Decamerão, o poema alegórico, este fez de Boccaccio o primeiro grande realista da literatura universal.

[8] HAJJ – Hadj ou Haje, é o nome dado à peregrinação realizada à cidade de Meca pelos muçulmanos. É considerada como o último dos “Cinco Pilares do Islamismo” (Arkan), sendo obrigatória, pelo menos uma vez na vida, para todo muçulmano adulto, desde que este disponha dos meios econômicos e tenha saúde. Cerca de três milhões de pessoas de todos os pontos do planeta realizam anualmente o Hajj. O Hajj só pode ser efetuada uma vez por ano, entre o oitavo e o décimo terceiro dia do mês de Dhu al-Hijja, o último mês do calendário islâmico.

Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

Não deixem de visitar, Blog do Maffei recomenda: