sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O ÚLTIMO IMPERADOR E A IMPORTÂNCIA DE VOLTARMOS AOS CLÁSSICOS

Pu Yi em cena do Filme O Último Imperador de Bertolucci

Depois de 30 anos voltei a assistir o “Último Imperador”, filme de Bernardo Bertolucci de 1987. Linda película de espetacular honestidade e singeleza.
Com ele notei a necessidade de aprender tudo de novo. Isso mesmo, reler e rever livros já lidos e filmes já assistidos. Verdade! O “Último Imperador” que vi em 1987 pouco tem a ver com o que assisti hoje, poucas foram as cenas que relembrei, talvez lembrava-me apenas da investigação no penico do imperador e que ele se transformou num jardineiro.
Não lembrava mais de nada! Acredito eu que em 1987 procurei mais o viés revolucionário do filme, a mudança social advinda da revolução maoísta e a beleza de igualar um imperador a um jardineiro. Hoje olho o sofrimento de um povo, o chinês, e as atrocidades dos japoneses, a atrocidade da guerra, a evolução de um imperador arrogante para um jardineiro e bibliotecário!
A necessidade de reler e rever é premente. Ainda bem que hoje existe a internet e o baixar livros em pdf, que podem ser lidos no kindle. Outros tempos, outras realidades, outras visões.

Biografia do Imperador PU YI
Imperador Pu Yi (Xuantong)

Pu Yi (Pequim, 7 de fevereiro de 1906 – Pequim, 17 de outubro de 1967), também conhecido como Henry Pu Yi e oficialmente como imperador Xuantong, foi o último Imperador da China da Dinastia Qing de 1908 até sua abdicação forçada em 1912 devido à Revolução Xinhai. Ele também foi imperador do estado fantoche japonês de Manchukuo de 1934 até o final da Segunda Guerra Sino-Japonesa em 1945 sob o nome de Kangde.
O pequeno Pu Yi

Após o movimento revolucionário dirigido por Sun Yat-sen, foi proclamada a República em 12 de fevereiro de 1912. No entanto, foi permitido a Pu Yi continuar morando na Cidade Proibida, a sede imperial, onde manteve algumas de suas prerrogativas, inclusive o título de imperador.
O Imperador em seu trono e vestes imperiais

Em julho de 1917, com a tentativa de restauração da monarquia pelo general Chang Hsün, durante a presidência de Li Yüan-hung, Pu Yi foi novamente colocado no trono, onde permaneceu nominalmente por doze dias.
Em 1924, quando as tropas do Kuomintang ocuparam Pequim, Pu Yi se refugiou na embaixada do Japão, primeiramente em Pequim e depois em Tientsin.
Pu Yi em trajes ocidentais, pois ele amava o modo de vida britânico

Quando os japoneses invadiram a China setentrional, ocupando a Manchúria, em 1931, e mudando o nome da região para Manchukuo, Pu Yi ocupou o trono de 1°. de março de 1934a 1945, tornando-se imperador-fantoche dos japoneses e o último descendente da dinastia Manchu ou Qing 1934.
Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, a Manchúria foi devolvida aos chineses. Pu Yi foi capturado pelos soviéticos, em 1945, e deportado com toda a sua família para a Sibéria. "Libertado" em 1949 foi entregue aos comunistas chineses, que o internaram no "campo de reeducação para criminosos de guerra" de Fushun, até o fim dos anos 1950.

O prisioneiro Henry Pu Yi

Libertado, instalou-se em Pequim, por autorização do Presidente Mao. A partir de 1959, passa a trabalhar como jardineiro no jardim botânico da cidade. Posteriormente atuou como bibliotecário da "Conferência Consultiva Política do Povo Chinês". A partir de 1964, tornou-se membro dessa instituição.
Pu Yi e Mao Tsé Tung

Escreveu uma autobiografia A primeira metade de minha vida, traduzido em inglês como From Emperor to Citizen.

Casado várias vezes (com duas imperatrizes e três concubinas), morreu em 1967 de um cancro renal, sem deixar descendentes. Seu irmão Jin Youzhi herdou a chefia da Casa de Aisin Gioro (Dinastia Qing) sendo o pretendente do trono chinês até o seu falecimento em 10 de Abril de 2015, quando seu filho (e sobrinho de Pu Yi), Jin Yuzhang, herdou a chefia de dita Casa Imperial sendo o atual reclamante do trono chinês.
Sua vida inspirou o filme O Último Imperador, dirigido por Bernardo Bertolucci.



Você também pode assistir em:
O Último Imperador





2 comentários:

  1. A Revolução Cultural foi um genocídio, convém também lembrar.

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  2. Verdade, assim como muitos outros eventos, a China é um país muito sofrido em sua história. Obrigado pela visita, sua opinião é muito importante, esse blog prima pela pluralidade de opiniões.

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