O jainismo ou jinismo é uma das
religiões mais antigas da Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo,
compartilhando com este último a ausência de necessidade de deus como criador
ou figura central. Considera-se que a sua origem antecede o brahmanismo, embora
seja mais provável que tenha surgido na sua forma atual por volta do século V
a.C., como o resultado da ação religiosa do Mahavira.
Vardhamana mais conhecido como Mahavira
(traduzido do sânscrito significa “grande herói”) foi o último dos 24
Tirthankaras do jainismo. Numa perspectiva histórica, é considerado o fundador
ou reformador deste sistema religioso. Segundo a tradição jaina, teria nascido
em 599 a.C. em Kshatriyakundagrama, na Índia e falecido no ano de 527 a.C., em
Payapuri embora alguns acadêmicos considerem que as datas 540 - 470 a.C. sejam
mais corretas.
A narrativa afirma que o Mahavira vivia
num ambiente de luxo que mais tarde abandonou, num relato que se assemelha ao
da vida de Buda, do qual se julga ter sido contemporâneo. Estes dois homens
viveram numa época em que as práticas religiosas tradicionais começavam a
entrar em crise, em particular, o sacrifício de animais e o sistema de castas
eram postos em causa e que o Mahavira, quer o Buda, rejeitaram-nos.
Por volta dos trinta anos, Mahavira deixou sua vida
confortável para se entregar a práticas ascéticas na esperança de alcançar a
iluminação espiritual. Durante um ano, usou roupa, mas, depois, passou a andar
nu, deixou que insetos o atacassem, sofreu ataques físicos e verbais, dormiu em
locais inóspitos, praticou jejuns extremos, num período total de doze anos.
Teve, também, particular cuidado em não fazer mal a qualquer forma de vida,
desenvolvendo, assim, a teoria ahimsa ou de não violência. O Mahavira dedicou
as seguintes décadas da sua vida a ensinar às pessoas as suas doutrinas.
Mahavira ensinou que os humanos podem libertar-se
das partículas que se agregam às suas almas, umas crença do jainismo atual,
seguindo uma vida de ascetismo extremo. A tradição afirma que ele recomendou
aos seus adeptos que tomassem cinco votos (mahavratas) que são os seguintes:
1.
AHIMSA – não causar
mal ou sofrimento a qualquer ser (não violência);
2.
SATVA – evitar a
mentira;
3.
ASTEYA – não se
apropriar do que não foi dado;
4.
BRAHMACHARYA – não
faltar à castidade;
5.
APARIGRAHA – não se
apegar às posses materiais, não ter apego pelas coisas mundanas.
O Mahavira faleceu aos 72 anos, tendo os seus
seguidores organizado a religião jaina nos seus moldes atuais.
Vista durante algum tempo pelos investigadores
ocidentais como uma seita do hinduísmo ou uma heresia do budismo, devido à
partilha de elementos comuns com estas religiões, o jainismo é contudo um
fenômeno original. Ao contrário do budismo o jainismo nunca teve um espírito
missionário, tendo permanecido na Índia, onde os jainas constituem cerca de
quatro milhões de crentes. Pequenas comunidades jainas existem também na
América do Norte e na Europa, em resultado de movimentos migratórios.
A palavra jainismo tem suas origens no verbo sânscrito
jin que significa “conquistador”. Os seus adeptos devem combater, através de
uma série de estágios, as paixões de modo a alcançar a libertação do mundo.
Sua visão básica é dualista. A matéria e a mônada
vital ou jiya são naturezas distintas e durante sua vida o ser vivente (seja
humano ou animal) tinge sua mônada como resultado de suas ações. Para se
purificar, esta religião propõe um extremo ascetismo e o colocar em prática da
doutrina da não violência ou ahimsa.
Os jainas reconhecem que pessoas, animais, plantas,
formações rochosas, cursos e quedas de água tem jiva, ou seja, alma ou
princípio vital. Todos estes seres têm igual valor e estão interligados na teia
de existência por elos kármicos.
ORIGENS
DO JAINISMO
Segundo os historiadores da religião, o
jainismo estabeleceu-se na Índia em meados do primeiro milênio antes de Cristo.
O seu fundador foi Mahavira, existindo duas propostas para o período em que
viveu: 599 a.C. – 527 a.C. (data tradicional apontada pelo jainismo) ou 540
a.C. – 470 a.C. (segundo os acadêmicos). Nasceu perto de Patna naquilo que é
hoje o estado de Bihar. Foi um contemporâneo de Buda, tendo pregado na mesma
região geográfica, embora não conste que os dois mestres se tenham alguma vez
encontrado. Pertencia à casta dos guerreiros (xátrias), casou, viveu no luxo
até que por volta dos trinta anos tornou-se um mendigo errante.
Entregou-se a longos processos
ascéticos até obter a iluminação, tendo consagrado os restantes trinta ou
quarenta anos da sua vida a pregar a sua doutrina. Faleceu em Payapuri, no
Bihar, que é desde então um dos principais locais de peregrinação jaina.
De acordo com os jainas a sua religião
é eterna, tendo sido a doutrina revelada ao longo de várias eras pelos
tirthankaras, palavra que significa “fazedores de vau”, ou seja, alguém que
ensinou o caminho. Os tirthakaras foram almas nascidas como seres humanos que
alcançaram a libertação (moksha) do ciclo dos renascimentos através da renúncia
e que transmitiram os seus ensinamentos aos homens. Na presente era existiram
24 tirthankaras. O último desses tirthankaras foi o Mahavira, que os jainas não
consideram como fundador do jainismo mas antes aquele que lhe deu a sua forma
atual. O 23.º tirthankara foi Parshva, que os historiadores consideram ter sido
provavelmente uma figura histórica que viveu cerca de três séculos antes do
Mahavira. Os jainas acreditam que Parshya pregou os 4 grandes princípios do
janaismo: a não violência (ahimsa), evitar a mentira (satva), não se apropriar
do que não foi dado (asteya) e não apegar-se às posses materiais (aparigraha)
sendo que o Mahavira acrescentou o princípio da castidade (brahmacharya).
DIVISÕES
INTERNAS
A origem destes dois grupos situa-se no
século I (ou talvez no século III, segundo alguns autores) e deve-se a disputas
em torno dos textos que devem constituir as escrituras do jainismo.
Os
svetambara consideram que as suas escrituras estão mais próximas dos
ensinamentos originais de Mahavira, enquanto que os Digambara rejeitam uma
parte considerável dessas escrituras. Os digambara consideram igualmente que a
renúncia pregada pelo Mahavira implica para os monges, a nudez total e que as
mulheres devem primeiro renascer como homens para poderem atingir a libertação.
Ao nível da geografia, os digambara
concentram-se no sudoeste da Índia e os svetambara no noroeste (estados de
Gujarate, Rajastão e Madhya Pradesh).
As estátuas dos dois grupos são também
diferentes; os tirthankaras dps svetambara estão nuas, estas diferenças fazem
com que um adepto do Digambara não possa praticar o culto num templo
svetambara.
DOUTRINAS
·
APARIGRAHA
(não-posse) – A posse de qualquer bem é vistas como relacionada com a
violência, e até uma forma de violência física e psíquica. A violência em todas
as suas formas tem origem no desejo de possuir, dominar e controlar. Os ascetas
jainas recusam possuir seja o que for, mas para os leigos a posse de algumas
coisas é necessária para a realização das tarefas diárias. A possessividade
transitória (usar um ser para deitá-lo fora) é uma forma de apego e baseia-se
em relações de exploração, de poder, por parte de um dos lados, em vez de amor
e equanimidade incondicional.
·
ANEKANTAVADA
(não-absolutismo) – Assumir que alguém tem acesso privilegiado à verdade é o
mais potente motor de conflito entre os seres humanos. O conceito de
não-absolutismo refere-se ao pluralismo de opiniões, e a noção de que os vários
pontos de vista sobre a verdade não são a própria verdade. O jainismo encoraja
os seus seguidores a considerarem os pontos de vista de outras filosofias, e
consideram que quando qualquer uma destas filosofias, incluindo a jaina, se
apega demais às suas próprias ideias está a cometer o erro de considerar o seu
ponto de vista absoluto. A ideia é representada pela parábola dos homens cegos
e do elefante, em que vários cegos tocam em partes do elefante, como as orelhas
e as pernas, e descrevem, de forma contraditória, o que pensam ser o animal
completo, partindo do pressuposto de que a parte que tocaram representava a
verdade completa. O conceito de “svadvada” ou “talvez-ismo” diz que se deve
considerar que todas as proposições são apenas parcialmente verdadeiras (e
parcialmente falsas). Os pontos de vista parciais da verdade são chamados de
“naya”. Segundo o princípio chamado de “nayavada” através da abertura a
diversos pontos de vista, o janismo pretende que o praticante integre os
diversos pontos de vista parciais, ou “nayas”, numa teoria abrangente.
·
AHIMSA
(não-violência) – A não-violência é o cerne do jainismo e o ponto onde todas as
doutrinas se intersectam (cruzam). A violência é a agressão intencional ou
não-intencional. Os jainistas tentam evitar a agressão em todas as suas formas,
seja através de ações, palavras ou pensamentos a todo e qualquer ser vivo, ou
aos ecossistemas. O jainismo considera o lacto-vegetarianismo como o mínimo que
deve ser feito pelos adeptos e os estudiosos jainas defendem o veganismo porque
a produção de leite é agressiva para as vacas. Os jainas também não comem
tubérculos. Os jainas também têm um cuidado especial para evitar possíveis
danos a pequenos insetos, por exemplo ao colocarem um pano sobre as suas bocas
para não os aspirarem ou varrendo o chão à sua frente quando andam para evitar
pisá-los.
·
O TEMPO – Os jainas
consideram que o tempo é infinito e cíclico. Ele é visto como uma grande roda
dividida em duas partes idênticas: uma realiza um movimento ascendente
(utsarpini), enquanto que a outra um movimento descendente (avasapini). Cada
uma destas partes divide-se em seis eras (ara). Durante o período ascendente os
seres humanos progridem ao nível do saber, estatura e felicidade, enquanto que
o período descendente caracteriza-se pela degradação do mundo, pelo
esquecimento da religião e pela perda de qualidade de vida pelos humanos.
Segundo os jainas, vivemos atualmente num período de movimento descendente,
numa era de infelicidade (dukham kal), que começou há 2.500 anos e que durará
21 mil anos.
·
O UNIVERSO E OS CINCO
MUNDOS – Segundo o jainismo, o universo divide-se em cinco mundos, sendo cada
um deles habitado por determinado tipo de seres. O universo é eterno, não tendo
sido criado por nenhum ser superior. No topo do universo está a morada suprema
(siddhashila), que é o local onde habitam as almas que alcançaram a libertação
(estas almas são denominadas siddhas). Abaixo encontram-se trinta céus,
habitados por seres celestiais, alguns dos quais caminham para a morada
suprema. O mundo médio (madhyvaloka) inclui vários continentes separados por
mares. No centro deste mundo encontra-se o continente Jambudyipa, considerado o
único continente no qual as almas podem alcançar a libertação. Os seres humanos
habitam este continente, bem como um segundo continente ao lado deste e parte
do terceiro continente. O mundo inferior (adholoka) consiste em sete infernos,
onde os seres são atormentados por demônios e onde se atormentam uns aos
outros. Abaixo do sétimo inferno encontra-se a base do universo (nigoda),
habitada por inúmeras formas inferiores de vida.
·
KARMA – À semelhança
do hinduísmo e do budismo, o janismo partilha da crença no karma, embora de uma
forma diferente. O karma no jainismo não é apenas um processo em que
determinadas ações produzem reações, mas também um substância física que se
agrega a uma alma. As partículas de karma existem no universo e associam-se a
uma alma devido às ações dessa alma (por exemplo, quando uma alma mente, rouba
ou mata esta provoca a agregação de karma em sua alma). A quantidade e a
qualidade destas partículas determinam a existência que a alma terá, a sua
felicidade ou infelicidade. Só é possível a uma alma alcançar a libertação
quando desta se retirarem todas as partículas de karma. O processo que permite
a libertação das partículas de karma de uma alma denominada nirjara e inclui
práticas como o jejum, o retiro para locais isolados, a mortificação do corpo e
a meditação. Os seguidores do jainismo utilizam para isso um ritual mortuário
chamado sallekhana (também conhecido como santhara, samadhi-marana,
samnyasa-marana), que consiste em praticar a eutanásia através do jejum. Devido
à natureza prolongada da sallekhana, é dado tempo ao indivíduo suficiente para
refletir sobre sua vida e pedir perdão dos seus pecados aos deuses. O voto de
sallekhana é tomado quando se sente que a vida tem servido o seu propósito. O
objetivo é limpar karmas antigos e impedir a criação de novos. Existe uma
prática hindu similar conhecido como prayopavesa. De acordo com a revista Press
Trust of India, em média, 240 jainista pratica sallekhana até a morte a cada
ano na Índia.
FORMAS
DE VIDA
·
MONGES E MONJAS – O
jainismo considera a vida monástica como o ideal de vida dos seres humanos.
Entre os svemtambara a entrada na vida monástica é autorizada aos dois sexos a
partir dos sete anos mas realiza-se em geral numa idade mais avançada. O noviço
deve abandonar todos seus bens; por altura da sua ordenação (diksa) a sua
cabeça é raspada e ele toma os cinco votos, que segue numa versão mais rigorosa
do que a dos leigos (mahavrata). Os monges jainas levam uma vida itinerante,
com exceção da época das monções, altura em que se recolhem numa determinada
localidade. Dependem para a sua alimentação da caridade fornecida pelos leigos
jainas, a quem oferecem em troca assistência espiritual. Os monges do ramo
svetambara podem ser donos de pequenas coisas, como uma fina veste branca, uma
tigela onde recebem os alimentos dos leigos e uma máscara de tecido usada sobre
a boca (mukhayastrika), cujo objetivo é evitar a ingestão involuntária de
pequenos insetos. Os monges digambara interpretam o preceito do desapego de uma
forma bastante rigorosa e por esta razão não usam roupas; as monjas deste ramo
usam uma veste branca. Os monges digambara não possuem uma tigela e usam as
mãos como recipiente dos alimentos. Os monges svetambara costumam se deslocar
em pequenos grupos de cinco ou seis monges, enquanto que os Digambara
geralmente viajam sozinhos. Todos os monges devem seguir as três regras que
evitam a conduta incorreta (guptis – ter cuidado com os pensamentos, as
palavras e as ações). Entre os svetambara o número de monjas ultrapassa o de
monges. As monjas digambara aceitam a doutrina que afirma que para se avançar
no caminho espiritual é necessário nascer com um corpo masculino.
·
LEIGOS – Os jainas
que não são monges devem observar oito regras de comportamento e devem tomar
doze votos. As oito regras de comportamento variam, mas em geral incluem a
prática absoluta e irrestrita de ahimsa (não-violência) que tem seu ponto forte
na alimentação: não comer carne de nenhum tipo, não comer certos vegetais
(cebola, alho) os quais se acredita serem de origem inferior e não usar nenhum
produto de origem animal. Outras regras incluem não se alimentar à noite, não
ingerir bebidas alcoólicas nem substâncias consideradas alteradoras da consciência
(cafeína, teobromina) e praticar a caridade a todos os seres vivos. Ler sobre
as qualidades transcendentais dos tirthankaras e recitar o navkar mantra também
fazem parte das principais práticas diárias de um leigo. Quanto aso doze votos,
eles podem ser divididos em três classes:
1.
ANUVRATAS – são os
cinco votos principais: abster-se de atos violentos, não mentir, não roubar,
não cobiçar o parceiro de outra pessoa e limitar possessões pessoais;
2.
GUNAVRATAS – são três
votos que reforçam os cinco votos principais: restringir as atividades pessoais
a uma área concreta (digvrata), restringir práticas que proporcionam prazer
(bhogopabhogavrata), evitar atos que causam sofrimento (anarthadandavrata);
3.
SIKSAVRATAS – são
quatro votos de disciplina espiritual: meditar, limitar determinadas atividades
a certos momentos, adotar a vida de um monge por um dia, fazer donativos aos
monges ou aos pobres.
FORMAS
DE CULTO
Uma das principais formas de
culto dos jainas leigos é prestar homenagem às estátuas dos tirthankaras. Os
jainas lavas as estátuas e dedicam-lhes oferendas como mel, flores, arroz, etc.
Alguns grupos jainas como os sthanakavasis e os terapanthis são contra o culto
de imagens.
O crente não adora a estátua
em si, mas antes as qualidades associadas a ela, de modo a receber inspiração
para seguir o mesmo caminho. As estátuas podem ser adoradas nos templos ou
então em pequenos santuários existente nas casas. São representadas em posição
de meditação, sentadas ou em pé.
Não é possível estabelecer
qualquer forma de contato com os tirthankaras através desta forma de culto, uma
vez que estes, tendo alcançado a libertação, ficam fora do contato humano. Contudo, durante a Idade Média cada
tirthankara foi associado a uma deusa protetora, em relação às quais se
desenvolveram formas particulares de devoção. As deusas mais importantes são
Ambika (associada ao 22.º Tirthankara Arishtanemi) Padmavati (associada a
Parshva), Lakshmi e Sarasvati.
As orações jainas fazem referência
aos grandes atos dos tirthankaras e aos
ensinamentos do Mahavira sendo ditas num antigo dialeto do Bihar, o ardha
magadhi. A principal oração é o Namaskara Sutra, através do qual o jaina presta
homenagem às qualidades dos cinco grandes seres do jainismo.
O ato de fazer doações para a
construção de templos é também considerado uma forma de culto, assim como a
prática de peregrinações.
FESTIVAIS
Os principais festivais do
jainismo são:
·
MAHAVIRA JAYANTI –
decorre em março ou abril e celebra a data do nascimento do Mahavira. Neste dia
estátuas do Mahavira são levadas em procissões pelas ruas e os jainas reúnem-se
nos templos para ouvir a leitura dos seus ensinamentos;
·
PARYUSHANA – durante
o mês de Bhadrapada (agosto – setembro) os membros do ramo svetambara do
jainismo celebram um dos seus festivais mais importantes, o Paryushana. Este
festival está dedicado ao perdão e consiste na prática do jejum durante oito
dias. No último dia do festival (samvatsari) os jainas pedem perdão uns aos
outros por ofensas que possam ter causado; aqueles que conseguiram jejuar
durante os oito dias seguidos são levados para o templo em procissão. O
festival equivalente na tradição digambara denomina-se dashalakshanaparvan, e
para além da prática do jejum, é lido nos templos um importante texto, o
tattvartha-sutra;
·
DIVALI (festa das
luzes) – celebração comum a Índia, é para os jainas a comemoração da altuta em
que o Mahavira deu os seus últimos ensinamentos e alcançou a libertação. Ocorre
no mês de Kaartika que corresponde no calendário gregoriano a outubor-novembro;
·
KARTIK PURNIMA –
ocorre no dia de lua cheia no mês de Kaartika. Após terem permanecido numa
determinada localidade durante os meses da monção, os monges e monjas jainas
regressam à vida errante, sendo por vezes acompanhados por leigos no percurso
que faze para outro local. Neste dia muitos jainas realizam a peregrinação aos
templos de Palitana, no estado indiano de Gujarate;
·
MASTAKABHISHEKA – a
cada doze anos os jainas (principalmente os do ramo digambara) reúnem-se no
santuário de Shrayana Belgola no estado de Karnataka onde se encontra uma
estátua de dezessete metros de Bahubali, que é alvo de libações com água, mel,
leite, flores, preparados de ervas especiais.
A
SUÁSTICA
O jainismo dá mais ênfase à suástica
que o hinduísmo. Representa o sétimo jina (santo), o tirthankara Suparva. É
considerada uma das 24 marcas auspiciosas, emblema do sétimo arhat dos tempos
atuais. Todos os templos jainista, assim como os livros santos jainistas,
contêm a suástica. As cerimônias jainistas começam e terminam com o desenho da
suástica feito várias vezes em volta do altar.
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