domingo, 17 de fevereiro de 2013

QUEM É QUE NA MÚSICA PARATODOS DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA


O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro [1]

Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas

Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi [2]
Vá de Jackson do Pandeiro [3]

Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari [4], cheire Vinícius [5]
Beba Nelson Cavaquinho [6]

Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga [7] é tiro certo
Pixinguinha [8] é inconteste
Tome Noel [9], Cartola [10], Orestes [11]
Caetano [12] e João Gilberto [13]

Viva Erasmo[14], Ben [15], Roberto [16]
Gil [17] e Hermeto [18], palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu [19], Bituca[20], Nara [21]
Gal [22], Bethania [23], Rita [24], Clara [25]
Evoé [26], jovens à vista

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro


[1]

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Tom Jobim) (1927 - 1994)


[2]

Dorival Caymmi (1914 - 2008)


[3]

Jackson do Pandero (José Gomes Filho) (1919 - 1982)


[4]

Ary Evangelista Barroso (1903 - 1964)


[5]

Marcus Vinícius de Moraes (1913 - 1980)


[6]

Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva) (1911-1986)



[7]

Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagão) (1912 - 1981)



[8]

Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho) (1897 - 1973)


[9]

Noel de Medeiros Rosa (1910 - 1937)


[10]

Cartola  (Agenor de Oliveira) (1908 - 1980)


[11]

Orestes Barbosa (1893 - 1966)




[12]

Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (1942)

[13]

João Gilberto Prado de Oliveira (1931)


[14]

Erasmo Carlos (Erasmo Esteves) (1941)

[15]

Jorge Ben Jor (Jorge Duílio Lima Menseses) (1945)


[16]

Roberto Carlos Braga (1941)




[17]

Gilberto Passos Gil Moreira (1942)


[18]


Hermeto Pascoal (1936)




[19]

Edu Lobo (Eduardo de Góes Lobo) (1943)


[20]

Milton Nascimento ("Bituca") (1942)

[21]

Nara Lofego Leão (1942 - 1989)


[22]

Gal Costa (Maria da Graça Costa Penna Burgos) (1945)

[23]

Maria Bethânia Viana Telles Velloso (1946)

[24]

Rita Lee Jones (1947)


[25]

Clara Nunes (Clara Francisca Gonçalves Pinheiro) (1942 - 1983)


[26] Evoé - Grito de evocação proferido pelas sacerdotisas que cultuavam Baco, pelas bacantes. É um grito de felicidade, de alegria, expressão de entusiasmo e exaltação é comum no teatro como uma forma de expressar alegria e entusiasmo.












































terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

ALGUNS MAPAS DA GRÉCIA ANTIGA


    A Grécia Antiga começava no sul do Monte Olimpo (Região Meridional dos Bálcãs). O Território grego é cortado ao meio pelo Golfo de Corinto. Ao norte deste Golfo fica a Grécia Continental; ao sul, a Grécia Peninsular. A forma do território grego se assemelha a uma mão aberta no Mar Mediterrâneo. Existe ainda uma terceira parte: a Grécia Insular, formada pelas numerosas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu.
    A Grécia Continental apresenta numerosas cadeias montanhosas. No meio delas existem planícies férteis, isoladas umas das outras. Esse tipo de relevo foi importante para explicar o surgimento de Estados locais (Pólis), pois as comunicações internas eram muito difíceis, explica também por que o povo grego era navegador.
    A Grécia Peninsular apresenta como característica marcante um litoral recortado, com golfos e baías, penetrando fundo no território. Isso facilitava ainda mais a navegação entre um ponto e outro da costa.
    
Na Grécia Insular, as numerosas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu facilitavam muito a comunicação com o exterior. Essa ilhas serviam de verdadeiros trampolins que permitiam a navegação com terra sempre à vista. Isso era fundamental num período de técnica naval precária em que os marinheiros não se aventuravam à navegação em mar alto, andando sempre perto da costa.
    
Esses condicionamentos geográficos explicam a tendência que os gregos apresentava de se integrarem com o exterior, muito mais do que com o interior e, consequentemente serem um povo navegador, que colonizaram várias partes da Europa, da Ásia e da África.





    Este mapa está sendo anexado devido à Pergunta da Internauta Joelma: Obrigado Joelma!

O OLHAR DE ESCHER


























UM OLHAR DIFERENTE:O ESTRANHAMENTO


Maurits Cornelis Escher


(artigo de Emerson Santiago)


                Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, Países Baixos, 17 de junho de 1898 – Hilversum, Países Baixos, 27 de março de 1972) é um dos mais conhecidos e celebrados artistas gráficos modernos. Além do trabalho como artista gráfico, ele desenvolveu livros ilustrados, tapeçarias, selos postais e murais.

                Filho caçula de um engenheiro civil, muda-se com a família aos 5 anos de idade para Arnhem, onde passa a maior parte de sua juventude. Após reprovação em seu exame do ensino médio, Escher decide matricular-se na Escola de Arquitetura e Artes Decorativas em Haarlem no curso de arquitetura. Após uma semana apenas, informou ao seu pai que preferia estudar artes gráficas em vez de arquitetura. Foi aluno de Samuel Jessurun de Mesquita, a quem havia mostrado seus desenhos e linogravuras (variação da xilogravura utilizando linóleo), e que o encorajou a continuar com tal trabalho. É com este mesmo professor que Escher aprenderia as técnicas de desenho e se apaixonaria pela arte da gravura.

                Ao terminar os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mundo, passando por Espanha, Itália e fixando-se em Roma, onde se dedicou ao trabalho gráfico. Pressionado pelas circunstâncias políticas da época (ascensão do fascismo), Escher muda-se para a Suíça, e logo depois para a Bélgica, e finalmente em 1941 regressa aos Países Baixos.

                As passagens por todos esses lugares, experimentando diferentes culturas, influenciaram a mente criativa de Escher, em especial a visita ao complexo de Alhambra, em Granada, na Espanha, onde foi apresentado à arte geométrica muçulmana aplicada nos azulejos. Este contacto com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e refletem a partir das pavimentações. Ao preencher as superfícies, porém, Escher substituía as figuras abstrato-geométricas comum na arte árabe, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza (apesar de altamente estilizadas), como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc.

                Durante o período em que esteve em atividade, Escher fez 448 litografias, xilogravuras e gravuras em madeira, além de mais de 2000 desenhos e esboços. Como alguns dos seus antecessores famosos (Michelangelo, Leonardo da Vinci, Dürer e Holbein), Escher era canhoto. Seu trabalho lida com a arquitetura, a perspectiva e os espaços impossíveis, continuando ainda hoje a surpreender e admirar milhões de pessoas em todo o mundo. Em seu trabalho, reconhecemos uma minuciosa observação do mundo que nos rodeia e as expressões de suas próprias fantasias. Escher mostra-nos que a realidade é maravilhosa, compreensível e fascinante.

OS PRECURSORES DA SOCIOLOGIA (3) WEBER


MAX WEBER

( *21/04/1864, Erfurt, Alemanha – + 14/06/1920, Munique, Alemanha)



            Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais. Estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros.

            Só existe ação social, quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações com os demais.

            Weber estabeleceu quatro tipos de ação social. Estes são conceitos que explicam a realidade social, não é a realidade social:

  1. ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado;
  2. ação efetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais;
  3. racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independente do êxito desse valor na realidade;
  4. racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários.

            Nos conceitos de ação social e definição de seus diferentes tipos, Weber não analisa as regras e normas sociais como exteriores aos indivíduos.

            Para ele as normas e regras sociais são o resultado do conjunto de ações individuais.

            Na sua concepção o método deve enfatizar o papel ativo do pesquisador em face da sociedade.

OS PRECURSORES DA SOCIOLOGIA (2) DURKEIN


EMILE DURKEIN

(* 15/04/1858, Epinal, Lorena, França – + 15/11/1917, Paris, França)


            No pensamento durkeiniano a sociedade prevalece sobre o indivíduo, pois quando este nasce tem de se adaptar às normas já criadas, como leis, costumes, línguas, etc.

            O indivíduo, por exemplo, obedece a uma série de leis impostas pela sociedade e não tem o direito de modificá-las.

            Para Durkein o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade (as leis, costumes, etc., que são passados de geração para geração).

            É a sociedade, como coletividade, que organiza, condiciona e controla as ações individuais. O indivíduo aprende a seguir normas e regras que não foram criadas por ele, essas regras limitam sua ação e prescrevem punições para que não obedecer aos limites sociais.
            Durkein propôs um método para a Sociologia que consiste no conjunto de regras que o pesquisador deve seguir para realiza de maneira correta, suas pesquisas. Este método enfatiza a posição de neutralidade e objetividade que o pesquisador deve ter em relação à sociedade: ele deve descrever a realidade social, sem deixar que suas idéias e opiniões interfiram na observação dos fatos sociais.

OS PRECURSORES DA SOCIOLOGIA (1) COMTE


AUGUSTO COMTE

(*19/01/1798, Montpellier, França - + 05/09/1857, Paris, França)



            Estudante da Politécnica aos 16 anos, Comte é nomeado em 1832 explicador de análise e de mecânica nessa mesma escola e, depois, em 1837, examinador de vestibular. Ver-se-á retirado desta última função em 1844 e de seu posto de explicador em 1851.

            Apesar de seus reiterados pedidos, não obterá o desejado cargo de professor da Politécnica, nem mesmo a cátedra de história geral das ciências positivas no Collège de France, que quisera criar em benefício próprio.

            A obra de Comte guarda estreitas relações com os acontecimentos de sua vida. Dois encontros capitais presidem as duas grandes etapas desta obra. Em 1817, ele conhece H. de Saint-Simon: O Organizador, o Sistema Industrial, e concebe, a partir daí, a criação de uma ciência social e de uma política científica. Já de posse, desde 1826, das grandes linhas de seu sistema, Comte abre em sua casa, rua do Faubourg Montmartre, um Curso de filosofia positiva - rapidamente interrompido por uma depressão nervosa - (que lhe vale ser internado durante algum tempo no serviço de Esquirol). Retoma o ensino em 1829. A publicação do Curso inicia-se em 1830 e se distribui em 6 volumes até 1842.

            Desde 1831 Comte abrirá, numa sala da prefeitura do 3.° distrito, um curso público e gratuito de astronomia elementar destinado aos "operários de Paris", curso este que ele levaria avante por sete anos consecutivos. Em 1844 publica o prefácio do curso sob o título: Discurso dobre o espírito positivo.

            É em outubro de 1844 que se situa o segundo encontro capital que vai marcar uma reviravolta na filosofia de Augusto Comte. Trata-se da irmã de um de seus alunos, Clotilde de Vaux, esposa abandonada de um cobrador de impostos (que fugira para a Bélgica após algumas irregularidades financeiras). Na primavera de 1845, nosso filósofo de 47 anos declara a esta mulher de 30 seu amor fervoroso. "Eu a considero como minha única e verdadeira esposa não apenas futura, mas atual e eterna". Clotilde oferece-lhe sua amizade. É o "ano sem par" que termina com a morte de Clotilde a 6 de abril de 1846. Comte sente então sua razão vacilar, mas entrega-se corajosamente ao trabalho.

            Entre 1851 e 1854 aparecem os enormes volumes do Sistema de política positiva ou Tratado de sociologia que intitui a religião da humanidade. O último volume sobre o Futuro humano prevê uma reformulação total da obra sob o título de Síntese Subjetiva.

            Desde 1847 Comte proclamou-se grande sacerdote da Religião da Humanidade. Institui o "Calendário positivista" (cujos santos são os grandes pensadores da história), forja divisas "Ordem e Progresso", "Viver para o próximo"; "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", funda numerosas igrejas positivistas (ainda existem algumas como exemplo no Brasil). Ele morre em 1857 após ter anunciado que "antes do ano de 1860" pregaria "o positivismo em Notre-Dame como a única religião real e completa". Comte partiu de uma crítica científica da teologia para terminar como profeta.

            Compreende-se que alguns tenham contestado a unidade de sua doutrina, notadamente seu discípulo Littré, que em 1851 abandona a sociedade positivista. Littré - autor do célebre Dicionário, divulgador do positivismo nos artigos do Nacional - aceita o que ele chama a primeira filosofia de Augusto Comte e vê na segunda uma espécie de delírio político-religioso, inspirado pelo amor platônico do filósofo por Clotilde.

            Todavia, mesmo se o encontro com Clotilde deu à obra do filósofo um novo tom, é certo que Comte, já antes do Curso de filosofia positiva (e principalmente em seu "opúsculo fundamental" de 1822), sempre pensou que a filosofia positivista deveria terminar finalmente em aplicações políticas e nas fundação de uma nova religião. Littré podia sem dúvida, em nome de suas próprias concepções, "separar Comte dele mesmo". Mas o historiador, que não deve considerar a obra com um julgamento pessoal, pode considerar-se autorizado a afirmar a unidade essencial e profunda da doutrina de Comte.

            Comte, afirmando vigorosamente a unidade de seu sistema, reconhece que houve duas carreiras em sua vida. Na primeira, diz ele sem falsa modéstia, ele foi Aristóteles e na segunda será São Paulo.

Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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