domingo, 19 de novembro de 2017

UMA JOIA CHAMADA PEPITA

      Neste exato momento ela está deitada atrás de mim, roncando como fosse um ser humano. Adora passear com o rosto ao vento em cima da saveiro. Chora se me vê sair de carro sem levá-la, mas sempre quando eu volto está pronta para me oferecer o que parece um sorriso. Esta é a PEPITA, nossa fiel cachorra!
     Uma mistura de Dálmata provavelmente com um pouco de puro vira-lata é nossa fiel amiga, vinda do centro de zoonoses de Guarulhos nos idos de 2008, já apresenta alguns sinais da idade. Mesmo assim parece-nos feliz vivendo sua vida livremente entre entradas e saídas da nossa casa, ora agradando, ora desagradando a vizinhança com suas travessuras. Se assusta pelo tamanho, enternece pela doçura. Nunca mordeu ninguém. Um amorzinho de cadela!


O MILAGRE DA VIDA



     Há uma semana atrás depositei num pequeno vaso, com boa terra, duas sementes do fruto de um caju comprado em supermercado.
     Não é que de repente acontece um milagre e aquela semente explode com duas novas vidas (vidas estas que já estavam em potência dentro das sementes).
     Sem sombra de dúvidas é o milagre da vida que sempre está acontecendo ao nosso redor e não notamos!
     Se você ainda acha que não viu um milagre a sua frente, plante uma semente qualquer, numa boa terra e a umedeça, verá o incrível milagre da vida!


Mudinha deixando a semente em 19/11/2017 -  por volta das 15 horas





domingo, 8 de outubro de 2017

NÚMEROS SORTEADOS PELA LOTERIA FEDERAL DA AÇÃO ENTRE AMIGOS RADIOAMADORES




PRIMEIRO PRÊMIO: N.° SORTEADO: 984

SEGUNDO PRÊMIO: N.° SORTEADO: 304

TERCEIRO PRÊMIO: N.° SORTEADO: 107



AGRADECEMOS A TODOS AQUELES 
QUE COLABORARAM.

sábado, 30 de setembro de 2017

domingo, 16 de julho de 2017

LEANDRO KARNAL COMPARA A AULA A UM TEATRO


         Quase todos os professores dão a mesma aula muitas vezes. Em algumas escolas públicas e privadas, há muitas salas da mesma série. Um professor de baixa carga horária pode, por exemplo, entrar em dez salas da mesma série numa semana. Isso significa repetir o mesmo conteúdo muitas vezes. Você notará que a primeira aula de um conteúdo novo é um teste, uma experiência. Na segunda você vai acelerar tal coisa ou explicar melhor o que despertou muitos problemas na aula inaugural. É um aperfeiçoamento. A terceira aula de um mesmo conteúdo é, em geral, a melhor. É o apogeu. Você já saberá até qual piadinha funciona. Mas poderá existir a quarta, a quinta, a sexta. Você perceberá que a aula vai ficando mais curta e mais rápida. É o declínio.

         É o problema de todo ator que deve encenar a mesma peça diversas vezes. Quando eu cheguei a São Paulo para fazer pós-graduação, fui ver uma comédia de grande sucesso na época. O texto era leve e divertido e os dois atores trocavam muitas vezes de roupa no palco. Talentosos e com timing de humoristas profissionais, eles eram tão bons, que por vezes, interrompiam o texto para rirem de si mesmos, não aguentando os trejeitos um do outro. Achei aquilo o máximo: tudo era tão divertido que mesmos os atores paravam para rir.

         Passados alguns dias, recebi visita e levei meus convidados para verem a peça. Eu também queria rever. Lá estava tudo de novo: o bom texto, o talento dos atores, a risada fácil. O que me espantou era que eles paravam para rir nos mesmos lugares da primeira vez. O riso, tão natural e quase inesperado que interrompia o texto, era o mesmo da primeira vez e nos mesmos lugares. O que tinha me encantado pelo tom espontâneo, era pensado, marcado e repetido à exaustão.
         Os atores sabem que devem pensar nessas coisas e que há pouco espaço para o improviso no teatro profissional. A aula não é um teatro, mas, certamente, ser professor tem algo em comum com ser ator. Estamos diante de uma plateia. Temos algo a dizer e o público espera que o façamos. Devemos seduzir, encantar, realizar. O texto tem momentos mais rápidos e mais lentos.
         Os atores sabem que, quando há duas sessões, o público das 21 horas não quer saber se já houve tudo aquilo às 19 horas. Quem veio ver às 21 horas quer a experiência total e profunda e não deseja perguntar se as pessoas que encenam estão cansadas ou não. O aluno da terceira vez também não.

         Atores profissionais sabem guardar a voz. A voz humana é relaxante, quase sempre. Ouvir alguém induz ao sono. Se esta voz for continua e no mesmo tom o tempo todo, funciona como um processo de hipnose. O que fazer?
         Fale mais alto e mais baixo de acordo com o que você quer demonstrar. Reforce conceitos centrais ou conclusões com voz mais forte e mais pausada. Treine isso em casa algumas vezes. Levante-se e ande em direção aos vários pontos da sala. Movimente o corpo. Caminhe até os grupos que pareçam mais dispersos, sonolentos ou conversando. Faça pausas dramáticas. Um súbito silêncio pode chamar a atenção de alguns alunos. Aprenda a gesticular. Nunca deixe parecer que está numa sala de ginástica, mas jamais transmita o ritmo de um cortejo fúnebre.

         Seria irritante para a plateia se os atores demonstrassem que não sabem o texto. Para subir ao palco, eles decoram coisas por meses. Uma boa aula deve ser preparada. Esqueça aquelas bobagens de longos planos de aula com objetivos, meios, recursos etc., que ensinam em tantos lugares. Você não conseguirá manter esses planos detalhados ao longo dos meses. Pior, não conseguindo mais fazer de forma “arrumadinha” seu plano, a tendência será parar de fazer qualquer planejamento. É um erro fatal.
FONTE: Leandro Karnal - Conversas com um Jovem Professor,pp.23-25

sexta-feira, 14 de julho de 2017

ORIGEM DA VIDA: HIPÓTESE HETEROTRÓFICA E HIPÓTESE AUTOTRÓFICA


A EVOLUÇÃO DO METABOLISMO

            As características fundamentais de um ser vivo é possuir compostos orgânicos na constituição da sua estrutura (ou são formados por uma célula – unicelulares, ou várias células – pluricelulares) e ter a capacidade de reprodução.
 Todo ser vivo precisa de alimentos, que são degradados nos processos metabólicos para a liberação de energia e realização de funções. Esses alimentos degradados também podem ser utilizados como matéria-prima na síntese de outras substâncias orgânicas, possibilitando o crescimento e a reposição de perdas.
Existem duas hipóteses para explicar como os primeiros seres conseguiram obter e degradar o alimento para sua sobrevivência: a hipótese heterotrófica e a hipótese autotrófica.




HIPÓTESE HETEROTRÓFICA

            Segundo essa hipótese, os primeiros organismos eram estruturalmente muito simples, sendo de se supor que as reações químicas em suas células também eram simples. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas provavelmente não havia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses primeiros seres teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e matéria-prima. Eles seriam Heterótrofos (hetero = diferente, trofos = alimento): organismos que não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de compostos inorgânicos, obtendo-os prontos do meio ambiente.
            Os seres capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de substância inorgânicas simples são chamados autótrofos (auto = próprio, trofos = alimento), como é o caso das plantas.
            Uma vez dentro da célula, esse alimentos precisa ser degradado. Nas condições da Terra atual, a via metabólica mais simples para se degradar o alimento sem oxigênio é a fermentação, um processo anaeróbio (an = sem, aero = ar, bio = vida). Um dos tipos mais comuns de fermentação é a alcoólica. O açúcar glicose é degradado em álcool etílico (etanol) e gás carbônico, liberando energia para as várias etapas do metabolismo celular.
            Esses organismos começaram a aumentar em número por reprodução. Paralelamente a isso, as condições climáticas da Terra também estavam mudando a ponto de não mais ocorrer síntese pré-biótica da matéria orgânica. Desse modo, o alimento dissolvido no meio teria começado a ficar escasso.
            Com o alimento reduzido e um grande número de indivíduos nos mares, deve ter havido muita competição, e muitos organismos teriam morrido por falta de alimento. Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o surgimento de alguns seres capazes de captar a luz solar com o auxílio de pigmentos como a clorofila. A energia da luz teria sido utilizada para a síntese de seus próprios alimentos orgânicos, a partir de água e gás carbônico. Teriam surgido assim os primeiros seres autótrofos: os seres fotossintetizantes (foto = luz, síntese = em presença de luz), que não competiam com os heterótrofos e proliferaram muito.
            Esses primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na modificação da composição da atmosfera: eles introduziram o oxigênio no ar, e a atmosfera teria passado de redutora a oxidante. Até os dias de hoje, são principalmente os seres fotossintetizantes que mantêm os níveis de oxigênio na atmosfera, o que é fundamental para a vida no nosso planeta.
            Havendo disponibilidade de oxigênio, foi possível a sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar esse gás na degradação do alimento. Surgiram, então, os primeiros seres aeróbios, que realizavam a respiração. Por meio da respiração, o alimento, especialmente o açúcar glicose, é degradado em gás carbônico e água, liberando muito mais energia para a realização das funções vitais do que na fermentação.
            A fermentação, a fotossíntese e a respiração permaneceram ao longo do tempo e ocorrem nos organismos que vivem atualmente na Terra.




HIPÓTESE HETEROTRÓFICA


FERMENTAÇÃO  à      FOTOSSÍNTESE    à       RESPIRAÇÃO



HIPÓTESE AUTOTRÓFICA

            Alguns cientistas têm argumentado que os seres vivos não devem ter surgido em mares rasos e quentes, como proposto por Oparin e Haldane, pois a superfície terrestre, na época em que a vida surgiu, era um ambiente muito instável. Meteoritos e cometas atingiam essa superfície com muita frequência, e a vida primitiva não poderia se manter em tais condições.
            Logo no início da formação da Terra, meteoritos colidiam fortemente com a superfície terrestre, e a energia dessas colisões era gasta no derretimentos ou até mesmo na vaporização da superfície rochosa. Os meteoritos fragmentavam-se e derretiam, contribuindo com sua substância para a Terra em crescimento. Um impacto especialmente violento pode ter gerado a Lua, que guarda até hoje em sua superfície o registro desse período, que na superfície da Terra foi apagado, ao longo do tempo pela erosão.
            A maioria dos meteoritos se queima até desaparecer quando entra na atmosfera terrestre atual e brilha no céu como estrelas cadentes. Nos primórdios da Terra, os meteoritos eram maiores, mais numerosos e mais frequentes.
Alguns cientistas especulam que os primeiros seres vivos não poderiam ter sobrevivido a esse bombardeio cósmico, e propõem que a vida tenha surgido em locais mais protegidos, como o assoalho dos mares primitivos.
Em 1977, foram descobertas nas profundezas oceânicas as chamadas fontes termais submarinas, locais de onde emanam gases quentes e sulfurosos que saem de aberturas no assoalho marinho. Nesses locais a vida é abundante. Muitas bactérias que aí vivem são autótrofas, mas realizam um processo muito distinto da fotossíntese. Onde essas bactérias vivem não há luz, e elas são a base de uma cadeia alimenta peculiar. Elas servem de alimento para os animais ou então são mantidas dentro dos tecidos deles. Nesse caso, tanto os animais como as bactérias se beneficiam: elas têm proteção dentro do corpo dos animais, e estes recebem alimentos produzidos pelas bactérias.
A descoberta das fontes termais levantou a possibilidade de que a vida teria surgido nesse tipo de ambiente protegido e de que a energia para o metabolismo dos primeiros seres vivos teria ocorrido por um mecanismo autotrófico denominado quimiossíntese. Alguns cientistas acreditam que os primeiros seres vivos foram bactérias, que obtinham energia para o metabolismo a partir da reação entre substâncias inorgânicas, como fazem as bactérias encontradas atualmente nas fontes termais submarinas e em outros ambientes muito quentes (com cerca de 60 a 105̕ ) e sulfurosos. Segundo essa hipótese que toda a vida que conhecemos descende desse tipo de bactéria que devia ser autotrófica.
Os que argumentam a favor dessa hipótese baseiam-se em evidências que sugerem abundância de sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S que tem cheiro de ovo podre) e compostos de ferro na Terra primitiva. As primeiras bactérias devem ter obtido energia de reações que tenham envolvido esses compostos para a síntese de seus compostos orgânicos.
Algumas bactérias que vivem atualmente em fontes quentes e sulfurosas podem realizar a reação química a seguir, que pode ter sido a reação fundamental fornecedora de energia para os primeiros seres vivos:


FeS

+

H2S

à

FeS2

+

H2

+

Energia
Sulfato Ferroso

+
Gás Sulfídrico
à
Sulfeto Ferroso
+
Hidrogênio
+
Energia




           A energia liberada por essa reação pode ser usada pelas bactérias para quebrar o CO2 do meio e aproveitar o carbono na produção de compostos orgânicos essenciais para a vida.
            Assim, segundo essa hipótese, a quimiossíntese – um processo autotrófico – teria surgido primeiro. Depois teriam surgido a fermentação, a fotossíntese e finalmente a respiração.

            Os debates sobre a origem da vida são apaixonantes e existem opiniões diversas, porém a hipótese mais aceita nos meios científicos é a do metabolismo pela via heterotrófica, embora a hipótese autotrófica venha ganhando cada vez mais adeptos.

Fonte: Sônia Lopes_Bio Volume Único, Editora Saraiva, 2004

quinta-feira, 13 de julho de 2017

HIPÓTESES SOBRE A ORIGEM DA VIDA: CRIANDO AS CONDIÇÕES DA TERRA ANCESTRAL

Stanley Lloyd Miller e Harold Clayton Urey

O EXPERIMENTO DE MILLER:

                A hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos foi testada pela primeira vez pelo químico americano Stanley Lloyd Miller, em 1953. Na época, Miller trabalhava com Harold Clayton Urey, na Universidade de Chicago, razão pela qual muitos preferem dizer experimento de Miller-Urey.
                Miller construiu um aparelho que simulava as condições da Terra primitiva e introduziu nele os componentes que provavelmente constituíam a atmosfera naquela época: amônia(NH3), Hidrogênio (H2), metano (CH4) e vapor d’água.

                A água, ao ser fervida, forma vapor e promove a circulação em todo o sistema, em um só sentindo. No balão em que se encontra a mistura gasosa ocorrem descargas elétricas, simulando os raios que, na Terra primitiva, deviam ocorrer com frequência. Após as descargas elétricas, os materiais são submetidos a um resfriamento para simular a condensação nas altas camadas da atmosfera, que provoca as chuvas. A parte em U desse sistema simula os mares primitivos, que recebiam as chuvas e os compostos formados na atmosfera.
                Pela análise da água contida nessa parte em U pode-se verificar a formação de moléculas orgânicas, dentre elas alguns aminoácidos, substâncias que formam as proteínas.

               Moléculas Orgânicas



Fonte: Sônia Lopes_Bio Volume Único, Editora Saraiva, 2004
                

Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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