sábado, 2 de julho de 2022

JORGE LUÍS BORGES

 

            Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899  —  Genebra, 14 de junho de 1986 – 86 anos). Foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário, professor, bibliotecário e ensaísta argentino, modernista, surrealista[1] voltado para a literatura fantástica. Formou-se no Colégio Calvino[2] em Genebra, na Suíça. Estudou Direito na Universidade de Buenos Aires. Mais tarde, Borges estudou na Universidade de Cambridge para tornar-se professor. Foi, ainda, diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires[3]. Recebeu os prêmios Prêmio Formentor de las Letras Internacional[4] (1961), Jerusalém[5] (1971), Cervantes[6] (1979), Prix Mondial Cino Del Duca[7] (1980), Balzan[8] (1980) e National Book Critics Circle Award[9] (pós-morte em 1999). 
          Em 1914, sua família mudou-se para Suíça, onde estudou e de onde viajou para a Espanha. Quando regressou à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955, foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio Formentor de las Letras Internacional, compartilhado com o dramaturgo Samuel Beckett[10]. No mesmo ano, recebeu do então presidente da Itália, Giovanni Gronchi[11], a condecoração da Ordem do Comendador.


           Suas obras abrangem o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficções (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios, livros fictícios, religião e Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza[12], Luís de Camões[13] e Virgílio[14].

            Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente nos Estados Unidos e Europa. Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudada pelo "Boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez[15]. Para homenagear Borges, em seu romance O Nome da Rosa Umberto Eco[16] criou o personagem "Jorge de Burgos", que além da semelhança no nome, é cego — assim como Borges foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirado no conto de Borges "A Biblioteca de Babel" (uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo). O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee[17] disse que "Borges, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos". Laureado com inúmeros prêmios, também foi conhecido por suas posições políticas conservadoras, o que pode ter sido um obstáculo à conquista do Prêmio Nobel de Literatura[18], ao qual ele foi candidato por quase trinta anos. 

Biografia

            Jorge Luis Borges nasceu numa família burguesa e instruída. A mãe de Borges, Leonor Acevedo Suárez, veio de uma família tradicional uruguaia. O seu livro de 1929 “Cuaderno San Martín” incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem ao seu avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires que se opunha contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde o seu neto Jorge Luis Borges nasceu. Segundo um estudo realizado por Antonio Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal, em 1770, e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, situada no Norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.

            Aos sete anos de idade, Borges já teria revelado ao seu pai que seria escritor. Aos nove, escreve seu primeiro conto, "La Visera Fatal", inspirado num episódio de Dom Quixote. Em 1914, muda-se, com os pais, para a Europa, morando inicialmente em Genebra, na Suíça, onde conclui os seus estudos, e depois em Espanha. Em 1921, volta a Buenos Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural da cidade. Em 1923, publica o seu primeiro livro de poemas, "Fervor de Buenos Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras literárias do século XX. Borges morreu em Genebra com um cancro de fígado e um enfisema, onde está sepultado, por opção pessoal no Cimitiere des Rois.

            Borges foi um ávido leitor de enciclopédias. Numa memorável palestra sobre “O Livro” em 1978, Borges comenta a felicidade que teve ao ganhar a enciclopédia alemã Enzyklopadie Brockhaus, edição de 1966[19]. Lamenta, também, não poder ver as letras góticas nem os mapas e ilustrações, entretanto sente uma relação amistosa com os livros. A sua enciclopédia preferida era a IX edição da Britânica[20], como disse numa das inúmeras entrevistas que deu. Ele frequentou também a Universidade de Cambridge[21], na Inglaterra, onde estudou para ser professor.

 
           Foi agraciado com os graus de Grande-Oficial (10 de dezembro de 1981) e Grã-Cruz (16 de novembro de 1984) da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de Portugal[22].


 
           Encontra-se sepultado no Cemitério de Plainpalais[23], em Genebra, na Suíça. A campa possui uma inscrição em Inglês Antigo, língua que ensinou na Biblioteca Nacional de Buenos Aires. Trata-se do poema “Battle of Maldon[24]”, que se traduz em “não tenhas medo de nada”.
 


Obra 

          "Ontologias[25] fantásticas, genealogias sincrônicas, gramáticas utópicas, geografias ficcionais, múltiplas histórias universais, bestiários lógicos, silogismos ornitológicos, ética narrativa, matemática imaginária, thrillers teológicos, geometrias nostálgicas e memórias inventadas fazem parte da imensa paisagem que as obras de Borges oferecem tanto a estudiosos quanto a o leitor casual. E, sobretudo, a filosofia, concebida como perplexidade, o pensamento como conjectura, e a poesia, a forma suprema da racionalidade. Escritor puro, mas, paradoxalmente, preferido por semioticistas[26], matemáticos, filólogos, filósofos e mitólogos, Borges oferece — pela perfeição de sua linguagem, de seus conhecimentos, do universalismo de suas ideias, da originalidade de suas ficções e da beleza de suas poesias — uma obra que honra a língua espanhola e a mente universal.

            As suas obras destacam-se por abordar temáticas como a filosofia (e seus desdobramentos matemáticos), metafísica, mitologia e teologia, em narrativas fantásticas onde figuram os "Delírios do Racional" (Bioy Casares)[27], expressos em labirintos lógicos e jogos de espelhos. Ao mesmo tempo, Borges também abordou a cultura dos Pampas argentinos, em contos como “O Morto”, "Homem da Esquina Rosada" e "O Sul". Também lida com campanhas militares históricas, como a guerra argentina contra os índios durante a presidência, entre outros, do escritor Domingo Faustino Sarmiento, trata-as, porém, como pano de fundo para criações fictícias, como em “História do Guerreiro e da Cativa”. E rende homenagem à literatura progressiva do seu país em contos em que se apropria do mitológico Martín Fierro[28]: Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874) e "O Fim". 

           Entre os seus contos mais conhecidos e comentados podemos citar “A Biblioteca de Babel”, “O Jardim de Veredas que se Bifurcam”, "Pierre Menard, Autor do Quixote" (para muitos a pedra angular de sua literatura) e “Funes, o Memorioso”, todos do livro “Ficções” (1944) - além de "O Zahir", "A escrita do Deus" e “O Aleph” (que dá seu nome ao livro de que consta publicado em 1949). A partir da década de 50, afetado pela progressiva cegueira, Borges passou a dedicar-se à poesia, produzindo obras notáveis como "A cifra" (1981), "Atlas" (um esboço de geografia fantástica, 1984) e "Os conjurados" (1985), a sua última obra. Também produziu prosa ("Outras inquisições", ensaios, 1952; "O livro de areia", contos, 1975), notando-se o claro influxo da cegueira. O conto "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" trata de uma enciclopédia forjada por uma sociedade secreta ao longo de gerações, que visa inventar (como lembra o próprio Borges, "inventar" e "descobrir" são sinônimos em latim) que todo um planeta imaginário, com os seus idiomas, a sua física, a sua política, as suas ciências e as suas culturas. No fim do conto, sendo "acidentalmente" descoberta essa enciclopédia, Tlön (o planeta imaginário) passa a dominar, paulatinamente, todos os interesses terrenos.

 

Lista de obras:

 

Poesia

·         Fervor de Buenos Aires (1923)

·         Luna de enfrente (1925)

·         Cuaderno San Martín (1929)

·         Poemas (1923-1943)

·         El hacedor (1960)

·         Para las seis cuerdas (1967)

·         El otro, el mismo (1969)

·         Elogio de la sombra (1969)

·         El oro de los tigres (1972)

·         La rosa profunda (1975)

·         Obra poética (1923-1976)

·         La moneda de hierro (1976)

·         Historia de la noche (1976)

·         La cifra (1981)

·         Los conjurados (1985)

 

Contos

·         El jardín de senderos que se bifurcan (1941)

·         Ficciones (1944)

·         El Aleph (1949)

·         La muerte y la brújula (1951)

·         El informe Brodie (1970)

·         El libro de arena (1975)

·         La memoria de Shakespeare (1983)

 

Ensaios

·         Inquisiciones (1925)

·         El tamaño de mi esperanza (1926)

·         El idioma de los argentinos (1928)

·         Evaristo Carriego (1930)

·         Discusión (1932)

·         Historia de la eternidad (1936)

·         Aspectos de la poesía gauchesca (1950)

·         Otras inquisiciones (1952)

·         El congreso (1971)

·         Libro de sueños (1976)

 

Não-classificados

·         Historia universal de la infamia (1935)

·         El libro de los seres imaginarios (1968)

·         Qué es el Budismo (1976)

·         Atlas (1985)

 

Póstumos

·         Textos cautivos (1986)

·         Biblioteca pessoal - no original Biblioteca personal (1988)

·         Prólogos de La Biblioteca de Babel (1995)

·         Borges en Sur (1999)

·         Un ensayo autobiográfico o Autobiografía (1999)

·         Borges en El Hogar (2000)

·         Arte poética (2000)

·         Borges profesor (2002). Curso de literatura inglesa na Universidade de Buenos Aires



·         El aprendizaje del escritor (2014). Transcrição do seminário sobre escrita que ditou em Columbia, em 1971

·         Conferencias sobre el tango (2015)

·         Em colaboração com Adolfo Bioy Casares

·         Seis problemas para don Isidro Parodi (1942)

·         Un modelo para la muerte (1946)

·         Dos fantasías memorables (1946)

·         Los orilleros (1955). Roteiro cinematográfico

·         El paraíso de los creyentes (1955). Roteiro cinematográfico

·         Nuevos cuentos de Bustos Domecq (1977)

Ver também: Blog do Maffei - O Túmulo de Borges




[1] Surrealismo – (também chamado de sobrerrealismo) foi um movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão mundial. O Surrealismo propõe a valorização da fantasia, da loucura e a utilização da reação automática. Nessa perspectiva, o artista deve deixar-se levar pelo impulso, registrando tudo o que lhe vier na mente, sem se preocupar com a lógica. Fonte: Site Toda a Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/surrealismo/. Acesso em 27 de jun. 2022. 


[2] Colégio Calvino – fundado em 1559 e que se chamava nessa altura Colégio de Genebra, está situado na cidade velha de Genebra, na Suíça. Ao aderir à Reforma Protestante a 21 de maio de 1536, os genebrinos decidiram remodelar o ensino e torná-lo obrigatório e gratuito. Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Calvino. Acesso em 27 de jun. de 2022. 


[3] Biblioteca Nacional de Buenos Aires (hoje, Biblioteca Nacional Mariano Moreno) – criada por Mariano Moreno em 13 de setembro de 1810, entesoura e protege, através das mais modernas técnicas bibliotecárias, os materiais com os quais foram forjadas as diferentes ideias e épocas do país. Em seus acervos, formados por inúmeros documentos, manuscritos, livros, revistas, jornais, fotografias, mapas, gravuras, audiovisuais e partituras, persiste uma cultura viva que espera ser descoberta pelo olhar dos seus leitores e pesquisadores, reconhecendo os tons de um país heterogêneo e os pontos de vista de um passado que não cessa de produzir questionamentos e projetar imagens sobre o presente. Localizado a propriedade que inclui as ruas Aguero e Áustria, e as avenidas Las Heras e Libertador – terreno que correspondia ao antigo Palácio Unzué – o edifício construído pelos arquitetos Clorindo Testa, Francisco Bullrich e Alicia Cazzaniga projeta uma estrutura moderna, considerada de estilo brutalista devido às suas formas geométricas e à presença de concreto aparente. Esta construção representa o último capítulo de uma rica série arquitetônica composta por dois outros edifícios históricos: o de suas origens, na Manzana de las Luces, e sua sede clássica na Calle México, no bairro San Telmo, inaugurado no início do século XX por seu então diretor, Paul Groussac. Este último edifício se encontra hoje em restauração para receber ali o Centro de Estudos e Documentação Jorge Luis Borges – em reconhecimento a sua trajetória como diretor da instituição –, o qual oficiará um espaço de amostra e investigações e como residência para escritores que visitem a cidade.  Nascida no choque da Revolução de Maio (Independência da Argentina), a biblioteca é testemunha privilegiada da história nacional oferecendo nas suas salas de leitura, nos auditórios e exposições, uma oportunidade de repensar os enigmas da cultura coletiva argentina. Fonte: Site da Biblioteca Nacional Mariano Moreno. Disponível em: https://www.bn.gov.ar/biblioteca/acerca/historia. Acesso em 27 de jun. 2022. 


[4] Prêmio Formentor de las Letras Internacional – Prêmio atribuído de 1961 a 1967 promovido pela editora espanhola Seix Barral, com a colaboração de uma dezena de editoras estrangeiras e dos proprietários do Hotel Formentor de Maiorca, que na altura se tornou um importante fórum literário. Essa distinção teve duas modalidades, o Prix Internacional (que reconhecia um autor de ressonância mundial) e o Formentor Prize (que era atribuído a um romance apresentado por uma das editoras convocadas e depois publicado por todas as outras). O prêmio voltou a ser atribuído desde 2011 e é entregue nos jardins do Hotel Barceló Fomentor. Fonte: Site: El Poder da Palavra. https://www.epdlp.com/premios.php?premio=Formentor%20de%20las%20Letras. Acesso em 28 de jun. de 2022. 


[5] Prêmio Jerusalém pela Liberdade do Indivíduo na Sociedade (Jerusalem Prize for the Freedom of the Individual in Society) – é um prêmio literário entregue pela Jerusalém Internacional Book Fair de periocidade bianual concedido a escritores cujo trabalho na luta pela liberdade no contexto da sociedade atual. Fonte: Wikiwand. Disponível em: https://www.wikiwand.com/pt/Pr%C3%A9mio_Jerusal%C3%A9m. Acesso em 28 de jun. 2022. 


[6] Prêmio Cervantes – Foi instituído em 1975 pelo Ministério da Cultura Espanhol e reconhece anualmente, uma personalidade do mundo das letras hispânicas, galardoando com 15 milhões de pesetas (aproximadamente 90 mil euros ou 492 mil reais) o conjunto de obras do escritor que, no seu todo, mais tenha contribuído para a glorificação da literatura em língua castelhana. A atribuição deste prêmio é deliberada por um júri constituído por membros das Academias de Línguas dos países hispânicos, que podem propor um máximo de 3 candidatos, podendo inclusivamente voltar a apresentar candidatura de autores premiados em convocatórias anteriores, instituições vinculadas à literatura em língua castelhana e membros do júri. Deste júri fazem, normalmente, parte o Diretor da Real Academia de Espanha, o Presidente de outra academia hispânica, o premiado do ano anterior e outras seis personalidades do mundo acadêmico literário ou universitário, espanhol ou latino-americano, e de “reconhecido prestígio e mérito”, segundo as leis impostas pelo regulamento do prêmio. O Prêmio Cervantes obedece a determinadas normas, algumas delas consideradas bem rígidas, que levam a estabelecer certas regras consideradas intransponíveis, tais como: não pode ser dividido, segundo as normas que se estabeleceram depois de, na edição de 1979, o júri decidido atribuir o prêmio ex aequo (com igual mérito) ao espanhol Gerardo Diego e ao argentino Jorge Luis Borges; não pode, ainda, ser atribuído a título póstumo, por forma a poder contemplar apenas aqueles que ainda muito contribuem, ativamente, para o contínuo reconhecimento e dignificação da literatura escrita em língua castelhana. Ambicionado por muitos, o Prêmio Cervantes é considerado o “Nobel das Letras Espanholas”, estando a sua atribuição conectada com a garantia de que o autor contemplado alcançará êxito internacional e reconhecimento imediato. Prestigiante para o autor e sinônimo de validade e mérito da língua espanhola, o Ministério da Cultura Espanhol entrega anualmente, pela mão do mais alto representante da monarquia espanhola, o Rei Juan Carlos, numa cerimônia solene que se celebra a 23 de abril – data da morte de Miguel de Cervantes Saavedra – na Universidade Madrilena de Alcalá de Henares, o maior galardão das letras espanholas e um dos mais altos prêmios monetários de todos os títulos de reconhecimento literário existente. Fonte: Site da Infopédia – Dicionários Porto Editora. Disponível em: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$premio-cervantes. Acesso em 28 de jun. 2022. 


[7] Prêmio Mundial Cino Del Duca (Prix Mondial Cino Del Duca) – é um importante prêmio literário criado na França em 1969 por Simone Del Duca (1912 – 2004). O prêmio recebeu o nome de seu falecido marido, o magnata da publicação Cino Del Duca (1899 – 1967). O Prix Mondial Cino Del Duca homenageia escritores cujas obras literárias ou científicas contribuem para difundir mensagens de humanismo moderno. O prêmio em dinheiro é de 200 mil euros (a partir de 2021). A Fundação Simone e Cino Del Duca, fundada por Simone Del Duca em 1975 e dedicada a diversas causas filantrópicas, é responsável  pela atribuição do prêmio. Após sua morte em 2004, a fundação foi colocada sob os auspícios do Institut de France. Lá, o prêmio é concedido principalmente por realizações literárias, mas o júri é composto por membros de todos os departamentos do Institut de France. Há também um prêmio da fundação para a arqueologia, um para arte e outro para a ciência. Fonte: Artigos Wiki. Disponível em: https://artigos.wiki/blog/de/Prix_mondial_Cino_Del_Duca. Acesso em 28 de jun. 2022. 


[8]  Prêmio Balzan – concedido anualmente a pesquisadores internacionais das áreas de ciências humanas e naturais, bem como a personalidades das artes e cultura, pela “Fondazione Internazionale Premio Balzan”, desde 1961. A fundação, sediada em Milão e Zurique, tem o nome do jornalista italiano Eugenio Balzan. Sua filha Angela Balzan iniciou a fundação em 1957, em Lugano, com recursos herdados de seu pai. Eugenio Balzan trabalhou inicialmente como jornalista no Corriere dela Sera e foi depois seu diretor administrativo e co-proprietário. Em 1933 deixou a Itália por resistência contra os círculos fascistas, que ameaçavam a liberdade do Corriere. Até sua morte em 1953 viveu na Suíça. Em 1961 foi concedido o primeiro Prêmio Balzan – para a Fundação Nobel. Desde 1979 são concedidos anualmente quatro prêmios em ciências. A cada três a cinco anos é também concedido um prêmio de 2 milhões de franco suíços (aproximadamente  1, 25 milhões de euros – 6,9 milhões de reais) para a paz, humanidade e fraternidade entre os povos. Os ganhadores bem como as especialidades dos prêmios são determinados por um comitê internacional, ao qual pertencem atualmente 19 renomados cientistas naturais e sociais. A cerimônia de premiação acontece em rotação anual na Accademia Nazionale dei Lincei em Roma, e no Palácio Federal da Suíça em Berna. Os bens da fundação são geridos em Zurique. O Prêmio Balzan é um dos mais significativos a nível mundial, devido à sua seriedade científica e ao montante financeiro – cada prêmio tem o valor de 750 mil francos suíços (aproximadamente 4 milhões de reais). Ao contrário de outros prêmios internacionais, o Prêmio Balzan é concedido anualmente em especialidades distintas. Fonte: Wikiwand. Disponível em: https://www.wikiwand.com/pt/Pr%C3%AAmio_Balzan. Acesso em 28 de jun. 2022. 


[9] National Book Critics Circle Award – são concedidos todo mês de março e homenageiam a literature publicada nos Estados Unidos em seis categorias: autobiografia, biografia, crítica, ficção, não ficção e poesia, Esses são os únicos prêmios literários nacionais escolhidos pelos próprios críticos. A cada ano, a NBCC também homenageia um de seus membros críticos com a Nona Balakian Citation for Excellente in Reviewing e confere o Ivan Sandrof Lifetime Achievement Award e o Toni Morrison Archevement Award escolhendo um ilustre autor, editor, editora ou instituição literária. A proclamação dos finalistas dos prêmios NBCC e a cerimônia de premiação são apresentadas anualmente em março, reunindo autores, revisores, profissionais de publicação e leitores apaixonados por essa celebração. A missão do Círculo Nacional de Críticos é homenagear a escrita excepcional, promovendo uma conversa nacional sobre leitura, crítica e literatura. O National Book Critics Circle foi fundado em abril de 1974 no Algonquin Hotel em Nova Iorque, com os membros fundadores John Leonard, Nona Balakian e Ivan Sandrof pretendendo estender a mesa redonda Algonquim a uma conversa nacional. Fonte: National Book Critcs Circle. Disponível em https://www.bookcritics.org/about/. Acesso em 28 de jun. 2022. (Tradução livre do Inglês). 


[10] Samuel Becktt – romancista dramaturgo irlandês, Samuel Barclay Beckett nasceu a 13 de abril de 1906 na cidade de Dublin. Oriundo de uma família protestante abastada, ele estudou na Portora Royal School antes de ingressar no Trinity College da sua terra natal. Após ter conseguido o bacharelado em Estudos Franceses e Italianos, no ano de 1927, Beckett começou a trabalhar como professor em Belfast. Mudando para Paris, passou a frequentar a pequena comunidade literária de expressão britânica que se reunia na famosa livraria Shakespeare and Company de Sylvia Beach, onde conheceu James Joyce. Auxiliou o compatriota na preparação do manuscrito de “Finnegan’s Wake” (1939) e lecionou inglês na École Normale Superieure. Em 1930 Beckett estreou como poeta, ao publicar “Whoroscope”, um monólogo dramático que fazia protagonizar pelo filósofo francês René Descartes, que empreendia uma meditação sobre os mistérios de Deus, da vida e da morte, enquanto esperava pelo seu pequeno-almoço, uma substancial omelete. No ano seguinte reuniu uma coletânea de ensaios com o título “Proust” (1931) e, de regresso a Dublin, licenciou-se pelo Trinity College, o que valeu uma posição como docente de Francês nessa instituição. A morte do pai trouxe-lhe uma herança considerável, recebida em anuidades, fato preponderante na decisão de abandonar a carreira acadêmica em 1932, com o firme propósito de se dedicar inteiramente à escrita. Julgando Londres um meio mais propício a oportunidade, mudou-se para esta cidade em 1933. Imiscuindo-se na boêmia londrina, publicou, no ano seguinte, o seu próprio romance, “More Pricks Than Kicks” (Mais Picadas do que Pontapés, de 1934). Seguiu-se um período difícil na sua vida, marcado por visitas regulares a um psicanalista, entre os anos de 1935 e 1936. Em 1938 foi apunhalado por um proxeneta (caftino) e acabou sendo hospitalizado. Nesse mesmo ano de 1938 publicou “Murphy”, obra em que Beckett analisava o mundo da prostituição. Coma a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Samuel Beckett partiu da Irlanda para a França, para se juntar às fileiras da Resistência, mas procurado pelos Nacional-Socialistas, foi obrigado a fugir para o sul do país, escondendo-se no Roussillon durante dois anos na companhia de uma estudante de piano, Suzanne Dechevaux-Dumesnil, com que viria eventualmente a casar em 1961. Trabalhando como lavrador, Beckett continuou a escrever, elaborando o manuscrito do seu segundo romance, que veio a ser publicado em 1953 com o título “Watt”. Finda a guerra, Beckett esteve ao serviço da Cruz Vermelha em Paris. Passou a escrever em francês, publicando uma trilogia narrativa composta por “Molloy” (1951), “Malone Meurt” (1951) e “L’Innommable (1953), e as suas peças de teatro mais famosas, “En Attendant Godot” (1952), “Fin De Partie” (1957) e “Oh Les Beaux Jours” (1961). Estas obras consagram Beckett como um dos nomes mais proeminentes do teatro do absurdo, lidando com temas complexos e existencialistas como a desilusão, o sofrimento e o absurdo da condição humana. Em Beckett, a ironia amarga resulta de um violento contraste entre a esperança que o homem coloca na sua existência e o que realmente obtém dela. O ano de 1959 marca o regresso do autor à língua materna, publicando “Krapp’s Lat Tape, peça de teatro em que um velho se senta só num quarto a ouvir gravações do seu passado. Beckett foi galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1969, e conta-se que terá utilizado a soma recebida pela Real Academia Sueca em auxílio de artistas necessitados. Faleceu a 22 de dezembro de 1989 após ter sido hospitalizado por problemas respiratórios. Fonte: Site Wook. Disponível em: https://www.wook.pt/autor/samuel-beckett/23701. Acesso em 28 de jun. 2022. 


[11] Giovanni Gronchi – (Nascido em 10 de setembro de 1887 em Pontedera, Itália e faleceu em 17 de outubro de 1978 em Roma).  Foi um político Democrata Cristão que exerceu o cargo de presidente da Itália de 1955 a 1962. Ele se formou na Universidade de Pisa e, após a Primeira Guerra Mundial ajudou a fundar o Partido Popular, um partido católico. Eleito deputado (1919), foi subsecretário de indústria e comércio quando se tornou líder da secessão aventino (1924), que se opôs ao líder fascista Benito Mussolini e formou um parlamento de oposição. Quando esse órgão foi suprimido, Gronchi se aposentou, temporariamente, da vida política. Após a Segunda Guerra Mundial, ele foi novamente deputado e atuou como ministro do comércio e indústria em quatro gabinetes (1944 -1946). Mais tarde, foi eleito para a Assembleia Constituinte (1946) e para a Câmara dos Deputados (1948), da qual se tornou presidente. Na presidência, ele tomou principalmente uma posição de proa, sendo muito criticado pro interferir na diplomacia e nos assuntos internos. Ele fez muitas visitas de Estado, incluindo uma viagem à União Soviética (1960), que visitou apesar da oposição da Igreja Católica. Fonte: Site Enciclopédia Britânica. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Giovanni-Gronchi. Acesso em 28 de junho de 2022. 


[12] Spinoza (1632-1677) - Baruch (Benedictus, em latim) Foi um filósofo de família judia de origem portuguesa. Seu pai era um comerciante abastado. Criado dentro do judaísmo estudou a Bíblia Sagrada e o Talmude, o livro dos ensinamentos rabínicos. Entre os anos de 1654 e 1656, dirigiu os negócios de sua família, mas, em junho desse ano, foi acusado de heresia e excomungado, tendo de abandonar a comunidade judaica. Mudou-se, então, para Leyden e depois para Haia, onde passou a viver de seu trabalho como polidor de lentes. Em 1633, Spinoza publicou Princípios da filosofia de Descartes, obra expositiva dirigida a um jovem discípulo. Certamente já trabalhava, nessa época, em sua Ética, obra-prima que só seria publicada postumamente. Vivendo num período em que os princípios de tolerância da sociedade holandesa estavam ameaçados, Spinoza preferiu trabalhar no seu Tratado teológico-político. Essa obra foi publicada anonimamente em 1670, causando escândalo. Em 1673, foi convidado pelo rei Luís II a permanecer na França, recebendo uma pensão. Uma cátedra para lecionar na Universidade de Heidelberg lhe foi oferecida e também recusada. Spinoza preferiu a independência para elaborar sua obra. Levou uma vida sóbria, limitada por sua saúde frágil. Faleceu em 1677, aos 44 anos. Em sua obra mais importante, Ética, o filósofo demonstrou, à maneira dos geômetras, a inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e matéria seriam apenas dois atributos da substância única, divina, de infinitos atributos. O pensamento de Baruch Spinoza exerce ainda hoje considerável influência. As obras filosóficas principais de Spinoza são: a Ethica (publicada postumamente em Amsterdam em 1677), que constitui precisamente o seu sistema filosófico; o Tractatus theologivo-politicus (publicado anônimo em Hamburgo em 1670), que contém a sua filosofia religiosa e política. Fonte: Revista do Instituto Humanitas Unisinos. Ano XII – n.º 397 – Agosto de 2012. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao397.pdf. Acesso em: 29 de jun. 2022.


[13] Luís Vaz de Camões – ver Blog do Maffei - Camõeshttps://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/camoes.html. Acesso 02 de jul. 2022.


[14] Virgílio - Públio Virgílio Marão foi um importante poeta romano. Nasceu na cidade italiana de Andes (Atual Pietole) em 70 a.C e morreu na comuna italiana de Brindisi em 19 a.C. Ele foi um grande admirador da cultura grega e sua obra teve grande influência do poeta grego Teócrito. Em suas obras, Virgílio deu grande destaque para as tradições da cultura latina, valorizando a expansão de Roma. Buscou a perfeição estilística e retratou, nos poemas, seus sofrimentos, angústias e ilusões. Suas principais obras foram: “Bucólicas” (também conhecida como Écoglas); “Eneida” e; “Geórgias”. Entre as frases famosas de Virgílio estão: 1) O amor vence tudo; deixe-nos também entregar ao amor. 2) A alma move toda a matéria do mundo. 3) Cada indivíduo tem um gosto que o arrasta. 4) Feliz aquele que conseguiu compreender a causa das coisas. Virgílio foi um dos principais poetas da Antiguidade Clássica. Fonte: RAMOS, Jefferson Evandro Machado. Site Sua Pesquisa. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/biografias/virgilio.htm. Acesso em: 29 de jun. 2022.


[15] Gabriel García Márquez – Ver Blog do Maffei - Gabriel Garcia Márquezhttps://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/gabriel-garcia-marquez.html. Acesso 02 de jul. 2022. 


[16] Umberto Eco – Ver no Blog do Maffei - Umberto Ecohttps://radiomaffei.blogspot.com/2022/06/umberto-eco.html. Acesso 02 de jul. 2022. 


[17] John Maxwell Coetzee - a (nascido em 9 de fevereiro de 1940 na Cidade do Cabo, África do Sul). É um romancista, crítico e tradutor sul-africano conhecido por seus romances sobre os efeitos da colonização. Em 2003, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Cootzee foi educado na Universidade da Cidade do Cabo (BA – Bachelor of Arts – 1960; MA – Master of Arts – 1963) e na Universidade do Texas (Ph.D. 1969). Opositor do apartheid, voltou a viver na África do Sul após a ascensão de Nelson Mandela, onde lecionou inglês na Universidade da Cidade do Caba, traduziu obras do holandês e escreveu crítica literária. Ele também foi professor visitante de várias universidades. Britannica, Os Editores da Enciclopédia. "J. M. Coetzee". Enciclopédia Britânica, https://www.britannica.com/biography/J-M-Coetzee Acesso em 30 de jun. 2022. 


[18] Prêmio Nobel -  é um conjunto das mais importantes premiações mundiais em reconhecimento às pessoas ou instituições que contribuíram de forma significante para benefício da humanidade. As ações podem ser de caráter científico, acadêmico ou cultural. O Nobel é concedido pela Noruega e pela Suécia e as cerimônias de entrega dos prêmios ocorrem anualmente em ambos os países. Na divisão das cerimônias, apenas o Nobel da Paz é entregue em Oslo, na Noruega. O prêmio é de responsabilidade da Fundação Nobel, criada em memória, conforme testamento, de Alfred Nobel, um cientista e milionário sueco que deixou sua herança milionária exclusivamente para a criação da fundação e premiação de indivíduos que contribuíssem para o avanço da ciência e da cultura. Alfred Nobel teve suas invenções patenteadas e lucrativas, incluindo a invenção da dinamite. Mas tal invenção além de dinheiro trouxe ao cientista um reconhecimento bastante negativo, pois alguns jornais da época referenciavam Alfred Nobel como “aquele que descobriu como matar mais de mil pessoas de um jeito mais rápido”. Por isso, em seu testamento, Alfred Nobel destinou 94% da sua fortuna para a criação tanto da fundação quanto do prêmio, sendo que cada um dos vencedores ganha uma medalha, um diploma e uma quantia em dinheiro que ultrapassa 1 milhão de dólares. A medalha composta de ouro verde de 18 quilates e é revestida em ouro de 20 quilates. O Prêmio Nobel compreende cinco categorias: física, química, literatura, fisiologia ou medicina e paz. O Prêmio Nobel de Literatura teve seu início em 1901, junto com as demais categorias, o mesmo é outorgado pela Academia Sueca de Literatura, sendo que o primeiro vencedor foi o poeta Sully Prudhomme, por “sua composição poética que evidencia um sublime idealismo, perfeição artística e uma rara combinação de qualidades do coração e intelecto”. Constata-se que a Fundação Nobel ao anunciarem o escritor ou escritora vencedora, este ou esta é anunciado com a indicação de um trabalho mais recente, porém é consenso de que a academia considera o conjunto da obra do autor como um todo. As escolhas feitas pela Academia Sueca também podem ser questionáveis, como alguns “cânones” não são sequer indicados e tantos outros autores, inclusive vencedores do Prêmio Nobel de Literatura caem logo no ostracismo. Por exemplo, em 1974, Eyvind Johnson e Harry Martinson, dois escritores suecos, ganharam o Nobel de Literatura sem serem mundialmente conhecidos, reforçando a ideia de que a Academia é tendenciosa em relação aos escritores europeus e, principalmente da Suécia. Outros críticos comparam o Nobel de literatura com “mais um Prêmio Nobel da Paz”, porém sendo um eufemismo para esconder ideologias políticas do agrado da Academia. Alguns estudiosos são céticos com relação aos critérios de escolha da Academia Sueca, dizendo que os juízes nunca votam em culturas diferentes às dos seus países ou que possuam uma cultura política antagônica. Polêmicas à parte, o Prêmio Nobel de Literatura é um dos mais aguardados todos os anos e vez ou outra, as escolhas acabam surpreendendo, como em 2016, quando o vencedor não foi necessariamente um escritor, mas sim o cantor Bob Dylan. Porém Dylan não foi o primeiro músico agraciado com o Nobel. O poeta indiano Rabindranath Tagore havia recebido a honraria em 1913. Tagore era músico e amigo de Mahatma Gandhi e foi responsável pela composição dos hinos da Índia e de Bangladesh. Fonte: Site Livro Bingo. Disponível em: https://www.livrobingo.com.br/premio-nobel-da-literatura. Acesso em 30 de jun. 2022. 


[19] Enzyklopadie Brockhaus – enciclopédia alemã geralmente considerada como o modelo pata o desenvolvimento de muitas enciclopédias em outras línguas. Suas entradas são consideradas exemplares do artigo curto e cheio de informações. A primeira edição foi publicada de 1796 a 1808 como Konversationslexikon por Friedrich Arnold Brockhaus, que defendeu a inclusão do material mais recente, a simplificação de tratamentos complicados e o uso de entradas altamente específicas. Sua filosofia era tornar facilmente acessível às crianças em idade escolar e ao leitor leigo informações prontamente aprendidas sobre todos os tipos de assuntos. Brockhaus manteve uma ênfase no conhecimento e informação popular e uma insistência em ilustrações de alta qualidade, usadas abundantemente em todo o livro. O nome de Brockhaus não apareceu no título da enciclopédia até a publicação da 15.ª edição como Der grosse Brockhaus (1928 – 1935), 20 volumes e suplemento. A 16.ª edição (1952 – 1963), com 12 volumes, 2 volumes suplementares e um atlas, reforçou o status da obra como um conjunto de referência confiável cobrindo uma gama extremamente ampla de tópicos com artigos curtos, Uma 17.ª edição completamente revisada e redefinida Brockhaus EnzyKlopädie (1966 – 1981), tinha 20 volume um atlas, 3 volumes suplementares e um dicionário. A 18.ª edição, com 12 volumes, um atlas, um dicionário e um volume suplementar, foi publicada entre 1977 e 1982. Uma 19.ª edição revisada e redefinida foi publicada entre 1986 e 1994, e a 20.ª edição saiu entre 1996 e 1999. Uma 21.ª edição revisada de 30 volumes foi lançada em 2005. A editora de Brockhaus vendeu a obra de referência para o ex-concorrente Bertelsmann A.G em 2008. Em 2014, a Bertelsmann anunciou que todos os conjuntos de impressão Brockhaus foram vendidos e que o corpus de 300 mil artigos da enciclopédia seria mantido apenas como um recurso digital. Fonte: Site Delphi Pages. Disponível em: https://delphipages.live/pt/literatura/bibliotecas-e-obras-de-referencia/brockhaus-enzyklopadie. Acesso em: 30 de jun. 2022. 


[21] Encyclopaedia Britannica - é uma enciclopédia generalista de língua inglesa publicada pela Ecncyclopaedia Britannica, Inc, uma editora privada. É amplamente considerada como a mais acadêmica das enciclopédias. A Britannica inicialmente foi publicada entre 1768 e 1771, em Edimburgo, Reino Unido, e depressa aumentou em popularidade e tamanho, com a sua terceira edição, em 1801, alcançando os vinte volumes. O aumento de tamanho implicou a contratação de colaboradores, e as suas 9.ª (1875 – 1889) e 11.ª edições (1911) são consideradas como marcos no que toca a enciclopédias acadêmicas e de estilo literário. Começando com a 11.ª Edição, a Britannica foi gradualmente diminuindo e simplificando os seus artigos a fim de torná-los mais acessíveis, e alargar a sua expansão ao mercado nos Estados Unidos. Em 1933, a Britannica tornou-se a primeira enciclopédia a adotar a política “em continua revisão”, que resulta em que a enciclopédia seja continuamente reimpressa e cada verbete seja atualizado regularmente. A Edição atual (a 15.ª) tem uma única estrutura dividida em três partes: a Micropaedia, de 12 volumes, contém verbetes menores (geralmente tendo menos de 750 palavra), a Macropaedia, de 17 volumes, com longos artigos (tendo de duas a 310 páginas cada) e a Propaedia, num só volume, que pretende fornecer um esboço do conhecimento humano, de modo hierárquico. A Micropaedia é destinada a pesquisa rápida e a servir como guia para a Macropaedia; os leitores são aconselhados a estudar o esboço da Propaedia a fim de entender o contexto do assunto e para encontrar outros artigos, mais detalhados. O tamanho da Britannica tem-se mantido muito constante ao longo dos últimos 70 anos, com cerca de 40 milhões de palavra e meio milhão de tópicos. Embora a sua publicação tenha sede nos Estados Unidos desde 1901, a Britannica manteve a ortografia inglesa tradicional. Ao longo da História, a Britannica tem tido dificuldade em permanecer rentável – um problema enfrentado por muitas enciclopédias. Alguns verbetes em determinadas edições anteriores da Britannica, foram acusados de imprecisão, viés ou falta de qualificação dos colaboradores. A precisão de partes da edição mais recente (de 2005) tem sido igualmente questionada, embora tais críticas tenham sido contestadas pela gestão da Britannica. Apesar disso, a Britannica mantém a sua reputação como fonte de pesquisa confiável. Com sede em Chicago, não iria publicar mais versões impressas em papel focando-se apenas na sua versão online. Fonte: Wikipédia. Disponível em:  https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Encyclop%C3%A6dia_Britannica. Acesso em 30 de jun. 2022.


[21] Universidade de Cambridge – Localizada no Reino Unido, a Universidade de Cambridge foi fundada por volta de 1209, quando alguns estudantes de Oxford brigaram com nativos, optando por ir para Cambridge, fundando uma nova universidade. Sendo assim, a Universidade de Cambridge é a segunda instituição universitária mais antiga na língua inglesa, ficando atrás apenas de Oxford. Com isso, a região onde fica a Cambridge é considerada uma das localizações históricas mais populares, além de ser situada numa cidade moderna, cosmopolita e vibrante, repleta de museus, restaurantes, cafés e passeios históricos. Cambridge também é uma das principais escolha para quem deseja fazer intercâmbio universitário com cerca de 7 mil estudantes estrangeiros. Atualmente a universidade possui mais de 22 mil alunos onde 12 mil são estudantes de graduação, e o restante na pós-graduação. Alunos famosos que estudaram em Cambridge e foram grandes cientistas como Isaac Newton e James Clark Maxwell. Fonte: Site Intercâmbio no Exterior. Disponível em: https://www.ie.com.br/intercambio/universidade-cambridge/. Acesso em 30 de jun. 2022. 


[22] Ordem Militar de Sant’Iago da Espada - Ordem honorífica destinada a distinguir o mérito literário, científico e artístico. O Grã-colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada é o mais alto grau da Ordem concedido pelo Presidente da República a Chefes de Estados estrangeiros. O Grã-colar pode ainda ser concedido pelo Presidente da República a antigos Chefes de Estado e a pessoas cujo feitos, de natureza extraordinária e especial relevância para Portugal, os tornem merecedores desta distinção. Fonte: Site Grão-Mestre das Ordens Honoríficas de Portugal. Disponível em: https://www.ordens.presidencia.pt/?idc=184. Acesso em 27 de jun. 2022. 


[23] Cemitério de Plainpalais – Também chamado de Cemitério dos Reis é um cemitério da cidade de Genebra onde estão enterrados alguns magistrados e também algumas personalidades. Foi em 1469 que o hospital para pestilentos da cidade de Genebra foi construído para as sucessivas ondas de combates da peste negra no que era então um subúrbio de horticultura. O cemitério adjacente, entretanto, foi criado em 1842 para acolher as vítimas da doença. O cemitério leva o nome não oficial de Cemitério dos Reis da rua em que está localizado. Este é assim denominado por referência ao “rei” dos arcabuzeiros da cidade, cujo campo de treino era no distrito; esse título de fé “rei” concedido entre 1509 e 1847 ao competidor que conseguisse o melhor tiro durante a competição anual. A cidade de Genebra tomou posse do cemitério protestante de Plainpalais em 1869, até então administrado pelo Hospital Geral de Genebra, pois até 1876 apenas os protestantes eram enterrados neste cemitério. A partir de 1883, o cemitério foi fechado para entradas comuns e reservadas para pessoas que haviam adquirido uma concessão para ser enterrados no local, sendo o preço da administração mais alto que os outros cemitérios, o que levou a diminuição do número de sepulturas, levando ao sepultamento na localidade apenas os conselheiros de Estado e outras personalidades que aos poucos vão tendo hegemonia sobre os sepultamentos de pobres mortais. Por volta de 1945, foram feitas reformas na localidade e foi o cemitério associado a um parque. No século XXI, por falta de enterros, as árvores ocuparam o local. Segundo Roger Beer, dendrologista e presidente da Sociedade Suíça de Dendrologia, que às vezes conduzem passeios, são dignos de um jardim botânico. No primeiro plano, à entrada da rue des Rois, uma grande azinheira, com a sua folhagem sempre verde, simboliza a vida eterna. Uma faia chorona, debruçada sobre o túmulo de Alfred Vincent, está de frente para ele. Uma árvore de lenços também evoca a tristeza. Um cedro cujas raízes desestabilizam uma cruz de pedra celebra a vitória da vida, como a Sophora que enlouquece as abelhas quando floresce. As árvores foram plantadas, para uso em uma indústria local, com a árvore de lápis Calocedrus de Caran d’Ache, ou Abeto da Espanha, trazida pelo botânico genebrino Edmond Boissier em memória de sua esposa que morreu durante uma viagem. O costume de plantar uma árvore ao lado do túmulo de um ente querido não é mais permitido. Já o direito de descanso no Cemitério dos Reis é rigidamente definido, de acordo com o artigo 30, n.º 3 do regulamento dos cemitérios da Cidade de Genebra, apenas “juízes e personalidades destacadas, que contribuíram, com sua vida e sua atividade, para a influência de Genebra podem ser enterrados no local. As partes interessados devem requerer por uma concessão contratual que apresentada ao Conselho de Administração do Cemitério. Entre as personalidades enterradas estão Carl Angst (1875 – 1965 – escultor, pintor e designer suíço), Ernest Ansermet (1883 – 1969 – maestro suíço), Samuel Calvin Baud-Bovy (1906 – 1986 – músico suíço, etnomusicólogo, neo-helenista e político), Maurice Brailard (1879 – 1965 – Arquiteto, urbanista, político suíço, membro do Partido Socialista), Alexandre Calame (1810 – 1864 – pintor suíço), Augustin-Pyramos de Candolle (1778 – 1841 – botânico suíço – descendente de uma linhagem de protestantes cavinistas), Antoine Carteret (1813 – 1889 – político suíço), Alfred-Louis Vincente (1850 – 1906 – médico e político suíço, membro do Partido Liberal Radical), Lydia Welti-Escher, nascida Clementine Lydia Escher(1858 – 1891 – rica promotora suíça de artes, doadora da Fundação Gottfried Keller), Jacques Louis Willemin (1863 – 1941 – advogado e político suíço, membro do Grande Conselho, Conselheiro Nacional e Prefeito do Plainpalais), Hans Eberhard Wilhelm Wilsdorf ( 1881 – 1960 – empresário e relojoeiro alemão-britânico fundador da Rolex e da Tudor), François Diday (1802 – 1877 – pintor de paisagens e promotor de arte suíço). De 16 de setembro a 30 de novembro de 2016, por ocasião da inauguração de novos serviços no 150.º aniversário do cemitério, o mesmo recebe uma exposição de arte, projeto da Associação DART em colaboração com Simon Lamunière. A exposição contava com 16 obras, criadas para ocasião ou cedidas pelo Fundo de Arte Contemporânea de Genebra, com a intenção de convidar o visitante a sonhar acordado e refletir sobre a relação com o além, mas também com a vida. Entre estas esta concessão do pseudotúmulo criado por Sophie Calle com prazo de 20 anos. O objetivo do escultor Vicent Du Bois é “reativar o olhar sobre os objetos de luto, a chamada arte funerária e nossa relação com a morte e seus ritos. Fonte: Site Artigos Wiki. Disponível em: https://artigos.wiki/blog/fr/Cimeti%C3%A8re_des_Rois. Acesso em: 30 de jun. 2022. 


[24] Battle of Maldon – Ver o Blog do Maffei - Battle of Maldonhttps://radiomaffei.blogspot.com/2022/07/battle-of-maldon-anglo-saxon-poem-dated.html. Acesso 02 de jul. 2022.


[25] Ontologia – parte da filosofia que trata da natureza do Ser, ou seja, da realidade, das existências dos entes e das questões metafísicas em geral. Deve-se tomar cuidado para não confundir com antologia palavra que significa uma coleção de trechos escolhidos, literários ou musicais ou uma coletânea, seleção, compilação. Fonte: Site: Português à Letra. Disponível em: https://portuguesaletra.com/duvidas/antologia-ou-ontologia/. Acesso em 27 de jun. 2022. Na Filosofia, o termo Ontologia possui sua origem na Metafísica, segundo Aristóteles é a Filosofia Primeira que trata do estudo do ser enquanto ser. Segundo Marilena Chauí, a palavra ontologia é formada por outras duas: onto que significa “o Ser” e logia, “estudo ou conhecimento”. Assim, Ontologia significa “estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das coisas tais como são em si mesmas, real e verdadeiramente” Fonte: SCHIESSL, Marcelo. Ontologia: o termo e a ideia. 


[26] Semioticista – Aquele que é especialista em semiótica (teoria geral das representações, proposta por Charles S. Peirce – é a ciência que se dedica ao estudo de todos os signos, nos processos de significação na natureza e na cultura). Os semioticistas classificam os signos ou sistemas de signos em relação ao modo como são transmitidos. Fonte: Site Dicionário Informal. Disponível em: https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/semioticista/semi%C3%B3tica/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20Semioticista%3A,Peirce). Acesso em 27 de jun. 2022. 


[27] Adolfo Bioy Casares (Nascimento: 15 de setembro de 1914 em Recoleta, Buenos Aires na Argentina e falecimento em 8 de março de 1999 em Buenos Aires). Foi um escritor argentino, autor de romances, contos, roteiros cinematográficos. Foi o escritor que conviveu mais aproximadamente a Jorge Luís Borges, com quem dividiu a autoria de vários volumes de histórias policiais protagonizados pelo detetive Isidro Parodi, publicadas sob os pseudônimos H. Bustos Domecq e B. Suárez Lynch. Em sua obra ficcional, a fantasia e a realidade se sobrepõem de maneira harmoniosa. Na série de romances, iniciada com “La Invención de Morel” (1940), enfeixou elementos de mitos clássicos, do fantástico, de fenômenos paranormais e da psicologia, o que levou Borges a considerá-lo “um dos maiores escritores argentinos de ficção”. Casou-se com Silvina Ocampo, figura de destaque da Geração dos 40, responsável pela criação da revista Sur com a irmã Victoria Ocampo. Entre os livros de contos de Casares está “Uma Muñeca Rusa” (1991). Para o cinema  escreveu em parceria com Borges “Los Orilleros” e “El Paraíso de los Creyentes”, ambos em 1955. Recebeu o Prêmio Cervantes em 1980. Também publicou crítica literária e ensaio. Outras obras: ”Es Sueño de los Héroes” (1954); “Dormir al Sol” (1973). Fonte: Site Enciclopédia Latino Americana. Disponível em: http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/b/bioy-casares-adolfo. Acesso 30 de jun.2022. 


[28] Martín Fierro – poema de José Hernandez é considerado quase unanimemente como um dos expoentes da literatura argentina. Poema épico com sotaque popular retrata a vida dos gaúchos, os homens-heróis habitantes do interior argentino. Justo para alguns, malfeitor para outros, objeto das mais importantes definições e dos mais contraditórios juízos. Martín Fierro, nascido como um gaúcho qualquer, “está na entonação e na respiração dos versos; na inocência que rememora pobres e perdidas felicidades, na coragem que não ignora que o homem nasceu para sofrer”. Qualificado como livro sagrado por alguns críticos, com o mesmo significado para os argentinos que a Ilíada para os gregos e Chanson de Roland para os Franceses, Martín Fierro é o canto de um povo e uma homenagem aos homens bravios do mítico pampa argentino. Fonte: Site LP&M Editores. Disponível em https://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=637394&ID=549274. Acesso em 30 de jun. 2022.

 

 

 

sexta-feira, 1 de julho de 2022

BATTLE OF MALDON - ANGLO-SAXON POEM DATED TO THE END OF THE 10TH CENTURY

 
A tradução se encontra em: Blog do Maffei: https://radiomaffei.blogspot.com/2022/07/batalha-de-maldon.html. Acesso em 03 de jul. de 2022.

Anglo-Saxon poem that evokes a battle that took place between Anglo-Saxons and Scandinavian invaders in 991 AD. The date of its production is uncertain, but according to linguistic evidence, Donald Scragg argues that the poem is dated to the end of the 10th century.


       “…should it become broken.” (1)

Then Byrhtnoth ordered each of his warriors
to release their horses, to hurry them far away,
and to go forwards, mindful of their hands and their stout courage. (2-4)

When Offa’s kinsman first understood
that the earl would not suffer cowardice,
he let his beloved hawk fly from his hands
away into the woods and then he advanced to the battle —
that was a gesture one could recognize:
the young warrior did not wish to waver at war,
when he took up his weapons. (5-10)

 Also Eadric wanted to support his lord,
his master in battle so he bore his spear
forth to the fight. He had good intentions
so long as he could hold with his hands
a shield and broad sword — he would validate his vow
when the time came to fight before his lord. (11-6)

Then Byrhtnoth encouraged his warriors there,
riding and ruling, directing his soldiers
how they must stand and keep that place, and gave them
instruction as to how they should hold their shields
correctly, fast with their hands — that they should fear nothing. (And be not afraid.)
When he had fortified his fyrd-men graciously,
then he alighted amid the ranks, where it most pleased him,
in the place where he knew his most loyal hearth-guard to be. (17-24)

 

Then one stood on the shore, sternly calling out,
a Viking herald, conversing in many words,
he delivered in a vaunt the message of the brim-sailors
to that nobleman where he stood on the riverbank: (25-8)

“They have sent me to you, the hardy sea-men—
they bid you be informed that you must quickly send
rings in exchange for protection, and it would be better
for you to buy off with tribute this storm of spears,
otherwise we should deal in such a hard battle.
We needn’t destroy ourselves if you are sufficiently rich—
we wish to establish a safeguard in exchange for gold.
If you decide this, you who are most powerful here,
and you wish to ransom your people
and give to the sea-men, according to their own discretion,
money in exchange for peace, and take a truce at our hands,
we will go back to our ships with our payment,
and sail away, holding the peace with you.” (29-41)

Byrhtnoth spoke back, raising up his shield,
waving his slender spear, speaking in words,
angry and resolute, giving them answer: (42-4)

“Have you heard, sailor, what these people say?
They wish to give you spears as tribute,
the poisonous points and ancient swords,
this tackle of war that will do you no good in battle.
Herald of the brim-men, deliver this again,
say unto your people a more unpleasant report:
here stands with his troops a renowned earl
who wishes to defend this homeland,
the country of Æthelred, my own lord,
and his citizens and territory. The heathens
shall perish in battle. It seems a humiliation
to let you go to your ships with our treasures
unfought—now you have come thus far
into our country. You must not get our gold
so softly. Points and edges must reconcile us first,
a grim war-playing, before we give you any tribute.” (45-61)

Then, bearing his shield, he ordered his warriors to advance,
all those who stood on the riverbank.
Nor could that army go unto the other because of the water;
where the flood came flowing after the ebb-tide.
The watery streams separated them. It seemed to them too long
before they could muster their spears together.
There they stood in press alongside Pante’s stream,
the greatest of the East-Saxons and the spear-hordes.
Nor could any of them afflict the other side,
except those who were felled by the showering of arrows.
The tide went out—the float-men stood ready,
the many Vikings, eager warriors. (62-73)

Then the shelter of heroes ordered his war-hardened warriors
to keep the bridge. One was named Wulfstan,
keen amongst his kin, he was the son of Ceola,
who with his spear shot down the first man
who was boldest and stepped onto the bridge.
There stood with Wulfstan warriors unafraid,
Ælfhere and Maccus, two proud men,
they did not wish to flee from the ford,
yet they fixedly defended it against their foes,
as long as they were allowed to wield their weapons. (74-83)

When they perceived this and keenly observed
that they had encountered bitter bridge-wardens there,
then the Vikings began to use guile, the hated guests,
asking that they be allowed to have free passage,
faring across the ford, leading their foot-soldiers. (84-8)

This the nobleman allowed, due to his overweening pride—
he gave up too much land to those hated people.
He shouted across the cold water then,
Byrhthelm’s son, while his warriors listened:
“Now is passage granted to you, come quickly to us,
as men to the fight: God alone knows
who will be allowed to control the field of slaughter.” (89-95)

Then the slaughter-wolves waded—caring not for the water—
the Viking army, westward across the Pante,
across the bright waters, carrying their board-shields,
sailing-men to the shore, bearing yellow linden.
There they stood ready against the ferocious one,
Byrhtnoth and his warriors. He ordered them
to form a shield-wall with their shields and for the army
to hold fast against their foes. Then was the fighting near,
glory in battle. The time was coming
that fated men must fall there. (96-105)

There was shouting heaved up, and ravens circling,
eagles eager for carrion—an uproar was on the earth.
Then they let fly from their hands spears file-hardened,
the spears grimly ground down, bows were busy—
shields were peppered with points. (106-10)

Bitter was the onslaught, warriors fell
on either side, the young men lying down.
Wulfmær was wounded, choosing a slaughter-rest,
Byrhtnoth’s kinsman—he was mightily cut down
with a sword, his sister-son.
There requital was given back to the Vikings—
as I heard it—Eadweard struck down one
mightily with his sword, not withholding his blow,
so that a fated champion fell down at his feet.
For this Byrhtnoth gave his thanks to him,
lord to chamberlain, when he had the chance. (111-21)

They all stood so firmly stiff-minded,
the young warriors in the battle, thinking eagerly
who they could soonest conquer
with their swords, the life of fated men,
the warriors with their weapons. Slaughter fell upon the earth.
They stood steadfast: Byrhtnoth exhorted them,
ordering every warrior to think upon the scrum,
who wished for glory in fighting the Danes. (122-9)

Then one stern in war waded forth, heaving up his weapon,
sheltered by his shield, stepped up against Byrhtnoth.
The earl went just as resolutely to the churl,
either of them intending evil to the other.
Then the sea-warrior sent a southern spear,
that wounded the lord of warriors.
Byrhtnoth shoved it with his shield, so that the shaft burst,
and that spear-head broke so that it sprang out again.
The fighting-warrior became infuriated; he stabbed with his spear
the proud Viking, who had given him that wound.
Aged was the army-warrior; he let his spear go forth
through the neck of the younger warrior, guided by his hand
so that he reached the life of that sudden attacker. (130-42)

Then he swiftly pierced another Viking,
so that the mail-shirt burst—that one was wounded in the breast
through the ring-locks, the poisonous point
stood at his heart. The earl was the happier,
then he laughed, the mindful man, said thanks to the Measurer
for the day’s work which the Lord had given him. (143-8)

Then some Viking warrior let go a spear from his hand,
flying from his fist so that it went too deeply
through the noble thane of Æthelred.
One stood by his side, a young warrior not fully grown,
a boy in the battle, who very bravely
pulled the bloody spear out of the warrior,
the son of Wulfstan, Wulfmær the young,
let go the exceedingly hard spear go back again;
the point travelled in, so that he who had laid his lord
previously onto the earth was wounded sorely. (149-58)

Then an armored man came up to the earl—
he wished to carry off the rings of the warrior,
the armor and the accoutrements and the ornamented blade.
Then Byrhtnoth drew out his sword from its sheath,
broad and brown-edged, and struck him in the byrnie.
Too quickly some sail-man hindered him,
when he wounded the arm of that earl.
The golden-hilted sword fell to the ground—
neither could he hold the stern blade,
or wield his weapon. Nevertheless the hoary battle-warrior
spoke a word, emboldening his fighters,
ordered them to go forth as good comrades;
then he could not stand fast on his feet for long. (159-71)

Byrhtnoth looked to heaven:
“I thank you, Wielder of peoples,
for all these joys that I have experienced in the world.
Now I have, mild Measurer, the greatest need
that you should grant my spirit the good
that my soul may be allowed to venture unto you
into your keeping, Prince of Angels
ferrying with peace. I am a suppliant to you
that these hell-harmers shall not be allowed to injure it.” (172-80)

Then the heathen warriors cut him down
and both of the men who stood beside him,
Ælfnoth and Wulfmær, both lay there,
when they gave up their lives beside their lord. (181-4)

Then they retreated from the battle spineless in the fray.
There the son of Odda was first to flight,
Godric from the fight, and abandoned the good man
who many times often given him a horse;
he leapt on the steed which his lord owned,
in those trappings which he had no right to take,
and his brothers were with him, both running away,
Godwine and Godwig, caring not for the fight,
but they turned from the war and sought the forest,
flying into the fastness and protecting their lives,
and more men as well, more than was proper,
if they had remembered all their favors
that Byrhtnoth had done for them to their glory. (185-97)

So Offa had told him earlier in the day
in the meeting-place when he held a moot,
that there were many speaking proudly
who would not endure the tough going. (198-201)

Then the leader of the people was felled,
Æthelred’s earl; all saw him,
his hearth-retainers, that their lord lay down.
Then there the proud thanes went forth
uncowardly men hastened eagerly;
they all wished one of two things—
to give up their lives or revenge their dear lord. (202-8)

So the son of Ælfric encouraged them forwards,
a warrior young in winters, speaking in words,
Ælfwine then spoke, saying valiantly:
“I remember the occasions when we often spoke at mead,
when we heaved up boasts on the benches,
heroes in the hall, about the dire struggle;
now one can find out who is brave.
I am willing to reveal my lineage to all,
that I was from a great family in Mercia;
my old father was called Ealhelm,
a wise alderman, blessed with worldly things.
The thanes among that people must not reproach me,
that I wished to go from this army,
seeking my country, now my lord lies
cut down in the battle. To me that is the greatest harm—
he was both my kinsman and my lord.” (209-24)

Then he went forwards, mindful of the feud,
so that with his spear he wounded one float-man
among his people, so that he lay upon the earth,
killed by his weapon. Then he urged on his comrades,
his friends and allies, to go forwards. (225-9)

Offa spoke, shaking his spear-haft:
“So, Ælfwine, you have urged us all,
thanes at the need, now that our lord lies,
an earl upon the earth. There is a need
for all of us to exhort the other,
warriors into warfare, so long as he can
hold and keep his weapons: the stern sword,
the spear and the good blade. Godric,
the cowardly son of Odda, has betrayed us all.
Too many men believed, when he rode away on a horse,
upon that proud steed, that it was our lord.
Because of that our people are broken up here in the field,
the shield-wall is shattered. Damn his deeds,
which encouraged so many a man to flee!” (230-43)

Leofsunu spoke next and heaved his shield up,
his shield as shelter; he said to the warrior:
“I promise that I will not flee from here
one step of the foot, but I will go further,
avenging in this struggle my friendly lord.
The steadfast men of Sturmere will not need
reproach me with words, now my friend has fallen,
that I should travel lordless home,
turned from the war, but I shall take up my weapon,
both point and iron.” He went forth full angry,
fought steadfastly, despising to flee. (244-54)

Dunnere then spoke, brandishing his spear,
a humble churl, calling out over all,
asking that every warrior avenge Byrhtnoth:
“Nor can he flinch back at all who intends to avenge
his lord in these folk, nor mourn for his life.” (255-9)

Then they went forth, reckoning not of their lives.
These retainers fought sternly, fierce spear-bearers,
and they asked God that they be allowed to avenge
their friendly lord and work downfall among their foes. (260-4)

Then their hostage helped eagerly:
he was of sturdy stock from Northumbria,
Ecglaf’s son, he was named Æscferth.
He did not flinch back at all at the war-play,
but he sent forth arrows very frequently;
sometimes he shot into a shield, sometimes he skewered a warrior,
more than once in awhile he gave someone a wound,
so long as he was allowed to wield weapons. (265-72)

Still at the van stood Eadweard the tall,
ready and eager, speaking boastful words
that he would not flee a foot of land,
or bend backwards while his superior lay dead.
He broke the Viking shield-wall and with their warriors fought.
until he had worthily avenged his treasure-giver
upon the sea-men, before he too lay dead among the slain. (273-79)

So did Ætheric, a noble comrade,
quick and eager to go forth and earnestly fight.
Sibyrht’s brother and very many others
clove the curved shields, the fierce men defended themselves—
they burst the rims of shields, and the byrnie sang out
a certain terror-song. Then in the battle
Offa struck a Viking, so that he fell to the earth,
and there the kinsman of Gad sought the ground.
Offa was rapidly hewn down in the battle—
though he had accomplished what he had promised his lord,
as he earlier vowed to his ring-giver
that they should both ride to the city,
healthy to home, or in the battle perish,
in the place of slaughter, killed by wounds:
he lay like a true thane close to his lord. (280-94)

There was a crashing of shields. Seafarers came forth
enraged in the fight; the spear often went right through
the life-houses of the fated. Then Wystan went forth,
Thurstan’s son, he fought against the warriors—
he was in the press, the killer of three of them,
before Wigelin’s son lay dead among the slain.
There was a stern moot there. They stood fast,
warriors in the warfare, warriors perishing,
warriors wearied by wounds.
 
The slain fell to the earth. (296-303)

Oswold and Eadwold all the while
both of them brothers, encouraged the warriors,
their friendly companions they urged with their words
that they must endure there in their need,
not weakly, using their weapons. (304-8)

Bryhtwold spoke out, heaving his shield
(he was an old comrade), brandishing his spear;
very boldly he advised the warriors:
“Resolution should be the tougher, keener the heart,
the mind should be greater when our power diminishes.
Here lies our lord, all chopped up,
a good man on the gravel. He will always regret it,
he who thinks to turn away from this war-play.
I am old in life—I don’t wish to wander away,
but I’m going to lie down by the side of my lord,
beside these beloved men.” (309-19)

So Æthelgar’s son emboldened them all,
Godric to the fight. Often he let go of his spear,
the slaughtering spear flying into the Vikings,
so he went forth, first in that crowd,
hewing and maiming, until he perished in the battle.
This certainly was not the Godric who flew from the fight…
(320-5)

[End missing]


Source: 

Website. Old English. Available at: https://oldenglishpoetry.camden.rutgers.edu/battle-of-maldon/. Accessed on July 1st. 2002.





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