segunda-feira, 10 de abril de 2017

BÉLGICA: PEQUENO GRANDE COLONIZADOR



A Gália Bélgica, uma província do Império Romano na parte setentrional da Gália que, antes de invasão romana em 100 a.C, era habitada pelos belgas, uma mistura de povos celtas e germânicos. A imigração gradual de francos, uma tribo germânica, durante o século V levou a área ao domínio dos reis merovíngios. Uma mudança gradual de poder durante o século VIII levou o reino dos francos a evoluir para o Império Carolíngio.
Muitos desses feudos estavam unidos nos Países Baixos Borgonheses dos séculos XIV e XV. O imperador Carlos V estendeu a união pessoal das Dezessete Províncias na década de 1540, tornando-se muito mais do que uma união pessoal pela Pragmática Sanção de 1549 e aumento da sua influência sobre o Principado-Bispado de Liège.


A Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648) dividiu os Países Baixos entre as Províncias Unidas do Norte (Belgica Foederata em latim) e dos Países Baixos do Sul (Belgica Regia). Os últimos foram sucessivamente governados pelos espanhóis e pelos Habsburgos austríacos e foram os precursores da Bélgica moderna. Este foi o palco das guerras franco-espanhola e franco-austríaca durante os séculos XVII e XVIII.

Após as campanhas de 1794 nas guerras revolucionárias francesas, os Países Baixos — incluindo territórios que nunca estiveram nominalmente sob o domínio dos Habsburgos, como o Principado-Bispado de Liège — foram anexados pela Primeira República Francesa, terminando com o domínio austríaco na região. A reunificação dos Países Baixos como Reino Unido dos Países Baixos ocorreu com dissolução do Primeiro Império Francês em 1815, após a derrota de Napoleão.


Em 1830, a Revolução Belga levou à separação das províncias do sul dos Países Baixos e ao estabelecimento de uma Bélgica independente católica, burguesa, francófona e neutra, sob um governo provisório e um congresso nacional. Desde a elevação de Leopoldo I ao cargo de rei em 21 de julho de 1831 (que agora é celebrado como Dia Nacional da Bélgica), o país tem sido uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, com uma constituição laica baseada no código Napoleônico. Embora o direito ao voto tenha sido inicialmente restrito, o sufrágio universal para os homens foi introduzido após a greve geral de 1893 (com voto plural até 1919) e para as mulheres em 1949.
Os principais partidos políticos do século XIX foram o Partido Católico e do Partido Liberal, com o Partido do Trabalho da Bélgica emergindo no final do século XIX. O francês era originalmente a única língua oficial adotada pela nobreza e burguesia belga. O idioma progressivamente perdeu a sua importância global conforme o neerlandês passou a ser reconhecido também. Esse reconhecimento tornou-se oficial em 1898 e em 1967 uma versão em neerlandês da constituição belga foi legalmente aceita.


A Conferência de Berlim de 1885 cedeu o controle de todo o Estado Livre do Congo para o rei Leopoldo II como sua propriedade privada. Por volta de 1900, houve uma crescente preocupação internacional com o tratamento extremo e selvagem dado à população congolesa durante o domínio de Leopoldo II, para quem o Congo era principalmente uma fonte de receita da produção de marfim e borracha. Em 1908, esse clamor levou o Estado belga a assumir a responsabilidade pelo governo da colônia, que passou a se chamar Congo Belga.


O Império Alemão invadiu a Bélgica em 1914 como parte do Plano Schlieffen para atacar a França, sendo que boa parte dos combates na Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial ocorreram na parte ocidental do país. Os meses iniciais da guerra ficaram conhecidos como o "estupro da Bélgica", devido aos excessos cometidos pelos alemães. A Bélgica assumiu as colônias alemãs de Ruanda-Urundi (os atuais países Ruanda e Burundi) durante a guerra e elas foram mandatadas para a Bélgica em 1924 pela Liga das Nações. Após a Primeira Guerra Mundial, os distritos prussianos de Eupen e Malmedy foram anexados pelos belgas em 1925, fazendo com que a presença de uma minoria de língua alemã se tornasse um fato.


O país foi novamente invadido pela Alemanha em 1940 e foi ocupado até a sua libertação pelos Aliados em 1944. Após a Segunda Guerra Mundial, uma greve geral forçou o rei Leopoldo III, que muitos viam como colaborador da Alemanha durante a guerra, a abdicar em 1951. O Congo Belga alcançou a independência em 1960, durante a Crise do Congo; Ruanda-Burundi conquistaram a sua independência dois anos depois. A Bélgica aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como membro fundador e formou o grupo Benelux com os Países Baixos e Luxemburgo.
A Bélgica tornou-se um dos seis membros fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em 1951 e da Comunidade Europeia da Energia Atômica e da Comunidade Econômica Europeia em 1957. Esta última é agora a União Europeia, organização internacional cujas principais administrações e instituições são hospedadas pela Bélgica, como a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia e as sessões extraordinárias e de comissões do Parlamento Europeu.



sábado, 8 de abril de 2017

ALGO SOBRE AS CRUZES


Ninguém sabe com certeza a origem da cruz. Entretanto, parece que sua forma mais antiga, a cruz em movimento - (swástica alada), foi encontrada na Índia. Seu significado é «boa sorte. »
A cruz é considerada um símbolo universal. Os egípcios a chamavam ankh e era considerada uma «chave mágica que abria a "fronteira da imortalidade. »

Pode-se encontrar cruzes em culturas tão distintas como a fenícia, a persa, a etrusca, a grega, a escandinava, a celta, a africana, a australiana, a chinesa, a tibetana, a asteca, a maia, a inca, entre outras. Mesmo que a cruz tenha um traçado muito simples está, na realidade, carregado de densa complexidade. Buscar todos os sentidos que possui é como ingressar numa caverna obscura, cheia de caminhos tortuosos e emaranhados, que se entrecruzam. Seu significado flutua em três níveis: místico, filosófico e sociológico.

Pitágoras dizia que Deus falava através de números e, a essa linguagem, o filósofo grego chamou de matemática sagrada, ou ciência dos princípios. Ao símbolo da cruz, relacionou o número 4 que representa a ordem do mundo, as quatro bases que formam o equilíbrio da criação. Imaginem, o que aconteceria se faltasse um dos pés de uma mesa? Mesmo assim, o número 4 tem sua origem no 2 e, por isso, a cruz também se identificou com os pares opostos de conceitos: humano-divino, espaço-tempo, liberdade-disciplina, eros-thanatos etc., duas forças em permanente conflito e complementaridade.

POR QUE A HOLANDA TAMBÉM É CHAMADA DE PAÍSES BAIXOS?


Porque mais de um quarto do país está abaixo do nível do mar. E por que não seria então País Baixo, no singular? É que a Holanda é dividida em 12 províncias, que seriam os tais países, no plural. Duas dessas províncias – chamadas de Holanda do Norte e do Sul – acabaram virando sinônimo de toda a região em alguns idiomas, como o português e o espanhol.



“Isso aconteceu porque essas duas províncias dominaram por muito tempo a história do país. Lá ficam os grandes portos e os navios que viajavam para o exterior carregavam consigo o nome da região”, diz o holandês Martinus Feliz Mertens, assessor da Embaixada dos Países Baixos no Brasil. Mais curioso que a confusão a respeito dessas terminologias é a luta dos holandeses contra a ingrata geografia do país. Até o século 14, parte do que é hoje a Holanda estava submersa.


A introdução dos moinhos de vento, símbolo do país, trouxe a tecnologia necessária para drenar enormes áreas alagadas – as grandes pás captavam a energia do vento e com ela acionavam bombas de sucção. Isso, aliado à construção de diques, permitiu o aumento do território habitável. Em janeiro de 1953, os diques que protegiam o sudoeste dos Países Baixos se romperam após uma violenta tempestade, combinada com marés altas. Cerca de 150 mil hectares de terra foram inundados e 1 800 pessoas morreram. O país então desenvolveu o Plano Delta, que reforçou e aumentou diques, além de construir barragens para proteger a Holanda da baixa altitude em relação ao mar.

Fonte: 
http://mundoestranho.abril.com.br/curiosidades/por-que-a-holanda-tambem-e-chamada-de-paises-baixos/

UM POUCO DA HISTÓRIA DO SURINAME



Suriname, oficialmente chamado de República do Suriname, é um país do norte da América do Sul, limitado a norte pelo oceano Atlântico, a leste pela Guiana Francesa, a sul pelo Brasil e a oeste pela Guiana. É um país medianamente desenvolvido, com renda per capita de 9 500 USD e esperança média de vida ao nascimento de 71,23 anos. A rigor, apesar da contiguidade geográfica, é incorreto classificar o país como sendo integrante da América Latina devido a sua colonização pelos Países Baixos, cujo idioma, o neerlandês é de matriz germânica, assim como o inglês. Este fato favorece um vínculo cultural com a Guiana e com vários países da região do/das Caribe/Caraíbas colonizados por britânicos e neerlandeses. Sua população tem cerca de um pouco mais de meio milhão de habitantes.
O Suriname foi primariamente conquistado por espanhóis no século XVI e em meados do século XVII os ingleses estabeleceram-se lá.


Embora mercadores neerlandeses tivessem estabelecido várias colónias na região da Guiana antes, os neerlandeses não tomaram posse do que é hoje o Suriname até ao Tratado de Breda, em 1667, que marcou o fim da Segunda Guerra Anglo-Holandesa.
Em 1863 foi abolida a escravatura, e devido a isso começaram a ser trazidos trabalhadores da Índia e de Java.
Depois de se tornar numa parte autónoma do Reino dos Países Baixos, em 1954, o Suriname conseguiu a independência em 1975. Um regime militar dirigido por Desi Bouterse governou o país nos anos 80 até que a democracia foi restabelecida em 1988.
Diferente de outros países da América Latina que tiveram governos militares nas décadas de 60 e 70, o Suriname sofreu com um golpe de estado em 29 de fevereiro de 1980 dado pelo General Desi Bouterse, declarando o país como uma República Socialista. No dia seguinte o Primeiro-Ministro foi afastado por decisão do Conselho Militar Nacional (CMN) que fez um apelo aos líderes da oposição para governar o país, momento no qual vários líderes de esquerda tomaram as rédeas do governo.
Nos primeiros anos o governo estabeleceu relações com Cuba, enfrentando oposição interna e externa vinda principalmente dos Estados Unidos e dos Países Baixos. Em 8 de dezembro de 1982 jornalistas, intelectuais e líderes sindicais contrários ao governo de Bouterse foram presos, torturados e assassinados, provocando a suspensão de todos os acordos de cooperação assinados entre os Países Baixos e sua ex-colônia (desde agosto de 2008 Bouterse aguarda julgamento no Suriname por estes crimes).
Em um esforço para reduzir o isolamento do Suriname, o governo aderiu à Comunidade do Caribe (CARICOM), como observador, restabelecendo relações com países como Granada, Nicarágua, Brasil e Venezuela.
Em 29 de novembro de 1986, mais uma vez a violência do governo de Bouterse foi direcionada contra os opositores em um ataque efetuado por uma unidade militar à aldeia de Moiwana. A casa do chefe da oposição armada, Ronnie Brunswijk, foi incendiada e 35 pessoas foram sumariamente executadas, principalmente mulheres e crianças. A repressão foi tanta que quando as investigações do caso foram reabertas em 1990, o inspetor-chefe encarregado do novo inquérito, Herman Gooding, foi assassinado, sendo seu corpo jogado na frente dos escritórios de Bouterse.
Em abril de 1987, a assembleia nacional aprovou uma constituição que proporcionou um enquadramento para o retorno às instituições. O projeto teve o apoio dos três principais partidos políticos do país e do exército.
Nas eleições de 1988, a Frente para a Democracia e Desenvolvimento foi vitoriosa. Em julho de 1989, o presidente Ramsewak Shankar negociou uma anistia para os guerrilheiros, dando a possibilidade destes manterem-se armados no interior da selva. Bouterse, do PDN (Partido Democrático Nacional) opôs-se à medida, alegando que seria legalizar uma força militar autônoma.
A Nova Frente (NF) venceu as eleições para a Assembleia Nacional em Maio de 1991, e uma das suas principais propostas foi a de restabelecer as relações com o governo neerlandês.
Em 16 de setembro, Ronald Venetiaan, líder da NF, foi eleito presidente em outubro e iniciou uma política de redução de gastos da defesa e das Forças Armadas. Deu-se início a um processo de paz com a guerrilha e movimentos de desarmamento, sob a supervisão da Guiana e do Brasil, representando as Nações Unidas.
Em 1993, o país sofreu com a queda no preço de bauxita e sua economia diminuiu a uma taxa média anual de 2,6%. O novo governo civil teve um rigoroso programa de ajustamento estrutural, o que resultou em um significativo descontentamento na população.
Pobreza e desemprego no país formaram o pano de fundo da ocupação da barragem de Afobakka, a 100 km ao sul de Paramaribo, em março de 1994. Os rebeldes, que exigiam a deposição do governo, foram expulsos por tropas governamentais após quatro dias de ocupação.
Em Abril de 1997, os Países Baixos lançaram um mandado de captura internacional contra o ex-ditador Bouterse, que era suspeito de manter ligações com o tráfico de drogas no Suriname.
Em resposta, o presidente Jules Wijdenbosch foi nomeado como assessor do ex-ditador do Estado, com o que ganhou imunidade diplomática.
Mais tarde naquele ano, uma tentativa de golpe levou à prisão de 17 oficiais de baixa graduação. A tentativa de golpe foi relacionada às condições de trabalho dos soldados, prejudicada pelos baixos salários e equipamentos obsoletos.
Agitação social e uma crise econômica sem precedentes intensificaram-se no início de 1999. A maior greve geral na história do Suriname, que praticamente paralisou o país, e grandes manifestações de protesto ocorreram em Paramaribo tomou meses para colocar ao parlamento em Junho, o gabinete Wijdenbosch, acusando o colapso econômico do país.
Em Maio de 2000 a NF venceu as eleições parlamentares e, em agosto, Venetiaan foi eleito presidente com 37 dos 51 votos da Assembleia Nacional.
As tensões entre Suriname e Guiana, devido à disputa que durante décadas foi exacerbada por águas territoriais, aumentaram em Junho de 2000, quando um navio surinamês foi forçado a retirar para a empresa canadense CGX Energia, que tinha obtido permissão de exploração petrolífera da Guiana.
Em julho, depois de os líderes de ambos os países não chegarem a um acordo após vários dias de negociações na Jamaica, a empresa canadense suspendeu o projeto.
Em meados de 2001, durante a cerimônia de transferência de comando, o antigo comandante do exército nacional Sedney Glenn ofereceu suas desculpas à comunidade surinamesa por "feridas e divisões" que os militares haviam causado no passado.
Em maio de 2002, o presidente Ronald Venetiaan expressa a necessidade de monitorar continuamente o respeito pela liberdade de expressão e do reconhecimento de que, em 1980 e as décadas de 1990, houve incidentes de intimidação contra jornalistas e editores e estações de rádio. Venetiaan assinou a Declaração de Chapultepec, pela liberdade de expressão. A Associação dos Jornalistas recebeu as boas-vindas, salientando a necessidade de alterar algumas leis em conformidade com as orientações contidas na declaração.
Em uma manobra que visa a fortalecer a economia, em Janeiro de 2004, o governo estabeleceu o Dólar do Suriname como a nova moeda, substituindo o florim neerlandês.
Nenhum dos candidatos alcançou dois terços dos votos parlamentares necessários para a presidência no primeiro turno das eleições, em Julho de 2005, na segunda ronda a mesma coisa aconteceu. Finalmente, a Assembleia do Povo Unido, um organismo regional composto por 891 deputados e representantes de bairros, reelegeu Venetiaan presidente com 560 dos 879 votos.
Em Maio de 2006, fortes chuvas atingiram o país causando graves inundações. Mais de 30 000 quilômetros quadrados de terra foram submersos por água e 175 aldeias foram virtualmente "varridas do mapa" a ser coberto por camadas de até dois metros de lama. Cerca de 25 000 pessoas perderam tudo que tinham. O governo, que descreveu a situação como "catástrofe", pediu assistência internacional de agências.
El anuario El Mundo Indígena 2006, elaborado pelo Grupo Internacional de Trabalho sobre Assuntos Indígenas (IWGIA), denunciou que um projeto de Lei de Mineração, que estava sendo estudado pela Assembleia Nacional, era racialmente discriminatório. O projeto, se aprovado, forçaria várias comunidades indígenas no norte do país a deixar suas terras para o assentamento de novas minas. Além disso, segundo o IWGIA, os habitantes das áreas circunvizinhas tornar-se-iam demasiado vulneráveis aos impactos do mercúrio usado na mineração, que poderia resultar em malformações congênitas, bem como intoxicações em adultos.
A disputa com a Guiana para os direitos de uma bacia submarina teve início em 2004, até agosto de 2007 ainda estava pendente. Ambos os governos aguardam uma resolução da ONU a respeito do embate. De acordo com especialistas, a bacia pôde deter cerca de 15 000 milhões de barris de petróleo e gás natural exploráveis.
Na madrugada de 19 de Julho de 2010, o ex-ditador Desi Bouterse foi restabelecido no governo surinamês em votação realizada no Parlamento do país, conseguindo 36 dos 50 votos possíveis.
A população do Suriname é constituída por vários grupos étnicos culturais. Segundo o censo oficial de 2012, os grupos mais numerosos são formados pelos hindustanis (27,4%), descendentes de indo-paquistaneses que chegaram durante o século XIX como trabalhadores assalariados para substituir a mão-de-obra escrava quando abolida a escravidão; e pelos maroons (21,7%), descendentes de africanos trazidos como escravos durante o regime colonial e que conseguiram fugir da escravidão para as florestas do interior e formar seis povos tribais distintos: boni, kwinti, matawai, ndjuka, paramaka, saramaka.
Os crioulos (descendentes de escravos africanos libertados com a abolição da escravatura, frequentemente misturados com brancos) e os javaneses (descendentes de indonésios originários de Java, chegados no século XIX) formam 15,7% e 13,7%, respectivamente; quase o mesmo percentual de mestiços (13,4%). Os povos indígenas (akurió, lokono, kalin'a, tiriyó e wayana) representam 3,7% do total da população, chineses são 1,4% e brancos (principalmente descendentes de holandeses e de judeus sefarditas), 0,3%. Imigrantes brasileiros somam 0,9% dos habitantes do país.
As religiões que predominam no Suriname são:
·         Cristianismo: - 48% (25% Protestantismo e 23% Catolicismo)
·         Hinduísmo: - 27%
·         Islamismo: - 20%

·         Outros: - 5%


sexta-feira, 7 de abril de 2017

COMO O ISLÃ CONTA O TEMPO?

O calendário islâmico. 


Comunidade do Islã - A fuga de Maomé de Meca para Medina, em 622, chamada hégira (busca de proteção) marca o início do calendário muçulmano e indica a passagem de uma comunidade pagã para uma comunidade que vive segundo os preceitos do Islã. A doutrina do profeta e a idéia de comunidade do Islã (al-Ummah) formam-se durante a luta pelo controle de Meca: todos os muçulmanos são irmãos e devem combater todos os homens até que reconheçam que só há um Deus.


Quem foi Maomé?
Maomé (570 d.C.-632 d.C.) (corruptela hispânica de Mohammed, nome próprio derivado do verbo hâmada e que significa "digno de louvor") nasce em Meca na tribo árabe coraixita, e trabalha como mercador. Segundo a tradição, aos 40 anos recebe a missão de pregar as revelações trazidas de Deus pelo arcanjo Gabriel. Seu monoteísmo choca-se com as crenças tradicionais das tribos semitas e, em 622, Maomé é obrigado a fugir para Iatribe, atual Medina, onde as tribos árabes vivem em permanente tensão entre si e com os judeus. Maomé estabelece a paz entre as tribos árabes e com as comunidades judaicas e começa uma luta contra Meca pelo controle das rotas comerciais. Conquista Meca em 630. Morre dois anos depois, deixando uma comunidade espiritualmente unida e politicamente organizada em torno aos preceitos do Corão.


quinta-feira, 6 de abril de 2017

ONDE ESTÃO OS MUÇULMANOS?




Países islâmicos
O Islamismo é a 2ª maior religião do mundo atualmente, sendo praticada em países:
•do ORIENTE MÉDIO:
Arábia Saudita (95% sunitas, 5% xiitas)
Berço do Islã, abriga as cidades sagradas Meca e Medina e adota uma interpretação conservadora da sharia. É o país natal de Osama bin Laden e de 15 dos 19 sequestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Por causa de sua boa relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a rede Al Qaeda. Porém, sabe-se que muitas figuras importantes ajudam a financiar os terroristas muçulmanos.

Irã (89% xiitas, 10% sunitas)
O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder é maior que o do presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a flexibilização do regime islâmico.

Iraque (60% xiitas, 32% sunitas)
No regime do ditador sunita Saddam Hussein, o estado era secular e as manifestações religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra do Iraque teve um efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à religião estão mais fortes que na época de Saddam.

Egito (94% sunitas)
O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.

Líbano (41% xiitas e 27% sunitas)
Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (o primeiro-ministro é sempre sunita e o presidente do parlamento é xiita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os israelenses e uma organização política legalizada.

Territórios palestinos (90% de muçulmanos)
A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica...) e a influência do islamismo na política tornou-se dominante.

Jordânia (92% de sunitas)
A família real está no poder desde a independência em 1946, e sua aceitação se baseia na crença de que os príncipes são descendentes diretos de Maomé. A sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa, sendo que os costumes de séculos atrás são mantidos graças à religião.

Afeganistão (84% sunitas, 15% xiitas)
País onde surgiu a mais radical forma de interpretação do islamismo através do Taleban, que governo o país do fim da década de 90 até depois do 11/09/2001. Serviu de campo de treinamento para terroristas islâmicos do mundo todo, até que a ação militar americana atacou essas instalações e colocou no poder um líder muçulmano moderado.

Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Síria.
•no resto da ÁSIA:
Indonésia (88% de muçulmanos)
É a maior nação islâmica, mas ainda assim o país tem uma constituição secular. Há dezenas de facções radicais que defendem a adoção da lei islâmica e a formação de um estado com governo religioso, mas os muçulmanos moderados são contra.
Paquistão (77% sunitas, 20% xiitas)
Esse estado muçulmano surgiu após a partilha do subcontinente indiano em 1947. Até hoje, trava uma tensa disputa com a Índia pela posse da Caxemira. Como pensam que a área pertence aos muçulmanos, os extremistas islâmicos atacam os soldados indianos que controlam o território.

Malásia (53% muçulmanos)
O governo diz ser tolerante com todas as religiões, mas a religião islâmica é a oficial. Não-muçulmanos dizem ser vítimas de discriminação das autoridades e os radicais muçulmanos dizem é preciso oficializar a adoção da lei islâmica tradicional em toda a Malásia.
Países de maioria muçulmana: Bangladesh
•na ÁFRICA:
Nigéria (50% de muçulmanos)
Tensões com os cristãos provocaram milhares de mortes no país. Com a adoção da lei islâmica em 12 estados do norte, houve um êxodo entre os cristãos, e o governo tem dificuldade para controlar os grupos radicais de ambos os lados.

Sudão (70%)
Governado por um partido islâmico desde o golpe militar de 1989, com apoio dos extremistas, o país foi devastado por uma guerra de duas décadas entre rebeldes muçulmanos do norte e cristãos do sul.

Somália (100%)
A religião da população é a mesma, mas conflitos entre tribos inimigas alimentaram uma guerra que se arrasta desde os anos 90. Há grupos radicais em atividade, e um deles, o Al Shabaab, é ligado à Al Qaeda. Esse grupo radical faz uma "limpeza moral" nas regiões do país controladas por ele, praticando atos como: chicoteiar mulheres que estiverem usando sutiã, açoitar publicamente homens que estiverem sem barba, além de terem proibido filmes, danças em cerimônias de casamento e jogar ou assistir futebol. Essa interpretação radical da sharia não agrada a muitos somalis, que são muçulmanos moderados por tradição, mas alguns creditam ao grupo a restauração da ordem em algumas regiões do país, onde a guerra civil continua.
Outros países de maioria muçulmana: Argélia (99%), Senegal, Gâmbia, Guiné, Serra Leoa, Costa do Marfim, Mauritânia, Mali, Níger, Chade, Líbia, Tunísia, Eritréia, Djibouti, I. Comoros.
•na EUROPA:
Turquia (99,8% de muçulmanos)
É um estado secular e garante liberdade religiosa à população, mas na prática, costumes e crenças do islamismo têm grande influência sobre o comando do país.

Outros países de maioria muçulmana: Kosovo(92%),Albânia(70%),Uzbequistão(88%),Chechênia, Azerbaijão, Turcomenistão, Quirgistão, Tadjiquistão, Cazaquistão.






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ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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