quinta-feira, 6 de abril de 2017

ONDE ESTÃO OS MUÇULMANOS?




Países islâmicos
O Islamismo é a 2ª maior religião do mundo atualmente, sendo praticada em países:
•do ORIENTE MÉDIO:
Arábia Saudita (95% sunitas, 5% xiitas)
Berço do Islã, abriga as cidades sagradas Meca e Medina e adota uma interpretação conservadora da sharia. É o país natal de Osama bin Laden e de 15 dos 19 sequestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Por causa de sua boa relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a rede Al Qaeda. Porém, sabe-se que muitas figuras importantes ajudam a financiar os terroristas muçulmanos.

Irã (89% xiitas, 10% sunitas)
O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder é maior que o do presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a flexibilização do regime islâmico.

Iraque (60% xiitas, 32% sunitas)
No regime do ditador sunita Saddam Hussein, o estado era secular e as manifestações religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra do Iraque teve um efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à religião estão mais fortes que na época de Saddam.

Egito (94% sunitas)
O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.

Líbano (41% xiitas e 27% sunitas)
Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (o primeiro-ministro é sempre sunita e o presidente do parlamento é xiita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os israelenses e uma organização política legalizada.

Territórios palestinos (90% de muçulmanos)
A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica...) e a influência do islamismo na política tornou-se dominante.

Jordânia (92% de sunitas)
A família real está no poder desde a independência em 1946, e sua aceitação se baseia na crença de que os príncipes são descendentes diretos de Maomé. A sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa, sendo que os costumes de séculos atrás são mantidos graças à religião.

Afeganistão (84% sunitas, 15% xiitas)
País onde surgiu a mais radical forma de interpretação do islamismo através do Taleban, que governo o país do fim da década de 90 até depois do 11/09/2001. Serviu de campo de treinamento para terroristas islâmicos do mundo todo, até que a ação militar americana atacou essas instalações e colocou no poder um líder muçulmano moderado.

Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Síria.
•no resto da ÁSIA:
Indonésia (88% de muçulmanos)
É a maior nação islâmica, mas ainda assim o país tem uma constituição secular. Há dezenas de facções radicais que defendem a adoção da lei islâmica e a formação de um estado com governo religioso, mas os muçulmanos moderados são contra.
Paquistão (77% sunitas, 20% xiitas)
Esse estado muçulmano surgiu após a partilha do subcontinente indiano em 1947. Até hoje, trava uma tensa disputa com a Índia pela posse da Caxemira. Como pensam que a área pertence aos muçulmanos, os extremistas islâmicos atacam os soldados indianos que controlam o território.

Malásia (53% muçulmanos)
O governo diz ser tolerante com todas as religiões, mas a religião islâmica é a oficial. Não-muçulmanos dizem ser vítimas de discriminação das autoridades e os radicais muçulmanos dizem é preciso oficializar a adoção da lei islâmica tradicional em toda a Malásia.
Países de maioria muçulmana: Bangladesh
•na ÁFRICA:
Nigéria (50% de muçulmanos)
Tensões com os cristãos provocaram milhares de mortes no país. Com a adoção da lei islâmica em 12 estados do norte, houve um êxodo entre os cristãos, e o governo tem dificuldade para controlar os grupos radicais de ambos os lados.

Sudão (70%)
Governado por um partido islâmico desde o golpe militar de 1989, com apoio dos extremistas, o país foi devastado por uma guerra de duas décadas entre rebeldes muçulmanos do norte e cristãos do sul.

Somália (100%)
A religião da população é a mesma, mas conflitos entre tribos inimigas alimentaram uma guerra que se arrasta desde os anos 90. Há grupos radicais em atividade, e um deles, o Al Shabaab, é ligado à Al Qaeda. Esse grupo radical faz uma "limpeza moral" nas regiões do país controladas por ele, praticando atos como: chicoteiar mulheres que estiverem usando sutiã, açoitar publicamente homens que estiverem sem barba, além de terem proibido filmes, danças em cerimônias de casamento e jogar ou assistir futebol. Essa interpretação radical da sharia não agrada a muitos somalis, que são muçulmanos moderados por tradição, mas alguns creditam ao grupo a restauração da ordem em algumas regiões do país, onde a guerra civil continua.
Outros países de maioria muçulmana: Argélia (99%), Senegal, Gâmbia, Guiné, Serra Leoa, Costa do Marfim, Mauritânia, Mali, Níger, Chade, Líbia, Tunísia, Eritréia, Djibouti, I. Comoros.
•na EUROPA:
Turquia (99,8% de muçulmanos)
É um estado secular e garante liberdade religiosa à população, mas na prática, costumes e crenças do islamismo têm grande influência sobre o comando do país.

Outros países de maioria muçulmana: Kosovo(92%),Albânia(70%),Uzbequistão(88%),Chechênia, Azerbaijão, Turcomenistão, Quirgistão, Tadjiquistão, Cazaquistão.






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