Ninguém
sabe com certeza a origem da cruz. Entretanto, parece que sua forma mais
antiga, a cruz em movimento - (swástica alada), foi encontrada na Índia. Seu
significado é «boa sorte. »
A
cruz é considerada um símbolo universal. Os egípcios a chamavam ankh e era
considerada uma «chave mágica que abria a "fronteira da imortalidade. »
Pode-se encontrar cruzes em
culturas tão distintas como a fenícia, a persa, a etrusca, a grega, a
escandinava, a celta, a africana, a australiana, a chinesa, a tibetana, a
asteca, a maia, a inca, entre outras. Mesmo que a cruz tenha um traçado muito
simples está, na realidade, carregado de densa complexidade. Buscar todos os
sentidos que possui é como ingressar numa caverna obscura, cheia de caminhos
tortuosos e emaranhados, que se entrecruzam. Seu significado flutua em três
níveis: místico, filosófico e sociológico.
Pitágoras dizia que Deus falava
através de números e, a essa linguagem, o filósofo grego chamou de matemática
sagrada, ou ciência dos princípios. Ao símbolo da cruz, relacionou o número 4
que representa a ordem do mundo, as quatro bases que formam o equilíbrio da
criação. Imaginem, o que aconteceria se faltasse um dos pés de uma mesa? Mesmo
assim, o número 4 tem sua origem no 2 e, por isso, a cruz também se identificou
com os pares opostos de conceitos: humano-divino, espaço-tempo,
liberdade-disciplina, eros-thanatos etc., duas forças em permanente conflito e
complementaridade.
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