sexta-feira, 26 de maio de 2017

ESCHER UM OLHAR DIFERENTE PARA UM MUNDO DESIGUAL



Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de junho de 1898  Hilversum, 27 de março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras.




Maurits Cornelis nasceu em Leeuwarden, Friesland, em 17 de junho de 1898, em uma casa que hoje faz parte do Museu de Cerâmica de Princessehof. Ele era o filho mais novo do engenheiro civil, George Arnold Escher e sua segunda esposa, Sara Gleichman. Em 1903, a família mudou-se para Arnhem, onde frequentou a escola primária e a escola secundária até 1918. Conhecido por seus amigos e família como "Mauk", ele era uma criança doente, e foi colocado em uma escola especial, com sete anos de idade, e falhou no segundo grau.
Embora ele tenha se destacado no desenho, suas notas eram geralmente baixas. Ele também fez carpintaria e aulas de piano até que ele tinha treze anos de idade. Em 1919, Escher frequentou a Faculdade de Arquitetura e Artes Decorativas de Haarlem em Haarlem, Ele estudou brevemente arquitetura mas ele falhou (em parte devido a uma infecção persistente da pele) e mudou para artes decorativas.
Ele estudou com Samuel Jessurun de Mesquita, com quem permaneceu amigos durante vários anos. Em 1922, Escher deixou a escola depois de ter experiência adquirida em desenho e ao fazer xilogravuras.

O ano de 1922 foi um ano importante de sua vida: Escher viajou através da Itália (Florença, San Gimignano, Volterra, Siena, Ravello) e Espanha (Madrid, Toledo, Granada). Ele ficou impressionado com o campo italiano e pela Alhambra, um castelo mouro do século XIV, em Granada. Os intrincados desenhos decorativos no Alhambra, que foram baseados em simetrias geométricas, caracterizam-se entrelaçados com padrões repetitivos esculpidos nos tetos e paredes de pedra, foram uma poderosa influência sobre obras de Escher.


Na Itália, Escher conheceu Jetta Umiker, com quem se casou em 1924. O casal estabeleceu-se em Roma, onde seu primeiro filho, Giorgio (George) Arnaldo Escher, em homenagem a seu avô, nasceu. Escher e Jetta mais tarde teve mais dois filhos: Arthur e Jan.
Em 1935, o clima político na Itália (sob Mussolini) tornou-se inaceitável para Escher. Ele não tinha nenhum interesse na política, achando impossível envolver-se com quaisquer outros ideais do que as expressões de seus próprios conceitos através de seu próprio meio em particular. Quando seu filho mais velho, George, foi forçado a nove anos de idade a usar uniforme da Opera Nazionale Ballila na escola, a família deixou a Itália e se mudou para Chateau-d'Oex na Suíça, onde permaneceram por dois anos.


Escher, que tinha sido muito afeiçoado e inspirado pelas paisagens da Itália, era decididamente infeliz na Suíça. Em 1937, a família mudou-se novamente, para Uccle, um subúrbio de Bruxelas, na Bélgica. A Segunda Guerra Mundial os obrigou a se mudar em janeiro de 1941, desta vez para Baarn, Países Baixos, onde Escher viveu até 1970. O tempo às vezes nublado, frio e úmido dos Países Baixos lhe permitiu concentrar intensamente em seu trabalho. Por um tempo após ter sido operado, o ano de 1962 foi o único período em que Escher não trabalhou em novas peças.
Maurits Cornelis Escher morreu no Hospital Hilversum antes de ter completado os 74 anos.
Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de ótica. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações.
A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente foi considerado um grande matemático geométrico. Escher utilizou quatro tipos de transformações geométricas que são: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes.  A abertura da novela brasileira Top Model é inspirada na obra Relativitys, que mostra várias escadas, de diversos ângulos, em um mesmo lugar.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

LEANDRO KARNAL E VILLA:SOBRE A NEUTRALIDADE DO HISTORIADOR



Num debate na rádio jovem pan entre o historiador Marco Antonio Villa e o deputado Jair Bolsonaro. Villa é historiador e mestre em sociologia pela USP. Deixa bem claro seu posicionamento político de viés liberal. Fez papel nos meios jornalísticos de antipetista implacável durante os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores no plano federal e das administrações petistas na prefeitura de São Paulo. Sempre deixou claro seu alinhamento com o PSDB. Enquanto que Jair Messias Bolsonaro é deputado que se apresenta como símbolo da extrema direita na câmara.

Após o debate, em que o professor Villa se opôs ao deputado, os admiradores de Bolsonaro questionaram a coerência de Villa. Pois quando o inimigo da vez era a esquerda no governo federal, ele teria adotado uma postura de relativizar o período ditatorial. Que só poderia se falar de uma ditadura mais truculenta após a edição do AI-5 e que da mesma forma não se deveria considerar um regime autoritário após a lei da anistia. Desta forma, desqualificando a história de enfrentamento que as lideranças de esquerda protagonizaram contra os militares. Estas questões podem ser lidas na obra "Ditadura à brasileira", onde Villa faz uma abordagem sobre este recorte histórico. Contudo, agora que o inimigo da vez para a direita liberal passou a ser o candidato conservador da extrema direita, endureceu o discurso a respeito da ditadura militar para encurralar Bolsonaro, que defende os militares no poder.

 Outro historiador midiático da contemporaneidade é o professor Leandro Karnal, que é titular da cadeira de história da América na Unicamp. Ao contrário de Villa, o professor Karnal tem pautado suas falas por se esforçar para demonstrar uma neutralidade no espectro político. Por isso, se colocou reiteradas vezes como alguém de centro. Embora, num ato falho deixou publicar uma foto festiva ao lado do Juiz Sérgio Moro, que de certa forma é um dos ícones e símbolos adotados pelo conservadorismo no Brasil. Esse deslize acabou custando muita popularidade. Pois suas posições progressistas no que tange os temas comportamentais traziam a antipatia da direita conservadora. E, agora, com  foto ao lado do amigo juiz causou estragos entre os potenciais admiradores no campo da esquerda.

Na disciplina de prática de pesquisa científica aprendemos que o pesquisador deve guardar neutralidade no exame das fontes, formulação das questões e respectivas teorias interpretativas.  Porém, a sociologia comprova que não existe essa situação ideal de neutralidade absoluta. Todavia, o historiador deve buscar mecanismos para atingir uma neutralidade aproximada. Mas esta neutralidade que se fala na prática da pesquisa se relaciona tão somente ao processo de pesquisa propriamente dito. Não significa que o autor das dissertações ou teses tenha que se abster de defender um lado nos diversos contextos históricos estudados ou não ter postura política nas questões nacionais e internacionais do momento atual.

Afinal, de que adiantaria anos de estudos do comportamento histórico das sociedades se não gerar posicionamentos frente às grandes questões da atualidade. Acabaria sendo uma ciência estéril. O que não pode é manipular os dados das pesquisas históricas segundo a conjuntura apresentada pelo momento. O historiador pode e deve se posicionar, mas suas posições precisam guardar coerência com sua produção autoral. E mesmo o professor em sala de aula não deve fazer discurso panfletário, mas é bom que dê ciência aos alunos do seu lugar de fala.

E não adianta nos ocultarmos da política, pois mais cedo ou mais tarde ela irá cobrar um posicionamento.

EXTRAÍDO DA PÁGINA DO GRUPO PROHISTO em 25/05/2017
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DEFINIÇÃO, MÉTODO E FUNÇÃO DA FILOSOFIA COM BIBLIOGRAFIA



1.   Da definição de Filosofia

A Filosofia é um ramo do conhecimento que pode ser caracterizado de três modos:

     i.        pelos conteúdos ou temas tratados;
    ii.        pela função que exerce na cultura;
   iii.        pela forma como trata tais temas. 

Com relação aos conteúdos, contemporaneamente, a Filosofia trata de conceitos tais como bem, beleza, justiça, verdade. Mas, nem sempre a Filosofia tratou de temas selecionados, como os indicados acima. No começo, na Grécia, a Filosofia tratava de todos os temas, já que até o séc. XIX não havia uma separação entre ciência e filosofia. Assim, na Grécia, a Filosofia incorporava todo o saber. No entanto, a Filosofia inaugurou um modo novo de tratamento dos temas a que passa a se dedicar, determinando uma mudança na forma de conhecimento do mundo até então vigente. Isto pode ser verificado a partir de uma análise da assim considerada primeira proposição filosófica.
Se dermos crédito a Nietzsche, a primeira proposição filosófica foi aquela enunciada por Tales, a saber, que a água é o princípio de todas as coisas [Aristóteles. Metafísica, I, 3].
Cabe perguntar o que haveria de filosófico na proposição de Tales. Muitos ensaiaram uma resposta a esta questão. Hegel, por exemplo, afirma: "com ela a Filosofia começa, porque através dela chega à consciência de que o um é a essência, o verdadeiro, o único que é em si e para si. Começa aqui um distanciar-se daquilo que é a nossa percepção sensível". Segundo Hegel, o filosófico aqui é o encontro do universal, a água, ou seja, um único como verdadeiro. Nietzsche, por sua vez, afirma:

"a filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matiz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisália [sic], está contido o pensamento: ‘Tudo é um’. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e o mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego".

O importante é a estrutura racional de tratamento das questões. Nietzsche analisa esse texto, não sem crítica, e remarca a violência tirânica como essa frase trata toda a empiria, mostrando que com essa frase se pode aprender como procedeu toda a filosofia, indo, sempre, para além da experiência.
A Filosofia representa, nessa perspectiva, a passagem do mito para o logos. No pensamento mítico, a natureza é possuída por forças anímicas. O homem, para dominar a natureza, apela a rituais apaziguadores. O homem, portanto, é uma vítima do processo, buscando dominar a natureza por um modo que não depende dele, já que esta é concebida como portadora de vontade. Por isso, essa passagem do mito à razão representa um passo emancipador, na medida em que libera o homem desse mundo mágico.

"De um sistema de explicações de tipo genético que faz homens e coisas nascerem biologicamente de deuses e forças divinas, como ocorre no mito, passa-se a buscar explicações nas próprias coisas, entre as quais passa a existir um laço de causalidade e constâncias de tipo geométrico [...] Na visão que os mitos fornecem da realidade [...] fenômenos naturais, astros, água, sol, terra, etc., são deuses cujos desígnios escapam aos homens; são, portanto, potências arbitrárias e até certo ponto inelutáveis".

A ideia de uma arqué, que tem sentido amplo em grego, indo desde princípio, origem, até destino, porta uma estrutura de pensamento que a diferencia do modo de pensar anterior, mítico. Com Nietzsche, pode-se concluir que o logos da metafísica ocidental visa desde o princípio à dominação do mundo e de si. Se atentarmos para a estrutura de pensamento presente no nascimento da Filosofia, podemos dizer que seu logos engendrou, muitos anos depois, o conhecimento científico. Assim, a estrutura presente na ideia de átomo é mesma que temos, na ciência atual, com ideia de partículas. Ou seja, a consideração de que há um elemento mínimo na origem de tudo. A tabela periódica também pode ser considerada uma sofisticação da ideia filosófica da combinatória dos quatro elementos: ar, terra, fogo, água, da qual tanto tratou a filosofia eleática.
Portanto, em seu início, a Filosofia pode ser considerada como uma espécie de saber geral, omniabrangente. Um tal saber, hoje, haja vista os desenvolvimentos da ciência, é impossível de ser atingido pelo filósofo. Temos, portanto, até aqui:

     i.        a Filosofia como conhecimento geral;
    ii.        a Filosofia como conhecimento específico;

2.   Do método da Filosofia
A ciência moderna, caracterizada pelo método experimental, foi tornando-se independente da Filosofia, dividindo-se em vários ramos de conhecimento, tendo em comum o método experimental. Esse fenômeno, típico da modernidade, restringiu os temas tratados pela Filosofia. Restaram aqueles cujo tratamento não poderia ser dado pela empiria, ao menos não com a pretensão de esclarecimento que a Filosofia pretenderia.
A característica destes temas, determina um modo adequado de tratá-los, já que eles não têm uma significação empírica. Em razão disso, o tratamento empírico de tais questões não atinge o conhecimento próprio da Filosofia, ficando, em assim procedendo, adstrita ao domínio das ciências.
Ora, o tratamento dos assuntos filosóficos não se pode dar de maneira empírica, porque, desta forma, confundir-se-ia com o tratamento científico da questão. Por isso, no dizer de Kant "o conhecimento filosófico é o conhecimento racional a partir de conceitos". Ou seja, "as definições filosóficas são unicamente exposições de conceitos dados [...] obtidas analiticamente através de um trabalho de desmembramento". Portanto, a Filosofia é um conhecimento racional mediante conceitos, ela constitui-se num esclarecimento de conceitos, cuja significação não pode ser ofertada de forma empírica, tais como o conceito de justiça, beleza, bem, verdade, etc.
Apesar de não termos uma clara noção destes conceitos, nem mesmo uma significação unívoca, eles são operantes na nossa linguagem e determinam aspectos importantes da vida humana, como as leis, os juízos de beleza, etc.

3.   Da função da Filosofia

Em razão da impossibilidade de abarcar, hodiernamente, todo o âmbito do conhecimento humano, parece mais plausível pensar numa restrição temática à Filosofia, deixando-a tratar de certos temas, como os mencionados acima. Nesse sentido, a filosofia teria um âmbito de problemas específicos sobre os quais trataria. No entanto, o tratamento desse âmbito específico continua a manter ao menos uma função geral, a qual pode ser considerada de forma extremada ou de forma mais modesta. Assim, a lógica, a ética, a teoria do conhecimento, a estética, a epistemologia são disciplinas filosóficas, tendo uma função geral para o conhecimento em geral, seja para as ciências, a partir da lógica, teoria do conhecimento, epistemologia, seja para os sistemas morais, a partir da ética filosófica, seja para as artes, a partir dos conhecimentos estéticos.
 Por exemplo, no que concerne à lógica, ao menos como a concebeu Aristóteles, ela pode apresentar uma refutação do ceticismo e, portanto, estabelecer a possibilidade da verdade, determinando a obediência necessária ao princípio de não contradição. De forma menos modesta, mas não sem o mesmo efeito, podemos dizer que as outras disciplinas pretendem o mesmo, determinando, portanto, a possibilidade de conhecimentos morais, estéticos, etc. No caso da moral, ela pode mostrar que questões controversas podem ser resolvidas racionalmente, bem como apontar para critérios de resolução racional de problemas.
Essa tarefa pode ser considerada de uma forma mais ou menos audaciosa. Habermas apresenta, nesse particular, três concepções.
 A de Kant, a de Rorty e a sua própria. Kant, dentro do fundamentalismo da teoria do conhecimento, "ao pretender aclarar de uma vez por todas os fundamentos da ciência e de uma vez por todas definir os limites do experienciável, a Filosofia indica às ciências o seu lugar". É a função de indicador de lugar. Conjugado com isso, Kant pôde afirmar: "pode-se encarar a Crítica da Razão Pura como o verdadeiro tribunal para todos os conflitos da razão. Com efeito, não está envolvida nestas disputas enquanto voltadas imediatamente para objetos, mas foi posta para determinar e julgar os direitos da razão em geral segundo os princípios de sua primeira instituição". Aqui, a Filosofia é concebida como um tribunal, exercendo o papel de juiz, a partir de seu lugar privilegiado, de onde detém os fundamentos e dita leis.
Rorty, por sua vez, desconfia desse conhecimento privilegiado que a Filosofia possa ter. Por isso, "abandonar a noção do filósofo que conhece alguma coisa acerca de conhecer o que mais ninguém conhece tão bem seria abandonar a noção de que a sua voz tem sempre um direito primordial à atenção dos outros participantes na conversação. Isto implica no abandono de que o filósofo possa decidir quaestiones juris. A tese de Rorty é, portanto, relativista. De fato, já Wittgenstein afirmara: "a filosofia não deve, de modo algum, tocar no uso efetivo da linguagem; em último caso pode apenas descrevê-lo. Pois também não pode fundamentá-lo. A filosofia deixa tudo como está".
Já, Habermas propõe a função de guardiã de racionalidade no lugar da função de indicador de lugar. Ou seja, a Filosofia seria uma espécie de defesa da racionalidade contra o relativismo extremado. Por outro lado, função de juiz seria substituída pela de intérprete, na medida em que faria uma mediação entre os saberes especializados e o mundo vivido.


kant
Rorty
Habermas
Função
indicador de lugar
-
guardiã de racionalidade
Função
juiz
-
intérprete

Pode-se dizer que esse trabalho esclarecedor tem o papel de tornar explícitos saberes operantes na linguagem e na nossa forma de ver o mundo e, nesse sentido, tem um papel conscientizador e por que não, potencialmente crítico, já que torna as pessoas mais atentas a certas determinações conceituais.
Em suma, a filosofia tem como tarefa delimitar uma concepção mínima de racionalidade. Porém, o conceito de razão daqui resultante não é, como em Kant, "uma ilha fechada pela natureza mesma dentro de limites imensuráveis". Segundo Habermas, "a razão comunicativa não passa certamente de uma casca oscilante – porém, ela não se afoga no mar das contingências, mesmo que o estremecer em alto mar seja o único modo de ela ‘dominar’ as contingências". Nesta perspectiva, a filosofia conserva uma função crítica no sentido kantiano, isto é, uma autoridade indiretamente legisladora, pois aponta os desvios no cumprimento das condições de possibilidade da racionalidade. A recusa de uma posição teórico filosófica como sendo sem valor para a prática já foi diagnosticada por Kant como sendo a pseudosabedoria do olhar de toupeira, incapaz de olhar com os olhos de um ser feito para ficar de pé e contemplar o céu.

Temos, portanto:

     i.        o conhecimento específico da filosofia com uma função geral forte [Kant];
    ii.        o conhecimento específico da filosofia sem uma função geral [Rorty];
   iii.        o conhecimento específico da filosofia com uma função geral fraca [Habermas].


Bibliografia:

APEL, Karl-Otto. O desafio da crítica total da razão e o programa de uma teoria filosófica dos tipos de racionalidade. Novos Estudos CEBRAP. São Paulo: n. 23, mar. 1989. p. 67-84.
CHAUÍ, Marilena et al. Primeira Filosofia: lições introdutórias. Sugestões para o ensino básico de Filosofia. 5. ed., São Paulo: Brasiliense, 1986.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. (Trad. de Guido A. de Almeida: Moralbewusstsein und kommunikatives Handeln). Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
HABERMAS, J. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1990.
HABERMAS, J. Teoria de la acción comunicativa (I). Madrid, Taurus, 1987.
HEGEL, Georg W. F. Preleções sobre a história da filosofia. [Trad. E. Stein]. In SOUZA, José Cavalcante de [org.] Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
KANT, I. Crítica da razão pura. (Trad. de Valério Rohden: Kritik der reinen Vernunft). São Paulo: Abril Cultural, 1980.
KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. (Trad. A. Morão). Lisboa: E. 70, 1988.
NIETZSCHE, Friedrich. Os filósofos trágicos. [Trad. R. R. Torres Filho]. In SOUZA, José Cavalcante de [org.] Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
RORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. [J. Pires: Philosophy and the mirror of nature]. Lisboa: D. Quixote, 1988.
WATANABE, Lygia Araujo. Filosofia antiga. In CHAUÍ, Marilena et al. Primeira Filosofia: lições introdutórias. Sugestões para o ensino básico de Filosofia. 5. ed., São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 13-35.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. 2. ed., São Paulo, Abril Cultural, 1979.

Delamar José Volpato Dutra, UFSC


quarta-feira, 24 de maio de 2017

MÁRIO SERGIO CORTELLA RESPONDE PARA AQUELES QUE DIZEM: VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?



                Muitas já foram as definições que procuraram capturar uma essencialidade da natureza humana, a começar da mais clássica e conhecida: o Homem é um animal racional. Essa sentença, marcada por uma aparência de obviedade e repetida à exaustão (com um certo ar triunfal), foi expressa por Aristóteles (384-322 a.C.) no século IV a.C. e, muito embora a maioria das pessoas não conheça sua origem, faz parte do senso comum. Antes dele, seu mestre Platão (427-347 a.C.) houvera definido o Homem como um bípede implume e, no início do século XX, o grande poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) elaborou uma definição um pouco mórbida, mas tecnicamente bem precisa: o Homem é um cadáver adiado!
                O que há de comum entre essas três ideias? A tentativa de identificar o humano, dar-nos uma identidade, isto é, nos diferenciar do restante da realidade de modo que nela nos localizemos; ao mesmo tempo, é a procura de uma definição (do latim finis, limite, fronteira) daquilo que é nosso contorno, que nos circunscreve, nos contém, ou seja, marca nosso lugar.
                Esse é um dos mais antigos temas que a humanidade vem-se colocando no decorrer de séculos. Por mais abstratas que pareçam, perguntas como Por que estamos aqui neste mundo? Quem o que o fez? Por que nós? De onde viemos e para onde vamos? Por que existe alguma coisa e não nada? tem sido cruciais. De uma ou outra forma, individualmente ou nos grupos sociais, essas dúvidas são objeto de reflexões, temores, confrontos, desesperos etc.
                A indagação sobre nós mesmos, a razão de sermos e de nossa origem e destino, isto é, o sentido de nossa existência, é de fato, um tema presente em toda a História; mesmo em tempos atuais, quando a Ciência atingiu patamares impressionantes de inventividade e variedade, a resposta parece, contraditoriamente, afastar-se cada vez mais.
                Aliás, essa é uma das características do conhecimento: quanto mais se sabe, mais se ignora; ( é conhecida a máxima socrática: “Só sei que nada sei”; no entanto, Sócrates (469 – 399 a.C.) não a enunciou como uma expressão de ceticismo e sim como indicadora da impossibilidade humana de esgotar o processo de conhecimento), afinal, só é possível supor que o conhecimento vá sendo progressivamente revelado, até atingir um estágio final, se ele for concebido como uma descoberta e não como uma construção.
                Qual, então, o nível atual de Conhecimento que a Ciência, como forma mais precisa e eficaz de investigação da realidade, nos aponta quanto ao lugar do humano?
                Eis, em termos bastante gerais, uma síntese das conclusões provisórias e ainda submetidas a controvérsias:
·         Estamos em um dos universos possíveis, ele é finito e tem provavelmente o formato cilíndrico (em função da curvatura do espaço entre si mesmo);
·         Esse universo surgiu aproximadamente 15 bilhões de anos, a partir de uma grande explosão inicial apelidada de "big bang" e se extinguirá daqui a outros tantos bilhões de anos, em função do esvaecimento da matéria e energia nele existentes;
·         Dessa explosão original resultou uma expansão (que ainda continua), em escala inimaginável, e que se concentrou, basicamente, em grandes massas estelares que, por sua vez, se agruparam em 100 bilhões de galáxias;
·         Uma dessas galáxias é a nossa Via Láctea, que contém 100 bilhões de estrelas;
·         Nessa galáxia, há 4,6 bilhões de anos, originou-se o nosso sistema solar;
·         O sol, uma das 100 bilhões de estrelas da galáxia, é relativamente pequeno (de 5ª grandeza), e tem, girando à sua volta, 9 já conhecidos planetas (do grego planetès, vagabundo, errante);
·         Um desses planetas é a terra, o quinto em tamanho e distante 150 milhões de quilômetros do Sol;
·         Na terra há vida e, até pouco, supunha-se que só nela;
·         Estima-se que nosso planeta tenha entre 3 e 30 milhões de espécies de vida diferentes, embora apenas 1,4 milhão tenha sido classificada (750.000 insetos, 41.000 vertebrados, 250.000 plantas e o restante de outros invertebrados, fungos, alga e micro-organismos);
·         Uma dessas espécies é a nossa, em sua forma mais recente (35.000 anos para cá), chamada de Homo Sapiens Sapiens;
·         A espécie humana tem, no momento, 7 bilhões de indivíduos;
·         Um deles sou eu.


        De forma caricatural (mas não falsa), assim se poderia responder à questão Quem sou eu? Sou apenas um indivíduo entre outros 7 bilhões, pertencente a uma espécie entre outras 30 milhões diferentes, vivendo em um planetinha, que gira em torno de uma estrelinha entre outras 100 bilhões, que compõem uma mera galáxia em meio a outras 100 bilhões, presentes em um dos universos existentes...



QUE LEGAL! ATÉ A BÓSNIA-HERZEGOVINA ACESSA O BLOG DO MAFFEI!

     

Temos recebido muitas visitas de várias regiões do nosso planeta, mas da Bósnia-Herzegovina, ainda não! Fiquei feliz e impressionado, voltem sempre amigos e muita paz para vocês!

We have received many visits from various regions of our planet, but from Bosnia-Herzegovina, not yet! I was happy and impressed, always come back friends and much peace for you!

Primili smo puno posjeta iz raznih krajeva naše planete, ali u Bosni i Hercegovini, ali nije! Bio sam sretan i impresioniran, zadržati vraćaju prijateljima i puno mira za vas!

Примили смо бројне посете из различитих региона наше планете, али Босне и Херцеговине, није! Била сам срећна и импресиониран, враћати пријатеље и пуно мира на вас!

מיר האָבן באקומען פילע וויזיץ פון פאַרשידן געגנטן פון אונדזער פּלאַנעט, אָבער פון באָסניאַ און הערזעגאָווינאַ, ניט נאָך! איך איז געווען גליקלעך און ימפּרעסט, האַלטן אומגעקערט און אַ פּלאַץ פון שלום צו איר!

Nous avons reçu de nombreuses visites de différentes régions de notre planète, mais de la Bosnie-Herzégovine, pas encore! Je suis heureux et impressionné, reviennent régulièrement des amis et beaucoup de paix pour vous!

Hemos recibido muchas visitas de varias regiones de nuestro planeta, pero de Bosnia-Herzegovina, aún no! Me alegro e impresionado, vuelvan siempre amigos y mucha paz para ustedes.

MENESTREL DAS ALAGOAS


     Muitas vezes, ouvimos músicas ou, mesmo fala-se sobre certos personagens brasileiros, e não nos damos conta que não os conhecemos, apenas ouvimos falar. Ontem fui ao enterro do meu estimado amigo Padre Chico e o último adeus, foi dado pelo maestro Solano, no violão, cantando o MENESTREL DE ALAGOAS, de Milton Nascimento e Fernando Brant. 
     Fiquei curioso e fui pesquisar um pouquinho sobre Teotônio Vilela, no Wikipédia mesmo, aproveito e repasso esse conhecimento aos amigos do Blog do Maffei:

Quem é esse viajante
Quem é esse menestrel
Que espalha esperança
E transforma sal em mel?
Quem é esse saltimbanco
Falando em rebelião
Como quem fala de amores
Para a moça do portão?
Quem é esse que penetra
No fundo do pantanal
Como quem vai manhãzinha
Buscar fruta no quintal?
Quem é esse que conhece
Alagoas e Gerais
E fala a língua do povo
Como ninguém fala mais?
Quem é esse?
De quem essa ira santa
Essa saúde civil
Que tocando a ferida
Redescobre o Brasil?
Quem é esse peregrino
Que caminha sem parar?
Quem é esse meu poeta
Que ninguém pode calar?
Quem é esse?


TEOTÔNIO VILELA

Nasceu em Viçosa, AL em 28 de maio de 1917 e morreu em Maceió em 27 de novembro de 1983) foi um empresário e político, sendo deputado estadual, vice-governador de Alagoas e senador, reeleito.
Filho de Elias Brandão Vilela e Isabel Brandão Vilela, cedo fez o curso primário na sua cidade natal e o secundário no Ginásio de Maceió e no Colégio Nóbrega em Recife. Apesar de ter frequentado duas faculdades, a de Engenharia e de Direito, no Recife e no Rio de Janeiro, à época no então Distrito Federal. Não chegou a concluir nenhum curso superior, tornando-se autodidata.
No ano de 1937, abandona os estudos e volta para Alagoas, onde passou a trabalhar com seu pai, que era proprietário rural. Como o pai, virou agropecuarista e, em seguida usineiro, em sociedade o Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa Geraldo Gomes de Barros, em 12/04/1973 fundou uma usina de açúcar situada no município de Teotônio Vilela (antigo povoado de Feira Nova), localizado a cerca de 100 km da capital Maceió, chamada Usinas Reunidas Seresta.

Casou-se com Helena Quintela Brandão Vilela, com quem teve sete filhos, um dos quais, Teotônio Vilela Filho, eleito senador por três vezes consecutivas, de 1987 até 2006 e governador de Alagoas, de 2007 até 2015.
Filiou-se à UDN, em 1948, sendo um dos fundadores do partido em Alagoas, criado em 1952. Elege-se deputado estadual pela legenda nas eleições de 1954, exercendo mandato até 1958. Pertencente à "bancada do açúcar" neste mandato foi o relator da comissão que pedia o impeachment do populista Muniz Falcão, então governador, acusado pela oposição ferrenha de 22 deputados a Assembleia Legislativa de crime de responsabilidade e de ameça e violência contra deputados.
Em 1960, é eleito vice-governador, na chapa do general udenista Luiz de Souza Cavalcante, para o período de 1961-1966, quando ambos sucederam ao governador Muniz Falcão.
Em outubro de 1965, com a edição do AI-2 pelo governo militar, foi reaberto o processo de cassações e suspensões de direitos políticos, a extinção dos partidos políticos existentes, a manutenção das eleições indiretas para a Presidência da República e o estabelecimento das eleições indiretas para os governos estaduais, além de limitadas as imunidades parlamentar e individual dos cidadãos.
Em dezembro do mesmo ano, foram criados dois novos partidos – um de apoio ao governo, a ARENA e outro de oposição, o MDB. Veio a filiar-se na primeira agremiação, sendo eleito para o primeiro mandato de senador em 1966.
No Senado, atuou como membro titular das comissões de Economia, de Agricultura, de Redação, de Ajustes Internacionais, de Legislação sobre Energia Atômica e de Indústria e Comércio. Ao final do mandato foi quarto suplente da Mesa e vice-presidente da Comissão de Assuntos Regionais.
Nas eleições parlamentares de 1974, foi reeleito para o Senado, sendo um dos poucos arenistas a ter sucesso eleitoral pelo partido do governo, em todo o país, para a legislatura de 1975 a 1982. Luís Viana Filho, Henrique de La Rocque Almeida, Antônio Mendes Canale, Jarbas Gonçalves Passarinho e Petrônio Portella Nunes foram os outros arenistas.
Presidente Ernesto Geisel, governou na Ditadura 

Com a posse de Ernesto Geisel, em março de 1974, e o início de um projeto de "abertura" política "lenta, gradual e segura", proposta por Petrônio Portella, o senador alagoano após uma conversa reservada com o presidente, desfraldou a bandeira da redemocratização, colocando-se como porta-voz do processo de distensão e assumindo a posição de “oposicionista da ARENA”.
Fazia pronunciamentos no Senado pró-democratização e buscou contatos com personalidades e instituições para elaborar um projeto de institucionalização política para o Brasil. Em abril 1978, o apresentou no Senado o que ficou conhecido como o Projeto Brasil, que incluía diversas propostas liberalizantes.
No mês seguinte, aderiu à Frente Nacional pela Redemocratização, um movimento cujo programa, segundo Teotônio, era semelhante ao seu Projeto Brasil, além de oferecer uma possibilidade de mobilização. A Frente queria a candidatura do general Euler Bentes Monteiro à presidência e do senador emedebista Paulo Brossard para a vice-presidência da República, buscando agrupar, além do MDB, militares descontentes e políticos dissidentes da Arena.
Filiou-se ao MDB, no dia 25 de abril de 1979, e em meados de junho, durante o seu primeiro discurso como oposicionista, fez duras críticas ao governo provocando a retirada geral dos parlamentares da Arena do plenário do Senado.
Senador Teotônio Vilela visitando presos políticos durante a ditadura

Batalhador incansável pela anistia geral exerceu a presidência da comissão mista que estudava o projeto sobre o tema, encaminhado ao Congresso pelo Governo.
Ao receber, em setembro de 1979, o título de Cidadão Paulistano reconhecido pela Câmara Municipal de São Paulo, explicou a sua devoção pela liberdade:
"Cidadão de Viçosa de Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe o rumos dos sonhos e o calor do sangue libertário."
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em homenagem ao Grande menestrel, batiza seu Plenário com o nome de 'Teotônio Vilela'.
Em 1980, com o fim do bipartidarismo e o surgimento de diversos partidos de oposição no Brasil, Teotônio preferiu filiar-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB, considerado o continuador do extinto MDB, tornando-se um dos mais importantes nomes da legenda.
Encerrou sua carreira parlamentar, em novembro de 1982, em decorrência de um câncer. No seu discurso de despedida (30.11.1982) fez questão de deixar clara a sua disposição em continuar atuando politicamente:
"Estou saindo desta Casa esta semana, isto não é despedida, mesmo porque não é do meu hábito despedir de nada. A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas." (Diário do Congresso Nacional, Brasília, DF, 2.12.1982).
Senador Teotônio Vilela com Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Paulo Brossard e outros.

Morreu no dia 27 de novembro de 1983, de câncer generalizado.
Em 1983, a deputada pernambucana Cristina Tavares fundou o Centro de Estudos Políticos e Sociais Teotônio Vilela, um palco importante onde seriam discutidos vários problemas da população brasileira.
Em 1986, Teotônio Vilela recebeu o título de Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional (In Memoriam).
Milton Nascimento e Fernando Brant

Em setembro de 1983, os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram em homenagem a Teotônio, O menestrel das Alagoas, cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim como Coração de estudante, em hinos da campanha das Diretas-Já, movimento que tomou conta do Brasil, nos primeiros meses de 1984, exigindo que o Congresso aprovasse a emenda constitucional que instituía a eleição direta para o sucessor do presidente João Figueiredo.

João Figueiredo, último presidente da ditadura militar

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