CARACTERÍSTICAS DOUTRINAIS
A Igreja Católica acredita ser a única igreja fundada por
Cristo, e portanto, a única autêntica frente as demais igrejas e denominações
cristãs que surgiram historicamente depois dela. Assim, a Igreja Católica
considera que tem por missão elaborar, comunicar e propagar os ensinamentos de
Cristo, assim como a de cuidar da unidade dos fiéis, com o objetivo de ajudar a
humanidade a percorrer o caminho espiritual que leva a Deus. Tem também o dever
de administrar os sacramentos aos seus fiéis, por meio do ministério de seus
sacerdotes. A igreja acredita que Deus outorga a graça ao crente por meio dos
sacramentos, daí a sua importância na vida eclesial. Ademais, a Igreja Católica
manifesta-se como uma estrutura hierárquica e colegiada, com Cristo como a sua
cabeça espiritual e auxiliado pelo colégio dos apóstolos, cuja autoridade
passou a ser exercida, após a sua morte, pelos seus sucessores: o Papa e os
bispos.
REVELAÇÃO DIVINA, TRADIÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA
Apesar da Doutrina Católica ter sido plenamente revelado por
Jesus Cristo, a definição e compreensão desta mesma doutrina é progressiva,
necessitando por isso do constante estudo e reflexão da Teologia, mas sempre
fiel à Revelação e orientada pelo Magistério da Igreja Católica. A esta
definição progressiva da doutrina dá-se o nome de desenvolvimento da doutrina.
Esta Revelação imutável e definitiva é transmitida pela Igreja sob a forma de
tradição escrita (Bíblia) e oral. A Doutrina Católica está resumida no Credo
dos Apóstolos, no Credo Niceno-Constantinopolitano e em variadíssimos
documentos da igreja, como por exemplo no Catecismo da Igreja Católica (CIC) e
no seu Compêndio (CCIC).
DOGMAS E SANTÍSSIMA TRINDADE
Com os seus estudos teológicos, a igreja gradualmente
proclama os seus dogmas, que são a base imutável das sua doutrina, sendo o
último dogma (o da Assunção da Virgem Maria) proclamado solenemente apenas em
1950 pelo Papa Pio XII. Os dogmas são definidos e proclamados solenemente pelo
Supremo Magistério Papa ou Concílio Ecumênico com o Papa) como sendo verdades
definitivas, porque eles estão contidos na Revelação Divina ou têm com ela uma
conexão necessária. Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode ser
alterado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar. Por isso, o
católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira
irrevogável.
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes é o da
Santíssima Trindade, que, não violando o monoteísmo, professa que Deus é
simultaneamente uno (porque, em essência, só existe um Deus) e Trino (se
apresenta em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que se
estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Esta três pessoas eternas, apesar
de possuírem a mesma natureza, “são realmente distintas”.
Logo, muitas vezes, certas atividades e atributos divinos
são mais reconhecidas (mas não exclusivamente realizadas) em uma pessoa do que
em outra. Como por exemplo, a criação divina do mundo está associado a Deus
Pai; a salvação do mundo a Jesus, o Filho de Deus, ou seja, o Deus Filho; e a proteção,
guia, purificação e santificação da igreja ao Espírito Santo.
JESUS, A SALVAÇÃO E O REINO
DE DEUS
Jesus Cristo é a figura central do cristianismo, porque,
por vontade de Deus Pai, ele encarnou-se (veio a Terra) para anunciar a
salvação à humanidade inteira, “ou seja, para nos reconciliar a nós pecadores
com Deus; para nos fazer conhecer o seu amor infinito; para ser o nosso modelo
de santidade; para nos tornar ‘participantes da natureza divina’ (2 Ped 1, 4)”,
e para “anunciar as boas novas do Reino de Deus”. Santo Atanásio, um famoso
Padre e Doutor da Igreja, afirmou que Jesus, “o Filho de Deus, se fez homem,
para nos fazer Deus”, ou seja, para nos tornarmos santos como Deus.
O dogma cristológico ensina que Jesus é a encarnação do
Verbo Divino, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Messias, Salvador e Bom
Pastor da Humanidade. Ele é também “o Filho Unigênito de Deus” (1Jo 2, 23), a
segunda pessoa da Santíssima Trindade, o único e verdadeiro Sumo Sacerdote e
Mediador entre os homens e Deus Pai, chegando mesmo a afirmar que “Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14, 6).
Nas suas pregações, Jesus, ao anunciar o Evangelho, ensinou
as bem-aventuranças e insistiu sempre “que o Reino de Deus está próximo”
(Mateus 10, 7). Exortou também que quem quisesse fazer parte desse Reino teria
de nascer de novo, de se arrepender dos seus pecados, de se converter e
purificar. Jesus ensinava também que o poder, a graça e a misericórdia de Deus
era maior que o pecado e todas as forças do mal. Jesus mantinha-se insistindo
por isso que o arrependimento sincero dos pecados e a fé em Deus podem salvar
os homens. Este misterioso Reino, que só se irá realizar-se na sua plenitude no
fim do mundo, está já presente na Terra através da igreja, que é a sua semente.
No Reino de Deus, o mal será inexistente e os homens salvos e justos, após a
ressurreição dos mortos e o fim do mundo, passarão a viver eternamente em Deus,
com Deus e junto de Deus.
A Doutrina Católica professa também que a salvação do homem
deve-se, para além da graça divina, ao voluntário sacrifício e Paixão de Jesus
na cruz. Este supremo sacrifício deve-se à vontade e ao infinito amor de Deus,
que quis salvar toda a humanidade. Além disso, é também fundamental para a
salvação a adesão livre do crente à fé em Jesus Cristo e aos seus ensinamentos,
porque a liberdade humana, como um dom divino, é respeitada por Deus, o nosso
Criador.
Esta fé cristã “opera pela caridade” ou amor (Gálatas 5,6),
por isso ela obriga o crente a converter-se e a levar uma vida de santificação.
Este modo de viver obriga o católico a participar e receber os sacramentos e a
“conhecer e fazer a vontade de Deus”. Este último ponto é cumprido através, por
exemplo, da prática dos ensinamentos revelados (que se resumem nos mandamentos
de amor ensinados por Jesus), das boas obras e também das regras de vida
propostas pela Igreja Católica. Estes mandamentos de amor consistem em “amar a
Deus acima de todas as coisas (...) amar ao próximo como a si mesmo” (Mateus,
22,37-39), o Grande mandamento, e “amar uns aos outros como Eu vos amei” (João
15,12), o mandamento do Amor ou Novo Mandamento. Estes ensinamentos radicais
constituem por isso o resumo de “toda a Lei e Profetas do Antigo Testamente”
(Mateus 22, 40). No fundo, a vida de santificação proposta pela Igreja Católica
tem por finalidade e esperança últimas à salvação e a implementação do Reino de
Deus.
A igreja ensina também que todos os não católicos que, sem
culpa própria, ignorem a Palavra de Deus e a Igreja Católica, mas que
“procurarem sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por
cumprir a sua vontade”, podem conseguir a salvação.
ECLESIOLOGIA
·
UNA – porque nela subsiste a única
instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Jesus Cristo para reunir o
povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis
na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única
sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade;
·
SANTA – por causa da sua ligação única com
Deus, o seu Autor. Por que “o Espírito Santo vivificou-a com caridade” e porque
ela é a “Esposa de Cristo”, também porque ela, através dos sacramentos, tem por
objetivo santificar, purificar e transformar os fiéis, reunindo-os todos para o
seu caminho de santificação, cujo objetivo final é a salvação, que consiste na
vida eterna, na realização final do Reino de Deus e na obtenção da santidade.
·
CATÓLICA – porque a igreja é universal e está
espalhada por toda a Terra, é portadora da integralidade e totalidade do
depósito da fé “leva e administra a plenitude dos meios necessários para a
salvação” (incluindo os sete sacramentos) dados por Jesus à sua igreja, “é
enviada em missão a todos os povos, em
todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que eles pertençam”; e nela
está presente Cristo;
·
APOSTÓLICA – porque ela é fundamentada na
doutrina dos apóstolos cuja missão recebeu se ruptura. Segundo a Doutrina
Católica todos os Bispos da igreja são sucessores dos apóstolos e o Papa, Chefe
da Igreja, sendo este o sucessor de São Pedro (Príncipe dos Apóstolos), que é a
pedra na qual Cristo edificou sua igreja.
Além disso, a igreja, entre os seus inúmeros nomes também é
conhecida por:
·
CORPO DE CRISTO - porque os católicos acreditam que a igreja
não é apenas uma simples instituição, mas um corpo místico constituído por
Jesus, que é a cabeça, e pelos fiéis que são membros deste corpo único, inquebrantável
e divino. Esta denominação é assente também na fé de que os fiéis são unidos
intimamente a Cristo, por meio do Espírito Santo, sobretudo no sacramento da
Eucaristia. A Igreja Católica acredita que os cristãos não católicos também
pertencem, apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que
tornaram-se uma parte inseparável d’Ele através do Batismo, constituindo assim
numas das bases do ecumenismo atual. Ela defende também que muitos elementos de
santificação e de verdade estão também presentes nas igrejas e comunidades
cristãs que não estão em plena comunhão com o Papa;
·
ESPOSA DE CRISTO – porque o próprio Cristo
“Se definiu como o Esposo” (Mc 2, 19) que amou a igreja, unindo-a a Si por uma
aliança eterna. Ele entregou-se a Si mesmo por ela, para a purificar com o seu
sangue “para a tornar santa” (Ef 5, 26) e fazer dela mãe fecunda de todos os
filhos de Deus;
·
TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO – porque o Espírito
Santo reside na Igreja no Corpo Místico de Cristo, e estabelece entre os fiéis
e Jesus Cristo uma comunhão íntima tornando-os unidos num só corpo. Para além
disso, ele guia, toma conta e “edifica a igreja na caridade com a Palavra de
Deus, os sacramentos, as virtudes e os carismas”.
A doutrina da Igreja Ortodoxa é bastante parecida com a da
Igreja Católica. A únicas diferenças significativas dizem respeito ao filioque
(do Filho, que é uma frase encontrada na versão do Credo
Niceno-Constantinopolitano em uso na Igreja Católica Romana, ela não está
presente no texto grego desse credo onde se lê apenas que o Espírito Santo
procede do Pai), ao entendimento um pouco divergente da salvação e do
arrependimento e principalmente à compreensão do papel e função do Papa na
Igreja, que para os ortodoxos não tem jurisdição sobre as outras igrejas nem é
revestido de infalibilidade quando fala ex cathedra.
Em relação às igrejas protestantes, as diferenças mais significativas dizem respeito à doutrina da Eucaristia, dos outros sacramentos (a maioria dos protestantes professam o Batismo e a Eucaristia) à existência do purgatório, à composição do Cânone das Escrituras e ao culto de veneração à Virgem Maria e aos santos. Há também diferenças importantes na doutrina do pecado original e da graça, na necessidade e natureza da penitência e no modo de obter a redenção, com os protestantes a defender que a salvação só se atinge unicamente através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica que a fé deve ser expressa também através das boas obras. Esta divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação, mas o diálogo ecumênico moderno levou a alguns consensos entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, bem como com os anglicanos e outros.
Em relação às igrejas protestantes, as diferenças mais significativas dizem respeito à doutrina da Eucaristia, dos outros sacramentos (a maioria dos protestantes professam o Batismo e a Eucaristia) à existência do purgatório, à composição do Cânone das Escrituras e ao culto de veneração à Virgem Maria e aos santos. Há também diferenças importantes na doutrina do pecado original e da graça, na necessidade e natureza da penitência e no modo de obter a redenção, com os protestantes a defender que a salvação só se atinge unicamente através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica que a fé deve ser expressa também através das boas obras. Esta divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação, mas o diálogo ecumênico moderno levou a alguns consensos entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, bem como com os anglicanos e outros.
Existem várias representações dos Dez Mandamentos, que é a
base e o mínimo fundamental da Lei Moral (ou Lei de Deus), devido à diversidade
de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada atualmente na
catequese de língua portuguesa da Igreja Católica:
1) Amar
a Deus sobre todas as coisas;
2) Não
invocar o Santo Nome de Deus em vão;
3) Guardar
domingos e festas de guarda;
4) Honrar
pai e mãe;
5) Não
matar;
6) Guardar
castidade nas palavras e obras;
7) Não
roubar;
8) Não
levantar falso testemunhos;
9) Guardar
castidade nos pensamentos e nos desejos;
Segundo a Doutrina Católica sobre os Dez Mandamentos eles
são de observância e cumprimentos obrigatórios porque “enuncia deveres
fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo” e dão a conhecer
também a vontade divina sobre a conduta moral dos homens.
SACRAMENTOS
Dentro da fé católica, os sacramentos, que a igreja acredita
serem instituídas por Jesus, são gestos e palavras de Cristo que concedem e
comunicam a graça santificadora sobre quem os recebe. Sobre os sacramentos, São
Leão Magno diz: “o que era visível no nosso Salvador passou para os seus
sacramentos”.
Ao celebrá-los, a Igreja Católica alimenta, exprime e
fortifica a sua fé, sendo por isso os sacramentos uma parte integrante e inalienável
da vida de cada católico e fundamentais para a sua salvação. Isto porque eles
conferem ao crente a graça divina, os dons do Espírito Santo, “o perdão dos
pecados” (...) a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja” que o torna
capaz “de viver a vida nova de filhos de Deus e Cristo acolhido com a fé” Daí a
grande importância dos sacramentos na liturgia católica. Ao todo, a Igreja
Católica tem sete sacramentos:
1) BATISMO
é dado às crianças e a convertidos adultos que não tenham sido antes batizados
validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido
pela Igreja Católica, contanto que seja feito pela fórmula: “em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo”. A rigor, todo cristão pode, nessa fórmula, batizar
validamente alguém, nomeadamente em situações urgentes. Entretanto, o batismo
será ilícito, devendo o batizado ser levado na presença de um sacerdote, para
que complete os rituais do sacramento, como a unção com o Crisma e com o óleo
dos catecúmenos).
2) CONFISSÃO,
PENITÊNCIA ou RECONCILIAÇÃO envolve a admissão de pecados perante um padre e o
recebimentos de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a
absolvição ou perdão de Deus).
3) EUCARISTIA
(comunhão) é o sacramento mais importante da Igreja Católica porque ela
relembra e renova o mistério pascal de Cristo, atualizando e renovando assim a
salvação da humanidade. Por isso, recebe também o nome de Santíssimo
Sacramento. Este sacramento está associado também à transubstanciação, que é a
crença de que, após a consagração, o pão e o vinho oferecidos e consagrados se
tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, sob as aparências de pão e
vinho.
4) CRISMA
– ou Confirmação, o Espírito Santo, que é recebido no batismo é “fortalecido e
aprofundado” através da imposição de mãos e da unção com o sano óleo do Crisma.
Na maior parte das igrejas de Rito Latino, este sacramento é presidido por um
bispo e tem lugar no início da idade adulta (na maioria das vezes quando se
completam os 15 anos). Existe uma íntima relação entre os sacramentos do
Batismo e da Confirmação, mesmo que haja distância de anos entre estas
celebrações. O gesto de estender as mão sobre o confirmado e a unção com o óleo
do crisma são os sinais do dom do Espírito Santo. Ele comunica uma força
especial para viver e testemunhar a fé cristã. Este sacramento também chama-se
Catecumenato, por que a unção é realizada com o óleo dos catecúmenos e por essa
unção, o cristão participa das unções do Espírito Santo sobre Jesus em seu
batismo e sobre os apóstolos e Maria em Pentecostes.
Considerando-se a prática comum dos batismos de bebes, a Confirmação passa a marcar a maturidade da fé e a personificação do compromisso batismal. Por esta razão, é necessário que seja precedida de cuidadosa catequese. Somente assim, o sacramento da Crisma será uma experiência especial e marcante na vida dos jovens, suscitando a continuidade da sua participação consciente e ativa nas celebrações e na vida da igreja. Nas Igrejas Católicas Orientais o sacramento do Crisma é geralmente executado por um padre imediatamente depois do batismo.
Considerando-se a prática comum dos batismos de bebes, a Confirmação passa a marcar a maturidade da fé e a personificação do compromisso batismal. Por esta razão, é necessário que seja precedida de cuidadosa catequese. Somente assim, o sacramento da Crisma será uma experiência especial e marcante na vida dos jovens, suscitando a continuidade da sua participação consciente e ativa nas celebrações e na vida da igreja. Nas Igrejas Católicas Orientais o sacramento do Crisma é geralmente executado por um padre imediatamente depois do batismo.
5) SAGRADO
MATRIMÔNIO – é o sacramento que valida, diante de Deus, a união de um homem e
uma mulher, constituindo assim uma família. Segundo a Tradição Católica, com
base no Evangelho de São Marcos, o casamento é indissolúvel. Só é permitido um
segundo casamento no caso da morte de um dos cônjuges ou em situações de
nulidade do casamento.
6) A
ORDENAÇÃO – a Ordem recebe-se ao entrar para o clero, através da consagração
das mãos com o santo óleo do Crista e, no Rito Latino (ou ocidental) envolvem
um voto de castidade, enquanto que nos Ritos Orientais, os homens casados são
admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos. Em
raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de
outros grupos cristãos fosse ordenados diáconos permanentes, mas não podem
voltar a casar se a esposa morrer ou for declarada a nulidade do casamento. O
sacramentos das Ordens Sagradas é dado em três graus: o do diácono (desde o
Concílio Vaticano II, um diácono permanente pode ser casado antes de se tornar
diácono), o de sacerdote e o de bispo.
7) A
UNÇÃO DOS ENFERMOS – era conhecida como “extrema-unção” ou “último sacramento”.
Envolve a unção de um doente com um óleo sagrado dos enfermos, abençoado
especificamente para este fim. Já não está limitada aos doentes graves e aos
moribundos, mas a igreja recomenda esse sacramento e o viático (comunhão
eucarística) para a hora da morte.
Os cinco mandamentos ou preceitos da Igreja Católica, na sua
forma atual, foram estabelecidos pelo Papa João Paulo II e promulgados em 2005
pelo Papa Bento XVI, onde suprimiu-se o termo “dízimos” do quinto mandamento
(pagar dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, uma contribuição
segundo as possibilidades de cada uma, e não uma taxação ou imposto sobre os
rendimentos.
1) Participar
na Missa, aos domingos e festas de guarda e abster-se de trabalhos e atividades
que impeçam a santificação desses dias. (Os dias santos de guarda ou preceito
que podem não se no domingo são: a) 1 de janeiro – Solenidade de Santa Maria,
Mãe de Deus; b) 6 de janeiro – Epifania do Senhor; c) 19 de março – Solenidade
de São José; d) Ascensão de Jesus – data variável – quinta feira da sexta
semana da Páscoa; e) Corpus Christi – data variável – 1.ª quinta feira após o
domingo da Santíssima Trindade; f) 29 de junho – Solenidade dos Apóstolos São
Pedro e São Paulo; g) 15 de agosto – Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao
Céu; h) 1 de novembro – Dia de Todos os Santos; i) 8 de dezembro – Solenidade
da Imaculadas Conceição da Virgem Maria; j) 25 de dezembro – Natal.
3) Comungar
o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa.
4) Guardar
a abstinência e jejuar nos dias determinados pela igreja: Dias de jejum –
quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa; Dias de abstinência de carne ou de
qualquer comida determinada pela conferência episcopal: todas as sextas-feiras,
principalmente as da Quaresma, a não ser que uma solenidade seja numa
sexta-feira.
Estruturalmente, a Igreja Católica Romana constitui uma das
religiões mais centralizadas do mundo. O seu chefe, o Papa, governa-a a partir
da Cidade do Vaticano, um Estado independente no centro de Roma, também
conhecido na diplomacia internacional como Santa Sé. O Papa é selecionado por
um grupo de elite de Cardeais, conhecidos como Príncipes da Igreja. Só o Papa
pode selecionar e nomear todos os clérigos da igreja acima do nível de padre.
Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal. Os
papas exercem o que é chamado Infalibilidade Papal, isto é, o direito de
definir declarações definitivas de ensinamento católico romano em matérias de
fé e moral. Na realidade, desde a sua declaração no Concílio Vaticano I, em
1870, a Infalibilidade Papal só foi usada uma vez, pelo Papa Pio XII, na década
de 1950.
A autoridade do Papa vem da crença de que ele é o sucessor
direto de São Pedro e, como tal, o Vigário de Cristo na Terra. A igreja tem uma
estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente:
·
PAPA, que é o Sumo Pontífice e chefe da
Igreja Católica, o guardador da integridade e totalidade do depósito da fé, o
Vigário de Cristo na Terra, o Bispo de Roma e o possuidor do Pastoreio de todos
os cristãos, concedido por Jesus Cristo a São Pedro e, consequentemente, a
todos os Papas. Esta autoridade papal (Jurisdição Universal) vem da fé de que
ele é o sucessor direto do Apóstolo São Pedro (a chamada “Confissão de Pedro”).
Na Igreja Latina e em algumas orientais, só o Papa pode designar os membros da
Hierarquia da Igreja acima do nível de presbítero. Aos Papas atribui-se
infalibilidade. Por essa prerrogativa, as decisões papais em questões de fé e
costumes (moral) são infalíveis quando proclamadas ex cathedra (literalmente:
“a partir da cadeira de São Pedro”). Todos os membros da hierarquia respondem
perante o Papa e a sua corte papal chamada de Cúria Romana.
·
CAMALENGO – em caso de morte ou renúncia do
cargo, essa pessoa é quem detém todos os poderes de um papa até a eleição de
outro pelo Colégios de Cardeais.
·
CARDEAIS – são os conselheiros e os
colaboradores mais íntimos do Papa, sendo todos eles bispos. Sendo o próprio
Papa eleito de forma vitalícia (a abdicação é rara e já não acontecia desde a
Idade Média) pelo Colégio dos Cardeais. A cada cardeal é atribuída uma igreja
ou capela (daí a classificação em cardeal-bispo, cardeal-presbítero e
cardeal-diácono) em Roma para fazer dele membro do clero da cidade. Muitos dos
cardeais servem na Cúria, que assiste o Papa na administração da igreja. Todos
os cardeais que não são residentes em Roma são bispos diocesanos.
·
PATRIARCAS, são chefes de algumas Igrejas
Católicas Orientais sui iuris. Alguns dos grandes arcebispos católicos latinos
também chamados Patriarcas, entre estes contam-se o Arcebispo de Lisboa e o
Arcebispo de Veneza;
·
ARCEBISPOS (Metropolitana ou Titular) – são
bispos que, na maioria dos casos estão à frente das arquidioceses. Se a sua
arquidiocese for a sede de uma província eclesiástica, ele normalmente tem
poderes de supervisão e jurisdição limitada sobre as dioceses (chamadas
sufragâneas) que fazem parte da respectiva província eclesiástica.
·
BISPOS (Diocesano, Titular e Emérito) – são
os sucessores diretos dos doze apóstolos. Receberam a totalidade dos graus da
Ordem, o todo do sacramento da Ordem, o que lhe confere, na maioria dos casos,
jurisdição completa sobre os fiéis da sua diocese.
·
PADRE ou PRESBÍTERO (MONSENHOR é um título
honorário para um padre, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais)
inicialmente não havia padres. Esta posição evoluiu a partir dos bispos
suburbanos que eram encarregados de distribuir os sacramentos mas não tinham
jurisdição completa sobre os fiéis. São colaboradores dos bispos e só têm um
nível de jurisdição parcial sobre os fiéis. Alguns deles lideram paróquias da
sua diocese.
·
DIÁCONO: são auxiliares dos padres e bispos,
que tem por função a administração de alguns sacramentos e dos sacramentais.
Possuem o primeiro grau do sacramento da Ordem, são ordenados não para o
sacerdócio, mas para o serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e
da liturgia. Apesar disso não consagram a hóstia e não administram a Unção dos
Enfermos e Reconciliação.
Todos os ministros sagrados mencionados fazem pare do clero.
A Igreja Católica acredita que os seus clérigos são “ícones de Cristo”, logo
todos eles são homens, porque os doze apóstolos são todos homens e Jesus, na
sua natureza humana também é homem. Mas isto não quer dizer que o papel da
mulher na igreja seja menos importante, mas apenas diferente. Excetuando em
casos referentes a padres ordenados pelas igrejas orientais, aos diáconos
permanentes e a alguns casos excepcionais, todo o clero é celibatário. Os
clérigos são importantes porque efetuam exclusivamente determinadas tarefas,
como a celebração da Missa e dos sacramentos.
Existem ainda funções menores: Leitor, Ministro
Extraordinário da Comunhão Eucarística, Ministro da Palavra e Acólito. O
acólito é um membro da Igreja Católica instituído ou não, que auxilia os
ministros ordenados (bispos, padres ou diáconos) nas ações litúrgicas,
sobretudo na celebração da Santa Missa. É um ministério próprio dos homens,
porém podem ser aceitas mulheres para acolitar, não podendo ser, contudo,
instituídas. Os acólitos instituídos, em circunstâncias específicas podem ser
encarregados de expor e repor a Sagrada Eucaristia para a adoração pública dos
fiéis, mas não dar a Benção do Santíssimo.
As funções citadas tomadas em conjunto não fazem parte do
clero, pois são conferidas aos leigos, uma vez que, para entrar para o
sacerdócio, é preciso ao católico receber o Sacramento da Ordem. Desde o
Concílio Vaticano II, os leigos tornaram-se cada vez mais importantes no seio
da vida eclesial e gozam de igualdade em relação ao clero, em termos de
dignidade, mas não de funções.
Dentro da Igreja Católica, também existem um grupo de leigos
que decidiram tomar uma vida consagrada e normalmente agrupam-se em ordens
religiosas, congregações religiosas ou em institutos seculares, existindo porém
aqueles que vivem isoladamente ou até junto dos não consagrados. Estes
movimentos apostólicos têm a sua própria hierarquia e títulos específicos.
Destacando os Abades e Abadessas (que vivem em abadias); Prior e Madre Prioresa
(vivem nos Mosteiros e Conventos); Monge e Monja (vivem em Conventos); Frade e
Freira (vivem nos conventos, mas no caso dos frades administram paróquias);
Eremitas (que vivem nos Eremitérios).
O Papa é eleito pelo Colégio dos Cardeais de entre os
próprios membros do colégio (o processo de eleição, tem lugar na Capela Sistina
e é chamado de Conclave). Cada Papa continua no cargo até que morra ou até que
abdique, o que aconteceu apenas três vezes.
DOUTRINAS DISTINTIVAS
A Doutrina Oficial da Igreja Católica é o conjunto de
crenças professadas pela Igreja Católica acerca de diversos aspectos relativos
a Deus, ao homem e ao mundo. Segundo a igreja, essas verdades foram sendo
reveladas por Deus através dos tempos (nomeadamente ao longo do Antigo
Testamento), atingindo sua plenitude em Jesus Cristo, considerado pelos
católicos e cristão como o Filho de Deus, o Messias e o Salvador do mundo e da
humanidade. Mas, a definição e compreensão dessa doutrina é progressiva,
necessitando por isso do constante estudo e reflexão da Teologia, mas sempre
fiel à Revelação Divina e orientada pelo Magistério da Igreja Católica. A
Doutrina Católica está expressa e resumida no Credo dos Apóstolos, no Credo
Niceno-Constantinopolitano e, atualmente, no Catecismo da Igreja Católica em
seu compêndio.
Com estes estudos teológicos a igreja vai-se gradualmente
instituindo os seus dogmas, que é a base da doutrina oficial, sendo o último
dogma, o da Assunção da Virgem Maria, proclamado solenemente apenas em 1950.
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes e o da Santíssima Trindade, que, não violando o monoteísmo professa que Deus é uno e trino.
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes e o da Santíssima Trindade, que, não violando o monoteísmo professa que Deus é uno e trino.
A doutrina professa também a divindade de Jesus, que seria a
segunda pessoa da Trindade, e que a nossa salvação deve-se, para além da graça
divina, ao seu supremo e voluntário sacrifício e paixão na cruz. Este tão
grande sacrifício deveu-se à vontade e ao infinito amor de Deus, que quis
salvar toda a humanidade. Além disso, é também fundamental para a salvação a
adesão livre do crente à fé em Jesus Cristo e aos seus ensinamentos, porque a
nossa liberdade, como um dom divino, é respeitada por Deus, o nosso Criador.
Esta fé leva à conversão das pessoas e à prática das boas obras (que nos
afastam do pecado e nos ajudam a crescer na caridade), nomeadamente o ato de
“amar a Deus acima de todas as coisas” (Mt 22, 37) e também o de “amar o
próximo como a si mesmo” (Mt 22, 39). Estes dois atos virtuosos, juntamente com
o ato de “amar uns aos outros como Jesus nos ama” (Jo 15, 10), são justamente
os mandamentos de amor que Jesus deu aos seus discípulos e à humanidade. Estes
mandamentos radicais constituem o resumo de “toda a Lei dos Profetas” do Antigo
Testamento (Mt 22, 40).
Nas suas muitas pregações, Jesus Cristo ensinou, para além
dos seus mandamentos de amor, as bem-aventuranças e insistiu sempre “que o
Reino de Deus está próximo” (Mt 10. 7) e que Deus estava preparando a Terra
para um novo estado de coisas. Anunciou também que quem quisesse fazer parte do
Reino de Deus teria de “nascer de novo”, de se arrepender dos seus pecados, de
se converter e purificar. Jesus ensinava também que o poder, a graça e a
misericórdia de Deus era maior que o pecado e todas as forças do mal,
insistindo por isso que o arrependimento sincero dos pecados e a fé em Deus
podem salvar os homens. Este misterioso Reino de Deus, que só irá realizar-se
na sua plenitude no fim do mundo, está já presente na Terra através da igreja,
que é a sua semente. A Igreja Católica ensina que neste Reino de Deus, o mal
será inexistente e os homens salvos e justos, após a ressurreição dos mortos e
o fim do mundo, passarão a viver eternamente em Deus, com Deus e junto de Deus.
Mais concretamente, a fé em Cristo (e em Deus) inclui a
adesão do crente à doutrina por ele revelada e transmitida pela igreja, bem
como ao conjunto de regras de vida propostas por essa mesma igreja. Os católicos
professam que a igreja é Corpus Mysticum, onde este corpo místico tem por
função reunir toda a humanidade para o seu caminho de santificação, que tem o
seu fim na vida eterna, na realização final do Reino de Deus e pelo alcance da
santidade. A igreja ensina também que os cristãos não católicos também
pertencem apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que tornaram-se
uma parte inseparável dele através do batismo.
O ato de prece mais importante na Igreja Católica Romana é a
Liturgia Eucarística, normalmente chamada de Missa. A missa é celebrada todos
os domingos de manhã na maioria das paróquias Católicas Romanas, no entanto, os
católicos podem cumprir as suas obrigações dominicais se forem à missa no
sábado à noite. Os católicos devem também rezar missa cerca dez dias adicionais
por ano, chamados Dias Santos de Obrigação. Missas adicionais podem ser
celebradas em qualquer dia do ano litúrgico, exceto na Sexta-feira Santa.
Muitas igrejas têm missas diárias. A missa contemporânea é composta por duas
partes principais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Durante a
Liturgia da Palavra, são lidas em voz alta uma ou mais passagens da Bíblia, ato
desempenhado por um Leitor (um leigo da igreja) ou pelo padre ou diácono. O
padre ou diácono lê sempre as leituras do Evangelho e pode também ler de outras
partes da Bíblia (durante a primeira, segunda, terceira, etc. leituras). Depois
de concluídas as leituras, é rezada a homilia (que se assemelha ao sermão
protestante) por um padre ou diácono.
Nas missas rezadas aos domingos e dias de festa, é professado por todos os católicos presentes o Credo Niceno-Constantinopolitano, que afirma as crenças ortodoxas do catolicismo. Segue então a Liturgia Eucarística, que nada mais é do que a Missa em seu sentido estrito. Nela, o pão e o vinho oferecidos, segundo o dogma católico da transubstanciação, se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo.
Nas missas rezadas aos domingos e dias de festa, é professado por todos os católicos presentes o Credo Niceno-Constantinopolitano, que afirma as crenças ortodoxas do catolicismo. Segue então a Liturgia Eucarística, que nada mais é do que a Missa em seu sentido estrito. Nela, o pão e o vinho oferecidos, segundo o dogma católico da transubstanciação, se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo.
O movimento de reforma litúrgica, iniciado no início da
década de 1960 pelo Concílio Vaticano II, tem sido responsável nos últimos
quarenta anos por uma convergência significativa das práticas predicamentais do
Rito Romano com as das igrejas protestantes, afastando-as das dos outros ritos
católicos, particularmente os ritos orientais. Uma característica dos novos
pontos de vista litúrgicos tem sido um “regresso às fontes”, que se diz que tem
origem na redescoberta de antigos textos e práticas litúrgicas, bem como muitas
práticas novas. As reformas litúrgicas pós-conciliares (pós Concílio Vaticano
II) incluem o uso da língua vernacular (local), uma maior ênfase na Liturgia da
Palavra, e a clarificação do simbolismo. A característica mais visível das
reformas é a postura do padre. No passado, o padre virava-se para o altar, de
constas para a congregação. As reformas fizeram com que o padre se voltasse
para o povo, separado dele pelo altar. Isto simboliza o desejo de que a missa
se torne mais centrada nas pessoas. Há, todavia, críticos que não concordam com
a natureza da missa pós Vaticano II (conhecida por vezes como Novus Ordo
Missae). Em 2003, foi revelado que a Missa Tridentina pré-Vaticano II estava de
novo, a ser celebrada na Basílica de São Pedro (embora não no altar principal)
e que o Papa João Paulo II começou a celebrar missas tridentinas na sua capela
privada no Palácio Apostólico, no Vaticano. A partir de 7 de julho de 2007,
pelo Motu proprio Summorum Pontificum, o Papa Bento XVI reafirmou a validade da
Missa Tridentina (pré-Concílio Vaticano II e rezada em latim) e a liberação de
celebrá-la a pedido dos fiéis sem prévia autorização episcopal. Assim sendo,
existem atualmente duas formas de celebração do Rito Romano: a forma ordinária
(o Novus Ordo) e a forma extraordinária (a Missa Tridentina).
A Igreja Católica está presente em virtualmente todas as
nações do planeta. Está organizada em hierarquias nacionais com bispos
diocesanos sujeitos a arcebispos, Colégios, ou Conferências Nacionais de bispos
que coordenam a política local dentro dos países ou de grupos de países.
A unidade geográfica e organizacional fundamental da Igreja
Católica é a diocese (nas Igrejas Católicas do Oriente, a unidade equivalente
chama-se eparquia). Esta corresponde geralmente a uma área geográfica definida,
centrada numa cidade principal, e é chefiada por um bispo. A igreja central de
uma diocese recebe o nome de Catedral, da cátedra, ou cadeira, do bispo, que é
um dos símbolos principais do seu cargo. Dentro da diocese, o bispo exerce
aquilo que é conhecido como um ordinário, ou seja, a autoridade administrativa
principal. As sedes de algumas ordens religiosas são semi-independentes das
dioceses a que pertencem; o superior religioso da ordem exerce jurisdição
ordinária sobre elas. Embora o Papa nomeie bispos e avalie o seu desempenho, e
exista uma série de outras instituições que governam ou supervisionam certas
atividades, um bispo tem bastante independência na administração de uma
diocese. Algumas dioceses, geralmente centradas em cidades grandes e
importantes, são chamadas de arquidioceses e são chefiadas por um arcebispo. Em
grandes dioceses e arquidioceses, o bispo é frequentemente assistido por bispos
auxiliares, bispos integrais e membros do Colégio dos Bispos que não chefiam a
sua própria diocese. Arcebispos, bispos sufragiários (designação frequentemente
abreviada simplesmente para “bispos”), e bispos auxiliares, são igualmente
bispos; os títulos diferentes indicam apenas que tipo de unidade eclesiástica
chefiam. Muitos países tem vicariatos que apoiam as suas forças armadas (Ordinariato
Militar).
O Ordinariado Militar é uma circunscrição eclesiástica da
Igreja Católica em determinados países, subordinada diretamente à Santa Sé,
participa do Conselho Episcopal da sua Região e da sua Conferência dos Bispos
do país, organizando e coordenando os serviços de todas as capelanias católicas
do país.
Quase todas as dioceses estavam organizadas em grupos
conhecidos com províncias, cada uma das quais era chefiada por um arcebispo.
Embora as províncias continuem a existir, o seu papel foi substituído quase por
completo por conferências de bispos, geralmente constituídas por todas as
dioceses de um determinado país ou grupo de países. Estes grupos lidam com um
vasto conjunto de assuntos comuns, incluindo supervisão de textos e práticas
litúrgicas para os grupos culturais e linguísticos da área, e as relações com
os governos locais. A autoridade destas conferências para restringir, as
atividades de bispos individuais é, no entanto, limitada (os teólogos
tradicionais consideram esta autoridade basicamente irrestrita). As
conferências de bispos começaram a surgir no princípio do século XX e foram
oficialmente reconhecidas no Concílio Vaticano Segundo, no documento Christus
Dominus.
O Colégio dos Cardeais é o conjunto dos bispos católicos
romanos que são conselheiros especiais do Papa. Qualquer padre pode ser nomeado
cardeal, desde que se “distinga em fé, moral e piedade”. Se um cardeal que
ainda não tiver sido nomeado bispo for eleito Papa, deverá receber a ordenação
episcopal mais tarde. Todos os cardeais com menos de 80 anos têm o direito de
eleger um novo Papa depois da morte do seu predecessor. Os cardeais eleitores
são quase sempre membros do clero, mas no entanto, o Papa concedeu no passado a
membros destacados do laicado católico (por exemplo, a teólogos) lugares de
membro do colégio, após ultrapassarem a idade eleitoral. A cada cardeal é
atribuída uma igreja ou capela (e daí vem a classificação em bispo cardeal,
padre cardeal e diácono cardeal) em Roma para fazer dele membro do clero da cidade.
Muitos dos cardeais servem na cúria, que assiste o Papa na administração da
igreja. Todos os cardeais que não são residentes em Roma são bispos diocesanos.
As dioceses são divididas em distritos locais chamadas
paróquias. Todos os católicos devem frequentar e apoiar a sua igreja paroquiana
local. Ao mesmo tempo que a Igreja Católica desenvolveu um sistema elaborado de
governo global, o catolicismo do dia a dia é vivido na comunidade local, unida
em prece na paróquia local. As paróquias são em grande medida autossuficientes.
Uma igreja, frequentemente situada numa comunidade pobre ou em crescimento, que
é sustentada por uma diocese recebe o nome de “missão”.
A Igreja Católica Romana sustenta muita ordens (grupos) de
monges e freiras que são principalmente não-padres que vivem vidas
especialmente devotadas a servir Deus. São pessoas que se juntaram sob um
determinado sistema a fim de atingir a perfeição e a virtude. Estes sistemas
por vezes implicam a separação do mundo para meditar, outras a participação
excepcional no mundo, frequentemente através de prestação de serviços médicos
ou educacionais. Quase todos os monges e freiras tomam votos de pobreza
(nenhuma ou limitada posse de propriedade ou dinheiro), castidade (nenhuma
utilização dos órgãos sexuais) e obediência (aos superiores).
A Igreja Católica é uma comunhão de 24 igrejas particulares
autônomas (sui iuris) em comunhão completa umas com as outras e em união com o
Papa na sua qualidade de Sumo Pontífice da Igreja Universal (chamado de
“Pontífice de Roma” na lei canônica). O Papa na sua qualidade de Patriarca de
Roma é também o chefe da maior das igrejas sui iuris, a Igreja Latina. As
restantes 23 igrejas sui iuris, conhecidas coletivamente como “Igrejas
Católicas Orientais”, são governadas por um hierarca que ou é um Patriarca ou
Arcebispo Principal ou um Metropolita. A Cúria Romana administra quer as
igrejas orientais, quer a igreja ocidental. Devido a este sistema, é possível
que um católico esteja em comunhão completa com o Pontífice de Roma sem ser um
católico “romano”.
Cada uma das igrejas sui iuris utilizam uma das seis
tradições litúrgicas tradicionais (que emanam de Sés tradicionais de
importância histórica), chamadas “ritos”. Os ritos principais são o Romano, o
Bizantino, o de Antióquia, o Alexandrino, o Caldeu e o Armênio (existem ainda
dois ritos ocidentais menores, o Rito Ambrosiano e o Rito Moçárabe). O Rito
Romano, usado pela Igreja Latina, é dominante em grande parte do mundo, e é
usado pela vasta maioria dos católicos (cerca de 98%). Antigamente havia muitos
ritos ocidentais menores, que foram substituídos pelo Rito Romano pelas
reformas litúrgicas do Concílio de Trento.
Historicamente, o Santo Sacrifício da Missa no Rito Romano
(a Missa Tridentina) era conduzido inteiramente em latim eclesiástico, mas
devido ao Concílio Vaticano II, no início dos anos 60, foi promulgada uma nova
versão da missa (Novus Ordo Missae), que é celebrada na língua vernacular. O
serviço correspondente das Igrejas Católicas Orientais, a Liturgia Divina, é
conduzido em várias línguas litúrgicas, segundo o Rito e a Igreja: as Igrejas
de Rito Bizantino usam o grego, o eslavônio, o árabe, o romeno e o georgiano,
as igrejas de Ritos Antioquiano e Caldeu usam o siríaco, a igreja de Rito
Armênio usa o armênio e as igrejas de Rito Alexandrino usam o copta e o je’ez.
Um Concílio Ecumênico é uma reunião de todos os bispos
cristãos convocada para discutir e resolver as questões doutrinais ou disciplinares
da Igreja Cristã. A palavra ecumênico deriva do grego e significa literalmente
“o mundo habitado”. Inicialmente, ela foi usada para se referir ao Império
Romano e, posteriormente, passou a ser aplicado para designar o mundo em geral.
Devido aos cismas, a aceitação desses concílios varia muito entre as diferentes
denominações do cristianismo.
As igrejas cristãs que se separaram com as demais por causa
de divergências cristológicas aceitam somente os concílios ecumênicos que se
realizaram antes da sua separação. Assim, a Igreja Assíria do Oriente aceita os
dois primeiros e as Igrejas Ortodoxas Orientais os três primeiros. Até o século
IX, sete concílios ecumênicos reconhecidos tanto pela Igreja Católica como pela
Igreja Ortodoxa foram realizados, antes da sua separação (século XI). Desde
então, a Igreja Ortodoxa não tem reconhecido como ecumênico mais nenhum
concílio, pois não há mais a “ecumene” ou seja, o imperador. De qualquer forma,
a Igreja Ortodoxa continua realizando concílios com a mesma autoridade dos
ecumênicos, chamados Concílios Pan-Ortodoxos. A Igreja Católica continuou a
convocar e realizar concílios ecumênicos em comunhão plena com o Papa, que
passou a ser a “ecumene”. Anglicanos, luteranos e algumas outras denominações
protestantes reconhecem os quatro primeiros concílios ecumênicos e, em alguns
casos, os primeiros sete.
CONCÍLIOS PRÉ-NICENOS
Os concílios ou sínodos pré-Nicenos foram, na sua maior parte, reuniões de natureza regional, nunca chegando a reunir todos os bispos da igreja. Apesar disso, estes concílios eram muito importantes para clarificar vários aspectos doutrinais ou disciplinares nos primórdios do cristianismo e as suas decisões, em geral, são seguidas por muitos cristãos e bispos que não participaram nestes encontros. O exemplo mais paradigmático destes concílios é o Concílio de Jerusalém (49 d.C.), que libertou a igreja cristã nascente das regras antigas da sinagoga e, por isso, marcou definitivamente o desligamento do cristianismo do judaísmo e confirmou para sempre o ingresso dos gentios (não-judeus) na cristandade. O primeiro Concílio com o objetivo de reunir todos os bispos da Igreja, e portanto ecumênico, realizou-se somente em 325 e chama-se Primeiro Concílio de Niceia.
N.º
|
Papas
Durante o Concílio
|
Local
e designação
|
Duração
do
Concílio |
Temas
principais
|
1
|
São Pedro
|
Jerusalém
|
51
|
Os convertidos do paganismo (novos cristãos) isentos de
algumas práticas da lei mosaica, como a circuncisão.
|
2
|
São Vítor I
|
Concílio (Sínodo) de Roma
|
197
|
Examina a questão da data da Páscoa, celebrada
diferentemente no Oriente e no Ocidente.
|
3
|
Santo Estevão I
|
Concílio (Sínodo) de Cartago
|
256
|
Cipriano, bispo de Cartago, reúne 87 bispos africanos.
Discutem o Cisma novaciano.
|
4
|
Sede Vacante
|
Concílio (Sínodo) de Elvira
|
306
|
Reúne 19 bispos e 24 presbíteros da península Ibérica.
Decretam o celibato do clero.
|
5
|
São Silvestre I
|
Concílio (Sínodo) da Gália
|
314
|
Constantino convoca em Arles, 33 bispos africanos, na
tentativa de evitar o Cisma donatista.
|
CONCÍLIOS DA IGREJA CATÓLICA
Segundo os cânones 337 e 341 do Código de Direito Canônico, um concílio ecumênico (ecumênico de universal, ou seja, de toda a Igreja Católica) é uma reunião de todos os bispos da igreja para refletir sobre pontos da doutrina e de disciplina que precisam de ser esclarecidos, promulgar dogmas, corrigir erros pastorais, condenar heresias e, em suma, dirimir sobre todas as questões de interesse para a igreja universal. É convocado e presidido pelo Papa ou por algum bispo, isso porque não é necessário o Papa estar presente para a realização de um concílio, mas para ele ser válido precisa de sua confirmação.
São 21 os concílios ecumênicos com a participação de todos
os bispos católicos do mundo.
Segundo a Doutrina da Igreja Católica, além do Papa o episcopado católico pleno é também infalível (em matérias de fé e moral) só quando reunido num concílio ecumênico, quando estes desejam propor como definitiva e obrigatória uma determinada doutrina, em comunhão (união) bispos e o Papa que é a cabeça do episcopado. Mas fora desta comunhão com o Papa e da sua autoridade suprema, o concílio tem apenas poder sinodal. Sendo que um Sínodo Católico é uma reunião que pode ser realizada em nível de diocese ou mais amplo. No primeiro caso, o sínodo diocesano é convocado pelo bispo, a autoridade máxima da diocese, dele, participam sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos que dão a sua contribuição e opinião visando o bem da comunidade diocesana. Devemos notar a diferença do poder de um concílio com o de um sínodo, mesmo que ele seja chamado pelo Papa.
N.º
|
Papas
Durante o Concílio
|
Local
e designação
|
Duração
do
Concílio |
Temas
principais
|
1.º
|
São Silvestre I
|
Niceia I
|
20 de Maio a 25 de Julho de 325
|
Primeiro a reunir a Cristandade. Condena o Arianismo como
heresia e exila Ário. Reconhece como dogma a igualdade de natureza entre
o Pai e o Filho. Compõe o Credo Niceno.
|
2.º
|
São Dâmaso I
|
Constantinopla I
|
Maio a Julho de 381
|
Reconhece como dogma a natureza divina do Espírito Santo no Credo
niceno-constantinopolitano, que se recita na missa. Estabelece que
o bispo de Constantinopla receberá as honras logo após o de Roma.
|
3.º
|
São Celestino I
|
Éfeso
|
22 de Junho a 17 de Julho de 431
|
Reconhece como dogma a unidade de pessoa do Verbo Eterno com o
corpo e a alma encarnados de Cristo. Condena o Nestorianismo como heresia e
proclama a maternidade divina da Virgem Maria.
A Igreja Assíria do Oriente não reconhece este concílio e nenhum dos posteriores. |
4.º
|
São Leão I, Magno
|
Calcedónia
|
8 de Outubro a 1 de Novembro de 451
|
Condenação do monofisismo. Reconhece como dogma a unidade
das duas naturezas, completas e perfeitas em Jesus Cristo, humana e
divina. É escrita a carta dogmática "Tomo a Flaviano" pelo Papa
Leão I.
As Igrejas ortodoxas orientais não reconhecem este concílio e nenhum dos posteriores. |
5.º
|
Papa Vigílio
|
Constantinopla II
|
5 de Maio a 2 de Junho de 553
|
Condena os ensinamentos de Orígenes e outros.
Condena os documentos semi nestorianos designados Os Três
Capítulos.
|
6.º
|
Santo Agatão
|
Constantinopla III
|
7 de Novembro de 680 a 16 de Setembro de 681
|
Reconhece como dogma que em Cristo há duas vontades, uma
divina e outra humana. Condena o monotelismo.
|
7.º
|
Papa Adriano I
|
Niceia II
|
24 de Setembro a 23 de Outubro de 787
|
Reconhece a licitude da veneração de imagens (ícones).
Condena os iconoclastas.
|
8.º
|
Papa Adriano II
|
Constantinopla IV
|
5 de Outubro de 869 a 28 de Fevereiro de 870
|
Condenação e deposição de Fócio, patriarca de Constantinopla.
Encerra temporariamente o primeiro Cisma Ocidental.
|
9.º
|
Papa Calisto II
|
Latrão I
|
18 de Março a 6 de Abril de 1123
|
Encerra a Questão das investiduras. Independência
da Igreja perante o poder temporal.
|
10.º
|
Papa Inocêncio II
|
Latrão II
|
Abril de 1139
|
Torna obrigatório o celibato para o clero na Igreja Ocidental.
Fim do cisma do Antipapa Anacleto II
|
11.º
|
Papa Alexandre III
|
Latrão III
|
Março de 1179
|
Normas para a eleição do Papa (maioria de 2/3) e da
nomeação de bispos (idade mínima de 30 anos). Excomungam-se os barões que, na
França, apoiavam os Cátaros.
|
12.º
|
Papa Inocêncio III
|
Latrão IV
|
11 de Novembro a 30 de Novembro de 1215
|
Determina que todo o cristão, chegado ao uso da razão, é
obrigado a receber a Confissão e a Eucaristia na Páscoa.
Condenação dos Albigenses, Maniqueístas e Valdenses. Definição
de transubstanciação.
|
13.º
|
Papa Inocêncio IV
|
Lião I
|
28 de Junho a 17 de Julho de 1245
|
Deposição do imperador Frederico II.
|
14.º
|
Beato Gregório X
|
Lião II
|
7 de Maio a 17 de Julho de 1274
|
Tentativa de reconciliação com a Igreja Ortodoxa.
Regulamentação do conclave para a eleição papal. Cruzada para
libertar Jerusalém. Institui o conceito de Purgatório.
|
15.º
|
Papa Clemente V
|
Vienne
|
16 de Outubro de 1311 a 6 de Maio de 1312
|
Supressão dos Templários. Discute-se a questão dos bordéis de Roma e
a nomeação de um arcebispo em Pequim, na China.
|
16.º
|
Papa Gregório XII e Papa Martinho V
|
Constança
|
5 de Outubro de 1414 a 22 de Abril de 1418
|
Extingue o Grande Cisma do Ocidente. Condenação de John
Wycliffe e de Jan Hus. Eleição do Papa Martinho V.
|
17.º
|
Papa Eugênio IV
|
Basileia-Ferrara-Florença
|
1431-1432
|
Sanciona o cânon católico (relação oficial dos livros da
Bíblia), tenta nova união com as Igrejas orientais ortodoxas.
Reconhecimento no romano pontífice de poderes sobre a Igreja
Universal. Ratifica a figura do Purgatório.
|
18.º
|
Papa Júlio II e Papa Leão X
|
Latrão V
|
10 de Maio de 1512 a 16 de Março de 1517
|
Condenação do concílio cismático de Pisa (1409-1411)
e do conciliarismo. Reforma da Igreja.
|
19.º
|
Papa Paulo III, Papa Júlio III, Papa Marcelo II, Papa
Paulo IV e Papa Pio IV
|
Trento
|
13 de Dezembro de 1545 a 4 de Dezembro de 1563
|
Reforma geral da Igreja, sobretudo por causa do
protestantismo. Confirmação dogmática dos sete sacramentos,
principalmente dos dogmas eucarísticos. Decreta a versão da Vulgata como
autêntica.
|
20.º
|
Beato Pio IX
|
Vaticano I
|
8 de Dezembro de 1869 a 18 de Julho de 1870
|
Reforça a ortodoxia estabelecida no Concílio de Trento.
Condena o Racionalismo, o Naturalismo e o Modernismo.
Reconhece como dogmas o Primado do Papa e a infalibilidade
papal na definição expressa de doutrinas de fé e de costumes.
|
21.º
|
São João XXIII e Beato Paulo VI
|
Vaticano II
|
11 de Outubro de 1962 a 8 de Dezembro de 1965
|
Abertura ao mundo moderno. Reforma da Liturgia.
Constituição e pastoral da Igreja, Revelação divina, liberdade
religiosa, novo ecumenismo (visto que o modo tradicional de ecumenismo é bem
diferente, como mostra a Encíclica Mortalium Animos, de Pio XI), apostolado dos leigos.
Este Concílio gera muitas polêmicas, inclusive por não ser um Concílio
dogmático. Os tradicionalistas dizem que o Concílio Vaticano II
rompe de modo herético com a tradição bimilenar da Igreja: a Missa
Tridentina e o Canto Gregoriano perdem importância; o modo
como todos os sete sacramentos são celebrados sofreu também
mudanças.
|