segunda-feira, 2 de julho de 2018

CATOLICISMO (2)


HISTÓRIA
         A palavra Igreja Católica ou catolicismo para referir-se à “Igreja Universal” é utilizado desde o século I, alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a religião ou igreja. Registros escritos da utilização do termo constam nas cartas de Inácio, Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, que provavelmente foi ordenado pelo próprio Pedro.


         Em diversas situações nos primeiros três séculos do cristianismo, o Bispo de Roma, considerado sucessor do apóstolo Pedro, interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos, tais como fizeram os papas Clemente I, Vitor I e Calixto I.


         Nos três primeiros séculos, a igreja foi organizada sob três patriarcas, 1) os bispos de Antioquia, de jurisdição sobre a Síria e posteriormente estendeu seu domínio sobre a Ásia Menor e a Grécia, 2) de Alexandria, de jurisdição sobre o Egito, e 3) Roma, de jurisdição sobre o Ocidente.


         Posteriormente os bispos de Constantinopla e Jerusalém foram adicionados aos patriarcas por razões administrativas. O Primeiro Concílio de Niceia no ano 325, considera o Bispo de Roma como o “primus” (primeiro) entre os patriarcas, afirmando em seus quarto, quinto e sexto cânones que está “seguindo a tradição antiquíssima, embora muitos interpretem esse título como o “primus inter pares” (primeiro entre iguais). Considerava-se que Roma possuía uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.


         Uma série de dificuldades complexas (disputas doutrinárias, concílios disputados, a evolução de ritos separados e se a posição do Papa de Roma era ou não de real autoridade ou apenas de respeito) levaram à divisão da Igreja entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitos países eslavos, Anatólia, Síria, Egito, etc.) A esta divisão denominou-se o Cisma do Oriente.


         A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante, durante a qual se formaram muitas das atuais igrejas protestantes, com maior presença no norte da Europa.




MUNDO CATÓLICO

         No cristianismo ocidental, as principais fés a se considerarem “católicas” para além da Igreja Católica Romana são a Velha Igreja Católica, A Igreja Católica Apostólica Carismática, a Igreja Católica Liberal, a Associação Patriótica Católica Chinesa, as igrejas católicas brasileiras dissidentes e alguns elementos anglicanos (os Anglicanos da Alta Igreja ou os anglo católicos). Estes grupos têm crenças e praticam rituais religiosos semelhantes aos do catolicismo romano, mas diferem substancialmente destes no que diz respeito ao estatuto, poder e influência do Bispo de Roma.


         As Igrejas ortodoxas orientais e ortodoxas bizantinas pensam em si próprias como Igrejas Católicas no sentido de serem a “Igreja Universal”. A Igreja Católica e as igrejas ortodoxas acusavam-se mutuamente de cismáticas e heréticas, embora recentemente devido a esforços ecumênicos estas acusações e excomunhões tenham sido retiradas e tenha-se chegado a uma aceitação básica das prerrogativas do Papa. Os Patriarcas ortodoxos são hierarcas autocéfalos, o que significa, grosso modo, que cada um deles é independente da supervisão direta de outro bispo (embora ainda estejam sujeitos ao todo do seu sínodo de bispos) Não estão em comunhão plena com o Papa.
         Mas nem todas as igrejas orientais estão fora da comunhão católica. Existem também os chamados Católicos de rito oriental, cuja liturgia e estrutura hierárquica se assemelham à dos ortodoxos, e que também permitem a ordenação de homens casados, mas que reconhecem o Papa como chefe da sua Igreja. Estes católicos orientais formam as chamadas Igrejas Orientais Católica sui iuris.


Charles W. Leadbeater
bispo da Igreja Católica Liberal
         Alguns grupos chama a si próprios católicos, mas esse qualificativo é questionável. Por exemplo, a Igreja Católica Liberal, que se originou como uma dissensão da Velha Igreja Católica mas que incorporou tanta teosofia na sua doutrina que já pouco tem em comum com o catolicismo romano.




CATOLICISMO ROMANO


         A principal denominação católica é denominada Igreja Católica de Roma (em inglês Roman Catholic Church) ou Igreja Católica Apostólica Romana. Tal nome provém das quatro características da igreja: 1) a unidade, 2) a catolicidade (universalidade), 3) a apostolicidade e 4) a romanidade. Não obstante, em seus documentos oficiais usa-se apenas o termo “Católica” para se referir à instituição. O termo inglês “Roman Catholic” tem origem recente, passando a ser usado apenas no século XVI, sendo empregado normalmente em outras línguas a partir do século XIX.



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