REFORMA PROTESTANTE (Origens IV)
PURITANISMO
O puritanismo designa uma concepção da fé cristã
desenvolvida na Inglaterra por uma comunidade de protestantes radicais depois
da Reforma. Segundo o pensador francês Alexis de Tocqueville, em seu livro “A Democracia
na América”, trata-se tanto de uma teoria política como de uma doutrina
religiosa.
O adjetivo “puritano” pode designar tanto o membro de um
grupo de calvinistas rigoristas como aquele que é rígido nos costumes,
especialmente quanto ao comportamento sexual (pessoa austera, rígida e
moralista).
A Revolução Puritana foi um movimento surgido na
Inglaterra no século XVII, de confissão calvinista, que rejeitava tanto a
Igreja Romana como o ritualismo e organização na Igreja Anglicana[1].
Elisabeth I da Inglaterra |
Desde o início, os puritanos já aceitavam a doutrina da
predestinação[3].
O movimento foi perseguido na Inglaterra, razão pela qual muitos fugiram, em
busca de outros lugares com maior liberdade religiosa. Um grupo, liderado por
John Winthrop[4],
chegou às colinas da Nova Inglaterra nas 13 Colônias Inglesas na América em
Abril de 1630.
As
Origens Calvinistas do Puritanismo
João Calvino |
A variante calvinista do protestantismo seria bem
sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul
(entre os Africâneres), Inglaterra, Escócia e EUA. Dando origem a vários segmentos
que mudaram profundamente a história da humanidade. Calvino se opôs à Igreja
Católica e aos anabatistas[5].
Os calvinistas ingleses estavam descontentes com a
Reforma na Inglaterra, que não teria sido suficientemente radical e romperam
com a Igreja Anglicana para continuar a realiza-la. Com os ideais iluministas,
e a doutrina de Calvino, os primeiros protestantes ingleses se tornaram um
grupo tipicamente conservador.
Os
Puritanos não se Desenvolviam na Inglaterra
Henrique VIII |
Maria I |
Em 1555, intensificou a perseguição aos protestantes. Trezentos deles foram martirizados, entre eles, o arcebispo da Cantuária, Thomas Cranmer (canonizado pela Igreja Anglicana – ver nota 10), e os bispos Latimer e Ridley. Oitocentos protestantes fugiram para o continente, para cidades como Genebra e Frankfurt, onde absorveram os princípios doutrinários dos reformadores continentais. Elisabeth I[13] ascendeu ao trono aos 25 anos em 1558, estabeleceu o “Acordo Elisabetano”, que era insuficientemente reformado para satisfazer àqueles que logo seriam conhecidos como “puritanos”.
Em seguida, promulgou o Ato da Uniformidade (1559), que
autorizou o “Livro de Oração Comum” e restaurou o Ato de Supremacia. Em 1562,
foram redigidos os “Trinta e Nove Artigos da Religião”, que são o padrão
histórico da Igreja da Inglaterra, e a partir de janeiro de 1563, foram
estabelecidos pelo parlamento como a posição doutrinária da Igreja Anglicana.
Em torno de 1567 – 1568, uma antiga controvérsia sobre vestimentas atingiu seu
auge na Igreja da Inglaterra. A questão imediata era se os pregadores tinham de
usar os trajes clericais prescritos. A controvérsia marcou uma crescente
impaciência entre os puritanos com relação à situação de uma igreja “reformada
pela metade”.
Thomas Cartwright[14],
professor da Universidade de Cambridge, perdeu sua posição por causa de suas
pregações sobre os primeiros capítulos do livro dos “Atos dos Apóstolos”, nas
quais argumentou a favor de um cristianismo simplificado e uma forma
presbiteriana de governo eclesiástico.
Maria Stuart e Jaime I |
Carlos I |
É considerada a mais notável assembleia protestante de
todos os tempos, tanto pela distinção dos elementos que a constituíram, como
pela obra que realizou e ainda pelas corporações eclesiásticas que receberam
dela os padrões da fé e as influências salutares durante esses trezentos anos.
Abadia de Westminster - Londres |
A Assembleia de Westminster
1. Diretório
do Culto Público: concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo parlamento no
mês seguinte. Tomou o lugar do “Livro de Oração Comum”. Também foi preparado o
Saltério: uma versão dos Salmos para uso no culto (novembro de 1645);
2. Forma
de Governo Eclesiástico: concluída em 1644 e aprovada pelo parlamento em 1648.
Instituiu a forma de governo presbiteriana em lugar da episcopal, com seus
bispos e arcebispos;
3. Confissão
de Fé: concluída em dezembro de 1646 e sancionada pelo parlamento em março de
1648;
4. Catecismo
Maior e Breve Catecismo: concluídos no final de 1647 e aprovados pelo
parlamento em março de 1648;
Oliver Cromwell - O Lord Protector |
O comandante vitorioso, Oliver Cromwell [21],
assumiu o governo. Porém, em 1660, Carlos II[22],
subiu ao trono e restaurou o episcopado na Igreja da Inglaterra. Teve início
nova era de perseguições contra presbiterianos.
Na Escócia, a assembleia geral da Igreja da Escócia
adotou os “Padrões de Westminster logo que foram aprovados, deixando de lado os
seus próprios documentos de doutrina, liturgia e governo que vinham da época de
John Knox[23].
A justificativa era o desejo de maior unidade entre os presbiterianos das Ilhas
Britânicas. Da Escócia, esses padrões foram levados para outras partes do
mundo.
Consequências
Uma Puritana |
A Doutrina Calvinista é hoje largamente professada entre
os fiéis anglicanos, e nela sobraram apenas traços da liturgia do catolicismo.
Muitos puritanos fugiram para países como os Estados Unidos, onde introduziram
o presbiterianismo oriundo da reforma calvinista da Igreja da Escócia.
Cabeça decepada de Oliver Cromwell |
[1] Ver
no Blog do Maffei em: https://radiomaffei.blogspot.com/2021/12/reforma-protestante-origem-vi-os.html.
Acessado em 05 de dez. de 2021.
[2] Ver
no Blog do Maffei em: https://radiomaffei.blogspot.com/2021/12/reforma-protestante-ii.html.
Acessado em 05 de dez. de 2021.
[3] Predestinação (do termo latino
praedestinatione) é uma destinação antecipada à salvação, a grandes feitos,
etc. Em teologia especificamente, é a doutrina segundo a qual todos os eventos
têm sido determinados por Deus. João Calvino interpretou a predestinação
bíblica com o significado de que Deus quer a condenação eterna para algumas
pessoas e a salvação para outras. Além disso, a predestinação é uma teoria onde
cada pessoa tem seu destino desde o nascimento, ou seja, cada pessoa tem seu
caminho trilhado por Deus antes de nascer. Fonte: Wikipédia. Acesso em 5 de
dez. de 2021.
[4] John Winthrop – Nascido em
Edwardstone, Sulfolk, Inglaterra em 12 de janeiro de 1587 ou 1588, falecido em
Boston em 26 de março de 1649. Foi um advogado puritano inglês e uma das
figuras principais da fundação da Província da Baía de Massachusetts, o primeiro
grande empreendimento de colonização da Nova Inglaterra, em 1630, e prestou
serviço como governador em 12 dos 20 primeiros anos de existência da província.
Seus escritos e sua visão da colônia como “uma cidade sobre a colina” (nos
termos do Sermão da Montanha de Jesus) dominaram o desenvolvimento da Nova
Inglaterra, influenciando o governo e a religião das colônias vizinhas. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de 2021.
John Winthrop |
[5] Anabatistas (rebatizadores – do grego
novamente batizar) – é um movimento cristão do anabatismo, a chamada “ala
radical” da Reforma Protestante. Os anabatistas não formavam um único grupo ou
igreja, pois havia diversos grupos chamados genericamente de “anabatistas” com
crenças e práticas diferentes e divergentes. Eles foram assim chamados porque
os convertidos era batizados apenas na idade adulta, por isso eles rebatizavam
todos os seus seguidores que já tivessem sido batizados quando crianças, pois
creem que o verdadeiro batismo só tem valor quando as pessoas se convertem
conscientemente a Cristo. Os principais grupos anabatistas são os amish,
huteritas e menonitas. Fonte: Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de 2021.
[7] Catarina de Aragão – Nascida em Alcalá de Henares em 16 de dezembro de 1485 e falecida no Castelo de Kimbolton, Cambridgeshire, conhecido como Condado de Cambridge, Inglaterra, em 7 de janeiro de 1536. Foi Princesa de Espanha e a primeira rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra, sendo mãe da rainha Maria I. Conversava tanto em Espanhol nativo, quanto em latim, grego, francês e, mais tarde inglês. Quando rainha, o seu tempo foi maioritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês. Filha de Isabel I de Castela e Fernando de Aragão, Catarina tinha três anos quando estava noiva de Arthur, príncipe de Gales, herdeiro aparente do trono inglês. Eles se casaram em 1501, mas Arthur morreu cinco meses depois. Ela ocupou o cargo de embaixadora da Coroa Aragonesa na Inglaterra em 1507, a primeira embaixadora da história da Europa. Catarina posteriormente casou-se com o irmão mais novo de Arthur, o recém-ascendido Henrique VIII, em 1509. Por seis meses em 1513, ela serviu como regente da Inglaterra enquanto Henrique VIII estava na França. Durante esse período, os ingleses venceram a Batalha de Flodden, um evento em que Catarina desempenhou um papel importante com um discurso emocionado sobre a coragem inglesa. Sua união com Henrique não resultou em um herdeiro masculino para o trono. Henrique entrou com um pedido de anulação do casamento, alegando que ela teria consumado o anterior, com seu irmão mais velho, falecido pouco depois de desposar Catarina, Arthur, Príncipe de Gales. Uma série de eventos seguiu a esse pedido, levando o rompimento da coroa inglesa com a Igreja Católica Romana após o papa negar sua separação. O rei, assumindo a supremacia religiosa no país, conseguiu a anulação e casou-se com sua amante Ana Bolena. Catarina, todavia, nunca aceitou a decisão, e continuo considerando-se sua legítima esposa e Rainha da Inglaterra. (Fonte Wikipédia: acesso em 5 de dez. 2021)
[8] Carlos V (1500 – 1558) foi o Sacro Imperador e Arquiduque da Áustria a partir de 1519, Rei da Espanha como Carlos I a partir de 1516 e Senhor dos Países Baixos como Duque da Borgonha a partir de 1506. Como chefe da crescente Casa de Habsburgo, durante a primeira metade do século XVI, seus domínios na Europa incluíam o Sacro Império Romano, estendendo-se da Alemanha ao norte da Itália, com domínio direto sobre as terras hereditárias austríacas e os Países Baixos da Borgonha, tendo também unificado a Espanha com seus reinos do sul da Itália de Nápoles, Sicília e Sardenha, assim como o império colonial espanhol. (Fonte Wikipédia: acesso em 5 de dez. 2021)
[9] Eduardo Seymor – 1.º Duque de Somerset
– Nascido cerca de 1500 e falecido em 22 de janeiro de 1552, também era o 1.º
Conde de Hertford e o 1.º Visconde Beauchamp. Conhecido como Edward Semel foi
um militar e político inglês, o irmão mais velho da rainha Joana Seymor,
terceira esposa de Henrique VIII da Inglaterra. Era tio de Eduardo VI e serviu
como Lorde Protetor durante a minoridade do sobrinho de 1547 a 1549. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de 2021.
[10] Thomas Cranmer – Nascido em Aslockton
em 2 de julho de 1489 e falecido em Oxford em 21 de março de 1556. Foi um dos
líderes da Reforma Inglesa e Arcebispo de Cantuária durante os reinados de
Henrique VIII, Eduardo VI e Maria I. Cranmer ajudou a construir o caso para a
anulação do casamento de Henrique com Catarina de Aragão, que foi uma das
causas da separação da Igreja Anglicana e da união com a Igreja Católica. Junto
com Thomas Cromwell, ele apoiava o princípio da Supremacia Real, em que o rei
era considerado o soberano da igreja do seu reino. Durante seu período como
arcebispo, foi responsável por estabelecer as primeiras estruturas doutrinais e
litúrgicas da reformada Igreja da Inglaterra por causa das disputas de poder
entre os conservadores e os reformistas religiosos. Entretanto, ele conseguiu publicar
o primeiro vernáculo autorizado, a “Exortação e Ladainha”. Quando Eduardo
chegou ao trono, Cranmer conseguiu promover grandes reformas. Escreveu e
compilou as duas primeiras edições do “Livro de Oração Comum”, uma liturgia
completa para a Igreja Anglicana. Com a ajuda de vários reformistas
continentais a que deu refúgio, ele desenvolveu novos padrões doutrinais em
áreas como a eucaristia, celibato clerical, o papel das imagens em locais de
culto e a veneração dos santos. Cranmer promulgou novas doutrinas através do
“Livro de Oração”, das homílias e outras publicações. Cranmer foi acusado
quando Maria I assumiu o trono da Inglaterra, e condenado de traição por seu
apoio a Jane Grey, como Rainha, mas Maria Tudor poupou sua vida, resolvendo
julgá-lo por heresia, mantendo-o preso até fevereiro de 1556, permanecendo
Cranmer como arcebispo. Em novembro de 1554, o Cardeal Reginald Pole foi a
Inglaterra para restabelecer os laços do país com o catolicismo. Pole foi
indicado como arcebispo de Cantuária em 1556. Entrementes, Cranmer,
enfraquecido pelos mais de dois anos de prisão, declarou vários
arrependimentos, reafirmando sua crença na transubstanciação e na supremacia
papal dizendo posteriormente, que o fez a fim de evitar sua execução. Apesar
disso, Cranmer foi sentenciado à morte pela fogueira. De acordo com John Foxe,
em 21 de março de 1556, Cranmer foi prazido em procissão à Igreja de Santa
Maria, em Oxford, onde ele foi forçado a fazer uma declaração pública afirmando
seu arrependimento. Em vez disso, Cranmer retirou sua declaração anterior de
arrependimento e denunciou a doutrina da Igreja Católica e o papa, dizendo: “E
sobre o papa, eu o recuso, como inimigo de Cristo e Anticristo, com toda sua
falsa doutrina”. Após isso, Cranmer foi executado na fogueira. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de 2021.
[11] Maria Tudor (Maria I) – Nascida em
Greenwich, Londres, Inglaterra em 18 de fevereiro de 1516 e falecida em Londres
em 17 de novembro de 1558. Foi Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1553 até sua
morte, além de Rainha Consorte da Espanha a partir de 1556. Sendo filha de
Henrique VIII com sua primeira esposa, Catarina de Aragão, atuou como o quarto
e penúltimo monarca da Casa de Tudor. Em 1533, quando seu pai decidiu anular o
casamento com sua mãe para se casar com Ana Bolena, ela foi declarada como
filha ilegítima do rei e excluída da linha de sucessão, sendo substituída por
sua meia-irmã, Isabel; no entanto, retornou à mesma através de uma lei aprovada
em 1543. Ela havia sido restabelecida como a herdeira do trono atrás de seu
meio-irmão, Eduardo VI, cujo reinado aplicou a Reforma Protestante na
Inglaterra, proibindo o Catolicismo – religião seguida por Maria – fosse
praticado em todo o reino. Quando teve conhecimento de sua iminente morte,
movido pela diferença religiosa com sua meia-irmã, Eduardo assinou um documento
onde escolhia sua prima, Joana Grey, como sua legítima sucessora. Porém, Maria
reuniu forças no reino e conquistou o apoio popular, depondo-a a nove dias
depois da sua ascensão. Em seu reinado, Maria reverteu as reformas religiosas
implantadas por Eduardo e o protestantismo passou a ser proibido na Inglaterra.
Em 1556, ela se tornou Rainha Consorte da Espanha graças ao seu casamento com
Felipe II, único filho de seu primo, Carlos V. O matrimônio foi recebido com
uma revolta popular organizada por Thomas Wyatt que buscava depô-la em favor de
sua meia-irmã; no entanto, o levante fracassou e Isabel foi aprisionada na
Torre de Londres. Por outro lado, Maria não teve filhos, passou por duas
gravidezes psicológicas, uma em 1554 e outra em 1557, o que a fez ser
ridicularizada na Europa, tornando a sucessão de Isabel iminente. No entanto,
Maria só veio reconhecê-la como sucessora dias antes de sua morte, em 1558.
Maria é reconhecida como a primeira mulher a obter sucesso na reivindicação do
trono da Inglaterra – a Imperatriz Matilde fracassou em sua tentativa – apesar
da concorrência e determinação dos opositores. Em seus primeiros anos, gozava
de apoio popular e simpatia, principalmente pela população católica. Apesar de
seu reinado ser lembrado pelas perseguições aos protestantes, que lhe renderam
o epíteto de “Maria Sangrenta”, suas políticas de reforma fiscal, expansão
naval e exploração colonial se tornaram bem-sucedidas no Período Isabelino.
Além disso, foi honrada pelo papa Paulo IV com uma Rosa de Ouro. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de 2021.
[12] Reginald Pole – Nascido em Stourton,
Castle, condado de Staffordshire, Inglaterra em 3 de março de 1500 e falecido
em Londres em 17 de novembro de 1558. Foi um prelado inglês da Igreja Católica
Romana (e um dos últimos do país), Arcebispo da Cantuária durante a reforma
católica na Inglaterra. Em 1534, o rei Henrique VIII rompeu completa e
definitivamente com Roma. Pressionado pelo rei a escrever sua opinião sobre a
legalidade de seu casamento com a rainha Catarina, viúva de seu falecido irmão,
e também sobre a instituição divina da supremacia papal, Pole consentiu com
relutância e respondeu em um tratado intitulado “Pro Ecclesiasticae Unitatis
Defensione”. A obra estava na linguagem e nos argumentos mais intransigentes,
pois ele estava convencido de que era seu dever perante Deus falar francamente,
independentemente do custo para si mesmo e sua família. O livro não foi
divulgado até uma data posterior. Foi enviado em particular para o rei em 27 de
maio de 1536. Quando o rei Henrique viu a resposta de Pole, enviou um
mensageiro, para que trouxesse de volta a Pole, pedindo-lhe que retornasse a
Inglaterra para explicar certas questões sobre o tratado. Pole decidiu não
voltar para sua terra natal. Nessa época foi chamado a Roma pelo papa Paulo
III; o papa queria indica-lo para uma comissão que ele havia formado sob a
presidência do cardeal Contarini para preparar um esquema para a reforma
interna da igreja. Se ele aceitou o convite papal, ele claramente estava do
lado do papa contra o rei. Por um tempo, ele pareceu duvidar de qual era seu
dever. Instado pelo bispo Gian Matteo Giberti, de Verona, e pelo arcebispo
Carafa, a obedecer a Deus e não ao homem, ele aceitou o convite do papa e foi a
Roma em meados de novembro de 1536. Quando o papa Paulo III expressou a Pole
que pretendia promove-lo ao cardinalato, ele expressou sua resistência a ideia,
mas o papa desconsiderou suas objeções. Recebeu a tonsura eclesiástica
(cerimônia religiosa em que o bispo dá um corte de cabelo do ordinando ao
conferir-lhe o primeiro grau de Ordem no Clero, chamado também de “prima
tonsura”, desde o século IV, tornou-se costume entre o clero cortar os cabelos,
sendo que no século V, a tonsura foi introduzida como sinal distintivo) pouco
antes de sua promoção ao cardinalato. Fonte: Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de
2021.
[13] Isabel I ou Elizabeth I – nascida em
Greenwich, Londres em 7 de setembro de 1533 e falecida em Richmond, Londres,
Inglaterra em 24 de março de 1603. Também chamada de “A Rainha Virgem”,
“Gloriana” ou “Boa Rainha Bess” (“Bess” era como Roberto Durdley, seu favorito,
a chamava) foi Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1558 até sua morte e a quinta
e última monarca da Casa Tudor. Como filha do rei Henrique VIII, Elizabeth
nasceu dentro da linha de sucessão; entretanto, a sua mãe Ana Bolena foi
executada dois anos e meio após seu nascimento e o casamento dos seus pais foi
anulado. Elizabeth foi declarada ilegítima. O seu meio-irmão Eduardo VI sucedeu
a Dom Henrique e reinou até morrer em 1553. Antes da sua morte, Eduardo nomeou
Joana Grey, como rainha, excluindo da sucessão as suas meias-irmãs Elizabeth e
a católica Maria I, apesar da existência de um estatuto declarando o contrário.
Porém, o seu testamento acabou anulado e Maria tornou-se rainha, tendo Joana
sido executada. Elizabeth foi também feita prisioneira, durante cerca de um ano
em que durou o reinado de Maria, por suspeitas de apoiar rebeldes protestantes.
Elizabeth sucedeu Maria em 1558 e passou a reinar com um conselho. A rainha
passou a depender muito de um grupo de conselheiros de confiança liderados por
Guilherme Cecil, o Barão de Burghley. Uma das suas primeiras ações como rainha
foi o estabelecimento de uma igreja protestante inglesa, da qual tornou-se sua
Governadora Suprema. A Resolução Religiosa Elizabetana mais tarde
desenvolveu-se na atual Igreja Anglicana. Era também esperado que ela se
casasse e gerasse um herdeiro para continuar a linhagem da Casa de Tudor,
porém, nunca se casou apesar de ter tido vários pretendentes. Elizabeth ficou
famosa pela sua castidade enquanto envelhecia. Um culto cresceu a seu redor
tendo sido celebrada em pinturas, desfiles e obras literárias. A governança de
Elizabeth foi mais moderada do que a do pai e a dos meios-irmãos. Um de seus
lemas era video et taceo (“Vejo e digo nada”). Era relativamente tolerante em
questões religiosas, evitando perseguições sistemáticas. Depois de 1570, quando
o papa a declarou ilegítima e permitiu aos seus súditos que a deixassem de lhe
obedecê-la, várias aspirações ameaçaram a sua vida. Todos os planos foram
derrotados com a ajuda dos serviços secretos dos seus ministros. Elizabeth era
cautelosa em assuntos estrangeiros, movimentando-se entre as grandes potências
da França e Espanha. Apoiou, sem entusiasmo, várias campanhas militares
ineficazes e mal equipadas nos Países Baixos do Sul, na França e Irlanda.
Porém, por volta de 1580, uma guerra contra a Espanha tornou-se inevitável.
Quando os espanhóis finalmente decidiram em 1588 tentar conquistar a
Inglaterra, o fracasso da Armada Invencível associou Elizabeth a uma das
maiores vitórias militares da história inglesa. O reinado ficou para sempre
conhecido com Período Elisabetano, famoso acima de tudo pelo florescimento do
drama inglês, liderado por dramaturgos como William Shakespeare e Christopher
Marlowe, além das proezas marítimas dos aventureiros ingleses como Sir Francis
Drake. Alguns historiadores são mais contidos nas suas avaliações a Elizabeth.
Eles representam-na como uma governante temperamental, às vezes indecisa e que
teve muita sorte. Uma série de problemas econômicos e militares diminuíram a
sua popularidade ao final de seu reinado. Elizabeth é reconhecida como uma
intérprete carismática e uma sobrevivente obstinada num período em que o
governo era um instituição desorganizada e limitada, e monarcas de países
vizinhos enfrentavam problemas internos que ameaçavam seus tronos. Assim foi o
caso da rival Maria da Escócia, que foi presa por Elizabeth em 1568, e acabou
por ser executada em 1587. Depois dos curtos reinados de Eduardo VI e Maria I,
o seu período de 44 anos no trono deu estabilidade ao reino e ajudou a criar um
sentimento de identidade nacional. Fonte: Wikipédia. Acesso em 5 de dez. de
2021.
[15] Papa Pio V – Nascido em Bosco, Ducado
de Milão, na Itália em 17 de janeiro de 1504 e falecido em 1.º de maio de 1572,
no Vaticano. Chamava-se Antonio Ghislieri, foi inquisidor, chefe da Igreja
Católica e governante dos Estados Papais de 8 de janeiro de 1566 até a data da
sua morte em 1572. É venerado como um santo da Igreja Católica. Ele foi notável
principalmente por seu papel no Concílio de Trento, na Contrarreforma e na
padronização do Rito Romano na Igreja Latina. Pio V declarou Tomás de Aquino um
Doutor da Igreja. Como cardeal Ghislieri ganhou reputação por colocar a
ortodoxia diante de personalidades, processando oito bispos franceses por
heresia. Ele também se manteve firme contra o nepotismo, repreendendo seu
antecessor Pio IV quando este quis elevar a cardeal um membro de sua família
com apenas 13 anos de idade, e subsidiar um sobrinho com o tesouro papal. Por
meio da bula papal de 1570, “Regnas in Excelsis, Pio V excomungou Elisabeth I
da Inglaterra por heresia e perseguição aos católicos ingleses durante o seu
reinado. Também organizou a formação da Liga Sagrada, uma aliança de estados
católicos para combater o avanço do Império Otomano na Europa Oriental. Embora
em menor número, a Liga Sagrada derrotou os otomanos na Batalha de Lepanto, em
1571. Pio V atribuiu a vitória a intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria e
instituiu a festa de Nossa Senhora da Vitória. Os biógrafos relatam que, quando
a Batalha de Lepanto terminou, Pio V se levantou e foi até uma janela, onde
estava olhando para o leste “... Olhando para o céu, ele gritou: ‘Uma trégua
para os negócios – nossa grande tarefa no momento é agradecer a Deus pela
vitória que Ele acabou de dar ao exército cristão’ “. Fonte: Wikipédia. Acesso
em 5 de dez. de 2021.
[16] Jaime I da Inglaterra e Jaime VI da
Escócia – Nascido em Edimburgo, Escócia em 19 de junho de 1566 e falecido em
27 de março de 1625 em Cheshunt, no condado de Hertfordshire no sul da
Inglaterra. Foi o rei da Escócia (Jaime VI) e Rei da Inglaterra e Irlanda
(Jaime I) pela União das Coroas como Jaime I. Ele reinou na Escócia desde 1567
e na Inglaterra a partir de 1603 até sua morte. Os dois reinos eram estados
soberanos individuais, cada um com seu próprio parlamento, sistema judiciário e
leis, governados por Jaime em união pessoal. Ele sucedeu ao trono escocês com
apenas treze anos, logo após sua mãe Maria da Escócia ter sido forçada a
abdicar em seu favor. Quatro regentes governaram o país durante sua menoridade,
que encerrou-se oficialmente em 1578, apesar dele apenas ter assumido total
controle de seu governo em 1583. Em 1603, ele sucedeu Elizabeth I como o
monarca da Inglaterra e Irlanda, reinando nos três países por mais 22 anos até
sua morte, em 1625, aos 58 anos, no período conhecido como Era Jacobita, em sua
homenagem. Após a União das Coroas, ele passou a viver na Inglaterra, voltando
para a Escócia apenas em 1617 e se intitulando “Rei da Grã-Bretanha e Irlanda”.
Jaime foi um grande defensor de um parlamento único para a Inglaterra e
Escócia. Durante seu reinado, começaram o Plantation de Uster e a colonização
britânica na América. Com 57 anos e 246 dias, seu reinado na Escócia foi o mais
longo da história. Ele realizou a maioria de seus objetivos em seu país natal,
porém enfrentou grandes dificuldades na Inglaterra, incluindo a conspiração da
pólvora e vários conflitos com o parlamento inglês. A “Era de Ouro” da
literatura e dramaturgia do Período Elisabetano continuou sob Jaime, com
escritores como William Shakespeare, John Donne, Bem Jonson e Francis Bacon
contribuindo para uma cultura literária florescente. O próprio Jaime era um
acadêmico talentoso, tendo escrito obras como “Daemonologie”, “The True Law of
Free Monarchies” e “Basilikon Doron”. Ele patrocinou a tradução da Bíblia que
foi nomeada em sua homenagem: a Bíblia do Rei Jaime. Anthony Weldon afirmou que
Jaime tinha sido denominado “o tolo mais sábio da cristandade”, um epíteto que
desde então é associado ao monarca. Porém, desde o século XX, os historiadores
revisaram a reputação de Jaime e o trataram como um rei sério e ponderado. “. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.
[17] Maria Stuart – Nascida no Palácio de
Linlithgow, West Lotian, Escócia em 7 ou 12 de dezembro de 1542 e faleceu em 8
de fevereiro de 1587, decapitada no Castelo de Fotheringhay em Northamptoshire,
Inglaterra. É também conhecida por Maria I da Escócia, de 14 de dezembro de
1542 até sua abdicação em 24 de julho de 1567. Também foi Rainha Consorte da
França como esposa de Francisco II de 10 de junho de 1559 a 5 de dezembro de
1560. Maria foi a única descendente legítima sobrevivente do rei Jaime V da
Escócia, tendo apenas seis dias de idade quando seu pai morreu. Ela passou a
maior parte de sua infância na França enquanto a Escócia era governada por
regentes, casando-se em 1558 com Francisco o Delfim da França. Ele ascendeu ao
trono em 1559 como Francisco II e Maria brevemente se tornou sua consorte;
todavia Francisco acabou morrendo no final do ano seguinte. Maria voltava então
para a Escócia viúva, chegando em Leith no dia 19 de agosto de 1561. Casou-se
quatro ano depois com seu primo Henrique Stuart, Lord Darnley, porém a união
era infeliz. A sua residência foi destruída em fevereiro de 1567 numa explosão,
com Henrique sendo encontrado morto no jardim. Acreditava-se que Jaime Hepburn,
4.º Conde de Bothwell, havia orquestrado a morte de Henrique, porém ele foi
absolvido das acusações em abril de 1567 e casou-se com Maria no mês seguinte.
Após um levante contra o casal, ela foi aprisionada no Castelo de Lochleven.
Maria foi forçada a abdicar em 24 de julho em favor do seu filho com Henrique,
Jaime, até então com apenas um ano de idade. Depois de uma tentativa
malsucedida de reconquistar o trono, ela fugiu procurando proteção de sua
prima, a rainha Elizabeth I de Inglaterra. Maria anteriormente havia
reivindicado o trono de Elizabeth para si mesma, e foi considerada como a
legítima soberana da Inglaterra por católicos ingleses, incluindo os
participantes da rebelião conhecida como Rebelião do Norte. Vendo-a como uma
ameaça Elisabeth a aprisionou em vários castelos e mansões no interior do país.
Depois de dezoito anos e meio, Maria foi condenada por tramar o assassinato de
Elisabeth, sendo decapitada em 1587 aos 44 anos de idade. Fonte: Wikipédia.
Acesso em 6 de dez. de 2021.
[18] Carlos I – Nascido em Dunfermline, Fife, Escócia em 19 de novembro de 1600 e falecido em Londres, Inglaterra em 30 de janeiro de 1649. Foi rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 1625 até sua execução. Era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia e sua esposa Ana da Dinamarca; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603, Carlos se mudou para a Inglaterra, onde passou a maior parte da vida. Ele se tornou herdeiro aparente, quando seu irmão Henrique Frederico morreu. Uma tentativa malsucedida e impopular tentou casar Carlos com uma princesa espanhola em 1623. Dois anos depois se casou com a francesa Henriqueta Maria. Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com sua consciência. Muitos de seus súditos eram contra suas políticas, particularmente suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos sem o consentimento parlamentar, vendo suas ações como de um monarca absoluto tirano. As políticas religiosa de Carlos, junto com seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas como os puritanos e calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e William Laud quem Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. Suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a oposição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda. A partir de 1641, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado em 1645, ele se entregou para forças escocesas que o entregaram para o parlamento inglês. Carlos se recusou a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional protestante e temporariamente fugiu em novembro de 1647. Recapturado na ilha de Wight criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou seu controle na Inglaterra no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada com seu filho Carlos II. Fonte: Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.
[19] William
Laud – Nascido em 7 de outubro de 1573 na Broad Street, em Reading,
Bertshire, Inglaterra, e falecido em 10 de janeiro de 1645 na Tower Hill,
Londres. Foi um líder religioso britânico, e foi o arcebispo da Cantuária de
1633 até sua morte, em 1645. Um dos Alto-Teólogos da Igreja Carolina, ele se
opôs a formas radicais de puritanismo. Isto, e seu apoio ao rei Carlos I foram
considerados por alguns as razões para a sua decapitação, que foi trazida por
10 artigos específicos de proscrição no meio da Guerra Civil Inglesa. De
origens relativamente humildes; seu pai, também chamado William, era um
comerciante de tecidos finos. Ele foi batizado na Igreja de São Lourenço, em
Reading e foi educado na Reading School e, através de uma bolsa de estudos no
Colégio de São João, em Oxford. Laud foi nomeado Fellow do Saint John, em 1593,
ganhando um “Bachelor of Arts”, em 1594, e um mestrado em 1598. Em 9 de maio de
1601 ele foi eleito membro sênior, e se tornou inspetor da universidade em
1603. Foi ordenado em 5 de abril de 1601. Ele logo ganhou reputação de
tendências arminianas (o arminianismo é uma escola de pensamento soteriológica
[doutrina da salvação] baseada nas ideias do holandês Jocobus Arminius [1560 –
1609] e seus seguidores históricos, os remonstrantes. A aceitação doutrinária
se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre
Atanásio e Orígenes, até a defesa de Santo Agostinho de Hipona do “pecado
original”) e Alto-Igreja, antipatia ao puritanismo, bem como para o
brilhantismo intelectual e organizacional. Naquela época, o partido calvinista
era forte na Igreja da Inglaterra. Assim, a afirmação de sucessão apostólica de
Laud era impopular em muitos quadrantes. Em 1602, Laud defendeu a continuidade
eterna visível da igreja, o que levou o bispo George Abbot a condenar o jovem
sacerdote. Laud disse a Jaime I que o abade acreditava na continuação da Igreja
da Inglaterra através de várias seitas heréticas medievais. Em sua tese de
bacharelado Laud defendeu a necessidade absoluta do batismo e que, sem bispos
uma igreja não poderia ser uma igreja de verdade. Thomas Holland, outro
calvinista e professor em Oxford, afirmou que Laud tinha tomado a maior parte
de seus argumentos do padre jesuíta Roberto Belarmino e procurou fomentar a
desunião entre a Igreja da Inglaterra e as igrejas protestantes estrangeiras.
No entanto, sua cópia da obra “Disputationes”, de Berlamino, contém suas
anotações até 1619, que apoiaram doutrinas calvinistas em questões como
predestinação, defendeu o calvinista ortodoxo Teodoro de Beza contra as
críticas de Belarmino e confirmou a doutrina da perseverança dos santos. Fonte:
Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.
[20] Pelagianismo – foi um conceito
teológico que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo
arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a
salvação. O termo é derivado de Pelágio da Bretanha. Todo homem é totalmente
responsável pela sua própria salvação e, portanto, não necessita da graça
divina. Segundo os pelagianos, todo homem nasce “moralmente neutro”, sendo
capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim
o desejar. Uma das grandes disputas durante a Reforma Protestante versou sobre
a natureza e a extensão do pecado original. No século V, Pelágio havia debatido
ferozmente com Santo Agostinho de Hipona sobre esse assunto. Agostinho mantinha
que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo
que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao
pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de
Adão afetara apenas Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas
perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo e
embora considerasse Adão como “um mau exemplo” para a sua descendência, suas
ações não teriam consequências para a mesma, sendo o papel de Jesus definido
pelos pelagianos como “um bom exemplo fixo” para o resto da humanidade
(contrariando, assim, o mau exemplo de Adão), bem como proporciona uma expiação
pelos seus pecados, tendo a humanidade em suma, total controle pelas suas
ações, posteriormente Pelágio reivindicou que a graça divina era desnecessária
para a salvação, embora facilitasse a obediência. As sentenças pronunciadas
pelo papa Inocêncio I contra tal tese acabaram por classifica-la como heresia.
Fonte: Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.
[21] Oliver Cromwell – Nascido em
Huntingdon, condado de Cambridgeshire, Anglia Oriental, Inglaterra em 25 de
abril de 1599 e falecido no Palácio de Whitehall, Londres em 3 de setembro de
1658. Foi um militar e líder político inglês e, mais tarde, Lord Protector.
Nascido no meio da nobreza rural, os primeiros quarenta anos de sua vida são
pouco conhecidos. Após passar por uma conversão religiosa na década de 1630,
Cromwell tornou-se puritano independente, assumindo uma posição, no geral,
tolerante, face aos protestantes do seu tempo. Um homem intensamente religioso
– autodenominado de Moisés puritano – ele acreditava profundamente que Deus era
seu guia nas suas vitórias. Cromwell foi eleito membro do parlamento pelo
círculo eleitoral de Hungingdon em 1628, e por Cambridge, no Pequeno (1640) e
Longo Parlamentos (1640 -1649). Participou da Guerra Civil Inglesa, ao lado dos
Parlamentaristas. Chamado de “Old Ironside”, foi rapidamente promovido da
liderança de uma simples tropa de cavalaria para um dos comandantes principais
do New Model Army, onde desempenhou um papel de destaque na derrota das forças
realistas. Foi um dos signatários da sentença de morte do rei Carlos I em 1649,
e, como membro do Rump Parliament (1649 – 1653), dominou a Comunidade da
Inglaterra. Foi escolhido para assumir o comando da campanha inglesa na Irlanda
durante 1649 – 1650. As suas forças derrotaram a coligação entre os
Confederados e os Realistas, e ocuparam o país – terminando, assim, com as
Guerras Confederadas Irlandesas. Durante este período, foram redigidas uma
série de Leis Penais contra os católicos romanos (uma minoria significativa na
Inglaterra e na Escócia, mas uma grande maioria na Irlanda), e grande parte das
suas terras foram confiscadas. Cromwell também liderou uma campanha contra o
exército escocês entre 1650 e 1651, liderando os “Roundheads” contra os
Cavalheiros (Cavaliers), saindo vitorioso principalmente pelo fato do seu
exército ter um modelo chamado “New Model Army” que tinha uma hierarquia
baseada na meritocracia, ou seja, as altas patentes só eram alcançadas por
merecimento. A 20 de abril de 1653, dissolveu o Rump Parliament pela força,
instituindo uma assembleia, de curta duração, conhecida como Paramento
Barebones, antes de ser convidado pelos seus pares para liderar como “Lorde
Protetor” da Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda, a partir de 16 de
dezembro de 1653. Como governante, esteve à frente de uma política exterior
muito agressiva e eficaz. Depois de sua morte (por malária) em 1658, foi
sepultado na Abadia de Westminster mas, após a tomada do poder pelos
monarquistas, em 1660, o seu corpo foi retirado da sepultura, pendurado por
correntes e decapitado. Fonte: Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.
[22] Carlos II – Nascido em Londres em 29
de maio de 1630 e falecido em Londres em 6 de fevereiro de 1685. Foi rei da
Inglaterra, Escócia e Irlanda de 1660 até sua morte. Seu pai Carlos I foi
executado no Palácio de Whitehall em 31 de janeiro de 1649, no auge da Guerra
Civil Inglesa. O parlamento escocês o proclamou rei, porém Oliver Cromwell o
derrotou na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para
a Europa continental. Cromwell se transformou no governante da Inglaterra,
Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias
Unidas (República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixo) e nos Países
Baixos Espanhóis. Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou
na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar a
Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, seu aniversário de trinta anos, ele foi
recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os
documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido seu pai em 1649. O
parlamento inglês aprovou leis conhecidas como Código Clarendon, criado para
fortalecer a posição da restabelecida Igreja Anglicana. Ele concordou com o
código, mesmo sendo a favor de uma política de tolerância religiosa. A
principal questão estrangeira do início de seu reinado foi a Segunda Guerra
Anglo-Holandesa. Em 1670, assinou o Tratado Secreto de Dover, uma aliança com o
seu primo Luís XIV de França. O rei francês concordava em auxiliar o inglês na
Terceira Guerra Anglo-Holandesa e pagar uma pensão a Carlos, em troca Carlos
prometia se converter ao catolicismo em uma data futura não especificada. Ele
tentou em 1672 introduzir a liberdade religiosa aos católicos e dissidentes
protestantes, com sua Real Declaração de Indulgência, porém o parlamento inglês
forçou sua retirada. Em 1679, as revelações de Tito Oates sobre um suposto
“Complô Papista” iniciaram a Crise da Exclusão quando descobriu que o irmão do
rei, Jaime, o Duque de Iorque e Albany era um católico. A crise viu o
surgimento de partidos Whig pró-exclusão e Tory antiexclusão. Carlos se aliou
aos Tories e, após a descoberta de uma conspiração para matá-lo junto com o
irmão em 1683, alguns líderes Whigs foram mortos ou exilados. Carlos dissolveu
o parlamento em 1681, reinando sozinho até morrer em 1685. Não teve nenhum
filho com sua esposa Catarina de Bragança, apesar de ter reconhecido vários
ilegítimos, sendo assim sucedido por seu irmão Jaime. Fonte: Wikipédia. Acesso
em 6 de dez. de 2021.
[23] John Knox – Nascido aproximadamente em
1514 em Gifordgate, Haddington, East Lothian, Escócia e falecido em 24 de
novembro de 1572 em Edimburgo na Escócia. Foi um ministro, teólogo e escritor
escocês que liderou a Reforma Protestante na Escócia. Ele foi o reformador da
Igreja da Escócia, e o fundador do Presbiterianismo. Acredita-se que John Knox
tenha sido educado na Universidade de Saint Andrews e trabalhado como
tabelião-padre. Influenciado pelos primeiros reformadores da igreja, como
George Wishart ele se juntou ao movimento para reformar a Igreja Escocesa. Ele
foi envolvido pelos eventos eclesiásticos e políticos que envolveram o
assassinato do cardeal David Beaton em 1546 e a intervenção da regente Maria de
Guise. Ele foi feito prisioneiro pelas forças francesas no ano seguinte e
exilado para a Inglaterra quando foi solto em 1549. Durante o exílio, Knox foi
licenciado para trabalhar na Igreja da Inglaterra, onde subiu na hierarquia
para servir ao rei Eduardo VI da Inglaterra como capelão real. Ele exerceu uma
influência reformadora no texto do “Livro de Oração Comum”. Na Inglaterra, ele
conheceu e se casou com sua primeira esposa, Margery Bowes. Quando Maria I
ascendeu ao trono da Inglaterra e restabeleceu o catolicismo romano, Knox foi
forçado a renunciar ao cargo e deixar o país. Knox mudou-se para Genebra e
depois para Frankfurt. Em Genebra, ele conheceu João Calvino, de quem ganhou
experiência e conhecimento da teologia reformada e do governo presbiteriano.
Ele criou uma nova ordem de serviço, que foi finalmente adotada pela igreja
reformada na Escócia. Ele deixou Genebra para chefiar a igreja de refugiados
ingleses em Frankfurt, mas foi forçado a deixar as diferenças sobre a liturgia,
encerrando assim sua associação com a Igreja da Inglaterra. Em seu retorno à
Escócia, Knox liderou a Reforma Protestante na Escócia, em parceria com a
nobreza protestante escocesa. O movimento pode ser visto por alguns como uma
revolução, pois levou a destituição de Maria de Guise, que governava o país em
nome de sua jovem filha Maria, Rainha dos Escoceses Knox ajudou a escrever a
nova confissão de fé e a ordem eclesiástica para a igreja reformada, a Kirk.
Ele escreveu seus cinco volumes “A História da Reforma na Escócia” entre 1559 e
1566. Ele continuou a servir como líder religioso dos protestantes durante o
reinado de Maria da Escócia. Em várias entrevistas com a rainha, Knox a
advertiu por apoiar as práticas católicas. Depois de ser presa por seu papel de
assassinato do marido, Lord Darnley, e o rei Jaime VI foi entronizado em seu
lugar, Knox pediu abertamente sua execução. Ele continuou a pregar até seus
últimos dias. Fonte: Wikipédia. Acesso em 6 de dez. de 2021.