sábado, 9 de abril de 2022

NATO MEMBERS DONATE HEAVY WEAPONS TO UKRAINE

 


Heavy weapons such as tanks and anti-aircraft batteries, although insufficient, can provoke Moskow.

       After weeks of charging for heavy weapons to face a new phase of Russian occupation of its territory, Ukraine began to receive part of what was promised by NATO, the western military alliance. Supply that is not enough to change the dynamics of force between Ukraine and Russia, but that can be understood as a provocation by the Kremlin.


       On April 8, there will be episodes that April will bring anti-aircraft distance systems, armored vehicles, artillery pieces, rocket launchers and even tanks from at least its neighbors.

       This donation, ironically, of war material from the former USSR that would have been passed on to the Warsaw Pact countries with the aim of protecting the borders of the largest country in the world, and can be considered as a legacy of the end of the Cold War.


       The prime minister of Slovakia, Eduard Heger, said that his country donated the Russian-made S-300 anti-aircraft systems to the neighboring country. “It does not mean that the Slovak Republic is taking part in the conflict,” he said. In 1989, at the breakup of the USSR, the then ally Czechoslovakia received from Moscow an S-300 regiment in its PMU export version, with four launchers. When the Czech and Slovak republics split in 1993, the latter inherited the system.

Patriot
       Obsolete model, can hit aircraft up to 90 km. The Russians operate versions that can shoot down targets up to 400 km, but in the context of the destruction of the six batteries that the Ukrainians had until the beginning of the war is better than nothing. NATO, of which Slovakia is a part, will install American Patriot systems to fill the country's lack of air defense.

       The Reuters news agency reported, without naming the source of the information, that the Czech Republic has shipped at least five T-72 tanks, five BMP-1 infantry tanks, heavy mortars and multiple rocket launchers in recent weeks to Ukraine. The country operates 30 older versions of the Soviet T-72 and had 89 in stock. Ukraine ended up being used as a dumping ground for antiquated ordnance.

       None of this will change the course of the war, of course, given the widespread destruction of armored vehicles on both sides, but it does show some commitment from the West that could generate noise in the Kremlin, which until now had more or less turned a blind eye to the most lethal small arms sent to Kiev.


       On April 7, NATO Secretary General Jeans Stoltenberg said generically that alliance members were supplying heavy material to the Ukrainians, following complaints from the Kiev government.


       The fear expressed by Ukrainian Foreign Minister Dmitro Kuleba concerns the expected Russian offensive to capture the rest of the historic Donbass region in the east of the country. Currently, the separatists who have dominated the easternmost part of the territory since 2014 have expanded their control with Russian support to almost all of Lugansk province and perhaps 60% of Donetsk. In the latter, in the Ukrainian part, is the city of Kramatorsk, target of the controversial attack on a train station on April 8.

       Since its initial offensive was faltered by planning errors and Ukrainian resistance, Moscow has altered plans and withdrew the bulk of its forces from the northeastern region of the country around Kiev. He announced that he would focus, in the new phase of the war, on control of the Donbass – in fact, the alleged motive for the occupation. (See Maffei's Blog. The War of the Great Arrows on Russia's strategy).

      Since early April, Ukraine has been asking for heavier equipment, as the battle in Donbass will require the use of mechanized forces, in addition to the predictable air support that the Russians will use – hence the need for the S-300 and shorter-range systems such as the Strela that the Czechs also donated, according to Reuters.

       Kuleba drew this when speaking to Stoltenberg and other ministers from NATO countries. The point so far is that the West has limited itself to providing effective portable anti-tank and anti-aircraft systems, which have worked very well to hold off Russian tank advances in ambush.

       But a concentrated action, with artillery barrages, air support, and intrusion of tanks and infantry must find something similar in front of it. Unless the amounts of material are much higher than the reported ones, which is possible, Ukraine will have a big problem in Donbass.

       The point is that NATO fears offending Russia, whose President Vladimir Putin has suggested he would use nuclear weapons to deal with anyone trying to get involved in the conflict.

       Therefore, the Polish suggestion to send Mig-29 fighter jets to the neighbor was vetoed by the US, the leaders of the alliance, as well as the request for the Westerners to try to implement a no-fly zone over Ukraine – which could amount to the declaration of the Third World War.



 

(Text adapted from Igor Gielow, Folha de São Paulo, available at: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/04/otan-comeca-a-doar-armas-pesadas-para -ukraine-face-the-russians.shtml).

 


MEMBROS DA OTAN DOAM ARMAS PESADAS PARA A UCRÂNIA

 


Armamento pesado como tanques e baterias antiaéreas embora sejam insuficientes podem provocar Moscou.

       Após semanas de cobrança por armamento pesado para enfrentar uma nova fase de ocupação russa ao seu território, a Ucrânia passou a receber parte do prometido pela OTAN, a aliança militar ocidental. Suprimento que não é suficiente para mudar a dinâmica de forças entre a Ucrânia e a Rússia, mas que pode ser entendido como uma provocação pelo Kremlin.


       No dia 8 de abril, correram relatos de que Kiev estaria recebendo sistemas antiaéreos de longa distância, blindados, peças de artilharia, lançadores de foguetes e até tanques de pelo menos dois de seus vizinhos.

       Esta doação, ironicamente, do antigo material bélico da ex-URSS que teria repassado aos países do Pacto de Varsóvia com o objetivo de servir de proteção às fronteiras do maior país do mundo, podendo ser considerado como um legado do final da Guerra Fria.    


       O premiê da Eslováquia, Eduard Heger, afirmou que seu país doou os sistemas antiaéreos de origem russa S-300 para o país vizinho. “Não significa que a República Eslovaca está tomando parte do conflito”, disse.

       Em 1989, na desagregação da URSS, a então aliada Tchecoslováquia recebeu de Moscou um regimento de S-300 na sua versão PMU, de exportação, com quatro lançadores. Quando as repúblicas Tcheca e Eslovaca se separaram, em 1993, a segunda herdou o sistema.

Patriot
       Modelo obsoleto pode atingir aeronaves a até 90 km. Os russos operam versões que podem derrubar alvos a até 400 km, mas no contexto da destruição das seis baterias que os ucranianos tinham até o começo da guerra é melhor que nada. A OTAN, da qual a Eslováquia faz parte, irá instalar sistemas americanos Patriot para suprir a carência de defesa aérea do país.

       Já a agência de notícias Reuters divulgou sem dar nome à fonte da informação, que a República Tcheca embarcou ao menos cinco tanques T-72, cinco blindados de infantaria BMP-1, morteiros pesados e lançadores múltiplos de foguetes nas últimas semanas para a Ucrânia. O país opera 30 versões antigas do T-72 soviético e tinha 89 em estoque. A Ucrânia acabou sendo usada como local de despejo de material bélico antiquado.

       Nada disso poderá mudar o rumo da guerra, obviamente, dada a destruição ampla de blindados dos dois lados, mas mostra algum comprometimento do Ocidente que poderá gerar ruído no Kremlin, que até aqui fazia vista mais ou menos grossa às armas leves mais letais enviadas a Kiev.

       No dia 7 de abril, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse genericamente que os membros da aliança estavam fornecendo material pesado para os ucranianos, após reclamação do governo de Kiev.

      O temor expresso pelo chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, diz respeito à esperada ofensiva russa para capturar o restante da região histórica do Donbass, no leste do país. Atualmente, os separatistas que dominavam a porção mais oriental do território desde 2014 expandiram seu controle com apoio russo para quase toda a província de Lugansk e talvez 60% da de Donetsk. Fica nesta última, na porção ucraniana, a cidade de Kramatorsk, alvo do polêmico ataque a uma estação de trem no dia 8 de abril.

       Desde que sua ofensiva inicial esmoreceu por erros de planejamento e resistência ucraniana, Moscou alterou os planos e retirou o grosso de suas forças da região nordeste do país, em torno de Kiev. Anunciou que iria focar, na nova fase da guerra, o controle do Donbass – de resto, o motivo alegado para a ocupação. (Ver Blog do Maffei: A Guerra das Setas Grandes, sobre a estratégia da Rússia).

    Desde inícios de abril, a Ucrânia pede equipamento mais pesado, pois a batalha em Donbass demandará o uso de forças mecanizadas, além do previsível apoio aéreo que os russos usarão – daí a necessidade do S-300 e de sistemas de menor alcance, como o Strela que os tchecos também doaram, segundo a Reuters.

       Kuleba desenhou isso ao falar com Stoltenberg e outros ministros de países da OTAN. A questão até aqui é que o Ocidente vinha se limitando a fornecer eficazes sistemas portáteis antitanque e antiaéreos, que funcionaram muito bem para segurar avanços de blindados russos em emboscadas.

       Mas uma ação concentrada, com barragens de artilharia, apoio aéreo e intrusão de blindados e infantaria precisa encontrar algo semelhante à sua frente. Exceto que as quantidades de material sejam muito maiores do que as divulgadas, o que é possível, a Ucrânia terá um problema grande no Donbass.

       A questão é que a OTAN teme melindrar a Rússia, cujo presidente Vladimir Putin sugeriu que usaria armas nucleares para lidar com quem tentasse se envolver no conflito. Por isso, a sugestão polonesa de enviar caças Mig-29 para o vizinho foi vetada pelos EUA, os líderes da aliança, assim como o pedido para que os ocidentais tentassem implantar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia – o que poderia equivaler à declaração da Terceira Guerra Mundial.

 

(Texto adaptado a partir de Igor Gielow, Folha de São Paulo, disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/04/otan-comeca-a-doar-armas-pesadas-para-ucrania-enfrentar-os-russos.shtml).

quarta-feira, 6 de abril de 2022

A ARMA MAIS FORTE DE PUTIN


        Este texto do mestre Geraldo Bonadio, já alertava para o problema europeu em relação ao gás importado da Rússia em  18 de fevereiro de 2022. A guerra iniciou no dia 24 daquele mês. Esta postagem que o professor Bonadio fez via Facebook vem corroborar com a informação anterior sobre o comércio de gás e petróleo russos.


       Da antiga União Soviética, da qual foi centro político e estratégico, a Rússia herdou um poderio militar desmesurado, com enorme capacidade destrutiva, e um notável desenvolvimento tecnológico, mas o que tira o sono da Europa Ocidental e da OTAN expandida é o controle estatal sobre a prospecção e exportação de gás natural. Se Moscou fechar os gasodutos que a conectam à Europa Ocidental, pode levar à morte, por desaquecimento, milhões de europeus no próximo inverno. Ainda que existam, como efetivamente existem, outros centros supridores daquela commodity, será impossível, aos governos detentores de tais jazidas e à União Europeia, somadas as dificuldades políticas, logísticas e financeiras a resolver, criar alternativa ao suprimento propiciado pela Rússia.



       Essa realidade, que a grande mídia oculta ao tratar do confronto que gera as manchetes dos veículos de comunicação dos últimos dias, fornece dados essenciais para entendermos a crise energética, hoje uma das ameaças mais diretas à sobrevivência das populações pobres do Brasil e desmascara a inconsistência dos que, supostos porta-vozes do “mercado”, tentam convencer os brasileiros de que não temos necessidade de uma estatal do petróleo com a amplitude alcançada em dado momento pela Petrobras, que ia do poço ao posto.


       O caos do nosso sistema energético, cujas consequências diretas atingem do gás de cozinha, cujos botijões passaram a ser vendidos em parcelas nos cartões de crédito de quem os possui, aos combustíveis automotivos, é uma realidade perversa deliberadamente construída e não capricho do destino ou castigo dos deuses. Seus autores foram dois governos apartados do interesse nacional: o de Fernando Henrique Cardoso – com o impatriótico projeto de converter a Petrobras em Petrobrax – e, em especial, o de Michel Temer com seu sinistro programa de destruição da soberania nacional cinicamente rotulado de Ponte para o Futuro.


       E a corrupção na Petrobras durante os governos do PT? Não teve nada a ver com o desastre que aí está? Teve, sim, principalmente por haver levado a desatinos, como a Operação Lava Jato na qual, a pretexto de se restaurar a moralidade, destruíram-se CNPJs essenciais à economia brasileira ao mesmo tempo em que se construíam, através do mau uso das delações premiadas, rotas de fuga e garantias de impunidade para os CPFs dos que com ela se locupletaram. Essa, entretanto, é outra história da qual aqui não trato para manter o foco da narrativa. O certo é que, se não eliminarmos os fatores que criaram a crise energética, nunca iremos recolocar o preço dos derivados de petróleo, no mercado interno, em patamares compatíveis com a renda dos brasileiros.


       Tudo o que se fala e propõe, na grande mídia corporativa - subsídios, mudanças tributárias e por aí a fora - é mera tentativa de má fé, ecoada por incautos, de desviar o foco da questão, a saber: sem uma forte estatal da energia nenhum Estado contemporâneo preserva sua soberania. Tanto isso é verdade que empresas dessa natureza, muito maiores do que a estatal brasileira foi em seus melhores momentos, existem em países tão diferentes em sua forma de governo, níveis de democracia e respeito aos direitos humanos, etnias e religiões dos povos que os habitam, como a Arábia Saudita, a Rússia, a Noruega, a China, o Irã e o Japão. Ou seja, quanto menor e mais impotente for a Petrobras, menor será a soberania do Brasil e maior os padrões de miséria de nossa gente. 

Geraldo Bonadio

Jornalista, advogado e escritor, natural de Sorocaba – SP.

18 de fevereiro de 2022.


QUANTO O MUNDO DEPENDE DO PETRÓLEO E DO GÁS DA RÚSSIA?

 
 

       Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia anunciaram que vão restringir as importações de petróleo russo. A medida foi tomada depois que a Rússia alertou que poderia cortar o fornecimento de gás aos países europeus se o boicote às importações de petróleo do país for adiante.



Que sanções existem sobre o petróleo e gás russos?

       Os EUA anunciaram uma proibição completa das importações russas de petróleo, gás e carvão, depois que a Ucrânia fez um apelo para que as sanções fossem ampliadas. O Reino Unido deve acabar gradualmente com as importações de petróleo russo até o fim deste ano, e a União Europeia está reduzindo suas importações em dois terços.


       O governo britânico diz que a medida permite tempo suficiente para encontrar outros fornecedores.

     O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou que rejeitar o petróleo russo levaria a "consequências catastróficas para o mercado global".

       Os preços do petróleo e do gás já subiram drasticamente e podem aumentar ainda mais se a Rússia interromper as exportações. Mas não se trata apenas de combustível - o custo de vida em diversos países será afetado, com os preços globais das commodities subindo ainda mais.

 

Quanto petróleo a Rússia exporta?

       A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA e da Arábia Saudita. Dos cerca de cinco milhões de barris de petróleo bruto que exporta por dia, mais da metade vai para a Europa.


       As importações russas representam 8% da demanda total de petróleo do Reino Unido. Os EUA são menos dependentes, com cerca de 3% de seu petróleo importado vindo da Rússia em 2020.

 

E os fornecedores alternativos de petróleo?

       O analista de pesquisa de política energética Ben McWilliams diz que deve ser mais fácil encontrar fornecedores alternativos de petróleo do que de gás, "já que não são tantos oleodutos". "Alguns vêm da Rússia, mas também há muitas remessas de outros lugares".

      


     Os EUA têm pedido à Arábia Saudita que aumente sua produção, mas o país rejeitou pedidos anteriores do governo americano para aumentar a produção a fim de reduzir os preços do petróleo.

       A Arábia Saudita é o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), cartel que responde por cerca de 60% do petróleo bruto comercializado internacionalmente. Por isso, a Opep tem um papel fundamental na influência dos preços do petróleo.

       A Rússia não está na Opep, mas trabalha com ela desde 2017 para impor limites à produção de petróleo, a fim de manter os ganhos dos produtores.

      


     Os EUA também estão avaliando relaxar as sanções petrolíferas da Venezuela. O país sul-americano costumava ser um importante fornecedor dos EUA, mas recentemente tem vendido seu petróleo em grande parte para a China.

 

O que aconteceria se o gás russo parasse de fluir para a Europa Ocidental?

       Os preços do aquecimento — que já estão altos — aumentariam ainda mais. O gás russo representa cerca de 40% das importações de gás natural da União Europeia.



       Se esta fonte secar, a Itália e a Alemanha ficariam especialmente vulneráveis. A Europa poderia recorrer aos exportadores de gás existentes, como o Catar — ou a Argélia e a Nigéria, mas há obstáculos práticos para expandir rapidamente a produção.

       A Rússia fornece apenas cerca de 5% do suprimento de gás do Reino Unido, e os EUA não importam gás russo. No entanto, os preços no Reino Unido e nos EUA ainda estão em alta significativa devido ao efeito da escassez de oferta.




 

Podem ser encontradas alternativas ao gás russo?

       Não tão facilmente. "É mais difícil substituir o gás porque temos estes dutos enormes que estão levando o gás russo para a Europa", explica Ben McWilliams.

       O think tank Bruegel[1] prevê que, se a Rússia interromper o fornecimento de gás para a Europa, a Europa poderia importar mais gás natural liquefeito (GNL) dos EUA.




Simone Tagliapietra
       Também poderia aumentar o uso de outras fontes de energia, mas isso não é rápido ou fácil. "As energias renováveis ​​levam tempo para serem implementadas, então, no curto prazo, isso não é uma solução", diz o analista de pesquisa Simone Tagliapietra. "Então, para o próximo inverno, o que pode fazer a diferença é a troca de combustível, como a abertura de usinas a carvão, como a Itália e a Alemanha planejam fazer em caso de emergência."

       A União Europeia propôs um plano para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos até 2030 — incluindo medidas para diversificar o fornecimento de gás e substituir o gás no aquecimento e na geração de energia.

 

O que pode acontecer com as contas de energia e o preço do combustível?

       Em diversos países, os consumidores vão enfrentar o aumento das contas de energia e combustível como resultado desta guerra.


       No Reino Unido, por exemplo, as contas de energia domésticas foram mantidas sob controle até agora por um teto de preço de energia. Mas as contas vão aumentar em abril, quando o teto subir.   Os preços da gasolina e do diesel no Reino Unido também dispararam.

       Nos EUA, o preço da gasolina atingiu o nível mais alto desde 2008, com a American Automobile Association dizendo que os preços nas bombas subiram 11% na semana passada. “Acho que se estamos em um cenário em que o petróleo e o gás russos param de fluir para a Europa, precisaremos de medidas de racionamento", diz McWilliams. "Parte da conversa agora é: podemos dizer às famílias para diminuir um grau em seus termostatos, o que pode economizar uma quantidade significativa de gás."

       No Brasil, paira uma grande incerteza sobre o que vai acontecer com os preços da gasolina, diesel e do gás de cozinha no Brasil.



BBC  Reality Check – Jake Horton, Daniele Palumbo e Tim Bowler

9 de março de 2022.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60673879. Acesso em 6 de abr. 2022.

 



1. Bruegel é um think tank dedicado à pesquisa de políticas em questões econômicas. Com sede em Bruxelas, iniciou suas operações em 2005 e atualmente conduz pesquisas em cinco áreas de foco diferentes com o objetivo de melhorar o debate econômico e a formulação de políticas.Think tanks são instituições que desempenham um papel de advocacy para políticas públicas, além de terem a capacidade de explicar, mobilizar e articular os atores. Atuam em diversas áreas, como segurança internacional, globalização, governança, economia internacional, questões ambientais, informação e sociedade, redução de desigualdades e saúde.

 


terça-feira, 5 de abril de 2022

RÚSSIA PODE VENDER GÁS COM PAGAMENTO EM BITCOIN

     Este artigo de Stfan Stankovic demonstra que a modernidade e o avanço tecnológico podem jogar do lado da Rússia a possibilidade de fazer transações comerciais com moeda virtual.

 

O principal responsável russo da energia, Pavel Zavalny, disse que a Rússia está aberta a aceitar pagamentos em Bitcoin por exportações de energia.

Zavalny também disse que nos pagamentos de energia o país perdeu todo o interesse em pagamentos com US dólares, pois eles tornaram-se “papeis para embrulhar pão”.

As sanções ocidentais efetivamente congelaram reservas de divisas estrangeiras da Rússia e cortaram o país do sistema financeiro internacional.


       O presidente do Comitê de Energia da Duma do Estado, Pavel Zavalny, disse que o país estaria disponível para vender energia ao ocidente por rublos, ouro, divisas nacionais de países amistosos, ou mesmo Bitcoin. A Rússia está pronta a aceitar qualquer outra coisa além dos “papéis de embrulhar pães” das divisas fiduciárias (Fiat currencies) tais como euros ou US dólares, de acordo com um dos responsáveis máximo sobre energia.

       Numa entrevista no dia 17 de março ao centro de multimídia MIA Rossiya Segdnya, possuído e operado pelo governo russo, o presidente do Comitê de Energia da Duma do Estado, Pavel Zavalny, disse: “Já há algum tempo oferecemos à China a mudança das transações em divisas nacionais, tais como o rublo e o renminbi. Com a Turquia, isso seria com a lira turca e o rublo. Os conjuntos de moedas podem ser diferentes; é uma prática comum. Se fosse necessário negociar com o Bitcoin, nós o faríamos”.

       Zavalny também manifestou apoio à decisão do presidente Vladimir Putin de impor pagamentos de energia em rublos russos a países não amigos: “Se não podemos armazenar (o euro), adquiri-lo, se a capacidade de efetuarmos liquidações nesta moeda com as nossas contrapartes, incluindo as da Europa Ocidental, é violada, então porque deveríamos comerciar nesta divisa?”, perguntou retoricamente.

       Na quarta feira, 23 de março, Putin anunciou que a Rússia começaria a exigir a “países inamistosos” pagamentos em rublos pelo fornecimento de gás natural e ordenou ao banco central que desenvolvesse um mecanismo para permitir aceitar estes tipos de pagamentos dentro de uma semana. Em consequência, os preços do gás natural aumentaram 30%. A medida é uma retaliação pelas Sanções impostas pelo ocidente, como cortar a Rússia do SWIFT e congelar ativos do Banco da Rússia.

22 de Março de 2022.

 

O original encontra-se disponível em cryptobriefing.com/russia-could-sell-gas-bitcoin/. Esta notícia encontra-se em resistir.info. Acesso em 31 de mar. 2022.

Veja também:

ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA: DOIS MUNDOS, UM MESMO FASCÍNIO PELO PASSADO

Quando falamos em escavar o solo em busca de vestígios do passado, muitas pessoas imediatamente pensam em fósseis de dinossauros e utensílio...

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