Thomas
Robert Malthus – Nascido em Rookery, perto de Guildford no condado de Surrey em
13 ou 14 de fevereiro de 1766 e falecido em Bath, condado de Somerset na
Inglaterra. Foi um economista britânico, matemático, sociólogo, iluminista e
clérigo anglicano inglês. É considerado o pai da demografia por sua teoria para
o controle de aumento populacional, conhecida como malthusianismo, que afirmava
que, enquanto os meios de subsistência crescem em progressão aritmética, a
população cresce em progressão geométrica, e a melhoria da humanidade seria
impossível sem limites rígidos para a reprodução.
Malthus
foi filho de um rico fazendeiro de terras, terminou os estudos no Jesus College
(Cambridge) de 1784 a 1791, onde obteria um posto de professor em 1793. Malthus
tornou-se pastor anglicano em 1797 e casou-se em 1804. Seu pai, Daniel Malthus,
era amigo do filósofo David Hume e seguidor de Jean-Jacques Rousseau, utilizou
a obra “Emile” para influenciar na educação de Thomas Malthus, educado
domiciliarmente até ingressar na Jesus College (Cambridge). No ano de 1797,
quando tornou-se sacerdote da Igreja Anglicana foi influenciado decisivamente
para escrever sua obra “Ensaio Sobre a População”, e, dois anos depois
participou de uma turnê europeia com William Otter, Edward Daniel Clarke e John
Marten Cripps, utilizando a viagem para observar e coletar dados populacionais.
Malthualismo
Malthus e seus “Ensaios”
Em
1805, foi nomeado professor de história e economia política num Colégio da
Companhia das Índias (East India Company College), em Haileybury. Expôs suas
ideias em dois livros conhecidos como “Primeiro Ensaio” e “Segundo Ensaio”. No
primeiro, de 1798, denominado “Na Essay on Population”, de 1798, o qual
necessitou também de uma outra edição ampliada e revisada em 1802 e
subsequentemente 1806, 1807, 1817, 1826, ele especificou: “Foi um economista
britânico, e é considerado o pai da demografia, por suas teorias”, onde “Um ensaio
sobre o princípio da população na medida em que afeta o melhoramento futuro da
sociedade, com notas sobre as especulações de Mr. Godwin, M. Condorcet e outros
escritores”.
Além
disso, Malthus ofereceu um importante modelo teórico do sistema de casamento na
Inglaterra do início do século XIX, chamando a atenção para duas hipóteses
básicas: a primeira abordando a necessidade do alimento para a existência do
homem, e a segunda em que o desejo de intercurso sexual motiva fortemente a
humanidade.
Essas
duas leis, desde que se obteve conhecimento da humanidade, aparecem como sendo
leis fixas de nossa natureza e, até agora, não há evidências de nenhuma
alteração, não existindo certeza que elas nunca deixarão de ser o que são
agora, sem uma ação imediata do poder supremo.
Já
o segundo “Ensaio”, de 1803 foi descrito como: “Um ensaio sobre o princípio da
população ou uma visão de seus efeitos (...) passados e presentes na felicidade
humana, com uma investigação das nossas expectativas quanto à remoção ou
mitigação futura dos males que ocasiona”.
Malthus e o Casamento
Malthus
desenvolve, a partir da segunda edição de seu livro, a ideia de controles
preventivos: as reflexões morais que os indivíduos civilizados fariam antes de
contraírem matrimônio. Entre essas, tem-se a análise dos custos do matrimônio
em função do contexto social e econômico. A união matrimonial pressupunha um
custo adicional na vida das pessoas, que seriam obrigadas a abandonar hábitos
sociais. Suas anotações estavam dispostas da seguinte maneira:
“Casar:
filhos (se Deus consentir); constante companhia que se interessará pela gente
(uma companheira na velhice); objeto de amor e distração; etc. Permanecer
solteiro: liberdade de ir para onde quiser; escolher a vida social, e pouco
dela; conversas com homens inteligentes nos clubes; não ser forçado a visitar
parentes e a envolver-se com ninharias; etc. Os custos reais, custos dos
filhos, custos de uma esposa, são, assim, contrapostos às vantagens da
companhia e do conforto. Tais desvantagens tornariam a vida menos confortável e
haveria com certeza uma perda de tempo e lazer.”
O
casamento, portanto, não era automático e universal, arranjado por outros e
ocorrendo como qualquer evento natural, mas algo a ser escolhido, ponderado
todos os prós e contras. Era uma decisão que poderia ser tomada cedo na vida,
adiada ou mesmo afastada e apresentava para ele um contexto econômico da
Inglaterra, por ser uma nação de negociantes que se empenhavam por lucros e
riquezas através da indústria e do comércio.
Teorias Demográficas a partir da
Malthusiana
No
contexto histórico do fim da Segunda Guerra Mundial, surge a ONU, havendo um
consenso entre os participantes acerca da diminuição das desigualdades
econômicas no planeta, desenvolvendo-se a teoria demográfica neomalthusiana
como uma tentativa de explicar a ocorrência de fome nos países
subdesenvolvidos. Para os neomalthusianos quanto maior o número de habitantes
de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser
distribuído pelos agentes econômicos. Verifica-se que essa teoria, embora com
postulados totalmente diferentes daqueles utilizados por Malthus, chega à mesma
conclusão: o crescimento populacional é o responsável pela ocorrência da
miséria. Entretanto, eram favoráveis ao uso de métodos anticoncepcionais e
propunham a sua difusão em massa nos países subdesenvolvidos.
Já
na teoria mais atual, denominada ecomalthusiana, o crescimento populacional e
os recursos naturais estão em desequilíbrio, o elevado crescimento gera a
exploração dos recursos naturais, gerando impactos sobre o ambiente natural.
Fonte:
Wikipédia. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Thomas_Malthus.Acesso em 31 de jan. 2022.
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