segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Peço licença para dar uma resposta a um Eminente Articulista da vil mídia:
Quem perdeu a linha?
Desvendando
alguns nós que querem colocar na cabeça do porto-felicense!
Não costumo responder à
provocações, porém quando o direito legítimo de protestar passa para o
desagradável terreno da falta de compostura faço questão de abrir uma exceção
na minha conduta.
A senhora Lara Bianchini fez a
gentileza de postar em meu facebook pessoal 33 vezes o artigo do senhor
Maurício Cazagrande. Não precisava, sou um bom leitor e entendo as coisas na
primeira, e quando os posts são educados eu costumo responder sempre com
educação, gentileza e cortesia.
Não sei se a senhora Lara e os
comentaristas do artigo conhecem o senhor Maurício Cazagrande, que em seu
artigo aparece como um paladino da moralidade, porém só para lembrar esse
senhor é o mesmo que passou a eleição 2012 inteira fazendo campanha para um
candidato sem ir praticamente um dia trabalhar no seu cargo de funcionário
público como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Porto Feliz. Em outras
palavras usou o dinheiro público para interesses eleitorais, as testemunhas
deste fato não são poucas.
Logo
só respondo ao artigo do paladino da moral porto-felicense, (a quem passo a
denominar de eminente articulista) devido às pessoas, que estão sendo enganadas
(por mentiras ou deturpações de um determinado grupo), pessoas estas que são dignas do meu
respeito e carinho. Além de alertar aos companheiros petistas e os milhares de
simpatizantes não só da minha pessoa mas também do meu partido do trabalho
ardiloso e planejado de desconstrução da imagem do governo Maffei, que está
sendo engendrado por hora.
De
início já descarto totalmente a analise político-partidária deste senhor que
beira ao ridículo ou mesmo à mesquinhez intelectual. Dizer que eu impus uma
candidatura da professora Andréa é não conhecer a democracia interna do Partido
dos Trabalhadores e inclusive desrespeitar nossos filiados e simpatizantes que
tanto se empenharam na construção de um processo democrático de escolha de uma
candidatura que poderia resultar na primeira vez que uma mulher governasse
Porto Feliz, a bela candidatura da nossa guerreira Professora Andréa, que
embora não tenha saído vencedora concorreu com uma dignidade impar. Talvez ele
pudesse relatar o modo democrático como os “Democratas” escolheram seu
candidato em nossa cidade, se foram feitas prévias, debates, inúmeras reuniões
como nós fizemos.
Fruto
também de uma míope visão política é a afirmação da possível manipulação que
haveria num possível governo da professora Andréa, só que não conhece essa
professora guerreira e vereadora atuante, poderia fazer tal afirmação, pois
prefiro pensar que esse comentário beire a ignorância e não a má fé do eminente
articulista. Nossos candidatos a vereador e nossos filiados, além dos seus
alunos conhecem a firme determinação e competência da professora Andréa.
Tamanha
é a arrogância do eminente articulista que copio uma parte do seu texto, onde
chama você, um dos 18 mil eleitores, que colocou o PT e a minha pessoa no
governo de Porto Feliz de um adjetivo nada educado:
“Não sou nenhum
doutor em política, mas eu creio que o PT nunca mais voltará a governar esta
cidade. Mas para que isto seja de fato consumado, vou tentar descrever e
arquivar este documento para que os
senhores não cometam a burrada novamente.”
(o itálico e o negrito são por minha conta).
Essa frase em seu bojo deixa transparecer duas coisas:
1.ª) O objetivo politiqueiro e eleitoreiro daqueles que
querem desconstruir um governo muito bem avaliado e de sucesso (tanto que foi
reeleito) visando desde já 2016;
2.º) O olhar da elite (embora esse senhor não o seja,
defende a ideologia dela) que sempre desmerece e humilha o povo.
Continuando
nosso eminente articulista cita a transição, que por sinal, nunca houve em
Porto Feliz e que está sendo feita inclusive graças a uma lei de minha autoria.
Dizendo que o grupo de transição esta tendo dificuldade, não leva em
consideração a Lei 4.701/2009, essa que eu citei que é de minha autoria e que
compõem as equipes de transição, que por sinal aqui em Porto Feliz são dez
pessoas do governo atual e dez pessoas do governo eleito; o decreto 7.294/2012
que regulamenta a lei; umas quatro reuniões que eu já tive com o prefeito
eleito Levi e com seu vice Miguel; várias reuniões dos integrantes da equipe e
uma farta quantidade de documentos que foram entregues à equipe de transição.
Logo em
seguida o eminente articulista me elogia de inteligente e astuto, adjetivos que
não mereço, ao escrever sobre a medida que tomamos para reduzir o horário da
prefeitura como um todo. Medidas essas que já expliquei numa entrevista que dei
ao Jornal JP de 08/12/2012 (e que peço licença para tornar a repetir neste
momento):
“JP - Maffei,
porque essa medida de fazer com que os postos de Saúde funcionem apenas meio
período?”
“Não é só os postos de saúde, e sim
a prefeitura que a partir desta semana passou a ter como expediente o horário
das 7 as 13 horas. Essa medida visa desacelerar os processos administrativos
para que possamos fechar o ano de acordo com o que preconiza a Lei de
responsabilidade fiscal. Diferentemente dos outros anos deste governo que
iniciou em 2005 teremos um novo governo, logo não podemos deixar restos a pagar
sem empenho prévio, por isso essa desaceleração no processo administrativo. A
máquina tem uma dificuldade muito grande em desacelerar, os pedidos, os
empenhos continuam a chegar e diferentemente dos outros anos temos que
realmente parar, não dá para conversar com fornecedor para deixar notas para
depois, temos que pagar tudo este ano, até dia 31 de dezembro. Outro caráter
fundamental desta medida também é o de economizar para pagarmos os pequenos
fornecedores, que tem que ser pagos principalmente com verbas próprias e não
por convênios, etc.”
“JP - Não
havia outra forma de economizar que não fosse essa (unidades funcionando em
meio período)?”
“É bom que se coloque aqui que a
questão das unidades de saúde serem também reduzidas em seu horário, não foi
tomada de forma irresponsável, notamos que de 85 a 90% dos usuários dos
postos vão até ele antes das 12 horas, ou seja, antes do almoço, na parte da
tarde há uma certa ociosidade nestes setores, assim sendo passamos todos os
trabalhos para o horário das 7 as 13 horas e toda e qualquer emergência médica
será cuidada na Santa Casa que tem atendimento 24 horas. Essa medida embora
cause certa chateação na população, principalmente quando é amplamente
divulgada na mídia, mas na verdade não muda muito a rotina dos usuários dos
postos e atrasamos ao máximo para fazê-la, apenas um mês. E como falei na
pergunta acima mais que economizar a medida visa desacelerar o processo
administrativo, que inclusive já é normal todo fim do ano orçamentário, quando
as dotações do orçamento começam a escassear. E também outros setores estão
sofrendo o mesmo processo.”
Feito
estas citações do semanário, necessário é agora responder pacientemente e de
forma gentil uma indelicadeza do nosso eminente articulista, por serem de ordem
inclusive pessoal. Como sou uma pessoa de educação esmerada não pedirei para
esse senhor dobrar a língua ao falar da minha querida filha Luiza, que de fato
estuda numa escola particular, escola Sirius em Sorocaba, única e
exclusivamente por que fica perto da casa da minha sogra, que mora em Sorocaba,
pois minha esposa e primeira dama Patrícia, trabalha (concursada) na Escola do
SESI em Votarantim e deixa nossa querida filha na casa da mãe que a encaminha
para escola perto de sua casa. Não é da conta do articulista de fina estampa,
porém gostaria de esclarecer aqui que a Patrícia e a Luiza vão para o posto
sim, e também à Santa Casa (e diferentemente de algumas autoridades, não
cortamos a fila) inclusive eu trato minha pressão com a Dr.a Lizandra do PSF do
Centro. De fato, só eu tenho UNIMED, devido a ser professor do ensino Estadual,
associado a APEOESP, assim sendo a anos, muito antes de ser prefeito, entrei
num plano, mas sempre vou a Santa Casa quando preciso e inclusive brigo para
passarem minha carteirinha da Unimed para a unidade receber do meu convênio.
E tenha
certeza, caro articulista, o Maffeizão, sem pestanejar colocaria a Luiza numa
escola municipal, pois eu fui aluno durante 9 anos no Coronel Esmédio e 3 anos
no Monsenhor e o Luiz Otávio também estudou tanto nestas escolas como no
Externato São José.
É bom
observar, nessa frase, o trabalho de tentar desconstruir não só minha imagem
como também da minha família, que é muito querida dos porto-felicenses. O povo
de Porto Feliz carrega a Luiza desde 2005 em seu colo e ela (Luiza) ama
gigantescamente Porto Feliz.
Tanto
infeliz são as colocações sobre a Regiane e a Dra. Cláudia. Pois diferentemente
do senhor articulista os membros do meu governo sabem o que falam, pode até não
ser demagógicos como os chefes do articulista, mas falam com responsabilidade e
competência, e quando nós afirmamos que de 80 a 90% dos procedimentos são feitos nas
unidades de saúde antes do almoço, e antes ainda das 13 horas, antes nós
observamos a série histórica dos nossos atendimentos o que demonstra um total
desconhecimento do funcionamento das unidades por parte de um assessor
parlamentar que inclusive assessora um doutor que é funcionário publico de
carreira!
A parte da
tarde nas unidades de saúde é usada principalmente para expedientes
administrativos, reuniões com agentes, médicos, enfermeiras, etc. O grosso das
consultas são na parte da manhã, e as que não forem serão mudadas ou para o
horário da manhã ou para a Santa Casa. Logo qualquer procedimento que o
articulista precisar, poderá fazê-lo na Santa Casa, não só a tarde, mas durante
24 horas do dia. É bom lembrar que estamos falando da Santa Casa que este governo
não deixou fechar em dezembro de 2007.
Quero
salientar aqui minha solidariedade e apoio a estas duas guerreiras Regiane e
Dra. Cláudia. Dra. Cláudia que pela sua competência, profundo conhecimento do
SUS e participação na construção do mesmo é membro do COSENS E CONASENS (
Conselho Estadual e Nacional dos Secretários de Saúde, posição nunca galgada
por qualquer Gestor de Saúde de Porto Feliz) e foi convidada pelo prefeito
eleito Juvenil de Salto para gerir o SUS saltense. Quem tiver duvida em relação
ao trabalho que a Dra. Claudia fez em Porto Feliz, olhe o índice de
desenvolvimento do SUS e o índice de desenvolvimento da FIRJAN (Federação das
Industrias do RJ).
Em relação
ao lixo hospitalar, acho que o senhor articulista terá que explicar de onde ele
tirou esses números: R$ 600 mil? Deixamos de pagar?
No
processo de fechamento de contas, podemos até estar atrasando alguns pagamentos,
porém falar em deixar de pagar beira a calunia, pois a verdade é que estamos
tendo dificuldades com a empresa que tem que retirar o lixo hospitalar, que por
sinal não é só do hospital, mas sim de toda a cidade, inclusive das clinicas.
Não sei se por coincidência ou não a empresa que recolhe esse lixo é a
Tratalix, ligada a empresa coletora do lixo, sabe de onde? De Itu. Coincidência,
não? Lembra daquele assunto sobre desconstrução de imagem para 2016 e procure
ler quem está querendo sair como o herói da História e a quem ele é ligado!
E já que mencionei fechamento de
contas, é bom que se diga que dentro das nossas prioridades de pagamento, em
primeiro lugar estamos pagando as folhas de pagamento dos nossos funcionários e
das entidades que detém folha de pagamento.
Vou
aproveitar a mesma entrevista que citei acima para explicar o que vem
acontecendo com as finanças dos municípios em todo Brasil, e alguns optam por
não pagar o funcionalismo, nós como integrantes do Partido dos Trabalhadores,
sempre priorizamos a folha de pagamento dos trabalhadores:
JP – “Porque a
situação financeira se agravou? Queda nos repasses dos governos Federal e
Estadual?”
“Desde 2009 há
uma desaceleração no FPM e ICMS, mas neste ano de 2012 foi mais intenso devido
às medidas anti-crises dos governos federal e estadual. Mas são medidas normais
em fim de governo, inclusive adotei algumas delas em 2008, mas é claro que foi
um período mais ameno do que o pós-2009.”
JP – “Você
fala em fechar as contas e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Afinal,
como está o caixa da Prefeitura?”
“Acho
engraçado a oposição e alguns órgãos da mídia viviam dizendo que não íamos
fechar contas, que ficaríamos devendo, quando tomamos medidas para que isso não
aconteça são os primeiros que demagogicamente vem reclamar. Estamos fazendo o
que a lei nos faculta, manter o equilíbrio fiscal. No dia 1 de janeiro vamos
entregar tudo de acordo com o que preconiza a LRF, inclusive faço questão de
publicar o que vamos deixar de projetos (mais de 1,5 milhão em emendas),
programas, etc. vamos deixar as licitações em dia, diferentemente do que
aconteceu comigo, o próximo prefeito receberá todas as viaturas com o tanque
cheio.”
Para
terminar, o eminente articulista, reforça tudo aquilo a que tenho me referido
sobre a tentativa de desconstruir o Maffeizão, o governo Maffei e o Partido dos
Trabalhadores, deixando bem claro qual é o objetivo do artigo.
Porém, às
pessoas conscientes e aos valorosos companheiros e simpatizantes, afirmo que
são atitudes como essa que me fortalecem e me fazem participar do debate
político.
Pois, para
dizer a verdade, não tenho intenção de voltar a governar Porto Feliz e torço
para a futura administração ser muito melhor do que a minha. Sei da força e dos
companheiros aguerridos que tenho no meu partido e que tem toda condição de me
substituir, assim como nossos aliados.
Também
respeito e respeitarei qualquer reivindicação e manifestação vinda do nosso
povo e entenderei sua mensagem, mas também peço para aqueles que sabem o que
era Porto Feliz antes deste governo venham na defesa do nosso projeto, por que
é exatamente nisto que indivíduos, como o eminente articulista e seu vil meio
de comunicação, estão atacando.
E embora
estejamos passando um momento duro, difícil tanto economicamente, quanto
politicamente, tenho certeza que com ética, respeito e elegância deixaremos uma
cidade muito melhor do que recebemos, vencendo todos os desafios como o fizemos
desde 2005.
E viva a Democracia e viva Porto
Feliz!
Cláudio Maffei
10/12/2012
SOLIDARIEDADE A DOM PEDRO CASALDÁLIGA
As
ameaças a Dom Pedro Casaldáliga
Enviado por luisnassif, dom, 09/12/2012 - 17:46
DO O GLOBO
Dom Pedro Casaldáliga abandona sua casa após ameaças de morte
Religioso é conhecido por defender os direitos dos índios
Casaldáliga: espanhol
vive em Mato Grosso desde a década de 1960
O bispo Pere Casaldàliga, de 84
anos, se viu obrigado a deixar sua casa em São Félix do Araguaia, no Mato
Grosso, após receber ameaças de morte por seu trabalho em defesa dos índios
Xavante e de comunidades pobres.
Francesc Escribano, biógrafo do
bispo e diretor da productora Minoria Absoluta, que prepara uma minissérie de
TV sobre Casaldàliga, explicou que o religioso deixou sua casa a pedido da
Polícia Federal.
O Conselho Indigenista Missionário emitiu um comunicado em solidariedade com o bispo, no qual, junto com outras organizações locais, defende o compromisso do religioso com "a defesa dos interesses dos mais pobres e dos povos indígenas".
Nascido de uma família de camponeses em Balsareny, perto da Barcelona, em 16 de fevereiro de 1928, Casaldàliga foi ordenado sacerdote em 1952.
Em 1968 já morava no Mato Grosso e três anos depois foi consagrado bispo de São Félix do Araguaia, município de 150 mil km² e uma das maiores reservas indígenas do país.
Nunca voltou À Espanha, nem mesmo para o enterro de sua mãe. Tampouco cumpriu a visita obrigatória que os bispos devem fazer a Roma a cada cinco anos para prestar contas ao Papa. "Sou um pobre e os pobres não viajam", se justificava sempre.
Ligado à teologia da
libertação, sofreu ameaças de morte e perseguições durante o regime militar e
de latifundiários da diocese, que chegaram a matar um vigário confundido com
ele.
Paulo VI, que o fez bispo em meio ao impulso reformador do Concílio Vaticano II, se viu obrigado a levantar a voz em Roma para deixar claro que Pere Casaldàliga era um dos seus. “Quem atingir Pere, atingi Paulo", disse, em frase memorável.
domingo, 9 de dezembro de 2012
CEM ANOS DA GUERRA DO CONTESTADO .
Eram os
jagunços terroristas?
interessante artigo do cineasta Silvio Back que dirigiu a Guerra dos Pelados
interessante artigo do cineasta Silvio Back que dirigiu a Guerra dos Pelados
É preciso desossar a Guerra do Contestado a partir de um mix entre o que
ela foi e o que poderia ter sido
08 de dezembro de 2012
SYLVIO BACK | CINEASTA, POETA E
DIRETOR DE 38 FILMES, ENTRE ELES O CONTESTADO - RESTOS MORTAIS
História, memória, pretérito, pra que te quero? No
entanto, há que se exigir “luz, mais luz!”, como balbuciou Goethe (1749-1832)
no leito de morte. Sim, os insólitos e decisivos episódios de um dos mais
desfrutáveis contornos anímicos do País - inaudita mescla de civilização e
barbárie nos cafundós de Santa Catarina e do Paraná - permanecem soterrados a
sete palmos pela tortuosamente amnésica História do Brasil. Quando não,
enovelados por uma absoluta indiferença e assaz suspeita omissão.
A Guerra do Contestado (1912-1916), o maior levante
bélico no campo brasileiro do século 20, verdadeira guerra civil nos sertões
sulistas, em plena efeméride de seu centenário, vem se transformando em um
zumbi do nosso passado recente. Suas perturbadoras vísceras morais, míticas,
políticas e ideológicas, que continuam a nos assombrar, estão a exigir
exorcização que a catapulte à pertinência e à atualidade.
A 20 de outubro de 1916, no Palácio do Catete, no
Rio de Janeiro, sob a égide do presidente da República, Venceslau Brás, o
presidente de Santa Catarina, Felipe Schmidt, e Afonso Camargo, presidente do
Paraná, “... inspirados no amor à paz...”, firmaram pacto que, aparentemente,
selou o fim das sangrentas hostilidades nas e entre as então províncias
(Estados) vizinhas.
Era uma paz enganosa, porque nos dois anos
subsequentes, por meio das chamadas “varreduras”, sob o comando do então
capitão “Rosinha” (José Vieira da Rosa, 1869-1957), da Polícia Militar de Santa
Catarina, perpetrou-se um autêntico genocídio, com a perseguição e matança de
centenas de rebeldes e caboclos indefesos. Nessas varreduras, oficialmente
conhecidas no meio militar como “raides proveitosos” (sic), não havia diálogo
entre o caçador e o caçado, apenas o matraquear do tiroteio, o pavor de velhos
inermes e o choro de mulheres e crianças. Massacres do tipo do “My Lai”
vietnamita (1968), avant la lettre.
Nestes seus cem anos, não se espantem, a Guerra do
Contestado debate-se, misteriosa e sintomaticamente, imersa no mais
inacreditável esquecimento factual e investigativo, que, aliás, sempre lhe
maculou a imagem e o reconhecimento de várias gerações de historiadores. O que,
afinal, não é nenhuma novidade.
Essa omissão e descaso ativos nada mais são do que
um genérico regional (leia-se, provinciano) com que nossa historiografia, quase
toda ela de extrato acadêmico, com as exceções de praxe, imprime seu enfoque
unívoco, e ideologicamente (à direita e à esquerda) chamuscado, sobre um
passado que lhe é estranho, ainda que entranhado. Daí o Contestado ter-se
transformado num autêntico buraco negro da História do Brasil!
Quase sempre, a pegada desses escribas de plantão é
o achatamento e a desqualificação da Guerra do Contestado. Quando não,
utilizam-na como caricatura ideológica que faça coro com um seu ideário de
toque político raso e radical, tentando, a todo custo, ancorá-la em qualquer
agito similar que surja no campo. Ou, então, ignorar sua estatura geopolítica e
prevalência na fecundação do moderno capitalismo no Brasil, para obliterar seu
complexo substrato ideológico-institucional em plena neo-república.
E, ainda, para subestimar ou superestimar o
amálgama místico-religioso (o “espírito de irmandade”, a submissão voluntária e
a autoridade castrense que vigiam dentro dos redutos), ou para edulcorar os
flagrantes de delinquência e ilícitos de nítido caráter terrorista que marcaram
a ferro e fogo milhares de viventes e incontáveis interesses locais, nacionais
e internacionais.
Ali, no Contestado, ao sul e a oeste das então
fluídicas fronteiras entre Santa Catarina e Paraná, deu-se um embate fratricida
de quatro anos; ali, em torno de 7 mil homens, um terço do efetivo do Exército
brasileiro, promoveu um morticínio exemplar e único no século 20, sob o comando
do general Setembrino de Carvalho (1861-1947), co-autor da tragédia de
Vaza-Barris havia menos de duas décadas. E, onde, entre mortos e feridos, como
em Canudos, se revezavam na brutalidade, espelhando-se mutuamente na sangueira
e na insensatez, cada um empunhando a “sua” bandeira da verdade secular e de
transcendência messiânica.
Incontornável: no Contestado matou-se à bala, à
baioneta e na degola, e tombaram de fome, doençaria e perdição, entre soldados,
caboclos e fanáticos, mais de 20 mil pretos, cafuzos, bugres e índios
aculturados, imigrantes europeus (poloneses, alemães, ucranianos, rutenos),
retirantes e trânsfugas de todos os grotões miseráveis do País. Hoje, centenas
de cruzeiros sem nome e data, às vezes emoldurados com fitas coloridas, à
sombra dos verdejantes pinheirais remanescentes e das sombrias florestas de
Pinus elliottii do planalto catarinense, ainda clamam por justiça e reparação
histórica.
No Contestado, a refrega teve inequívocos lances
separatistas. Talvez resida aí uma das razões pelas quais se teme tanto mexer e
rever o conflito na sua integridade holística, denunciando executantes e
mandantes, desencavando valas crematórias, lápides e necrológios. A caudilhesca
Revolução Farroupilha (1835-1845), que deu na breve “República Piratini”, era
explicitamente autonomista, uma macabra antevisão sesquicentenária do dístico
“o Sul é o meu país” - ao contrário do Contestado, onde essa vocação nunca foi
coletiva, nem havia unanimidade política quanto a uma possível secessão, e
muito menos representou o insumo para a longevidade da desgraceira.
Mesmo que chefetes, ex-lideranças de Gumercindo
Saraiva, um dos comandantes da malograda, também separatista, Revolução
Federalista (1893-1895), chegassem a propor, em 1914, a criação de um
Estado autocrático batizado de “Monarquia Sul Brasileira”, que incorporaria
tanto o Paraná como o Rio Grande do Sul, estendendo-se ao Rio de Janeiro. Na
“Carta Magna”, que deixa escapar laivos republicanos, além de uma inusitada
liberdade de voto, culto e de opinião, sonhava-se até com a criação de um
Ministério da Marinha e a anexação da Banda Oriental do Uruguai, “antiga
Província Cisplatina”...
Não raro o Contestado é associado à Guerra de
Canudos (1896-1897), sendo inclusive chamado, equivocadamente, de “Canudos do
Sul”, e faz mesmo algum sentido semântico, pois já nas primeiras notícias de
ajuntamentos messiânicos na região, no início do século 20, a expressão veio a lume
na mídia. No entanto, o Contestado diferencia-se de Canudos menos pela sua
origem igualmente milenarista, como é reconhecido esse surto religioso de
deserdados que agem em uníssono almejando uma suposta redenção moral de mil
anos.
Tudo atiçado pelo verbo, ora incandescente ora
melífluo, de um “messias”, com subtexto cristão revanchista e de restauro de um
idílico tempo de benesses e bem-estar geral e perene. Esse “salvador” de homens
e almas tanto pode ser um Antônio Conselheiro como os dois “padroeiros” do
Contestado, os “sãos” João Maria, histórico e pacifista, e o bruxo incendiário
José Maria, de passado dito criminoso, idolatrado por suas mandingas e curas e
por arrecadar dinheiro dos caboclos para promover o assentamento fraudulento
deles em terras devolutas.
Para higienizar de vez esse caldeirão, o que fazer
com os milhares de enjeitados recalcitrantes, como controlar esse lumpesinato
enfurecido que se engraçara com o messias em voga, indiferente à interminável
pendenga jurídico-institucional entre Paraná e Santa Catarina? O jeito foi
forçá-los a se virar como operários das multinacionais Estrada de Ferro São
Paulo-Rio Grande, a Brazil Railway Company, e Southern Lumber &
Colonization (então a maior serraria da América do Sul). Ou, na pior das
hipóteses, enxotá-los de suas glebas feito cães sarnentos, por não possuírem
título de propriedade.
Isso sem falar nos 8 mil homens recrutados no Nordeste
e no Rio de Janeiro como mão de obra quase escrava para tocar a ferrovia. Com
seu término, em 1910, desempregados, eles viraram os potenciais novos “soldados
do exército encantado de São Sebastião”: miséria por miséria, que fosse
acreditando no improvável que poderia matar sua fome, em lugar da exploração de
sua força de trabalho por ninharia e da serventia física e moral.
Foi quando o presidente Hermes da Fonseca,
apavorado com que ali subsistissem cinzas de um monarquismo redivivo, mandou à
região, armado até os dentes, inclusive com inéditos aviões, o general
Setembrino de Carvalho, que acabara de liquidar um levante do Padre Cícero no
Ceará.
Setembrino atuou com as PMs de Santa Catarina e do
Paraná, coadjuvadas pelas milícias dos “coronéis”, os chamados “vaqueanos”, de
infausta memória, que faziam o serviço sujo na cola do Exército, do qual
recebiam soldo. Um a um eram fuzilados ou degolados os intimoratos recos da
tropa celeste de “São Sebastião” (o mito do sebastianismo, restaurado nos
sertões catarinenses, virara o mote da hora), em cujas fileiras estariam os
combatentes mortos no Irani, tendo à frente “são” José Maria, lancetado naquele
entrevero inaugural do Contestado (22 de outubro de 1912).
Conhecidos como “redutos” (eram mais de 40), e para
os sertanejos, “cidades santas”, essas favelas, então inexpugnáveis “fortes de
resistência” do jaguncedo, constituíam um misto de dormitório, rupestre praça
de prédica, reza e batismos, justiçamento sumário e de ditames bélicos. Numa
viagem dos tempos, dada a mesma matriz cristã, os sítios remontam ao espaço de
fanatismo religioso, cega obediência e castigos aos índios, formatado pelos
jesuítas nas missões da chamada “República Guarani” (1610-1776).
Improvisados e provisórios, estendiam-se a partir
do Rio Iguaçu (divisa do Paraná), ao longo do Vale do Rio do Peixe
(centro-oeste catarinense), até quase às margens do Rio Uruguai, que separa
Santa Catarina do Rio Grande do Sul.
Como viviam infiltrados por aventureiros e
fugitivos da lei, muitas vezes o epíteto “jagunço” fazia sentido. Em nome de um
suposto ideal igualitário (“quem tem, mói, quem não tem, mói também”) pregado
por “são” João Maria, nas suas ações guerrilheiras, derrotados nas tentativas
de convencer quem os seguisse, punham-se a ameaçar a população civil, além de
lhes surrupiar o gado, mantimentos, roupas e armas.
Na invasão de Curitibanos, quando incendiaram
prédios públicos, assombrando autoridades e habitantes, houve quem visse em
seus olhos aquele esgazeado próprio do fanático. Algo que corresponde ao que o
historiador Maurício Vinhas de Queiroz (1928-1995), cujo livro Messianismo e
Conflito Social (1966) é referência histórica, revela sobre os caboclos: o
Contestado teria sido uma revolta alienada, seus protagonistas agiam como se
fossem autistas, enfrentando as razias do general Setembrino de Carvalho com
espadas de pau, crentes que ressuscitariam no Exército Encantado de São
Sebastião...
Nessa, acabavam embaralhando agressão a símbolos
opressores (obras da ferrovia, da serraria, sedes de fazendas, depósitos de
armas, linhas telegráficas do Exército) com quem os apoiava clandestinamente
(pequenos fazendeiros, comerciantes, políticos locais). Um terrorismo que foi
corroendo e manchando a legitimidade reivindicatória do movimento por confundir
algozes e vitimas.
Dissolvendo nossa useira e vezeira inconsciência,
deboche e preguiça acadêmicas quanto à exegese da história oculta do Brasil,
onde invariavelmente o campeão e o perdedor mentem, é preciso desossar o
Contestado a partir de um mix entre o que foi e o que poderia ter sido. Ou
seja, munido de um rigoroso approach desideologizado, onde os influxos morais
permaneçam inoxidáveis.
Assista o filme:
UMA BELA HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Gúbio, uma cidade na
Úmbria, estava tomada de grande medo.
Na floresta da região
vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais
como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados! Por isso,
cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas. E todos andavam
armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate.
Certa vez, quando
Francisco chegou àquela cidade, estranhou muito o medo do povo.
Percebeu que a culpa não
podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações outra causa que era
tão destrutiva como parecia ser a causa do lobo.
Logo, Francisco
ofereceu-se para ajudar. Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e
desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e, como dizia às
pessoas, na força da Cruz.
O perigoso lobo, de fato,
foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo,
mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se
dirigia a ele como a um irmão, cessou de correr e ficou muito surpreendido.
Francisco de Assis anulou
a violência que havia no irmãozinho lobo. De olhos arregalados, viu que esse
homem o olhava com bondade. Francisco então falou para o lobo:
- Irmãozinho lobo, quero
somente conversar com você, meu irmão ... E caso você esteja me entendendo,
levante, por favor, a sua patinha para mim!
O irmãozinho lobo, então,
perante tão forte vibração de amor e carinho, perdeu toda a sua maldade. Levantou
confiante a pata da frente, e calmamente a pôs na mão aberta de Francisco.
Então, Francisco
disse-lhe amorosamente:
- Querido irmãozinho
lobo, vou fazer um trato com você! De hoje em diante, vou cuidar de você meu irmão!
Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me
acompanhar e seremos sempre amigos! Você por sua vez, também será amigo de
todas as pessoas desta cidade, pois de agora em diante você terá uma casa,
comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar nem agredir ninguém,
para sobreviver... Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi
o lobo com Francisco até a cidade.
Também o povo da cidade
abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de irmão. Prometeu dar-lhe cada
dia o alimento necessário. Finalmente, o irmão lobo morreu de velhice, pelo
que, todos da cidade tiveram grande pesar.
Ainda hoje se mostra, em
Gúbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados
e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.
A história do lobo de
Gúbio chama-nos, sem dúvida, à reflexão.
Quantas vezes
deparamo-nos com irmãozinhos um tanto agressivos, nervosos, impacientes,
chegando mesmo a nos agredir com palavras ásperas, levando-nos às decepções e
amarguras... Quantas vezes!
Se pararmos para pensar e
refletir, talvez cheguemos à triste conclusão, de que esteja ocorrendo, com
eles, o mesmo acontecido com o lobo de Gúbio...
Ele, o lobo, acusado, com
fome, sem receber compreensão e carinho, respondia também da mesma forma, com
medo, ódio e agressividade.
Quando se encontrou
frente a frente com o Amor e a Paz, defendidas por Jesus em Seu Evangelho, e
personificada, vivida e exemplificada por Francisco de Assis, o lobo não teve
outra reação senão a de recuar em suas agressões e respondeu também com carinho
e compreensão, passando de inimigo a companheiro e amigo de todos.
Assim acontece em nossas
vidas!
Se oferecermos aos nossos
semelhantes azedumes, palavras de pessimismo, rancor, ódio e intolerância,
receberão indubitavelmente, na mesma dose, tudo aquilo que semearmos...
Pois como dizia São
Francisco:
"-é dando que
recebemos...".
“Lenda
retirada do livro “I Fioretti”, preciosa obra da primitiva literatura italiana,
com lendas relativas a São Francisco de Assis”.
NIEMEYER PRESENTE, AGORA E ... PARA SEMPRE!
O
brasileiro fica marcado como um dos principais nomes da arquitetura e também
por seu engajamento político
O
cartunista e ativista Carlos Latuff é colaborador do Opera Mundi. Seu trabalho, que já foi
divulgado em diversos países, é conhecido por se dedicar a diversas causas
políticas e sociais, tanto no Brasil quanto no exterior. Muitas de suas charges
podem ser encontradas no http://latuffcartoons.wordpress.com/
Tributo ao mestre Oscar Niemeyer
Belo Tributo do escritor Vasco Vasconcelos:
sexta, 07 de dezembro de 2012
O Brasil está de luto. Morreu dia
05.12 aos 104 anos (1907-2012), um dos maiores expoentes da arquitetura
mundial, o arquiteto, o gênio, Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho,
vulgo Oscar Niemeyer.
Ele revolucionou com seus traços e formas os cenários dos homens. Dentre as
mais de 500 obras, espalhadas por o todo o mundo, escolas, museus, pontes,
palácios, igrejas, cassinos, etc., está a nossa querida Capital da República,
Brasília-DF, a qual compus uma canção intitulada, Brasília Capital da Bossa
Nova, Um Tributo aos 52 anos de Brasília, meu amor, disponível http://www.youtube.com/watch?v=7OAC0DXMSpg
onde eu canto:
Quem me dera ter o lirismo do Vinícius/ A batuta do maestro Tom Jobim/ A batida
do meu mestre João Gilberto/ Pra compor e cantar/ As Belezas da minha Brasília/
Ela é a Capital do meu país/ Detentora de uma singularidade/ É a Capital da
Esperança/ Patrimônio Cultural da Humanidade/ Quando aqui cheguei/ De cara me
apaixonei/ Pela sua arquitetura esplendorosa/ Projetada por Niemayer e Lúcio
Costa/ Tem uma beleza rara/ Que nasceu/ Do Sonho de D. Bosco/ Construída pelo
Nossa JK, e hoje todos querem te amar/ 8ª Maravilha do Mundo / Santuário de
Mulheres Nota 10 (...) Como eu te adoro Brasília/ Pela sua natureza exuberante/
Seus ipês e suas flores do cerrado/ Que me deixa ainda mais apaixonado/Como eu
te quero também/ Celeiro de poetas e cantores/ Terra prometida e generosa/ É
também a Capital a Bossa Nova.
Portanto ele é merecedor da mais alta comenda do Governo Brasileiro. Brasília é
toda sua Niemayer e orgulho para todos nós brasileiros.
Nesta oportunidade quero sugerir ao Governador do Distrito Federal, galardoar
esse gigante da arquitetura mundial, denominando os nomes das Avenidas W/3/Sul
e Norte, como Avenidas Oscar Niemayer, afinal devemos a ele tudo, por ter
projetado a oitava maravilha do mundo (Brasília).
Que multipliquem homens com o
Espírito de Brasilidade como Oscar Niemayer, para que os órgãos entidades e
instituições possam encontrar remédios, complementos e suplementos capazes de
encurtar os caminhos entre o desejável e o alcançável.
Descanse em paz Dr. Oscar Niemayer vai ser muito difícil substituir o seu
legado. O Brasil está de luto e chora a sua triste partida.
Por Vasco Vasconcelos
sábado, 8 de dezembro de 2012
SHAKESPEARE NOS DÁ UMA AULA SOBRE A ALMA HUMANA.
Para entender a Alma
"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar a alma.
E, você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E, começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E, aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la... e que você pode fazer coisas num instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que os bons amigos são famílias que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar os amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso sempre devemos deixar aqueles que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois ou mais lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que a chute quando cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar.
Aprende que maturidade tem a ver mais com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. E que também que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém , algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade que julga, serás em um momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar pra trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E, você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e quer ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E, que realmente a vida tem um grande valor e que você tem um grande valor diante da vida."
WILLIAM SHAKESPEARE
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