FORMA
A Terra é aproximadamente uma elipsoide de rotação com
diâmetro equatorial de 12.713 quilômetros. Esta exatidão deve-se aos dados
fornecidos por vários satélites artificiais, que forneceram inúmeras medidas da
Terra. O erro destas medidas foi de oito metros a mais ou a menos. A maior
elevação é a do monte Everest, no Himalaia, com quase 9.000 metros, e a maior
depressão foi encontrada no oceano Pacífico, na fossa das Filipinas, com cerca
de 11.000 metros. Se a Terra fosse representada por um esferoide de 1 dm de
diâmetro, essa diferença máxima de elevação (20.000 metros) seria apenas de
0,157 milímetros. A diferença entre os dois diâmetros seria de 1,2 milímetros,
indicando que a forma é quase uma esfera perfeita.
DENSIDADE
Determinando-se diretamente a densidade das rochas que
ocorrem com maior frequência na crosta terrestre, acha-se um valor médio de
2,76. No entanto, medindo-se a densidade global da Terra, achou-se um valor
médio de 5,527.
Essa discrepância de valores leva à conclusão de que a
densidade da Terra deve ser maior no seu interior, seja por diferença de
constituição ou graças à maior compacidade da matéria como consequência da alta
pressão reinante.
VOLUME
Graças à observação da sombra da Terra sobre a Lua, nas
ocasiões de eclipse, os antigos gregos já sabiam da forma esférica do nosso
planeta. Com base neste conhecimento o volume da Terra pode ser calculado há
mais de 2.000 anos, o que foi feito por ERATÓSTENES (276 -194 a.C.), filósofo e
astrônomo grego.
Num trabalho que demonstrou alto grau de argúcia para a
época, o sábio grego observou e mediu o ângulo formado pelos raios solares e um
fio de prumo em Alexandria na mesma hora em que os raios atingiam o fundo de um
poço em Siena, ao meio dia, portanto os raios solares eram paralelos ao fio de
prumo. O ângulo medido em Alexandria corresponde ao arco relativo à distância
entre ambas as cidades. Sabendo-se que essa medida é de 5.000 estádios (medida
antiga correspondente a 185 metros) e admitindo-se a Terra como esférica, a
circunferência da Terra é igual à distância multiplicada por 360° e dividida
pelo ângulo medido em Alexandria. Seu erro foi de 14% do valor calculado pelos
métodos modernos.
Um século depois POSSIDÔNIO, filósofo grego, realizou nova
medida, aplicando o mesmo método. Seu erro foi maior, para menos, motivando
mais tarde o erro de Colombo, que pensou ter descoberto o caminho ocidental
para a Índia, quando estava no continente americano.
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