domingo, 17 de fevereiro de 2013

APRESENTAMOS OS PAÍSES QUE COLONIZARAM A AMÉRICA







A CONQUISTA DA AMÉRICA


O processo de conquista da América pelos europeus teve conseqüências distintas para a Europa e para a América.




Os Estados metropolitanos europeus, através da exploração de suas colônias, aceleraram o processo de acumulação primitiva de capitais nas mãos de suas respectivas burguesias, o que propiciou a alguns países, como a Inglaterra e a França, o surgimento da etapa industrial do desenvolvimento capitalista no século XVIII.




As colônias, com exceção dos EUA e Canadá, tiveram seu desenvolvimento histórico marcado pela herança do pacto colonial: sua vida econômica foi montada para enriquecer a metrópole; por isso, toda a estrutura político-administrati­va era dominada pelas metrópoles. Havia uma profunda desigualdade na distribuição da rique­za: um pequeno grupo de ricos privilegiados se opunha a uma massa de trabalhadores, explora­dos através da escravidão negra e do trabalho compulsório indígena.








O período da conquista espanhola iniciou-­se em 1519, quando Hernan Cortez conquistou o império asteca do México. A conquista continuou até 1531-1533 com a dominação do império inca. no Peru, por Francisco Bizarro e Diego Almagro.





Conquistado o território, as autoridades espanholas passaram a organizar a exploração das riquezas. De início, a Coroa autorizava particulares a explorar uma determinada região. Esse sistema era conhecido como Adelantados. Com o passar do tempo, a metrópole foi aumentando sua autoridade direta sobre a América.




A América espanhola foi dividida em quatro vice-reinos e várias capitanias: o vice-reino da Nova Espanha, formado pelo oeste dos atuais Estados Unidos, pelo México e por parte da América Central; o vice-reinado de Nova Granada, formado pela Colômbia, Equador e Venezuela; o vice-reinado do Peru, formado pelo Peru e por grande parte da Bolívia; e o vice-reinado do Rio da Prata, formado pela Argentina, Uruguai e parte da Bolívia e do Paraguai; as capitanias mais importantes foram a Guatemala. a Flórida, Cuba e o Chile, cujo regime administrativo as mantinha ligadas aos vice-reinos.




A Coroa pretendia ter o domínio das regiões onde havia metais preciosos e impor o monopólio comercial sobre as colônias. Assim, a empresa colonial espanhola se baseou nas minas de ouro e prata. As regiões produtoras desses metais eram os eixos principais de colonização, enquanto as regiões vizinhas a estas eram fornecedoras de alimentos, tecidos e animais de tração. Assim, o Chile e a Argentina eram dependentes das regiões mineradoras do Peru e da Bolívia.


Havia também a agricultura e a pecuária voltadas para o mercado externo. Na produção agrícola predominavam os gêneros tropicais, como o açúcar, o tabaco e o cacau; a região platina destinou-se à criação de animais de transporte e para o aproveitamento do charque e do couro.




A exploração do trabalho indígena deu-se através da mita e da encomienda. A mita, costume incaico, era o aproveitamento do índio nas atividades mineradoras, quatro meses por ano; era um trabalho realizado em condições precárias e tinha características de trabalho forçado. A encomienda era o trabalho, geralmente na agricultura, realizado pelos indígenas sem remuneração; o encomendero recebia da Coroa o direito de impor esse trabalho.




Socialmente, havia dois grupos: os brancos privilegiados - chapetones (brancos nascidos na Espanha, que realizavam funções administrativas, militares etc. ) e criollos (brancos nascidos na América, donos das propriedades rurais e das minas) ­e os índios, negros e mestiços, que trabalhavam para enriquecer seus senhores.






Parte do clero católico se opunha à exploração do indígena, destacando-se os frades Bartolomé de Las Casas e Antonio Montesinos. Entretanto, as leis de proteção ao nativo sempre foram desrespeitadas. Os jesuítas orientavam seu trabalho para a formação de "reduções", onde viviam milhares de indígenas, que eram alfabetizados e catequizados em sua própria língua, e se dedicavam à agricultura, à pecuária e ao artesanato. Com relação à escravidão do negro, a Igreja pouco se manifestou.




A "INVENÇÃO" DO BRASIL




A expansão portuguesa se fazia em direção às Índias. No ano de 1498, o navegante Vasco da Gama chegou à cidade indiana de Calicut. A volta de Vasco da Gama a Lisboa comprovou a alta lucratividade das viagens dos portugueses. As especiarias renderam mais de 6.000%.




O rei português, D. Manuel, o Venturoso, ordenou a preparação de uma segunda expedição, com 13 navios e 1.200 homens. A esquadra, sob o comando do fidalgo Pedro Alvares Cabral, era tida como uma das mais importantes na empresa marítima portuguesa.






A grande armada de Cabral partiu de Lisboa e no litoral africano desviou-se da rota de Vasco da Gama. No dia 21 de abril de 1500, os portugueses chegaram ao litoral atlântico da América do Sul. Aportaram numa baía, a que chamaram Porto Seguro. A região descoberta foi batizada com o nome de Ilha de Santa Cruz.




Riquezas e lucros era o que Portugal queria nas novas terras que acabava de tomar. Essa intenção ficou clara no relato que Pero Vaz de Carminha fez em sua carta ao rei de Portugal:


"Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de me­tal ou ferro (... ) Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo de agora achávamos como os de lá.

            Águas são muitos; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem ".




Cabral voltou com sua esquadra ao caminho anterior, isto é, em direção às Índias. Estava consolidado e assegurado o domínio português sobre essa nova rota e sobre as Índias. Os lucros proporcionados pela viagem de Cabral superaram em mais de duas vezes as despesas e investimentos iniciais.





A PRIMEIRA FASE DA COLONIZAÇÃO


Nos primeiros anos, as terras recém incorporadas à coroa portuguesa pouco tinham a oferecer aos interesses comerciais de Portugal.

Os indígenas não produziam nada parecido com as procuradas especiarias das Índias.



Por essa razão os portugueses só se preocu­param em fazer o reconhecimento do litoral das novas terras e manter os curiosos e interesseiros navios franceses e espanhóis afastados.

Dessa forma, mesmo não tendo interesse imediatos nas novas terras, Portugal não permitia que outras nações colonialistas se apoderassem do Brasil.



O pau-brasil: a primitiva forma de exploração



A França não reconhecia o direito de o mundo ter sido dividido entre espanhóis e portugueses, por isso queria apossar-se de parte da colônia portuguesa. Os navios franceses rondavam constantemente a costa do Brasil entrando em contato com os indígenas para explorar as riquezas que a colônia poderia oferecer.


Qual seria essa riqueza naqueles primeiros tempos?


Na Europa, desde a Idade Média, as manufaturas da região de Flandres (entre a Holanda e a Bélgica) utilizavam a tinta extraída de uma árvore para tingir tecidos. Essa árvore era conhecida como pau-brasil, por ser vermelha como brasa. As matas litorâneas da colônia portuguesa eram abundantes nesse tipo de vegetal.




Assim, pouco a pouco. Portugal foi-se voltando para a exploração. Apesar dos negócios com o pau-brasil nunca alcançarem o mesmo volume dos negócios com a Índia, a Coroa estabeleceu o mono­pólio de sua exploração, isto é. somente as expedi­ções oficiais poderiam explorar a madeira.





As primeiras expedições



As primeiras expedições que aqui chegaram não eram empreendimentos com fins lucrativos ou colonizadores.



Entre 1501 e 1502, chegou uma expedição com o objetivo de reconhecimento geográfico maior e, ao mesmo tempo, pesquisa das possibilidades de exploração do pau-brasil. Américo Vespúcio, o navegante italiano que acompanhara Colombo nas primeiras viagens à América, veio ao Brasil nessa primeira viagem e escreveu que nada aqui poderia interessar aos comerciantes da Europa.



Em 1503, o Brasil foi visitado por outra expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, também acompanhado de Américo Vespúcio. os anos seguintes, vieram outras, sob a direção de Fernão de Noronha, com o objetivo de organizar a exploração do pau-brasil.

Mas foi somente depois de 1516 que as expedições, sob o comando de Cristóvão Jacques, organizaram-se mais sistematicamente. Assim que chegaram ao litoral do atual estado de Pernambuco, os portugueses fundaram uma feitoria na região. De lá partiram em missão de reconhecimento do litoral brasileiro até o rio da Prata. No dizer de Sérgio Buarque de Holanda, o fito principal de Cristóvão Jacques deve ter sido o de observar e estorvar, se necessário, os castelhanos em suas explorações nesta parte do continente.



O escambo



A exploração do pau-brasil (ibirapitanga, em tupi) requeria um trabalho bem simples e sem especialização. O caráter predatório da extração do pau-brasil foi responsável pela destruição da maior parte das florestas do litoral brasileiro. Tanto portugueses como franceses utilizavam-se do trabalho indígena no auxílio à extração das pesadas toras das Florestas, pois as tripulações dos navios não eram suficientes para essa dura tarefa. Em troca do trabalho, os europeus davam aos índios produtos manufaturados de baixa qualidade (tecidos, bijuterias etc.). A esse comércio simplificado dá-se o nome de escambo.



Quando, em 1521, subiu ao trono português o rei D. João III, o comércio com as Índias achava-­se ainda no auge. Comerciantes e navegantes lusos monopolizavam as rotas das especiarias.

Esse monopólio começou a declinar quando, nesse mesmo ano, chegou às Índias o navegante Fernão de Magalhães, a serviço da Espanha. Magalhães havia chegado ao Oriente navegando pelo Ocidente.

Nessa mesma época, a Inglaterra e a Holanda começavam a despontar como novas potências marítimas e a concorrer fortemente com o monopólio português.



Por isso mesmo, a manutenção de toda a máquina administrativa e comercial de Portugal tornava-se, cada vez mais, dispendiosa e exigia enormes quantias de dinheiro. O comércio com as Índias começava a declinar. Na mesma medida em que o comércio com oriente diminuía de intensidade, o interesse do governo português pelo Brasil aumentava. Esse interesse aumentou mais ainda depois da notícia da descoberta de ouro e prata na América espanhola.



BRASIL: SOLUÇÃO PARA A CRISE PORTUGUESA




O império colonial português exigia, par sua manutenção, grandes somas materiais. Quanto mais a Coroa portuguesa arrecadava, mais parecia faltar, pois grande parte dos rendimentos era consumida em setores não-produtivos (edifícios suntuosos, artigos de luxo). Os setores produtivos - necessários para a própria continuidade da atividade econômica, como a manutenção da frota, por exemplo ficavam praticamente esquecidos. Eis a raiz da crise da economia portuguesa, apesar da riqueza produzida pelo comércio com as especiarias.



Para suprir seus crescentes gastos, Portugal recorria cada vez mais a empréstimos de grande banqueiros holandeses e alemães, que ficavam com a maior parte dos lucros do comércio português, desviados para pagamento das dívidas. A busca de mercadorias no Oriente ficava cada vez mais cara, e difícil, obrigando a Coroa a voltar seu interesse para o Brasil.



MARTIM AFONSO DE SOUSA: 

O PRIMEIRO PASSO PARA A COLONIZAÇÃO




Uma grande expedição, composta de cinco navios, comandada por Martim Afonso de Sousa, partiu em dezembro de 1530 rumo à colônia portuguesa na América. O comandante Martim Afonso recebeu amplos poderes do rei de Portugal o mais importante era o de distribuir sesmarias, isto é, grandes lotes de terra para pessoas que se dispusessem a explorá-los economicamente. A outra importante função da expedição era o combate aos franceses, que continuavam a ameaçar os interesses coloniais dos portugueses.

Martim Afonso percorreu o litoral brasileiro de Pernambuco até a região de Cananeia, em São Paulo, de onde a expedição rumou para o rio da Prata. O resultado mais notável da expedição de Martim Afonso de Sousa foi a adoção do sistema de donatárias ou capitanias hereditárias, definindo a relação entre colônia e metrópole.



AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS






A tarefa de administrar as novas terras mostrava-se pesada demais para uma nação que não priorizou seus setores mais produtivos. A solução trazida pela missão de Martim Afonso de Sousa se resumia em adotar um sistema semelhante ao utilizado pelos portugueses nas ilhas do Atlântico: dividir a colônia em capitanias ou donatárias, que eram faixas de terra com 50 léguas de costa cada uma (aproximadamente 300 quilômetros). As capitanias foram entregues a particulares (capitães ou donatários) para que as administrassem e explorassem economicamente.

Foi somente no ano de 1534 que se efetivou o sistema. O donatário ou capitão recebia uma carta de doação pela qual o rei outorgava o direito de posse sobre as terras. Em outro documento, chamado foral, ficavam estabelecidos os direitos econômicos e as relações com a metrópole. O sistema de capitanias não teve resultados iguais nas diferentes regiões da colônia.

Na maioria dos casos, a falta de recursos dos donatários impedia a exploração lucrativa. De qualquer forma, o sistema ajudou a efetivação da presença portuguesa, aprofundando a colonização e a dominação da Coroa sobre suas terras.




De fato, apenas as capitanias de São Vicente e de Pernambuco tornaram-se rentáveis. A de São Vicente porque contou com o auxílio de capitais da própria Coroa, e a de Pernambuco porque contou com grandes investimentos de mercadores portugueses.


Havia ainda uma questão contraditória de caráter político em relação ao sistema de capitanias: enquanto em Portugal existia uma tendência à centralização política, na colônia instituiu-se um sistema descentralizado. Isso dificultava a manutenção da autoridade da Coroa sobre os donatários. Essa foi uma das razões por que Portugal decidiu impor um governo-geral centralizado para administrar a colônia.



O donatário de Pernambuco, no entanto, sentia-se prejudicado com a medida, pois a perda da autonomia política implicava a perda da autonomia econômica. De uma forma ou de outra, o caminho para a exploração efetiva da colônia estava aberto.



A AMÉRICA DO NORTE  E A COLONIZAÇÃO INGLESA





A região Norte da América ficou esquecida pelos europeus durante todo o século XVI. Foram feitas algumas viagens exploratórias, mas somente no século XVII iniciou-se seu povoamento e colonização pelos ingleses, que decidiram se apossar da região. Foram criadas, para isso, duas companhias de comércio: a Companhia de Londres, que ocupava a região Sul, e a Companhia de Plymouth, que ficava com o Norte.





As colônias do Norte e do Centro



Eram conhecidas como Nova Inglaterra e dentre elas destacaram-se: Massachusetts, Rhode Island, New Hampshire, Connecticut, New York, Pensylvania, New Jersey.


São chamadas de colônias de povoamento, pois as atividades nelas desenvolvidas não tinham cunho mercantilista. Sua ocupação foi feita por pessoas perseguidas por motivos políticos e religiosos, como os puritanos, da Inglaterra, Holanda, Irlanda e Escócia. Dedicavam-se principalmente às atividades manufatureiras e comerciais, já conhecidas dos puritanos. Também desenvolveram a pesca, já que o mar da região favorecia essa atividade.



Estabeleceram intenso comércio com as colônias britânicas do Caribe (Jamaica, Barbados), que lhes compravam peixes secos e produtos manufaturados (ferramentas, materiais náuticos etc.). Em troca, o Caribe lhes fornecia melado de açúcar, que transformavam em rum, que era trocado por escravos na África. Esses escravos eram vendidos para as colônias inglesas do Sul. Esse tipo de relação comercial é conhecido como "comércio triangular".



As colônias do Sul



Eram as seguintes: Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. Por ser uma região de solo fértil e extensas planícies, propiciou o cultivo de produtos tropicais: índigo, arroz e tabaco. Era uma agricultura voltada para o mercado externo, realizada em grandes propriedades empregando mão-de-obra escrava negra, assemelhando-se às colônias ibéricas. Esse tipo de colônia ficou conhecido como colônia de exploração.



A COLONIZAÇÃO FRANCESA






Os franceses praticaram o contrabando no mundo colonial espanhol e português. Fundaram na baía de Guanabara, uma colônia de huguenotes (França Antártica) que fracassou, assim como outra tentativa no Maranhão (França Equinocial), no início do século XVII.




Fundaram uma colônia em Quebec (Canadá) e tomaram a região central dos Estados Unidos, hoje Louisiana; ao lado dos ingleses e holandeses, ocuparam parte das Guianas e estabeleceram, nas Antilhas (Martinica, Guadalupe Trinidad e Tobago e parte da ilha de São Domingos, atual Haiti), uma colônia açucareira, baseada no clássico tripé: monocultura, mão-de-obra escrava e grande propriedade. Entretanto, a França foi perdendo gradativamente seus territórios na América e na Asia, à medida que crescia o poderio inglês.




OS HOLANDESES NA AMÉRICA



A independência das Províncias Unidas do domínio espanhol, em 1609, consolidou a política  econômica mercantilista holandesa, que se fundamentava no desenvolvimento do comércio e das manufaturas.



Em 1621, os holandeses fundaram a Companhia das Índias Ocidentais, que organizou a conquista e a colonização holandesa na América: na América do Norte, foi fundada a colônia Nova Amsterdã, depois ocupada pelos ingleses; na América do Sul, ocupou a Guiana holandesa e algumas ilhas das Antilhas, além de financiar os primeiros engenhos de açúcar no Brasil, o transporte e o refino desse produto. A comercialização do açúcar na Europa era monopólio dos holandeses.





AFINAL, O QUE SIGNIFICOU A COLONIZAÇÃO





O processo de colonização da América estava ligado, intimamente, à consolidação das monarquias nacionais absolutas. O enriquecimento das metrópoles e de suas respectivas burguesias se fez graças à violenta exploração das colônias através do extermínio das populações autóctones e a introdução do trabalho escravo.


OS ALIENÍGENAS ESTÃO CHEGANDO!!!













lmagine se uma nave espacial descesse no quintal da sua casa e dela desembarcasse o ET em pessoa. O ET não, um monte de ET's. O que você faria? Depende do ET, claro! Se ele chegar com jeito de quem quer briga, a gente reage de uma maneira; se vier em paz, reage de outra.


Pois uma cena parecida aconteceu há mais de 500 anos com os nativos de uma pequena ilha do Mar do Caribe. Os ETs chegaram em três estra­nhas naves, impulsionadas por grandes panos brancos que aproveitavam a força do vento. Eram os europeus - mais precisa­mente, os espanhóis - que, afinal, tinham criado coragem para atraves­sar o Oceano Atlântico e ir xeretar o que havia do outro lado. Quando chegaram à pequena ilha do Caribe, em 12 de outubro de 1492, pensa­ram estar nas Índias. Natural. Naque­le tempo, ninguém sabia ainda que existia por aqui um grande continen­te - na verdade, três continentes, as Américas do Norte, do Sul e Central.
Cristovão Colombo


Estavam sujos, barbudos, carre­gavam armas de fogo que os nativos nunca tinham visto. Atendiam aos comandos de um obstinado mari­nheiro italiano, Cristóvão Colombo, que passara boa parte da vida tentan­do convencer um governante qual­quer a financiar seu projeto de che­gar às Índias pelo mar. De tanto insistir ele, afinal, conseguiu fazer a cabeça da rainha da Espanha, Isabel, que lhe entregou três embarcações: a Nina, a Pinta e a Santa Maria.


Naquele 12 de outubro de 1492, ninguém chegou a saber direito o que estava acontecendo. Colombo  tinha certeza de estar nas Índias. A rainha ficou sabendo que suas naves haviam encontrado alguma coisa uns seis meses mais tarde, quando o primeiro navio conseguiu voltar para a Espanha. Então a notícia se espalhou, e começaram a chegar ETs de toda parte para descobrir a América.


Os ingleses bateram mais ao norte, ocuparam o que hoje são os Esta­dos Unidos e foram disputar com os franceses as geladas regiões do Ca­nadá, perto do Pólo Norte. Os portu­gueses tomaram conta do Brasil. Os espanhóis, os primeiros a chegar, ocuparam desde o México até a Ar­gentina, quase até o Pólo Sul.


Ninguém achou especiaria ne­nhuma. Mas todos encontraram ouro, muito ouro, os espanhóis prin­cipalmente. Para levar o ouro, os europeus precisaram lutar com os nativos da América. Como tinham uma civilização em muitos aspectos mais desenvolvida, melhores armas, meios de comunicação mais eficien­tes, além de um insaciável apetite por riquezas; foram vencendo todas as batalhas. Resultado os povos da América, a não ser os muito primiti­vos, que por isso nem chegavam a enfrentá-los, acabaram desapare­cendo. Deles só restam ruínas de cidades, templos, imagens de deu­ses que os arqueólogos guardam com muito carinho. Durante dois sé­culos foi um tal de levar ouro que não acabava mais. Essa riqueza permitiu à Europa, por exemplo, criar as ba­ses para o futuro: grandes fábricas começaram a surgir; o sistema de transportes conheceu enorme de­senvolvimento e o comércio tam­bém evoluiu muito. Graças ao ouro da América, estabeleceu-se um novo sistema econômico que teve grande influência na política e se espalhou pelo mundo todo: o Capitalismo.

 (Fonte: Revista Superinteressante Jovem – setembro de 1991)

QUADRO SINTÉTICO SOBRE COLÔNIA DE POVOAMENTO E COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO


COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO E
COLÔNIAS DE POVOAMENTO



 

 

COLÔNIA DE POVOAMENTO

COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO

·         Economia organizada para atender aos interesses dos colonos, que abandonaram seus países de origem por motivos de perseguição política e religiosa, ou por condições subumanas de sobrevivência.
·         Economia organizada para atender aos interesses das metrópoles.
·         Ocupação territorial para resolver problemas sociais, políticos e econômicos das populações pobres da Europa.
·         Suprir a falta de matérias-primas da metrópole.
·         Situavam nas zonas climáticas temperadas, logo possuíam o mesmo clima e consequentemente os mesmos produtos da metrópoles.
·         Situavam nas zonas climáticas tropicais, logo possuíam clima e produtos diferenciados da metrópole.
·         Economia fundamentada no comércio e na manufatura.
·         Economia fundamentada na extração de metais ou na produção de qualquer gênero agrário de alto valor comercial.
·         Pequenas e médias propriedades.
·         Grandes propriedades (latifúndios).
·         Policultura.
·         Monocultura.
·         Trabalho livre (artesãos, pequenos proprietários, assalariados).
·         Trabalho escravo.

 

UM TEXTO SOBRE A DIVISÃO CONCEITUAL DA IDADE MÉDIA


 


Período compreendido entre o fim do Império Romano do Ocidente (476) e a conquista de Constantinopla pelos turcos (1453). Divide-se em duas fases: Alta Idade Média e Baixa Idade Média.

ALTA IDADE MÉDIA – Estende-se do século V ao XI. A Europa ocidental sofre sucessivas invasões dos povos bárbaros, que se instalam na região rompendo a unidade política do mundo romano. Organizam-se em reinos, conhecidos como reinos bárbaros, dos quais sobressai o dos francos, que dá origem ao Império Carolíngio (751-814). Após a morte de Carlos Magno, o Império se divide e sua porção oriental forma o Sacro Império Romano-Germânico (962). É o período de formação do feudalismo, com a ruralização da economia e a retração do comércio e da vida urbana.



A Igreja promove a cristianização dos povos bárbaros e realiza alianças com as Monarquias feudais, transformando-se também em grande proprietária de terras. É responsável pela preservação da língua latina e da cultura antiga, principalmente por meio da multiplicação dos mosteiros em toda a Europa. Funciona como um elemento de unidade e de estabilidade, com o papa exercendo autoridade sobre todos os cristãos. Essa influência se estende igualmente à arte medieval, dominada pela religiosidade.


Enquanto o Ocidente sofre um processo de fragmentação e ruralização, no mundo oriental surgem Impérios com poder fortemente centralizado: o Império Bizantino e o Império Árabe. Estes procuram expandir seu domínio no Mediterrâneo e mantêm relações comerciais com o Ocidente, especialmente com cidades italianas.


BAIXA IDADE MÉDIA –Estende-se do século XI ao XV. É um período de transformação e crise no feudalismo, que abrem caminho para o capitalismo. As inovações tecnológicas (como o uso do arado de ferro e de moinhos de vento), a diversificação de culturas e a incorporação de novas áreas para o cultivo permitem o desenvolvimento da produção agrícola. Como conseqüência, a população aumenta. Surgem as Cruzadas, que permitem a expansão do cristianismo em direção ao Oriente e a retomada do comércio em larga escala no mar Mediterrâneo.



As cidades (burgos) crescem e multiplicam-se. Seus habitantes, os burgueses, desenvolvem o comércio e o artesanato, organizados em corporações de ofício. Os dois principais pólos de crescimento urbano são o norte da Itália e o do mar do Norte. As cidades italianas (Gênova, Veneza, Milão, Pisa, Amalfi, Florença, Siena e outras) fazem o comércio de especiarias e artigos de luxo com o Oriente através do mar Mediterrâneo. As cidades comerciais do mar do Norte (Brugge, Antuérpia, Amsterdã, Bremen, Hamburgo, Lübeck e as da região de Flandres) recebem em seus portos mercadorias provenientes do mar Báltico e da Rússia. O aumento do volume de trocas obriga os comerciantes a aperfeiçoar os instrumentos de permuta. Criam, então, letras de câmbio, cheques e papéis de crédito. Nas feiras, que se realizam periodicamente em várias cidades da Europa, principalmente na região de Champagne (França), surge o banqueiro, especializado em avaliação e troca de moedas, bem como em empréstimo a juros. A rica burguesia dessas cidades controla o governo e domina a massa da população, constituída de trabalhadores assalariados. A vida urbana é marcada pela liberdade, em contraste com os laços de dependência pessoal que caracterizam as relações feudais.

O século XIV é assinalado por grandes crises que interrompem o crescimento verificado nos 200 anos anteriores. A peste negra dissemina-se por toda a Europa, provocando a morte de cerca de um terço da população. Simultaneamente têm início rebeliões camponesas, a Guerra dos Cem Anos e sucessivas crises da produção agrícola que comprometem o abastecimento da população. A crise manifesta-se também no plano espiritual, com a divisão do papado e a multiplicação dos movimentos considerados heréticos, combatidos pela Inquisição. A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, marca o fim da Idade Média.


OS EXPLORADORES DOS SERVOS E SUA ORGANIZAÇÃO



COMO SE ORGANIZA A NOBREZA



Além da família real, que detém o poder nos regimes monárquicos, a aristocracia européia criou cinco títulos vitalícios e hereditários, na seguinte ordem hierárquica: duque, marquês, conde, visconde e barão. A base do sistema surgiu junto com o início da Idade Média e o final do Império Romano, no século V, quando a Europa ficou subdividida em vários pequenos reinos. Cada um deles era governado por uma dinastia que, por sua vez, vivia cercada de agregados que formavam uma elite social. Esses primeiros antepassados da chamada fidalguia se distinguiam do resto da população (camponeses e escravos) tanto por laços de parentesco com o rei, quanto por serviços prestados a ele -como resolver litígios e conquistar novas terras para a Coroa. O costume, então, era dividir o patrimônio igualmente entre os herdeiros. "A prática de passar a posse das terras apenas ao primogênito, o verdadeiro embrião da nobreza, só se consolida entre os séculos IX e X", afirma o historiador Carlos Roberto Figueira Nogueira, da Universidade de São Paulo (USP). Esse é o período em que o Império de Carlos Magno (742-814), rei dos francos, e de seus descendentes foi derrubado pelas invasões de hunos e vikings. Com isso, a defesa de cada território e sua comunidade, função primária da realeza, passou para os senhores feudais de cada castelo, aumentando-lhes o poder e disseminando entre eles os títulos de nobreza.





cecília borges

UM RESUMO SOBRE O FEUDALISMO








Feudalismo

A vida econômica e social do homem medieval baseava-se na exploração da TERRA pelos senhores feudais, que submetiam os servos e vilões ao duro trabalho na terra e ao pagamento de uma infinidade de impostos. Essas obrigações e tributos criaram uma rede de relações entre senhores feudais e servos denominadas relações servis de produção.

A vida espiritual, dominada pelo cristianismo, criou certos obstáculos para o desenvolvimento científico e cultural do Homem. A cultura e a ciência tiveram que obedecer às exigências da fé. Resultando um desenvolvimento artístico e científico preocupado em enaltecer a religião.


Origens do Feudalismo


         O Império Romano passou por um prolongado período de crises que o levou ao enfraquecimento interno e a conseqüente conquista das terras romanas pelos povos bárbaros. O trabalho escravo, a principal relação de produção da Antigüidade Clássica, vai aos poucos se desmantelando, o que leva a sociedade romana a uma série de crises:

·        Crise econômica – a formação dos latifúndios (grandes propriedades rurais) e sua concentração nas mãos do Estado (ager publicus) e da aristocracia, deixaram a economia enfraquecida;

·        Crise social – ligada diretamente a crise econômica que deu origem a inúmeras revoltas sociais provocada pela existência de milhares de trabalhadores sem terras, principalmente camponeses e escravos. Esta crise se agravava com a falta de alimentos e a inflação;

·        Crise política – a luta pela tomada do poder, travada entre senado e comandantes militares, foi permanente após o governo de Augusto

·        Crise religiosa – a luta entre o monoteísmo cristão e o politeísmo que predominava no mundo romano. Durante algum tempo, essa luta foi travada entre cristão e bárbaros.

Do desmoronamento formaram-se os reinos bárbaros que invadiam as fronteiras romanas em hordas cada vez maiores.

Um desses reinos foi o vasto Império Carolíngio (de Carlos Magno) que através do Tratado de Verdun (843 d.C.) dividiu este extenso reino entre Carlos, Lotário e Luís, que não conseguiram assegurar o domínio.

Esses reis, precisando de ajuda financeira e militar recorrem aos ricos senhores (condes, marqueses, duques, viscondes, bispos, abades), distribuindo a terra do Estado entre esses senhores.

Os novos proprietários das terras passaram a ter pleno direito sobre elas. Esse direito era recebido ao rei em uma cerimônia chamada investidura.

Nela, o senhor designado dono da terra, tornava-se vassalo do rei. E como tal, jurava fidelidade, pela qual se obrigava a ajudar financeiramente e militarmente o rei, que era seu suserano.

O Vassalo tornava-se também suserano ao dividir sua terra (se muito vasta). Nascendo assim, o sistema de suserania e vassalagem.

Depois disso o senhor recebia do rei o direito de imunidade, que o tornava verdadeiramente um senhor feudal, podendo cobrar impostos, fazer justiça, organizar seu exército particular, a cavalaria feudal, etc.

A economia feudal baseava-se na exploração dos trabalhadores agrícolas (camponeses – servos e vilões) pelos senhores feudais. Essa relação ficou conhecida como servil. Dentre as várias obrigações e impostos dos servos, destacavam-se:

·        As CORVÉIAS – serviços gratuitos que os moradores do feudo faziam durante três a quatro dias por semana nas terras do senhor;

·        Os SERVIÇOS DA HOSTE – obrigação de defender o senhor em caso de guerra;

·        As PORCENTAGENS – impostos cobrados para se poder cruzar pontes e propriedades dos senhores;

·        As APOSENTADORIAS – obrigações de hospedar e alimentar os senhores e sua comitiva durante as viagens;

·        A TALHA – imposto adicional pago quando o senhor precisava de recursos extras (em caso de guerra, por exemplo)

·        A CAPITAÇÃO – taxa per-capita por pessoa masculina.

Os feudos produziam quase tudo que precisavam com exceção do ferro e do sal. A economia feudal tendia, assim, a auto-suficiência.

Tendendo a auto-suficiência, a economia feudal fechou-se a tal ponto, que o velho comércio entre Ocidente e Oriente praticamente desapareceu e, com ele, as moedas e até a maioria das cidades.

A vida econômica urbana, típica do mundo antigo, foi substituída por uma vida eminentemente rural. 



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