domingo, 17 de fevereiro de 2013

UM RESUMO SOBRE O FEUDALISMO








Feudalismo

A vida econômica e social do homem medieval baseava-se na exploração da TERRA pelos senhores feudais, que submetiam os servos e vilões ao duro trabalho na terra e ao pagamento de uma infinidade de impostos. Essas obrigações e tributos criaram uma rede de relações entre senhores feudais e servos denominadas relações servis de produção.

A vida espiritual, dominada pelo cristianismo, criou certos obstáculos para o desenvolvimento científico e cultural do Homem. A cultura e a ciência tiveram que obedecer às exigências da fé. Resultando um desenvolvimento artístico e científico preocupado em enaltecer a religião.


Origens do Feudalismo


         O Império Romano passou por um prolongado período de crises que o levou ao enfraquecimento interno e a conseqüente conquista das terras romanas pelos povos bárbaros. O trabalho escravo, a principal relação de produção da Antigüidade Clássica, vai aos poucos se desmantelando, o que leva a sociedade romana a uma série de crises:

·        Crise econômica – a formação dos latifúndios (grandes propriedades rurais) e sua concentração nas mãos do Estado (ager publicus) e da aristocracia, deixaram a economia enfraquecida;

·        Crise social – ligada diretamente a crise econômica que deu origem a inúmeras revoltas sociais provocada pela existência de milhares de trabalhadores sem terras, principalmente camponeses e escravos. Esta crise se agravava com a falta de alimentos e a inflação;

·        Crise política – a luta pela tomada do poder, travada entre senado e comandantes militares, foi permanente após o governo de Augusto

·        Crise religiosa – a luta entre o monoteísmo cristão e o politeísmo que predominava no mundo romano. Durante algum tempo, essa luta foi travada entre cristão e bárbaros.

Do desmoronamento formaram-se os reinos bárbaros que invadiam as fronteiras romanas em hordas cada vez maiores.

Um desses reinos foi o vasto Império Carolíngio (de Carlos Magno) que através do Tratado de Verdun (843 d.C.) dividiu este extenso reino entre Carlos, Lotário e Luís, que não conseguiram assegurar o domínio.

Esses reis, precisando de ajuda financeira e militar recorrem aos ricos senhores (condes, marqueses, duques, viscondes, bispos, abades), distribuindo a terra do Estado entre esses senhores.

Os novos proprietários das terras passaram a ter pleno direito sobre elas. Esse direito era recebido ao rei em uma cerimônia chamada investidura.

Nela, o senhor designado dono da terra, tornava-se vassalo do rei. E como tal, jurava fidelidade, pela qual se obrigava a ajudar financeiramente e militarmente o rei, que era seu suserano.

O Vassalo tornava-se também suserano ao dividir sua terra (se muito vasta). Nascendo assim, o sistema de suserania e vassalagem.

Depois disso o senhor recebia do rei o direito de imunidade, que o tornava verdadeiramente um senhor feudal, podendo cobrar impostos, fazer justiça, organizar seu exército particular, a cavalaria feudal, etc.

A economia feudal baseava-se na exploração dos trabalhadores agrícolas (camponeses – servos e vilões) pelos senhores feudais. Essa relação ficou conhecida como servil. Dentre as várias obrigações e impostos dos servos, destacavam-se:

·        As CORVÉIAS – serviços gratuitos que os moradores do feudo faziam durante três a quatro dias por semana nas terras do senhor;

·        Os SERVIÇOS DA HOSTE – obrigação de defender o senhor em caso de guerra;

·        As PORCENTAGENS – impostos cobrados para se poder cruzar pontes e propriedades dos senhores;

·        As APOSENTADORIAS – obrigações de hospedar e alimentar os senhores e sua comitiva durante as viagens;

·        A TALHA – imposto adicional pago quando o senhor precisava de recursos extras (em caso de guerra, por exemplo)

·        A CAPITAÇÃO – taxa per-capita por pessoa masculina.

Os feudos produziam quase tudo que precisavam com exceção do ferro e do sal. A economia feudal tendia, assim, a auto-suficiência.

Tendendo a auto-suficiência, a economia feudal fechou-se a tal ponto, que o velho comércio entre Ocidente e Oriente praticamente desapareceu e, com ele, as moedas e até a maioria das cidades.

A vida econômica urbana, típica do mundo antigo, foi substituída por uma vida eminentemente rural. 



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