lmagine se uma
nave espacial descesse no quintal da sua casa e dela desembarcasse o ET em
pessoa. O ET não, um monte de ET's. O que você faria? Depende do ET, claro! Se
ele chegar com jeito de quem quer briga, a gente reage de uma maneira; se vier
em paz, reage de outra.
Pois uma cena
parecida aconteceu há mais de 500 anos com os nativos de uma pequena ilha do
Mar do Caribe. Os ETs chegaram em três estranhas naves, impulsionadas por
grandes panos brancos que aproveitavam a força do vento. Eram os europeus -
mais precisamente, os espanhóis - que, afinal, tinham criado coragem para
atravessar o Oceano Atlântico e ir xeretar o que havia do outro lado. Quando
chegaram à pequena ilha do Caribe, em 12 de outubro de 1492, pensaram estar
nas Índias. Natural. Naquele tempo, ninguém sabia ainda que existia por aqui
um grande continente - na verdade, três continentes, as Américas do Norte, do
Sul e Central.
Cristovão Colombo |
Estavam sujos,
barbudos, carregavam armas de fogo que os nativos nunca tinham visto. Atendiam
aos comandos de um obstinado marinheiro italiano, Cristóvão Colombo, que
passara boa parte da vida tentando convencer um governante qualquer a
financiar seu projeto de chegar às Índias pelo mar. De tanto insistir ele,
afinal, conseguiu fazer a cabeça da rainha da Espanha, Isabel, que lhe entregou
três embarcações: a Nina, a Pinta e a Santa Maria.
Naquele 12 de
outubro de 1492, ninguém chegou a saber direito o que estava acontecendo.
Colombo tinha certeza de estar nas
Índias. A rainha ficou sabendo que suas naves haviam encontrado alguma coisa
uns seis meses mais tarde, quando o primeiro navio conseguiu voltar para a
Espanha. Então a notícia se espalhou, e começaram a chegar ETs de toda parte
para descobrir a América.
Os ingleses bateram
mais ao norte, ocuparam o que hoje são os Estados Unidos e foram disputar com
os franceses as geladas regiões do Canadá, perto do Pólo Norte. Os portugueses
tomaram conta do Brasil. Os espanhóis, os primeiros a chegar, ocuparam desde o
México até a Argentina, quase até o Pólo Sul.
Ninguém achou
especiaria nenhuma. Mas todos encontraram ouro, muito ouro, os espanhóis principalmente.
Para levar o ouro, os europeus precisaram lutar com os nativos da América. Como
tinham uma civilização em muitos aspectos mais desenvolvida, melhores armas,
meios de comunicação mais eficientes, além de um insaciável apetite por
riquezas; foram vencendo todas as batalhas. Resultado os povos da América, a
não ser os muito primitivos, que por isso nem chegavam a enfrentá-los,
acabaram desaparecendo. Deles só restam ruínas de cidades, templos, imagens de
deuses que os arqueólogos guardam com muito carinho. Durante dois séculos foi
um tal de levar ouro que não acabava mais. Essa riqueza permitiu à Europa, por
exemplo, criar as bases para o futuro: grandes fábricas começaram a surgir; o
sistema de transportes conheceu enorme desenvolvimento e o comércio também
evoluiu muito. Graças ao ouro da América, estabeleceu-se um novo sistema
econômico que teve grande influência na política e se espalhou pelo mundo todo:
o Capitalismo.
(Fonte: Revista Superinteressante Jovem – setembro de
1991)
gostei, vai me ajudar muito na prova obrigado
ResponderExcluirsou da 7ªa
Ana Paula Penteado 7 serie A Flavio de Souza nogueira
ResponderExcluirEu achei muito interessante, um novo de contar como foi a chegada dos Europeus, e um jeito da gente se por no lugar dos índios, de "alguém invadir nosso espaço e se achar dono".
Muito bom, é isso mesmo pessoal. Descoberta ou tomada de posse?
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