Quem perdeu a linha?
Desvendando
alguns nós que querem colocar na cabeça do porto-felicense!
Não costumo responder à
provocações, porém quando o direito legítimo de protestar passa para o
desagradável terreno da falta de compostura faço questão de abrir uma exceção
na minha conduta.
A senhora Lara Bianchini fez a
gentileza de postar em meu facebook pessoal 33 vezes o artigo do senhor
Maurício Cazagrande. Não precisava, sou um bom leitor e entendo as coisas na
primeira, e quando os posts são educados eu costumo responder sempre com
educação, gentileza e cortesia.
Não sei se a senhora Lara e os
comentaristas do artigo conhecem o senhor Maurício Cazagrande, que em seu
artigo aparece como um paladino da moralidade, porém só para lembrar esse
senhor é o mesmo que passou a eleição 2012 inteira fazendo campanha para um
candidato sem ir praticamente um dia trabalhar no seu cargo de funcionário
público como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Porto Feliz. Em outras
palavras usou o dinheiro público para interesses eleitorais, as testemunhas
deste fato não são poucas.
Logo
só respondo ao artigo do paladino da moral porto-felicense, (a quem passo a
denominar de eminente articulista) devido às pessoas, que estão sendo enganadas
(por mentiras ou deturpações de um determinado grupo), pessoas estas que são dignas do meu
respeito e carinho. Além de alertar aos companheiros petistas e os milhares de
simpatizantes não só da minha pessoa mas também do meu partido do trabalho
ardiloso e planejado de desconstrução da imagem do governo Maffei, que está
sendo engendrado por hora.
De
início já descarto totalmente a analise político-partidária deste senhor que
beira ao ridículo ou mesmo à mesquinhez intelectual. Dizer que eu impus uma
candidatura da professora Andréa é não conhecer a democracia interna do Partido
dos Trabalhadores e inclusive desrespeitar nossos filiados e simpatizantes que
tanto se empenharam na construção de um processo democrático de escolha de uma
candidatura que poderia resultar na primeira vez que uma mulher governasse
Porto Feliz, a bela candidatura da nossa guerreira Professora Andréa, que
embora não tenha saído vencedora concorreu com uma dignidade impar. Talvez ele
pudesse relatar o modo democrático como os “Democratas” escolheram seu
candidato em nossa cidade, se foram feitas prévias, debates, inúmeras reuniões
como nós fizemos.
Fruto
também de uma míope visão política é a afirmação da possível manipulação que
haveria num possível governo da professora Andréa, só que não conhece essa
professora guerreira e vereadora atuante, poderia fazer tal afirmação, pois
prefiro pensar que esse comentário beire a ignorância e não a má fé do eminente
articulista. Nossos candidatos a vereador e nossos filiados, além dos seus
alunos conhecem a firme determinação e competência da professora Andréa.
Tamanha
é a arrogância do eminente articulista que copio uma parte do seu texto, onde
chama você, um dos 18 mil eleitores, que colocou o PT e a minha pessoa no
governo de Porto Feliz de um adjetivo nada educado:
“Não sou nenhum
doutor em política, mas eu creio que o PT nunca mais voltará a governar esta
cidade. Mas para que isto seja de fato consumado, vou tentar descrever e
arquivar este documento para que os
senhores não cometam a burrada novamente.”
(o itálico e o negrito são por minha conta).
Essa frase em seu bojo deixa transparecer duas coisas:
1.ª) O objetivo politiqueiro e eleitoreiro daqueles que
querem desconstruir um governo muito bem avaliado e de sucesso (tanto que foi
reeleito) visando desde já 2016;
2.º) O olhar da elite (embora esse senhor não o seja,
defende a ideologia dela) que sempre desmerece e humilha o povo.
Continuando
nosso eminente articulista cita a transição, que por sinal, nunca houve em
Porto Feliz e que está sendo feita inclusive graças a uma lei de minha autoria.
Dizendo que o grupo de transição esta tendo dificuldade, não leva em
consideração a Lei 4.701/2009, essa que eu citei que é de minha autoria e que
compõem as equipes de transição, que por sinal aqui em Porto Feliz são dez
pessoas do governo atual e dez pessoas do governo eleito; o decreto 7.294/2012
que regulamenta a lei; umas quatro reuniões que eu já tive com o prefeito
eleito Levi e com seu vice Miguel; várias reuniões dos integrantes da equipe e
uma farta quantidade de documentos que foram entregues à equipe de transição.
Logo em
seguida o eminente articulista me elogia de inteligente e astuto, adjetivos que
não mereço, ao escrever sobre a medida que tomamos para reduzir o horário da
prefeitura como um todo. Medidas essas que já expliquei numa entrevista que dei
ao Jornal JP de 08/12/2012 (e que peço licença para tornar a repetir neste
momento):
“JP - Maffei,
porque essa medida de fazer com que os postos de Saúde funcionem apenas meio
período?”
“Não é só os postos de saúde, e sim
a prefeitura que a partir desta semana passou a ter como expediente o horário
das 7 as 13 horas. Essa medida visa desacelerar os processos administrativos
para que possamos fechar o ano de acordo com o que preconiza a Lei de
responsabilidade fiscal. Diferentemente dos outros anos deste governo que
iniciou em 2005 teremos um novo governo, logo não podemos deixar restos a pagar
sem empenho prévio, por isso essa desaceleração no processo administrativo. A
máquina tem uma dificuldade muito grande em desacelerar, os pedidos, os
empenhos continuam a chegar e diferentemente dos outros anos temos que
realmente parar, não dá para conversar com fornecedor para deixar notas para
depois, temos que pagar tudo este ano, até dia 31 de dezembro. Outro caráter
fundamental desta medida também é o de economizar para pagarmos os pequenos
fornecedores, que tem que ser pagos principalmente com verbas próprias e não
por convênios, etc.”
“JP - Não
havia outra forma de economizar que não fosse essa (unidades funcionando em
meio período)?”
“É bom que se coloque aqui que a
questão das unidades de saúde serem também reduzidas em seu horário, não foi
tomada de forma irresponsável, notamos que de 85 a 90% dos usuários dos
postos vão até ele antes das 12 horas, ou seja, antes do almoço, na parte da
tarde há uma certa ociosidade nestes setores, assim sendo passamos todos os
trabalhos para o horário das 7 as 13 horas e toda e qualquer emergência médica
será cuidada na Santa Casa que tem atendimento 24 horas. Essa medida embora
cause certa chateação na população, principalmente quando é amplamente
divulgada na mídia, mas na verdade não muda muito a rotina dos usuários dos
postos e atrasamos ao máximo para fazê-la, apenas um mês. E como falei na
pergunta acima mais que economizar a medida visa desacelerar o processo
administrativo, que inclusive já é normal todo fim do ano orçamentário, quando
as dotações do orçamento começam a escassear. E também outros setores estão
sofrendo o mesmo processo.”
Feito
estas citações do semanário, necessário é agora responder pacientemente e de
forma gentil uma indelicadeza do nosso eminente articulista, por serem de ordem
inclusive pessoal. Como sou uma pessoa de educação esmerada não pedirei para
esse senhor dobrar a língua ao falar da minha querida filha Luiza, que de fato
estuda numa escola particular, escola Sirius em Sorocaba, única e
exclusivamente por que fica perto da casa da minha sogra, que mora em Sorocaba,
pois minha esposa e primeira dama Patrícia, trabalha (concursada) na Escola do
SESI em Votarantim e deixa nossa querida filha na casa da mãe que a encaminha
para escola perto de sua casa. Não é da conta do articulista de fina estampa,
porém gostaria de esclarecer aqui que a Patrícia e a Luiza vão para o posto
sim, e também à Santa Casa (e diferentemente de algumas autoridades, não
cortamos a fila) inclusive eu trato minha pressão com a Dr.a Lizandra do PSF do
Centro. De fato, só eu tenho UNIMED, devido a ser professor do ensino Estadual,
associado a APEOESP, assim sendo a anos, muito antes de ser prefeito, entrei
num plano, mas sempre vou a Santa Casa quando preciso e inclusive brigo para
passarem minha carteirinha da Unimed para a unidade receber do meu convênio.
E tenha
certeza, caro articulista, o Maffeizão, sem pestanejar colocaria a Luiza numa
escola municipal, pois eu fui aluno durante 9 anos no Coronel Esmédio e 3 anos
no Monsenhor e o Luiz Otávio também estudou tanto nestas escolas como no
Externato São José.
É bom
observar, nessa frase, o trabalho de tentar desconstruir não só minha imagem
como também da minha família, que é muito querida dos porto-felicenses. O povo
de Porto Feliz carrega a Luiza desde 2005 em seu colo e ela (Luiza) ama
gigantescamente Porto Feliz.
Tanto
infeliz são as colocações sobre a Regiane e a Dra. Cláudia. Pois diferentemente
do senhor articulista os membros do meu governo sabem o que falam, pode até não
ser demagógicos como os chefes do articulista, mas falam com responsabilidade e
competência, e quando nós afirmamos que de 80 a 90% dos procedimentos são feitos nas
unidades de saúde antes do almoço, e antes ainda das 13 horas, antes nós
observamos a série histórica dos nossos atendimentos o que demonstra um total
desconhecimento do funcionamento das unidades por parte de um assessor
parlamentar que inclusive assessora um doutor que é funcionário publico de
carreira!
A parte da
tarde nas unidades de saúde é usada principalmente para expedientes
administrativos, reuniões com agentes, médicos, enfermeiras, etc. O grosso das
consultas são na parte da manhã, e as que não forem serão mudadas ou para o
horário da manhã ou para a Santa Casa. Logo qualquer procedimento que o
articulista precisar, poderá fazê-lo na Santa Casa, não só a tarde, mas durante
24 horas do dia. É bom lembrar que estamos falando da Santa Casa que este governo
não deixou fechar em dezembro de 2007.
Quero
salientar aqui minha solidariedade e apoio a estas duas guerreiras Regiane e
Dra. Cláudia. Dra. Cláudia que pela sua competência, profundo conhecimento do
SUS e participação na construção do mesmo é membro do COSENS E CONASENS (
Conselho Estadual e Nacional dos Secretários de Saúde, posição nunca galgada
por qualquer Gestor de Saúde de Porto Feliz) e foi convidada pelo prefeito
eleito Juvenil de Salto para gerir o SUS saltense. Quem tiver duvida em relação
ao trabalho que a Dra. Claudia fez em Porto Feliz, olhe o índice de
desenvolvimento do SUS e o índice de desenvolvimento da FIRJAN (Federação das
Industrias do RJ).
Em relação
ao lixo hospitalar, acho que o senhor articulista terá que explicar de onde ele
tirou esses números: R$ 600 mil? Deixamos de pagar?
No
processo de fechamento de contas, podemos até estar atrasando alguns pagamentos,
porém falar em deixar de pagar beira a calunia, pois a verdade é que estamos
tendo dificuldades com a empresa que tem que retirar o lixo hospitalar, que por
sinal não é só do hospital, mas sim de toda a cidade, inclusive das clinicas.
Não sei se por coincidência ou não a empresa que recolhe esse lixo é a
Tratalix, ligada a empresa coletora do lixo, sabe de onde? De Itu. Coincidência,
não? Lembra daquele assunto sobre desconstrução de imagem para 2016 e procure
ler quem está querendo sair como o herói da História e a quem ele é ligado!
E já que mencionei fechamento de
contas, é bom que se diga que dentro das nossas prioridades de pagamento, em
primeiro lugar estamos pagando as folhas de pagamento dos nossos funcionários e
das entidades que detém folha de pagamento.
Vou
aproveitar a mesma entrevista que citei acima para explicar o que vem
acontecendo com as finanças dos municípios em todo Brasil, e alguns optam por
não pagar o funcionalismo, nós como integrantes do Partido dos Trabalhadores,
sempre priorizamos a folha de pagamento dos trabalhadores:
JP – “Porque a
situação financeira se agravou? Queda nos repasses dos governos Federal e
Estadual?”
“Desde 2009 há
uma desaceleração no FPM e ICMS, mas neste ano de 2012 foi mais intenso devido
às medidas anti-crises dos governos federal e estadual. Mas são medidas normais
em fim de governo, inclusive adotei algumas delas em 2008, mas é claro que foi
um período mais ameno do que o pós-2009.”
JP – “Você
fala em fechar as contas e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Afinal,
como está o caixa da Prefeitura?”
“Acho
engraçado a oposição e alguns órgãos da mídia viviam dizendo que não íamos
fechar contas, que ficaríamos devendo, quando tomamos medidas para que isso não
aconteça são os primeiros que demagogicamente vem reclamar. Estamos fazendo o
que a lei nos faculta, manter o equilíbrio fiscal. No dia 1 de janeiro vamos
entregar tudo de acordo com o que preconiza a LRF, inclusive faço questão de
publicar o que vamos deixar de projetos (mais de 1,5 milhão em emendas),
programas, etc. vamos deixar as licitações em dia, diferentemente do que
aconteceu comigo, o próximo prefeito receberá todas as viaturas com o tanque
cheio.”
Para
terminar, o eminente articulista, reforça tudo aquilo a que tenho me referido
sobre a tentativa de desconstruir o Maffeizão, o governo Maffei e o Partido dos
Trabalhadores, deixando bem claro qual é o objetivo do artigo.
Porém, às
pessoas conscientes e aos valorosos companheiros e simpatizantes, afirmo que
são atitudes como essa que me fortalecem e me fazem participar do debate
político.
Pois, para
dizer a verdade, não tenho intenção de voltar a governar Porto Feliz e torço
para a futura administração ser muito melhor do que a minha. Sei da força e dos
companheiros aguerridos que tenho no meu partido e que tem toda condição de me
substituir, assim como nossos aliados.
Também
respeito e respeitarei qualquer reivindicação e manifestação vinda do nosso
povo e entenderei sua mensagem, mas também peço para aqueles que sabem o que
era Porto Feliz antes deste governo venham na defesa do nosso projeto, por que
é exatamente nisto que indivíduos, como o eminente articulista e seu vil meio
de comunicação, estão atacando.
E embora
estejamos passando um momento duro, difícil tanto economicamente, quanto
politicamente, tenho certeza que com ética, respeito e elegância deixaremos uma
cidade muito melhor do que recebemos, vencendo todos os desafios como o fizemos
desde 2005.
E viva a Democracia e viva Porto
Feliz!
Cláudio Maffei
10/12/2012