quinta-feira, 20 de abril de 2017

UMA SINOPSE SOBRE A HISTÓRIA DA HOLANDA


No primeiro século a.C., a área da atual Holanda era ocupada por tribos celtas e germânicas, que incluíam os frisões. A maior parte da região foi conquistada por Júlio César, nessa época, quando os romanos buscavam controlar a foz dos rios que deságuam no Mar do Norte.



Sob o domínio romano, o comércio na região prosperou. Templos, estradas e outras construções romanas foram edificadas. Por volta de 300 d.C., o domínio romano começou a enfraquecer. Os frisões permaneceram no norte. Os saxões ocuparam a região leste. Os francos tomaram o sul e o oeste. No início do século 5, a ocupação romana dos Países Baixos já havia terminado.



Por volta de 800, os Países Baixos eram parte do reino de Carlos Magno e seus habitantes foram convertidos ao cristianismo. Em 925, eram parte do Sacro Império Romano. Nos anos seguintes, o feudalismo e a fé cristã dominaram as relações europeias. O comércio expandiu-se, as cidades desenvolveram-se e a região passou por muitas disputas políticas e sucessórias, caindo sob o controle dos duques de Borgonha.
Em 1524, a Frísia submeteu-se a Carlos V, imperador do Sacro Império Romano, que veio a dominar a Holanda, Flandres e Brabante. Carlos V descendia do ramo espanhol da poderosa Casa dos Habsburgos e também era rei da Espanha, como Carlos I. Em 1555, Carlos V abdicou aos tronos da Espanha e dos Países Baixos em favor de seu filho espanhol Felipe II.



Descontentes com o regime opressor de Felipe II, os nobres holandeses rebelaram-se e iniciaram uma guerra de separação da Espanha, em 1568. Na segunda metade do século 16, a Espanha tomou o lugar de Portugal como a nação mais poderosa do mundo, mas seus interesses maiores estavam em seus domínios na América.



Em 1579, foi proclamada a República Unida da Holanda, mas os conflitos entre holandeses e espanhóis continuaram até 1648. As invasões holandesas no Brasil eram parte desses conflitos, devido a União Ibérica (1580-1640). No início do século 17, os holandeses conquistaram as Molucas, onde estabeleceram a sede da Companhia Holandesa das Índias Orientais.



Em 1624, após vários ataques, os holandeses conquistaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. A Cidade da Bahia recebeu, então, um grande reforço defensivo, mas os holandeses conseguiram se estabelecer em Pernambuco.
Durante o século 17, os holandeses tornaram-se uma potência marítima e comercial, com assentamentos e colônias ao redor do mundo.
Em 1661, Portugal e Holanda negociaram um tratado, na cidade de Haia, buscando pôr um fim às invasões holandesas em territórios portugueses. Entre outras concessões, Portugal concordou em devolver as peças de artilharia holandesa que haviam ficado no Brasil.
Em 1795, a França invadiu a Holanda que ficou ocupada por 20 anos. Em 1815, formou-se o Reino dos Países Baixos. Em 1830, a Bélgica separou-se e formou um reino próprio.
A Holanda manteve-se neutra na Primeira Guerra Mundial, mas sofreu invasão e ocupação pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Ao longo do século 20, a maioria das colônias holandesas adquiram independência. Em 2010, o Reino da Holanda passou a ser constituído por quatro países: Holanda, Aruba, St. Maarten e Curaçao.


quarta-feira, 19 de abril de 2017

A ALEMANHA ANTES DA UNIFICAÇÃO




Antes da unificação, o território germânico estava fragmentando em 39 estados que formavam a Confederação Germânica. A Confederação era governada por uma assembleia com representantes de todos os estados. Porém, eram os representantes dos maiores estados, Prússia e Áustria, que tinham maior poder e acabam por decidir quase tudo.
    Havia também um conflito de interesses entre Áustria e Prússia. Enquanto a Áustria era contrária a unificação, a Prússia era favorável, pois pretendia aumentar seu poder sobre o território germânico e ampliar o desenvolvimento industrial.


    Em 1834, a Prússia liderou a criação do Zollverein (união aduaneira dos Estados Germânicos) com o objetivo de facilitar o comércio entre os Estados e incentivar o desenvolvimento industrial. Grande parte dos estados entrou nesta união, porém a Áustria optou por ficar de fora. A criação desta união fez aumentar muito o poder da Prússia e diminuir o da Áustria na Confederação.




A Confederação Germânica (Deutscher Bund, em alemão) foi uma associação política e econômica (a Zollverein, a partir de 1834) dos principais territórios de língua alemã, criada no Congresso de Viena de 1815, sob hegemonia austríaca, que sucedeu ao milenar Sacro Império Romano-Germânico, dissolvido em 1806 pelas invasões napoleônicas.
A entidade era uma confederação fraca de 39 Estados, com uma dieta em Frankfurt, instalada no Palais Thurn und Taxis, que representava apenas os soberanos, não os povos daqueles territórios. O tamanho e influência de cada Estado variava consideravelmente:


·         O Império Austríaco e o Reino da Prússia eram os maiores e mais importantes membros da confederação. Grandes partes de seus territórios e de suas forças armadas não foram incluídas na confederação, o que permitia a ambos atuar como países independentes; por exemplo, durante as guerras com a Dinamarca, Áustria e Prússia não combateram sob a bandeira da confederação. Ambas possuíam um voto cada na dieta.
·         Dois Estados-membros eram governados por soberanos estrangeiros: os reis da Dinamarca, dos Países Baixos e do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda (até 1837) eram membros da Confederação Germânica na qualidade, respectivamente, de duque de Holstein e rei de Hanôver. Cada um detinha um voto cada na dieta.
·         Seis outros Estados contavam um voto cada na dieta: os reis da Baviera, Saxônia e Vurtemberga, o príncipe-eleitor do Hesse e os grão-duques de Baden e do Hesse.
·         23 membros menores compartilhavam cinco votos na dieta.
· As cinco cidades livres de Lübeck, Frankfurt, Bremen e Hamburgo compartilhavam um voto na dieta.
As suas fronteiras eram aproximadamente as mesmas fronteiras do Sacro-Império por alturas da Revolução Francesa, excetuando o território que corresponde hoje à Bélgica. Os seus membros, drasticamente reduzidos a cerca de 30 em relação aos mais de 200 que constituíam o Sacro-Império, dispunham de plena soberania e comprometiam-se a uma defesa mútua, mantendo em conjunto uma série de fortalezas no Luxemburgo, em Mogúncia, Rastatt, Ulm e Landau. Os assuntos políticos, naturalmente limitados devido à grande autonomia dos estados-membros, discutiam-se na dieta federal, sob presidência austríaca, de Frankfurt.


Foi dissolvida em 1866 após a vitória prussiana na Guerra Austro-Prussiana - causada pela rivalidade entre estes dois Estados na disputa pela hegemonia política sobre os territórios de língua alemã - e substituída pela Confederação da Alemanha do Norte (Norddeutscher Bund), estrutura análoga, mas sob hegemonia prussiana e excluindo a Áustria. O posterior Império Alemão (Deutsches Reich), proclamado em 1871, integrou os membros da liga à excepção da Áustria, Luxemburgo, Limburgo e Liechtenstein.
Os países atuais, cujos territórios estavam total ou parcialmente localizados dentro das fronteiras da Confederação Germânica (1815–1866), são:
·         Alemanha (todos os estados),
·         Áustria (todos os estados exceto Burgenland)
·         Luxemburgo (todo o território)
·         Liechtenstein (todo o território)
·         Países Baixos (província de Limburgo - A província juntou-se à confederação depois de 1839)
A Confederação Germânica

A Confederação Germânica, 1815–1866
·         República Tcheca (todo o território)
·         Eslovênia (exceto Prekmurje)
·         Polônia (Cujávia-Pomerânia, Lubúsquia, Baixa Silésia, Opole, parte da Voivodia da Silésia); temporariamente: Território de Posen (atual Poznań), anteriormente sudeste da Prússia, anteriormente cidade livre de Danzig (atual Gdansk)
·         Bélgica (comunidade belga germanófoba e alguns outros territórios no leste da província de Liège); a província de Luxemburgo deixou a Confederação quando aderiu à Bélgica em 1839
·         Itália (as regiões autônomas do norte: Friul-Veneza Júlia e Trentino-Alto Ádige/Südtirol)
·         Croácia (condado da Ístria)
·         Dinamarca
Os membros da Confederação Germânica foram aqueles estados membros que, a partir de 20 de junho de 1815, fizeram parte da Confederação Germânica, que durou, com algumas alterações nos estados-membros, até 24 de agosto de 1866, sob a presidência do Casa imperial austríaca dos Habsburgo, que era representado por um presidente austríaco enviado para a Dieta Federal na Frankfurt.

Quando unida, o seu território praticamente coincidiu com o que restava do Sacro Império Romano-Germânico depois que Napoleão Bonaparte decretou o seu fim; com exceção das duas grandes potências rivais, os Habsburgo e a Prússia, e a margem esquerda ocidental do Reno (que a França tinha anexado). Os outros estados-membros ou os seus precursores, estão na maioria hoje presentes na configuração da atual Alemanha, e faziam parte da Confederação do Reno.
1.  O Império Austríaco (sem o Reino da Hungria, Transilvânia, Bucovina e Croácia, que se tornou o reino apostólico da Hungria dentro da Monarquia Dual do Danúbio, o Reino Lombardo-Vêneto (constituindo as partes perdidas para a Itália em 1859 - 1866), os reinos da Dalmácia e da Galiza)
1. Arquiducado da Áustria (dividida em Alta Áustria e Baixa Áustria em 1849)
2. Reino da Boêmia
3. Ducado de Hemprich
4. Ducado de Carniola
5. Litoral (composto pela Gorizia e Gradisca, Ístria e Trieste)
6. Marca da Morávia
7. Grão-Ducado de Salzburgo
8. Ducado da Alta e Baixa Silésia
9. Ducado da Estíria
10.            Condado do Tirol
11.            Vorarlberg
2.  O Reino da Prússia (sem PoznańPrússia Oriental e Prússia Ocidental)
1. Província de Brandemburgo
2. Província da Pomerânia
3. Província do Reno (até 1822, Grão-Ducado do Baixo Reno e Jülich-Cleves-Berg)
4. Província da Saxônia
5. Província da Silésia
6. Província de Vestfália
3.  O Reino da Baviera (o terceiro maior membro)
4.  O Reino de Hanôver
5.  O Reino da Saxônia
6.  O Reino da Ilíria
7.  O Reino de Württemberg
8.  O eleitorado de Hesse
9.  O Grão-Ducado de Baden
10.              O Grão-Ducado de Hesse
11.              O Grão-Ducado de Luxemburgo (perdeu mais de metade do seu território, a oeste para a Bélgica na cisão do Reino Unido dos Países Baixos, em 1839, e, assim, tornando o Ducado de Limburgo um membro.)
12.              O Grão-Ducado de Mecklemburgo-Schwerin
13.              O Grão-Ducado de Mecklemburgo-Strelitz
14.              O Grão-Ducado de Saxe-Weimar-Eisenach
15.              O Ducado de Anhalt-Dessau (Ducado de Anhalt de 1863)
16.              O Ducado de Bernburg-Anhalt (em 1863)
17.              O Ducado de Köthen-Anhalt (em 1847)
18.              O Ducado de Brunsvique-Luneburgo, ou de Brunsvique, por um curto período
19.              O Ducado de Holstein (em união pessoal com o Reino da Dinamarca, não era um ex-membro da Confederação do Reno)
1. O Ducado de Schleswig (em união pessoal com o Reino da Dinamarca, não foi um antigo membro do Sacro Império Romano-Germânico ou da Confederação do Reno. Os separatistas (pró-Alemães) governadores de Schleswig-Holstein (1848-51) uniram Schleswig à confederação. Este ato não foi reconhecido pelo governo dinamarquês, e o acordo de paz em 1851 especificou que Schleswig não era um membro.
20.              O Ducado de Lauenburgo
21.              O Ducado de Limburgo (tornou-se membro em 1839 a título de compensação pelas perdas territoriais do Grão-Ducado do Luxemburgo que foram causados pela ruptura do Reino Unido da Holanda.)
22.              O Ducado de Nassau
23.              O Ducado de Saxe-Gota-Altemburgo (a 1825)
24.              O Ducado de Saxe-Coburgo-Saalfeld (Ducado de Saxe-Coburgo-Gota de 1826)
25.              O Ducado de Saxe-Meiningen
26.              O Ducado de Saxe-Hildburghausen (Ducado de Saxe-Altemburgo de 1826)
27.              O Ducado de Oldemburgo (Grão-Ducado de 1829)
28.              O Condado de Hesse-Homburgo (a partir de 1817)
29.              O Principado de Schwarzburg-Sondershausen
30.              O Principado de Schwarzburg-Rudolstadt
31.              O Principado de Hohenzollern-Hechingen (a 1850)
32.              O Principado de Liechtenstein
33.              O Principado de Hohenzollern-Sigmaringen (a 1850)
34.              O Principado de Waldeck
35.              O Principado de Reuss Linha Maior
36.              O Principado de Reuss Linha Menor
37.              O Principado de Schaumburgo-Lippe
38.              O Principado de Lippe
39.              A Cidade Livre de Lübeck
40.              A Cidade Livre de Frankfurt
41.              A Cidade Livre de Bremen (ainda hoje um estado federal constitutivo da Alemanha)
42.              A Cidade Livre de Hamburgo (ainda hoje um estado federal constitutivo da Alemanha)




ESCRAVISMO PORTUGUÊS



Sites sobre o escravismo nos territórios coloniais portugueses:

Angola:
https://www.publico.pt/mundo/noticia/-angola-o-grande-produtor-de-escravos-1729882

Cabo Verde:
https://www.publico.pt/mundo/noticia/de-cabo-verde-a-angola-na-rota-da-escravatura-em-cinco-paises-1729858

Moçambique:
https://www.publico.pt/mundo/noticia/mocambique-a-escravatura-nao-desaparece-com-tratados-1729884

Guiné-Bissau:
https://www.publico.pt/mundo/noticia/-guinebissau-alimentava-o-comercio-de-escravos-de-cabo-verde-1729883

São Tomé e Príncipe:
https://www.publico.pt/mundo/noticia/em-sao-tome-e-principe-a-escravatura-durou-ate-a-independencia-1729886


O ENCONTRO DE ALEXANDRE COM DIÓGENES.

 Escultura do encontro entre Alexandre e o filósofo cínico Diógenes na cidade grega de Corinto.

Conta-se que, certa feita, Alexandre da Macedônia, o Grande, após triunfar sobre os gregos e entrar em Atenas como conquistador, ali soube da existência daquele considerado um verdadeiro sábio pelos atenienses, o mais sábio dentre os homens: Diógenes de Sínope. Segundo relataram ao Grande, Diógenes fora pupilo do célebre Antístenes de Atenas, por sua vez fundador do Cinismo e notável discípulo de ninguém menos do que o próprio Socrátes. Diógenes era natural de Sínope (hoje, uma cidade da Turquia), mas quando questionado sobre sua naturalidade, se havia ou não nascido em Atenas, respondia simplesmente que era “uma criatura natural do cosmos, e não de uma cidade nem de um estado”.


Conforme as lendas que cercam seu nome, Diógenes, por desprezar praticamente tudo o que considerava mundano, vivia em trapos e perambulava pelas ruas atenienses carregando uma pequena lamparina acesa. Diógenes falava que estava a procurar pelo menos um homem de verdade, um que vivesse por si mesmo, que não fosse apenas membro de um rebanho. Acabou capturado por piratas e posto a venda como escravo. No mercado, foi comprado por um nobre que lhe incumbiu da instrução de seus dois filhos.


Ao perguntar onde poderia encontrar o tal sábio, Alexandre escutou que Diógenes morava num barril, nas proximidades de um porto, diziam. Alexandre, sabendo da enigmática busca empreendida por aquele estranho sábio, apressou-se em procurá-lo. Encontrando Diógenes sentado no chão ao lado de seu barril, tomando sol, o imperador, extasiado, apressou-se em lhe dizer: “Sou Alexandre, aquele que conquistou todas as terras. Peça-me o que quiser que eu lhe darei. Palácios, terras, honrarias, escravos ou tesouros jamais vistos. O que você quer, ó Sábio?”. Diógenes, levantou os olhos e respondeu: “Senhor, apenas não tire de mim o que não pode me dar”.



Percebendo que se posicionara entre Diógenes e o sol, Alexandre, perplexo ante a profundidade do que havia escutado, se retirou daquele lugar, deixando também a Capital grega, para nunca mais voltar.

Alexandre, o Grande, é considerado o maior conquistador da história. Diógenes, por sua vez, é considerado o maior entre os filósofos Cínicos.



Imagem: Escultura do encontro entre Alexandre e o filósofo cínico Diógenes na cidade grega de Corinto.

Retirado do grupo do Facebook: História e Historiografia

terça-feira, 18 de abril de 2017

ALGO SOBRE LUXEMBURGO


Luxemburgo, oficialmente Grão-Ducado do Luxemburgo é um pequeno Estado soberano situado na Europa Ocidental, limitado pela Bélgica, França e Alemanha. Luxemburgo tem uma população de pouco mais de meio milhão de pessoas e uma área de aproximadamente 2586 km².
Sendo uma democracia representativa parlamentar com um grão-duque como monarca constitucional, Luxemburgo é o único grão-ducado ainda existente. O país tem uma economia altamente desenvolvida, com um dos maiores PIB per capita do mundo. A sua importância histórica e estratégica remonta aos tempos da sua fundação, como uma fortaleza romana, no início da Idade Média. Foi um importante bastião espanhol enquanto a Espanha foi a principal potência europeia, influenciando todo o hemisfério ocidental e para além dos séculos XVI e XVII.
Luxemburgo é um membro fundador da União Europeia, NATO, OCDE, Nações Unidas, Benelux e da União da Europa Ocidental, o que reflete o consenso político em favor da coesão econômica, política e integração militar. A Cidade de Luxemburgo, a capital e maior cidade, é sede de várias instituições e sedes da União Europeia.
Luxemburgo está no ponto de encontro entre a Europa Românica e a Europa Germânica, empregando costumes de cada uma das diferentes tradições. Trata-se de um país trilíngue, onde o alemão, o francês e o luxemburguês são línguas oficiais. Embora seja um Estado laico, a religião predominante no país é o Catolicismo.



A história de Luxemburgo começa com a aquisição de Lucilinburhuc (hoje Castelo de Luxemburgo) por Siegfried, conde de Ardennes, em 963. Em torno desta fortaleza, localizada num promontório, uma cidade foi desenvolvida gradualmente, que se tornou o centro de um pequeno estado de grande valor estratégico. Nos séculos XIV e XV os três primeiros membros da Casa de Luxemburgo reinaram sucessivamente como Sacro Imperador Romano. Em 1437, a Casa de Luxemburgo sofreu uma crise sucessória, precipitado pela falta de um herdeiro masculino para assumir o trono, que levou a venda do território para Filipe, o Bom de Borgonha. Nos séculos seguintes, a fortaleza de Luxemburgo foi continuamente ampliada e reforçada pelos seus sucessivos ocupantes, das casas dos Bourbons, Habsburgo, Hohenzollern e da França, entre outros. Após a derrota de Napoleão em 1815, Luxemburgo foi disputada entre a Prússia e os Países Baixos. O Congresso de Viena formou o Grão-Ducado de Luxemburgo, em sua união com a Holanda. Luxemburgo também se tornou um membro da Confederação Alemã, como uma fortaleza confederada ocupada por tropas prussianas.


A Revolução Belga de 1830-1839 reduziu o território de Luxemburgo por mais da metade, enquanto os predominantemente francófonos da parte ocidental do país foram transferidos para a Bélgica. A independência de Luxemburgo foi reafirmada em 1839 pelo Primeiro Tratado de Londres. No mesmo ano, Luxemburgo juntou-se a Zollverein.  A independência e neutralidade de Luxemburgo foram novamente afirmada pelo Segundo Tratado de Londres em 1867, após a Crise de Luxemburgo, que quase levou à guerra entre a Prússia e a França. Depois do último conflito, a fortaleza da confederação foi desmantelada.


Rei dos Países Baixos se manteve Chefe de Estado, bem como Grão-Duque do Luxemburgo, mantendo sua união entre os dois países até 1890. Com a morte de Guilherme III, o trono holandês passou a sua filha Guilhermina, enquanto em Luxemburgo (tempo em que o trono era restrito aos herdeiros do sexo masculino pelo Pacto da Família Nassau) passou a Adolfo de Nassau-Weilburg.
Luxemburgo foi invadido e ocupado pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, mas foi autorizado a manter a sua independência e mecanismos políticos. Foi novamente invadido e sujeito à ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial em 1940, e foi formalmente anexada ao Terceiro Reich, em 1942.
Durante a II Guerra Mundial, Luxemburgo abandonou sua política de neutralidade, quando se juntou aos Aliados na luta contra a Alemanha. Seu governo, exilado em Londres, criou um pequeno grupo de voluntários que participaram na invasão da Normandia. Tornou-se um membro fundador da Organização das Nações Unidas em 1946 e da NATO em 1949. Em 1957, Luxemburgo se tornou um dos seis países fundadores da Comunidade Econômica Europeia (mais tarde União Europeia), e em 1999, aderiu ao euro. Em 2005, um referendo sobre o tratado da UE, que estabelece uma constituição para a Europa, teve lugar em Luxemburgo.




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