A Rodovia BR – 230, também conhecida
como Transamazônica – terceira maior rodovia do Brasil – foi construída no
decorrer do governo ditatorial Emílio Garrastazu Médici, entre os anos de 1969
e 1974, num período de ufanismo do governo militar, cujo lema era “esse é uma
pais que vai para frente” e “ame-o ou deixe-o”. Esta obra recebeu o nome de “faraônica”
e ficou inacabada. Para o desenvolvimento da obra, o governo militar conduziu
para a região aproximadamente 4.000 homens, entre 1970 e 1973.
A extensão da Transamazônica é de
aproximadamente 4.223 km (5.662,60 km se incluir trechos não construídos),
sendo que 2.723 km se encontram asfaltadas e 1.500 km não têm asfalto, ou seja,
35,5% da rodovia não são asfaltadas.
Esses 2.723 km asfaltados são obra de
vários governos e de várias esferas, tanto federal, estaduais e municipais,
pois a estrada passa por vários estados e várias cidades, começando em Cabedelo
na Paraíba e terminando em Lábrea na Amazônia. Ela passa pelos estados da Paraíba,
Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas no sentido leste – oeste.
O governo do presidente Jair Bolsonaro
tem se gabado de asfaltar a Transamazônica, mas na verdade, ele asfaltou 13,66
Km e posteriormente 102 km, totalizando 115,66 Km que em porcentagem significa 2,73%
do total da Transamazônica, ou 7,8% dos 1.500 km que faltam asfaltar.
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BR - 230 em Marabá |
Logo, se existe um mérito por se
asfaltar um pequeno pedaço da BR – 230, por outro lado, é enganoso não dar o
mérito a governos anteriores que também asfaltara e duplicaram, além de fazer
obras de melhorias, aos governos anteriores.
Porém o atual governo tem sido pródigo
em exaltar suas pequenas obras e esquecer-se de citar feitos anteriores,
superestimando suas ações e desvalorizando as ações de outrem. Demonstrando o
quanto é honesto a propaganda governista atual, muito eficaz nas redes sociais que
aceitam tudo e não se mantém quando se é feito uma pesquisa básica sobre o
assunto.
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