Biblos é o nome grego da cidade portuária de Gubla (ou
Gebal). Era conhecida pelos antigos egípcios como Kbn e, mais tarde como Kpn.
Embora continue a ser denominada de Biblos pelos investigadores (sobretudo em
referência a épocas passadas), a cidade, que fica no Líbano, é agora conhecida
pelo nome de Jubayl, o qual também tem origem na forma canaanita Gubla.
Aparentemente, era através de Biblos/Gubla que o “papiro
egípcio” era importado para a Grécia, pelo que tanto a planta como os “rolos”
ou “livros” a partir dela fabricados recebam o seu nome. É também daí que surge
o nome da Bíblia, que em grego significa livros.
Porto de Biblos |
Ruina de uma casa neolítica em Biblos |
AHIRAM
Por volta de 1.200 a.C, uma prova arqueológica de Biblos
mostra aquilo que seria um alfabeto de vinte e dois caracteres; um exemplo
importante destas descrições é o sarcófago do rei Ahiram. Um dos monumentos
mais importantes deste período é o templo de Resheph, um deus cananeu da guerra
(mas este ruiu na época do governo heleno e da chegada de Alexandre, o Grande, em
332 a.C.). A moeda já era utilizada, e há vestígios evidentes de um comércio
com outras cidades mediterrânicas.
Durante o período Romano, o templo de Resheph foi
reconstruído, e a cidade, embora menor do que as vizinhas de Tiro e Sídon, era
um centro do culto a Adônis. No século III, foi edificado um teatro pequeno mas
impressionante. A chegada do Império Bizantino fez com que se estabelecesse um
lugar episcopal em Biblos e a cidade cresceu rapidamente. Embora se saiba que
uma colônia persa se tenha estabelecido na região a seguir à conquista
muçulmana (636), as provas arqueológicas são escassas. O comércio com o resto
da Europa esmoreceu por completo, e a prosperidade não se faria mais notar em
Biblos até que as cruzadas regressaram em 1098.
Biblos, sob o nome de Gibelet ou Giblet, foi uma base
militar importante durante o século XI, e os imponentes restos do seu castelo
das cruzadas está entre as mais espetaculares estruturas atualmente visíveis. A
cidade foi tomada por Saladino em 1187, retomada pelos cruzados e eventualmente
conquistada por Baibars em 1266. As suas fortificações foram subsequentemente
restauradas. Desde 1516, a cidade e toda a região caíram sob o domínio turco e
fizeram parte do Império Otomano.
Teatro romano de Biblos |
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