domingo, 23 de setembro de 2018

FRASES DE GANDHI QUE AINDA NOS FAZEM ACREDITAR NA HUMANIDADE:


Nome: Mohandas Karamchand
Sobrenome: Gandhi
Apelido: Mahatma Gandhi
Nascido: 2 Outubro 1869 em Portbandar, Gujarat
Falecido: 30 Janeiro 1948 em Nuova Delhi
Gênero: masculino
Nacionalidade: Indiana





“Um erro não se converte em verdade pelo fato de que todo mundo acredite nele.” 





“Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.”






“Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros.” 








“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.” 





“O que destrói a humanidade: A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.”





“Quem não vive para servir, não serve para viver.” 

“Deus não tem religião.” 






“A satisfação está no esforço e não apenas na realização final.”







“A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar.”






“A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma ativa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.” 




“Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas, não há o suficiente para a cobiça humana.”

“Tudo o que você fizer será insignificante. Mas é muito importante que você faça.” 



“Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha.” 

“Quanto mais puro for um coração, mais perto estará de Deus.” 

“O amor é a força mais sutil do mundo.”



“Um país, uma civilização, pode ser julgada pela forma com que trata seus animais.” 





“Já que eu sou imperfeito e preciso da tolerância e da bondade dos demais, também tenho de tolerar os defeitos do mundo até que possa encontrar o segredo que me permita remediá-lo.” 






“Seja a mudança que você está tentando criar.”

“O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.” 




“A dignidade pessoal e a honra, não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.”

“O mais atroz das coisas más das pessoas más é o silêncio das pessoas boas.”




“O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio.”





“Não nos será outorgada a liberdade externa mais do que na medida exata do que tenhamos sabido, num momento determinado, desenvolver nossa liberdade interna.” 










sábado, 22 de setembro de 2018

ETIQUETA: UM POUCO DE HISTÓRIA E UMA DEFINIÇÃO





         Etiqueta vem do francês étiquette é o conjunto de regras cerimoniais que indicam a ordem de procedência e de usos a serem observados pela corte em eventos, públicos ou não, onde estiverem presentes chefes de estados e/ou alta autoridades tais, como solenidades e datas oficiais; por extensão, são ainda as normas a serem observadas entre particulares, no trato entre si.

         Para Norbert Elias são normas de conduta que denotam boa educação, a partir da ideia de autocontrole como indicador de civilidade; essas mudanças de comportamento forma mesmo a base do Estado Nacional Moderno, a partir da instalação das monarquias absolutas. Segundo ele “o controle mais complexo e estável da conduta passou a ser cada vez mais instigado no indivíduo desde seus primeiros anos, como uma espécie de automatismo, uma autocompulsão à qual ele não poderia resistir, mesmo que desejasse” (...) “Nessa sociedade aquele que melhor conseguir moderar suas paixões é aquele que terá melhores vantagens, conseguirá e manterá favores”.
        
Estas regras passaram a ser escritas em manuais na Europa, a partir do século XVI, que retratavam formas de “bom-tom” ou de “polidez” no trato social. Era originalmente destinada às classes abastadas mas, com o advento das mídias de comunicação em massa no século XX e a ampliação da sociedade de consumo, passaram a se dirigir também às camadas inferiores da sociedade.
         


O primeiro filósofo a ocupar-se da etiqueta foi Erasmo de Roterdam que, em 1530 publicou De Civilitate Morum Puerilium (Da Civilidade dos Costumes das Crianças), sendo a primeira obra que se tem conhecimento sobre o assunto; ali Erasmo procura orientar a formação infantil, no que toca ao gestual, vestimentas, expressões faciais, dentre outras, para delimitar o comportamento e demonstrando as boas e más condutas; dá grande ênfase na etiqueta à mesa, onde verdadeiramente se reconhece que é ou não nobre.
         Um segundo manual surge em 1558, na Itália, de autoria de Giovanni dela Casa, intitulado Galateo, onde o autor descreve em narrativa um idoso a ensinar boas maneiras a um jovem. A etiqueta passara a ser o modulador do status quo, a distinguir o “civilizado” do “bruto” ou “bárbaro”.

        


Foi no reinado de Luís XIV de França, contudo, que proliferaram as “sociedades da corte”, e as normas de etiqueta ganharam grande divulgação e importância, ganhando a adesão da classe burguesa.

         No Brasil o uso e aprendizado da etiqueta parece haver ganhado impulso com a Vinda da Corte Real, em 1808; no final do século XIX e começo do seguinte é que finalmente obras variadas foram publicadas, e adotadas inclusive no ensino público.
        












quarta-feira, 19 de setembro de 2018

FAROL DE ALEXANDRIA: UMA DAS SETE MARAVILHAS DA ANTIGUIDADE QUE UM TERREMOTO TOMBOU



        
Farol de Alexandria foi uma obra construída pelo Reino Ptolomaico entre 280 e 247 a.C. na cidade de Alexandria. Ele tinha entre 120 e 137 metros de altura e era uma das sete maravilhas do mundo antigo, sendo que por muitos séculos foi uma das estruturas mais altas do mundo. Danificado por três terremotos entre os anos de 956 e 1323, tornou-se uma ruína abandonada. Até 1480, era a terceira maravilha antiga sobrevivente (depois do Mausoléu de Halicarnasso e da Grande Pirâmide de Gizé), quando então a última de suas pedras remanescentes foi usada para construir a cidadela de Qaibay no mesmo local. Em 1994, os arqueólogos franceses descobriram parte dos restos do farol no Porto Oriental de Alexandria. Em 2015, o Ministério de Estado das Antiguidades do Egito planejou transformar as ruínas submersas da antiga Alexandria, incluindo as de Faros, em um museu subaquático. Em maio do mesmo ano, o Comitê Permanente do Egito para Antiguidades anunciou planos de reconstruir o monumento.




ORIGEM

         Faros era uma pequena ilha localizada na margem ocidental do Delta do Nilo. Em 332 a.C., Alexandre, o Grande fundou a cidade de Alexandria em um istmo oposto a Faros. Alexandria e Faros foram conectadas depois por um molhe que media mais de 1.200 metros e era chamado de Heptastádio (sete estádios – um estádio era uma unidade de comprimento da Grécia Antiga que media aproximadamente 180 m). O lado leste do molhe se tornou o Grande Porto, agora uma baía aberta; no lado ocidental estava o porto de Eunosto, com sua bacia interior Cíboto, agora vastamente ampliada para formar o porto moderno.



CONSTRUÇÃO

        
Ptolomeu II Filadelfo
O farol foi construído no século III a.C. Depois que Alexandre, o Grande morreu de uma febre aos 32 anos, o primeiro Ptolomeu (Ptolomeu I Sóter) anunciou-se rei em 305 a.C. e comissionou a sua construção pouco depois. O edifício foi terminado durante o reinado de seu filho, o segundo Ptolomeu (Ptolomeu II Filadelfo). Levou doze anos para completar, com um custo total de 800 talentos e serviu como um protótipo para todos os faróis posteriores no mundo. A luz era produzida por uma tocha no topo e a torre teria sido construída principalmente com blocos sólidos de calcário.
        
Estrabão
Estrabão relatou que Sóstrato de Cnido tinha uma dedicação inscrita em letras de metal aos “Deuses do Salvador”. Mais tarde, Plínio, o Velho escreveu que Sóstrato era o arquiteto da estrutura, o que ainda é disputado. No século II d.C., o satíro Luciano de Samósata relatou que Sóstrato escreveu seu nome em gesso com o nome      Ptolomeu. Sendo assim, quando o emplastro com o nome de Ptolomeu caísse, o nome de Sóstrato seria visível na pedra.


DESCRIÇÃO

        
Judith Mckenzie escreve que “as descrições árabes do farol são notavelmente consistentes, embora tenha sido reparado várias vezes, especialmente após danos causados por terremotos. A altura que dão varia apenas 15%, de 103 a 118 metros, em uma base de cerca de 30 metros quadrados.

         A descrição mais completa do faros vem do viajante árabe Abou Haggah Youssef Ibn Mohammed el-Balawi el-Andaloussi, que visitou Alexandria em 1166.
        
Os autores árabes indicam que o faros foi construído a partir de grandes blocos de pedra clara, a torre era composta de três grades cônicas: uma seção quadrada inferior com um núcleo central, uma seção octogonal central e, no topo, uma seção circular. No seu ápice foi posicionado um espelho que refletia a luz solar durante o dia; enquanto o fogo iluminava à noite. Moedas romanas encontradas no mosteiro alexandrino mostram que uma estátua de um Tritão ficava posicionada em cada um dos quatro cantos do edifício. Uma estátua de Poseidon ou de Zeus ficava no topo do farol. Os blocos de alvenaria do Faros estavam interligados, selados com chumbo derretido, para resistir às ondas do mar.
         Almaçudi escreve que o lado oriental virado para o mar apresentava uma inscrição dedicada a Zeus.

DESTRUIÇÃO
        
O farol foi gravemente danificado por um terremoto de 956 e novamente em 1303 e 1323. Finalmente o restante da estrutura desapareceu em 1480, quando o então Sultão do Egito, Qaitbay, construiu uma fortaleza medieval na plataforma do local do faros usando algumas pedras caídas.
        
O escritor do século X Almaçudi relata um conto lendário sobre a destruição do farol, segundo o qual no tempo do califa Abdal Malique (705 -715) os bizantinos enviaram um agente eunuco que adotou o islamismo e a confiança do califa, o que lhe garantiu a permissão para procurar o tesouro escondido na base do farol. A busca foi feita astutamente, de tal maneira que os fundamentos foram minados e Faros entrou em colapso. O agente conseguiu escapar em um navio que esperava por ele.



PESQUISA ARQUEOLÓGICA E REDESCOBERTA

        
Honor Frost
Em 1968 o farol foi redescoberto. A UNESCO patrocinou uma expedição para enviar uma equipe de arqueólogos marinhos, liderada por Honor Frost, para o local. Ela confirmou a existência das ruínas que representam parte do farol. Devido à falta de especialistas e a área ter tornado uma zona de conflito, a exploração foi suspensa.
         No final de 1994, arqueólogos gregos liderados por Jean-Yves Empereur redescobriram os restos físicos do farol no piso do Porto Oriental de Alexandria. Alguns destes restos foram trazidos acima e ficaram em exposição pública até o fim de 1995. Subsequentes imagens de satélite revelaram mais vestígios. É possível mergulhar e ver as ruínas. O Secretariado da Convenção da Unesco para Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático está trabalhando atualmente com o Governo do Egito em uma iniciativa para adicionar a Baía de Alexandria (incluindo os restos do farol) em uma lista do Patrimônio Mundial de locais culturais submersos.


                 



terça-feira, 18 de setembro de 2018

BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA: TÃO FAMOSA QUANTO POLÊMICA






         A Biblioteca de Alexandria foi uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade. Ficava situada na região portuária da cidade de Alexandria, no Egito. Nasceu durante o período helenístico, com o propósito de refletir os valores de sua época, ou seja, de apoio a difusão do saber grego clássico para o Oriente. A sua construção foi patrocinada pelo sátrapa do Egito, Ptolomeu, que, sendo um apreciador da filosofia grega – tal como o seu antecessor, Alexandre, o Grande – apoiou a criação de diversas escolas sediadas na Biblioteca, além de museus e coleções permanentes, que atraíram diversas figuras eminentes de todo o mundo antigo para Alexandria.

         O conhecimento popular da Biblioteca de Alexandria reside, contudo, no conhecimento popular da sua mítica devastação devido a um incêndio, resultando na destruição de diversos artefatos historicamente valiosos. O conhecimento da datação e das causas do incêndio é limitado, contudo, presentemente, há diversos debates em relação à verdadeira causa da aniquilação da Biblioteca. Nesse sentido, inúmeros historiadores acreditam que o incêndio foi provavelmente um dos diversos fatores que contribuiu para a sua destruição.
        
Recentemente, o governo egípcio construiu uma nova biblioteca em Alexandria, inaugurada em 2002, perto do presumível local da antiga. Apesar de ter sido alvo de duras reprimendas pelo seu orçamento elevado, esta introduziu, como a sua antecessora também o fez, uma nova era de apoio ao conhecimento no norte da África.

FUNCIONAMENTO E COLEÇÃO DA BIBLIOTECA
        
São quase inexistentes os vestígios arqueológicos do que um dia foi ou como funcionava a Biblioteca (e o Museu) de Alexandria. Acreditava-se que estava localizada próximo ao porto, local que por ser em um primeiro momento submerso e posteriormente tomado por construções, não deixou pistas de sua arquitetura. Dessa forma, resta apenas confiar nos relatos de historiadores, como os de Estrabão, pois não há outra forma de se ter uma ideia de sua estrutura e funcionamento.

ESTRUTURA
        
Não existem indícios arqueológicos de nenhum tipo da Biblioteca de Alexandria, apenas rumores que levam a acreditar ter sido essa um salão composto por uma série de prateleiras, construídas conforme aumentava o número de rolos de papiros. Ela é conhecida por possuir também um departamento de aquisições e um de catalogações. Devido à política de caça a manuscritos, a Biblioteca de Alexandria, no período de Ptolomeu II Filadelfo, já não comportava mais exemplares, quando foi construída a Biblioteca de Serapeu. Existem alguns escritos que mencionam a Biblioteca de Serapeu como uma sala de leitura com algumas estantes.
        
Junto da Biblioteca de Alexandria existia também o Museu de Alexandria, sobre o qual foram deixados maiores relatos, que funcionava como um instituto de pesquisa. Sabe-se que ele incluía um passeio (peripatos), uma galeria (exedera), jardins, paredes com pinturas coloridas, um zoológico e um santuário às Musas (mouseion), local onde os que ali frequentavam buscavam inspiração artística, científica e filosófica. Os intelectuais que estudavam na Biblioteca de Alexandria recebiam alojamento, alimentação, salários altos e isenção de impostos. Todo o conjunto era administrado por um sacerdote nomeado pelo rei.

COLEÇÃO
        
O objetivo da biblioteca era conter em sua coleção “os livros de todos os povos da Terra”, ou seja, dispor 500 mil rolos de manuscritos. Ptolomeu foi o precursor dessa ideia, pois primava pela plena integração dos povos em torno do saber. Além de adquirir os maiores trabalhos intelectuais de sua época, a biblioteca disponibilizava obras traduzidas para o grego e diversas outras línguas.
        
O instrumento utilizado para catalogar a gigantesca coleção era chamado de Pinakes (lâminas), que continha 120 livros com análises e lista cronológicas. Todos os bibliotecários – matemáticos, médicos, historiadores, poetas, geólogos, astrônomos, filólogos e críticos textuais – contribuíram na composição da coleção da biblioteca. Obras literárias de todos os tipos podiam ser encontradas nela, contudo, os livros sagrados ganharam maior destaque.

BIBLIOTECÁRIOS
        
Na Biblioteca de Alexandria o cargo de bibliotecário chefe era nomeado pelos próprios reis. Um documento chamado Carta de Aristeu, datado do século II a.C., cita Demétrio como o presidente da biblioteca do rei. A partir disso, alguns historiadores acreditam que ele detinha grande poder dentro do palácio de Alexandria e consequentemente da biblioteca. Não há evidências, contudo, que ele tenha exercido o cargo de primeiro bibliotecário chefe ou participado da direção da Biblioteca de Alexandria. Tal classificação é mais comumente dada a Zenódoto de Éfeso.
         Zenódoto (325 a.C. – 260 a.C.), foi um filólogo e gramático grego, nativo de Éfeso, cidade jônica situada na atual Turquia. Especialista em Homero, produziu a primeira edição crítica da Ilíada e da Odisseia além da Teogonia de Hesíodo. Mesmo sendo criticado pela qualidade de suas produções, atribui-se a ele um papel fundamental na história dos estudos homéricos, uma vez que teve acesso a textos posteriormente desaparecidos.
        
Apolônio de Rodes (295 a.C.- 230 a.C.), discípulo de Zenótodo, foi que o sucedeu no comando da biblioteca. Entretanto, por ter ofendido seu mestre, foi destituído do cargo.
         Em 245 a.C., sucedendo Apolônio, foi nomeado bibliotecário-chefe o poeta, filósofo, filólogo, matemático, astrônomo, cientista, geógrafo, crítico literário, gramático e inventor, Erastóstenes de Cirene. Ele permaneceu no cargo por quarenta anos.
         Não existe um consenso a respeito de Calímaco de Cirene (310 a.C. – 240 a.C.) ter sido outro importante bibliotecários da Biblioteca de Alexandria. No entanto, Calímaco ficou conhecido por catalogar toda a coleção de papiros da biblioteca em 120 livros.



         Convidado ao cargo após a demissão de Eratóstenes, 204 a.C. assume Aristófanes de Bizâncio. Ele ficou lembrado por produzir melhores adaptações de Homero, continuando o trabalho de Zenódoto bem como o de Calímaco, uma vez que atualizou as catalogações da biblioteca.
        
Aristarco de Samotrácia assume o posto de bibliotecário em 174 a.C., ocupando-o por trinta anos, sendo o último bibliotecário que se tem notícia. Sua principal contribuição resultou nos fundamentos do que se tornou o texto moderno de Homero, uma vez que organizou a Ilíada e a Odisseia nos 24 livros que conhecemos. Além disso, seus estudos gramaticais sobre os poetas gregos antigos o tornaram fundador do que hoje chamamos de linguística.

DESTRUIÇÃO
        
Ao longo da história, diversas narrações foram desenvolvidas para explicar o que aconteceu no primeiro grande incêndio que tomou conta da Biblioteca de Alexandria. Todas elas tomam como ponto de partida a perseguição que Júlio César operava sobre seu inimigo Pompeu, em 48 a.C. A ordem de César para incendiar o porto, durante o embate com os egípcios, é interpretada de diversas formas, entretanto elas não alteram o fato de que essa atitude resultou no incêndio da biblioteca. Outro aspecto que colabora com a imprecisão sobre a destruição da biblioteca é a contribuição dos cristãos e muçulmanos com a sua destruição. Essa destruição, além de extinguir os recursos culturais da época, desestabilizou as escolas da cidade.

LEGADO
        
A Biblioteca de Alexandria, após momentos de ascensão e decadência, teve grande parte do material que compõe sua estrutura física destruído. Nas décadas finais do século XX, a memória começou a se tornar uma preocupação dominante na política dos países da região do Oriente Médio, criando uma “Musealização da Região” através de práticas que procuram recuperar o passado e dar um maior valor àquilo que sido realizado.
        
Nesse contexto, o arqueólogo subaquático inglês Honor Frost, em 1950, estava convencido de que vestígios do grande Farol de Alexandria encontravam-se espalhados no leito do oceânico ao redor do Fort Qaitbey. Consequentemente, começou a sua busca atrás de evidências. Desde então, os arqueólogos têm trazido à luz vestígios da Alexandria Ptolomaica. A maior descoberta foi feita pela equipe de Jean Yves Empereur, que encontraram enormes blocos de pedra nas águas do porto Oriental (certamente caíram no mar quando o farol desmoronou), além de estátuas e esculturas que adornariam a estrutura. Ao mesmo tempo, Franck Goddio mapeando parte da antiga Alexandria, afundada abaixo do nível do mar, trouxe à luz o que provavelmente era um palácio de Cleópatra na Ilha de Antirodes.
        
Mesmo com esforços notáveis de diversas equipes, não há uma localização exata do museu e da biblioteca, havendo uma margem de erro de cem metros.
         Sobre os livros, pode-se afirmar que, durante o reinado de Teodósio, muitos deles tenham sido destruídos, os manuscritos mais preciosos foram levados para o Egito ou permaneceram escondidos em Alexandria. É possível, também, que muitos manuscritos tenham sido acumulados e guardados por Amr, durante a dominação muçulmana.

A NOVA BIBLIOTECA
        
Construída em 2002, a Nova Biblioteca de Alexandria, também chamada de Biblioteca Alexandrina, é a maior do Egito. Ao custo de 65 milhões de dólares, tornou-se referência no norte da África. Não somente um mero local de armazenamento de livros, a edificação abriga museus, auditórios, laboratórios e um planetário.
        
Seu design arquitetônico foi internacionalmente elogiado e é considerado uma das mais belas edificações da cidade de Alexandria, abrigando a maior coleção de livros na África e a maior coleção de livros em francês no mundo árabe.



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